Pronunciamento de Mão Santa em 10/02/2010
Discurso durante a 8ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários a matérias publicadas na imprensa a respeito do aumento do desemprego. Elogio à decisão do Governador José Serra de conceder ao salário mínimo vigente no Estado de São Paulo um aumento acima do nacional. (como Líder0
- Autor
- Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
- Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
POLITICA SALARIAL.:
- Comentários a matérias publicadas na imprensa a respeito do aumento do desemprego. Elogio à decisão do Governador José Serra de conceder ao salário mínimo vigente no Estado de São Paulo um aumento acima do nacional. (como Líder0
- Aparteantes
- Acir Gurgacz.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/02/2010 - Página 2197
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA SALARIAL.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, JEFFERSON PERES, EX SENADOR, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
- IMPORTANCIA, DESCENTRALIZAÇÃO, TELECOMUNICAÇÃO, DIVERSIDADE, OFERTA, JORNALISMO, ESPECIFICAÇÃO, INTERNET, BENEFICIO, COMBATE, MANIPULAÇÃO, ESTADO, IMPRENSA.
- COMENTARIO, NOTICIARIO, IMPRENSA, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), LUCRO, BANCOS, DESEMPREGO, INDUSTRIA, COMPROVAÇÃO, DIRETRIZ, GOVERNO, FAVORECIMENTO, MERCADO FINANCEIRO.
- COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DECISÃO, JOSE SERRA, GOVERNADOR, AMPLIAÇÃO, REAJUSTE, SALARIO MINIMO, AMBITO ESTADUAL, APOIO, ORADOR, CANDIDATURA, ELEIÇÕES, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
- REGISTRO, VITORIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, POLITICA SALARIAL, VALORIZAÇÃO, SALARIO MINIMO.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Parlamentares na Casa, brasileiras e brasileiros que estão aqui no plenário do Senado da República e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado, Senadores Jefferson Praia e Acir Gurgacz, o nome Jefferson é um nome muito abençoado.
Thomas Jefferson, dos Estados Unidos, ajudou os Estados Unidos a se libertarem da Inglaterra, fez a primeira Constituição e foi o terceiro Presidente. Atentai bem, Acir Gurgacz: no túmulo dele não está inscrito que ele foi tudo isto não - Presidente, assinou a Constituição... Está assim: “Aqui jaz Thomas Jefferson, o fundador da Universidade de Virginia”. Thomas Jefferson, então, deu o ensinamento de que o mais importante de tudo é a educação; é o ensino universitário, a máquina que arranca e eleva.
E nós, aqui, conhecemos o Jefferson Péres, com quem convivemos. Eu digo isso com toda a inspiração que Deus me deu, e ele era o PDT. O PDT sempre esteve comigo no Piauí. Então, tinha um gênio da política - o pai dele ainda vive, Elias Ximenes do Prado -, o Elias Júnior. Eu entreguei a ele a Cohab, um plano de habitação do Governo, e esse gênio fez cerca de 40 mil habitações populares e me pediu para homenagear o Jefferson Péres. Ele já morreu. Eu o chamava de “Che Guevara”, um rapaz muito avançado, que era o símbolo do PDT lá, o Deputado Prado Júnior. Ele se aproximou e pediu que eu prestasse essa homenagem, e eu, como Governador do Estado, traduzindo o respeito, a gratidão e o simbolismo do PDT no Piauí, eu coloquei no Jefferson Péres a comenda maior do Estado do Piauí, a Grã-Cruz Renascença.
E aí, de repente, nós estávamos aqui, ele no segundo mandato, e eu no primeiro. Ele foi um professor de todos nós. Até no discurso ele era muito sintético, Acir Gurgacz. E aí, conversando com ele, com quem sempre aprendia, ele me disse que ia porque gostava de ler Machado de Assis.
E outro teve uma identidade muito importante. Um discurso que fiz aqui muito polêmico, citando o livro Mein Kampf, Minha Luta, do Hitler. Aí entrou aquela história dos militantes, da galinha cacarejadora, e deu uma confusão doida. Por aquele discurso vieram me botar para a Corregedoria, para a Comissão de Ética. Confusão, e as mulheres... Aí o Suplicy disse: “Mão Santa, troque galinha e bote galo”. E eu disse: “Mas aí eu vou ficar como idiota no futuro, porque vão ver que galo não põe ovo”. Eu sei que ficou.
Na hora fiquei até preocupado, porque falo de improviso, e a gente pode cometer determinados deslizes. Não era minha intenção. Eu estava fazendo uma analogia com o partido. Mas o único aparte - foi Deus me ajudando - que teve ao meu discurso foi do Jefferson Péres. Depois eu fui ler, e vai ficar uma obra para a história. Eu analisava o Mein Kampf, em que o Hitler dizia que o Goebbels tinha ensinado que uma mentira repetida se tornava uma verdade e que eles tinham também o que nós chamamos de militante, de cabo eleitoral. Lá eles chamavam de galinha cacarejadora, dizendo obra sem ter obra e tal, aquela confusão. Mas o aparte foi dele, e eu disse que o partido muito se parecia com o daqui. Aí ele deu o nome todinho: Partido Nacionalista Nazista dos Trabalhadores da Alemanha. Quer dizer, ele fez um aparte, e entendia de história, e viu que era essa coisa.
Mas eu quero dizer, e quero dizer para o Estado do Amazonas, que V. Exª - olha, não é fácil substituir uma estrela -, V. Exª superou as expectativas. V. Exª, falando assim como o Luiz Inácio, que gosta de meter o futebol: eu me lembro quando Pelé se contundiu em 62. E aí: “Vamos perder a Copa. Estamos lascados. Pelé se contundiu, vamos perder”. Aí entrou um Amarildo, fez um bocado de gols, e o Brasil foi campeão.
E assim foi aqui. Nós pensávamos que ia abalar o time com a grandeza dos representantes, com todo o respeito ao Amazonas, Arthur Virgílio, João Pedro, que ia abalar o time. O Pelé Deus chamou, que foi o Jefferson, mas V. Exª entrou. V. Exª, Jefferson Praia, com muito estoicismo, com muita competência, com muita dedicação, tem discutido os temas da Amazônia. E mereceu e merece, hoje, igual respeito desta Casa, como do Brasil.
Jefferson, esse nome também é abençoado. Eu me lembrei de Thomas Jefferson, de Jefferson Péres, de Jefferson Praia. Eu não vou ter mais filho com a Adalgisa, mas quando eu tiver um neto, vou botar o nome de Jefferson, para ele ser grande como foi Thomas Jefferson, Jefferson Péres e Jefferson Praia.
Acir Gurgacz.
O Sr. Acir Gurgacz (PDT - RO) - Se o senhor me permite, Senador Mão Santa, gostaria só de registrar que o Senador Jefferson Péres realmente foi, e é, um exemplo para nós todos. Ele deixou um legado muito grande para nós do PDT e, tenho certeza, para o povo do Amazonas também. Tivemos a grata satisfação, no âmbito do PDT, de receber em seu lugar outro Jefferson, Jefferson Praia, que substitui o saudoso Senador Jefferson Péres com a mesma competência e, o mais importante, Senador, com a mesma dedicação e a mesma seriedade, dando um exemplo muito importante para a classe política não só do Amazonas, mas do Brasil inteiro. Digo isso para corroborar sua tese sobre os Jeffersons. Temos, no PDT, um Jefferson que, com certeza, nos assiste e um outro Jefferson que está aqui hoje presidindo a Casa e que deixa o PDT muito orgulhoso pelo seu trabalho.
O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Eu entendo que o Amazonas não pode decepcionar. O Brasil todo está encantado com S. Exª no Parlamento. Não sei quais são os desígnios de Deus, mas este é um testemunho aqui.
Eu queria, agora, entrar no meu assunto. Quis Deus estivesse aí o Acir Gurgacz, que é empresário e que conhece a realidade. Acir Gurgacz, sou médico-cirurgião, não sou um político profissional, vim de uma Santa Casa. Aliás, isso é comum. Juscelino também era médico, era cirurgião, era da Santa Casa e, de repente, foi introduzido na política. Às vezes, isso dá certo; com Juscelino, deu certo. Mas tenho uma noção muito grande do que é ser empresário e do que é a riqueza. Minha família toda é de empresários. Essa Federação da Indústria, composta pelo Sesi, pelo Senai, foi implantada no Piauí por meus parentes, e meu irmão é seu Presidente hoje. Então, tenho uma noção muito grande do que é a realidade. Embora eu seja médico e cirurgião, tenho esse exemplo dos avós.
Minha família tinha uma indústria e tinha dois navios no Piauí. Colocou uma indústria de sabão na Ilha do Governador. V. Exª, que é empresário, imagina o que é isso. Nos anos 60, colocou ali uma indústria de sabão. O nome da família era Moraes, mas colocou o nome de Dacopa; na indústria de gordura, o nome ficou Dunorte. Eu vi eles ganharem da Gordura de Coco Carioca no Rio de Janeiro. Acir, V. Exª como empresário, sabe como é isso. Daí minha tranquilidade hoje, como Senador da República.
Acho que esta tem de ser a casa dos pais da Pátria. Foi assim que nasceu o quadro do Senado. Moisés, decepcionado com o povo que queria adorar os bezerros de ouro, as facilidades, ouviu, segundo as Sagradas Escrituras, o que Deus disse: “Não quebre a tábua, não desista, Moisés; busque os mais velhos e os mais sábios, que eles o ajudarão a carregar o fardo do povo”. Aí é que surgiu o Senado.
Então, quero dar minha impressão sobre a realidade, a verdade. Sei que Goebbels disse que mentira, mentira, mentira se torna verdade. Mas, Jefferson Praia, sob os céus, há um tempo determinado para cada propósito. Aquilo aconteceu naquele tempo. Só havia a rádio de Hitler, e o que ele dizia estava valendo, e ninguém podia desmentir. Está ouvindo, Luiz Inácio? Preste atenção aqui. Quero dar uma colaboração sobre o quadro de hoje. Hitler ia com três mil soldados rumo à Áustria, à Polônia. Diziam: “Lá vai Hitler com quarenta mil, com trinta mil”. Os países da Europa iam se abrindo e se rendendo antecipadamente, não é? Mas só havia a rádio do Hitler. Ele falava ao meio-dia, na hora de funcionamento das fábricas. Todo mundo ouvia, e o que Goebbels dizia era verdade.
O cientista Alvin Toffler escreveu o livro A Terceira Onda. Na primeira onda, o homem se fixou no campo e aprendeu a criar e a plantar - foram dez mil anos. Depois, com uns quatrocentos anos, os ingleses criaram a onda industrial: o homem saiu do campo e foi para a cidade grande, para as capitais, onde havia fábricas, empregos. Mas estávamos entrando, em 1980 - é o que diz o livro de Alvin Toffler -, na terceira onda. Aí é que está a verdade, aí é que virá a verdade: é a desmassificação da imprensa. Naquele tempo, vocês podem ver que os grandes jornais, as grandes emissoras, foram... Eu me lembro de que, quando eu era menino, a gente assistia à Globo e à Tupi no Piauí. Hoje, há rádios comunitárias. Isso se chama desmassificação da comunicação. Então, não adianta, o Governo fica com os grandes órgãos, mas há os pequenininhos aí. Vejam esse negócio de portal, de blog. Há o twitter, que achei até que era um negócio de música. Isso é a comunicação de hoje. Então, não adianta, a realidade não é essa que estão repetindo, cantando. Vem a verdade.
A sabedoria popular é tão válida, que o Livro de Deus, a Bíblia, está cheia de provérbios. Então, lembro: “A mentira tem perna curta”. No Piauí, é mais fácil tampar o sol com a peneira do que esconder a verdade. Isso tudo é malandragem, é da linha de Goebbels, de Duda Mendonça, intoxicando o povo. A verdade veio agora.
O Globo diz: “Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde”. Atentem bem: “Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde”. Efeitos da crise mundial abalam área industrial, mas não o setor financeiro. Atentai bem, Rui Barbosa está ali. Luiz Inácio, Rui Barbosa disse que a primazia é do trabalho e do trabalhador; ele vem antes, ele é que faz a riqueza. Aqui, é o banco, o lucro é de bancos. Há o contraste: o desemprego bate recorde.
O nosso querido Presidente Luiz Inácio, ao qual desejamos felicidade - é o nosso Lula, não é? -, foi, sem dúvida, o pai dos pobres, fez caridade, como esse programa social. Ninguém é contra caridade, principalmente eu. Eu sou Francisco. Meu nome é franciscano, minha mãe era terceira franciscana. Mas ele tem sido o pai dos pobres e a mãe dos banqueiros. Sei que pai é bicho bom - sou pai -, mas mãe é melhor. Adalgisa é melhor para os filhos do que eu.
“Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde.” Bote isso aí. Essa é a verdade, não sou eu que estou dizendo isso. Essa é a realidade . Então, vamos baixar a bola, diminuir a euforia e diminuir a mentira. A realidade está aqui, na primeira página.
Vamos adiante. E, aqui, está a mídia. Este Senado é bom. Este Senado dá isto aqui para todos os Senadores, para os Parlamentares. É uma mídia muito bem feita, impressa. Aqui, são só os assuntos políticos do Brasil, para ser objetivo. Todos os dias eu leio.
Acredito em Deus, que é verdade, que é amor. Acredito no amor que faz a instituição família, acredito no estudo. Acredito no estudo. O estudo dá sabedoria. A sabedoria vale mais do que ouro e prata. E acredito no trabalho. Essas são minhas crenças. Estou aqui e posso ensinar: uma pernada estudando, outra pernada do trabalho. Estudando e trabalhando, cheguei aqui facilmente. Nunca comprei um voto. Nem sei o que é fazer um título de eleitor. O povo vota em mim porque gosta de mim, porque é de graça e porque quer. A turma diz: “Voto noutro se pagar; no Mão Santa, não, voto de graça no Mão Santa”. É isso. Era assim também com Jefferson Péres, não era? Conversei muito com ele.
Mas vamos mais adiante: “Emprego na indústria tem maior queda desde 2002”. Olha, manquem-se! Esse negócio de Goebbels, de mentira, está aqui! O meu avô era o maior industrial do Piauí, tinha dois navios, sei o que é isso. Vi isso. Não fiz isso. Dediquei minha vida a uma Santa Casa, mas sentei no colo do meu avô, um empresário gigante. Venceu lá, saiu do Piauí e venceu no Rio de Janeiro, na Ilha do Governador. Quanto ao gás, avalie o que é isso! Vi seu ônibus, seu trabalho, o trabalho de seu pai, sua luta.
Está dito aqui que emprego industrial tem a pior queda desde 2002. Essa é a verdade. Por isso, há essa audiência da TV Senado. Aqui, está a verdade. E, agora, eu, que sou do Partido Social Cristão, posso dizer: “Sou a verdade, o caminho e a vida”. Essa é a verdade. Sou do Partido de Jesus. Em verdade, em verdade, eu vos digo: emprego industrial tem a pior queda desde 2002.
Aqui, houve a primeira onda, a da agricultura; a segunda foi a industrial, com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com o Skaf, com Paulo Skaf, Presidente, grande líder. “O País perdeu 180 mil postos de trabalho em 2009.” Segundo o IBGE - que é do Governo - foram 5,3%. O resto é balela, conversa fiada, é mentira, demagogia. A Fiesp calcula que o setor perdeu 180 mil vagas. É dito: “Afetado pela crise econômica mundial, o emprego na indústria amargou, em 2009, a sua pior queda”. “O IBGE iniciou uma série histórica, a retração foi de 5,8%.”
Vamos, então, ao que diz a mídia. Nem tudo é pessimismo, não. Há aqui aquelas discussões que não interessam. Vamos ao que diz a Folha de S. Paulo. O povo não pode comprar jornal; dos 190 milhões, poucos são os que podem comprar jornal. É dito: “Emprego na indústria tem a maior queda desde 2002”. É o que se repete em outra reportagem. É o que diz a Folha de S. Paulo, o Globo. Ninguém esconde a verdade. Também o Jornal do Brasil - atentai bem! - diz a verdade: “Emprego na indústria tem a maior queda em sete anos”.
Jornal do Brasil - atentai bem -, a verdade:
Emprego na indústria tem maior queda em 7 anos.
Renúncia fiscal do governo forçou reação no segundo...
É aquela renúncia que fez as prefeiturinhas estarem todas lascadas. Quem fala sou eu, que fui prefeitinho. Eu só vejo a choradeira, porque diminuiu... Você sabe que o Fundo de Participação Municipal é resultante do Imposto de Renda e do IPI. Se tirou o IPI, ele baixou.
Então, está aqui o Jornal do Brasil:
“Emprego: maior queda desde 2002”.
O IBGE afirma que o índice de ocupação da indústria caiu 5,3%.
Agora, não é também assim, não. Deus é bom, Deus é pai, Deus não nos abandona. Atentai bem, porque nós vamos sair. Isso aí quer dizer que só é desgraça? Não. Deus escolhe as pessoas certas no momento. É! Eu acredito em Deus, sou cristão.
O mundo cristão vivia apavorado. Tinha um gigante, Golias, dos filisteus, humilhando e derrotando o povo de Deus. Aí, Ele pegou um menino e disse: “vai lá, Davi”. Davi pegou umas pedras e matou o monstro Golias. O povo de Deus escravizado e Ele vai e busca Moisés.
Eu, aqui, quero dizer, atentai bem: perder a esperança é a maior estupidez. É um pecado. Acir Gurgacz, não fui eu que disse isso não, mas Ernest Hemingway em seu livro O Velho e o Mar.
Tem que ter a esperança. Está aqui a esperança, quer queira ou não.
Folha de S.Paulo: “Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo”.
É! Luiz Inácio tem muito acerto, muitas conquistas e muitos erros - muitos erros. O maior acerto foi a valorização do trabalho. É isso. Eu sou do partido de Jesus. O Pai, Jesus, disse: “Comerás o pão com o suor do seu rosto”.
O líder do partido de Jesus, que foi antes, disse: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer” - Apóstolo Paulo. E eu posso dizer as palavras dele aqui: “Percorri meu caminho, preguei minha fé e combati o bom combate”.
Então, nesse desespero do real, está aqui: “Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo”.
A maior vitória do Presidente Luiz Inácio foi a valorização do trabalho e do trabalhador, o salário-mínimo. Quando nós entramos aqui, eu e Paim, Jefferson Péres e outros, o salário-mínimo era de US$70. Nós sonhamos com US$100 e hoje já está muito mais que US$250. Essa foi uma luta nossa; nossa com o Presidente da República. Essa foi a grande vitória dele. O resto são os aloprados enganando e mentindo para o Luiz Inácio. O resto é história de aloprado.
Eu me lembro, lá no México... Quando V. Exª for por lá, tem no palácio uma frase do General Obregón muito bacana. Quando o Luiz Inácio fosse com a sua encantadora esposa, Marisa - e todos nós nos orgulhamos da decência daquela mulher, da beleza - que ele fosse lá - e sei que ele já foi, pois vi umas fotos nas pirâmides - e desse uma volta no palácio da presidência, na praça. General Obregón: eu prefiro um adversário que me diga a verdade do que um aliado que me engane, que minta para mim. Do que um aloprado. Então, essa é a verdade.
No mínimo ele foi um vitorioso que prestigiou o trabalho. Eu acredito no trabalho. Voltaire já dizia: o trabalho afasta, pelo menos, o tédio, a preguiça e a necessidade. O trabalho é o caminho. Até na Medicina e na Psicologia tem o terapeuta ocupacional. Então, isso é que tem que ser valorizado.
Portanto, os meus cumprimentos, os meus parabéns a essa esperança que é o Governador Serra. Ele deu R$50 a mais ao salário-mínimo que acabamos de aprovar, valorizado pelo Presidente Luiz Inácio. Então, essa é uma conquista.
“Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo.”
Muito simples:
“Tucano muda critério de correção e decide adotar o PIB paulista, elevando em 10,89% (em vez de 8,79%) o piso salarial no Estado”.
Na prática, o salário-mínimo pago por esse que é o Davi, o Moisés de hoje, o José Serra, que inspira... Infeliz do País que não tenha a esperança de ter um dirigente! Está aqui. Isto é um ensinamento. Ele fez de acordo com o PIB de São Paulo, que é maior do que outros, matematicamente.
Então, são reflexões e a verdade. Sem dúvida nenhuma isso é muito bom. Foram dois homens que valorizaram o trabalho.
Essas são as nossas palavras. Também temos satisfação no nosso cumprimento da missão, o Senado da República. Posso dizer, como Cícero, que dizia: “o Senado e o povo de Roma”. Eu posso. Nós podemos. Somos filhos da democracia, do voto. Somos filhos do povo. Esta é a Casa do povo. Somos o povo. Este Senado foi a última resistência para que este País continuasse na democracia. E de democracia nós entendemos, e entendemos bem. É acabar com o l'Etat c'est moi, o Estado sou eu, onde o governante é um rei, e dividir os poderes, que têm de ser equipotentes, um olhando para o outro, um freando o outro e, no respeito, levar a uma harmonia e a uma alternância do poder.
Então, o Brasil tem uma esperança, principalmente no meu Piauí, onde vivemos um governo desastrado do PT, um governo que vive no tripé: mentira, corrupção e incompetência. Este é o sustentáculo do Governo do Partido dos Trabalhadores no meu Estado: o tripé mentira, corrupção e incompetência.
Então, que fique aqui para todos os brasileiros a esperança de termos uma alternância no poder do Piauí e do Brasil.
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