Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários a matérias publicadas na imprensa a respeito do aumento do desemprego. Elogio à decisão do Governador José Serra de conceder ao salário mínimo vigente no Estado de São Paulo um aumento acima do nacional. (como Líder0

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA SALARIAL.:
  • Comentários a matérias publicadas na imprensa a respeito do aumento do desemprego. Elogio à decisão do Governador José Serra de conceder ao salário mínimo vigente no Estado de São Paulo um aumento acima do nacional. (como Líder0
Aparteantes
Acir Gurgacz.
Publicação
Publicação no DSF de 11/02/2010 - Página 2197
Assunto
Outros > HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA SALARIAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, JEFFERSON PERES, EX SENADOR, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • IMPORTANCIA, DESCENTRALIZAÇÃO, TELECOMUNICAÇÃO, DIVERSIDADE, OFERTA, JORNALISMO, ESPECIFICAÇÃO, INTERNET, BENEFICIO, COMBATE, MANIPULAÇÃO, ESTADO, IMPRENSA.
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, IMPRENSA, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), LUCRO, BANCOS, DESEMPREGO, INDUSTRIA, COMPROVAÇÃO, DIRETRIZ, GOVERNO, FAVORECIMENTO, MERCADO FINANCEIRO.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DECISÃO, JOSE SERRA, GOVERNADOR, AMPLIAÇÃO, REAJUSTE, SALARIO MINIMO, AMBITO ESTADUAL, APOIO, ORADOR, CANDIDATURA, ELEIÇÕES, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • REGISTRO, VITORIA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, POLITICA SALARIAL, VALORIZAÇÃO, SALARIO MINIMO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Parlamentares na Casa, brasileiras e brasileiros que estão aqui no plenário do Senado da República e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado, Senadores Jefferson Praia e Acir Gurgacz, o nome Jefferson é um nome muito abençoado.

            Thomas Jefferson, dos Estados Unidos, ajudou os Estados Unidos a se libertarem da Inglaterra, fez a primeira Constituição e foi o terceiro Presidente. Atentai bem, Acir Gurgacz: no túmulo dele não está inscrito que ele foi tudo isto não - Presidente, assinou a Constituição... Está assim: “Aqui jaz Thomas Jefferson, o fundador da Universidade de Virginia”. Thomas Jefferson, então, deu o ensinamento de que o mais importante de tudo é a educação; é o ensino universitário, a máquina que arranca e eleva.

            E nós, aqui, conhecemos o Jefferson Péres, com quem convivemos. Eu digo isso com toda a inspiração que Deus me deu, e ele era o PDT. O PDT sempre esteve comigo no Piauí. Então, tinha um gênio da política - o pai dele ainda vive, Elias Ximenes do Prado -, o Elias Júnior. Eu entreguei a ele a Cohab, um plano de habitação do Governo, e esse gênio fez cerca de 40 mil habitações populares e me pediu para homenagear o Jefferson Péres. Ele já morreu. Eu o chamava de “Che Guevara”, um rapaz muito avançado, que era o símbolo do PDT lá, o Deputado Prado Júnior. Ele se aproximou e pediu que eu prestasse essa homenagem, e eu, como Governador do Estado, traduzindo o respeito, a gratidão e o simbolismo do PDT no Piauí, eu coloquei no Jefferson Péres a comenda maior do Estado do Piauí, a Grã-Cruz Renascença.

            E aí, de repente, nós estávamos aqui, ele no segundo mandato, e eu no primeiro. Ele foi um professor de todos nós. Até no discurso ele era muito sintético, Acir Gurgacz. E aí, conversando com ele, com quem sempre aprendia, ele me disse que ia porque gostava de ler Machado de Assis.

            E outro teve uma identidade muito importante. Um discurso que fiz aqui muito polêmico, citando o livro Mein Kampf, Minha Luta, do Hitler. Aí entrou aquela história dos militantes, da galinha cacarejadora, e deu uma confusão doida. Por aquele discurso vieram me botar para a Corregedoria, para a Comissão de Ética. Confusão, e as mulheres... Aí o Suplicy disse: “Mão Santa, troque galinha e bote galo”. E eu disse: “Mas aí eu vou ficar como idiota no futuro, porque vão ver que galo não põe ovo”. Eu sei que ficou.

            Na hora fiquei até preocupado, porque falo de improviso, e a gente pode cometer determinados deslizes. Não era minha intenção. Eu estava fazendo uma analogia com o partido. Mas o único aparte - foi Deus me ajudando - que teve ao meu discurso foi do Jefferson Péres. Depois eu fui ler, e vai ficar uma obra para a história. Eu analisava o Mein Kampf, em que o Hitler dizia que o Goebbels tinha ensinado que uma mentira repetida se tornava uma verdade e que eles tinham também o que nós chamamos de militante, de cabo eleitoral. Lá eles chamavam de galinha cacarejadora, dizendo obra sem ter obra e tal, aquela confusão. Mas o aparte foi dele, e eu disse que o partido muito se parecia com o daqui. Aí ele deu o nome todinho: Partido Nacionalista Nazista dos Trabalhadores da Alemanha. Quer dizer, ele fez um aparte, e entendia de história, e viu que era essa coisa.

            Mas eu quero dizer, e quero dizer para o Estado do Amazonas, que V. Exª - olha, não é fácil substituir uma estrela -, V. Exª superou as expectativas. V. Exª, falando assim como o Luiz Inácio, que gosta de meter o futebol: eu me lembro quando Pelé se contundiu em 62. E aí: “Vamos perder a Copa. Estamos lascados. Pelé se contundiu, vamos perder”. Aí entrou um Amarildo, fez um bocado de gols, e o Brasil foi campeão.

            E assim foi aqui. Nós pensávamos que ia abalar o time com a grandeza dos representantes, com todo o respeito ao Amazonas, Arthur Virgílio, João Pedro, que ia abalar o time. O Pelé Deus chamou, que foi o Jefferson, mas V. Exª entrou. V. Exª, Jefferson Praia, com muito estoicismo, com muita competência, com muita dedicação, tem discutido os temas da Amazônia. E mereceu e merece, hoje, igual respeito desta Casa, como do Brasil.

            Jefferson, esse nome também é abençoado. Eu me lembrei de Thomas Jefferson, de Jefferson Péres, de Jefferson Praia. Eu não vou ter mais filho com a Adalgisa, mas quando eu tiver um neto, vou botar o nome de Jefferson, para ele ser grande como foi Thomas Jefferson, Jefferson Péres e Jefferson Praia.

            Acir Gurgacz.

            O Sr. Acir Gurgacz (PDT - RO) - Se o senhor me permite, Senador Mão Santa, gostaria só de registrar que o Senador Jefferson Péres realmente foi, e é, um exemplo para nós todos. Ele deixou um legado muito grande para nós do PDT e, tenho certeza, para o povo do Amazonas também. Tivemos a grata satisfação, no âmbito do PDT, de receber em seu lugar outro Jefferson, Jefferson Praia, que substitui o saudoso Senador Jefferson Péres com a mesma competência e, o mais importante, Senador, com a mesma dedicação e a mesma seriedade, dando um exemplo muito importante para a classe política não só do Amazonas, mas do Brasil inteiro. Digo isso para corroborar sua tese sobre os Jeffersons. Temos, no PDT, um Jefferson que, com certeza, nos assiste e um outro Jefferson que está aqui hoje presidindo a Casa e que deixa o PDT muito orgulhoso pelo seu trabalho.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Eu entendo que o Amazonas não pode decepcionar. O Brasil todo está encantado com S. Exª no Parlamento. Não sei quais são os desígnios de Deus, mas este é um testemunho aqui.

            Eu queria, agora, entrar no meu assunto. Quis Deus estivesse aí o Acir Gurgacz, que é empresário e que conhece a realidade. Acir Gurgacz, sou médico-cirurgião, não sou um político profissional, vim de uma Santa Casa. Aliás, isso é comum. Juscelino também era médico, era cirurgião, era da Santa Casa e, de repente, foi introduzido na política. Às vezes, isso dá certo; com Juscelino, deu certo. Mas tenho uma noção muito grande do que é ser empresário e do que é a riqueza. Minha família toda é de empresários. Essa Federação da Indústria, composta pelo Sesi, pelo Senai, foi implantada no Piauí por meus parentes, e meu irmão é seu Presidente hoje. Então, tenho uma noção muito grande do que é a realidade. Embora eu seja médico e cirurgião, tenho esse exemplo dos avós.

            Minha família tinha uma indústria e tinha dois navios no Piauí. Colocou uma indústria de sabão na Ilha do Governador. V. Exª, que é empresário, imagina o que é isso. Nos anos 60, colocou ali uma indústria de sabão. O nome da família era Moraes, mas colocou o nome de Dacopa; na indústria de gordura, o nome ficou Dunorte. Eu vi eles ganharem da Gordura de Coco Carioca no Rio de Janeiro. Acir, V. Exª como empresário, sabe como é isso. Daí minha tranquilidade hoje, como Senador da República.

            Acho que esta tem de ser a casa dos pais da Pátria. Foi assim que nasceu o quadro do Senado. Moisés, decepcionado com o povo que queria adorar os bezerros de ouro, as facilidades, ouviu, segundo as Sagradas Escrituras, o que Deus disse: “Não quebre a tábua, não desista, Moisés; busque os mais velhos e os mais sábios, que eles o ajudarão a carregar o fardo do povo”. Aí é que surgiu o Senado.

            Então, quero dar minha impressão sobre a realidade, a verdade. Sei que Goebbels disse que mentira, mentira, mentira se torna verdade. Mas, Jefferson Praia, sob os céus, há um tempo determinado para cada propósito. Aquilo aconteceu naquele tempo. Só havia a rádio de Hitler, e o que ele dizia estava valendo, e ninguém podia desmentir. Está ouvindo, Luiz Inácio? Preste atenção aqui. Quero dar uma colaboração sobre o quadro de hoje. Hitler ia com três mil soldados rumo à Áustria, à Polônia. Diziam: “Lá vai Hitler com quarenta mil, com trinta mil”. Os países da Europa iam se abrindo e se rendendo antecipadamente, não é? Mas só havia a rádio do Hitler. Ele falava ao meio-dia, na hora de funcionamento das fábricas. Todo mundo ouvia, e o que Goebbels dizia era verdade.

            O cientista Alvin Toffler escreveu o livro A Terceira Onda. Na primeira onda, o homem se fixou no campo e aprendeu a criar e a plantar - foram dez mil anos. Depois, com uns quatrocentos anos, os ingleses criaram a onda industrial: o homem saiu do campo e foi para a cidade grande, para as capitais, onde havia fábricas, empregos. Mas estávamos entrando, em 1980 - é o que diz o livro de Alvin Toffler -, na terceira onda. Aí é que está a verdade, aí é que virá a verdade: é a desmassificação da imprensa. Naquele tempo, vocês podem ver que os grandes jornais, as grandes emissoras, foram... Eu me lembro de que, quando eu era menino, a gente assistia à Globo e à Tupi no Piauí. Hoje, há rádios comunitárias. Isso se chama desmassificação da comunicação. Então, não adianta, o Governo fica com os grandes órgãos, mas há os pequenininhos aí. Vejam esse negócio de portal, de blog. Há o twitter, que achei até que era um negócio de música. Isso é a comunicação de hoje. Então, não adianta, a realidade não é essa que estão repetindo, cantando. Vem a verdade.

            A sabedoria popular é tão válida, que o Livro de Deus, a Bíblia, está cheia de provérbios. Então, lembro: “A mentira tem perna curta”. No Piauí, é mais fácil tampar o sol com a peneira do que esconder a verdade. Isso tudo é malandragem, é da linha de Goebbels, de Duda Mendonça, intoxicando o povo. A verdade veio agora.

            O Globo diz: “Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde”. Atentem bem: “Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde”. Efeitos da crise mundial abalam área industrial, mas não o setor financeiro. Atentai bem, Rui Barbosa está ali. Luiz Inácio, Rui Barbosa disse que a primazia é do trabalho e do trabalhador; ele vem antes, ele é que faz a riqueza. Aqui, é o banco, o lucro é de bancos. Há o contraste: o desemprego bate recorde.

            O nosso querido Presidente Luiz Inácio, ao qual desejamos felicidade - é o nosso Lula, não é? -, foi, sem dúvida, o pai dos pobres, fez caridade, como esse programa social. Ninguém é contra caridade, principalmente eu. Eu sou Francisco. Meu nome é franciscano, minha mãe era terceira franciscana. Mas ele tem sido o pai dos pobres e a mãe dos banqueiros. Sei que pai é bicho bom - sou pai -, mas mãe é melhor. Adalgisa é melhor para os filhos do que eu.

            “Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recorde.” Bote isso aí. Essa é a verdade, não sou eu que estou dizendo isso. Essa é a realidade . Então, vamos baixar a bola, diminuir a euforia e diminuir a mentira. A realidade está aqui, na primeira página.

            Vamos adiante. E, aqui, está a mídia. Este Senado é bom. Este Senado dá isto aqui para todos os Senadores, para os Parlamentares. É uma mídia muito bem feita, impressa. Aqui, são só os assuntos políticos do Brasil, para ser objetivo. Todos os dias eu leio.

            Acredito em Deus, que é verdade, que é amor. Acredito no amor que faz a instituição família, acredito no estudo. Acredito no estudo. O estudo dá sabedoria. A sabedoria vale mais do que ouro e prata. E acredito no trabalho. Essas são minhas crenças. Estou aqui e posso ensinar: uma pernada estudando, outra pernada do trabalho. Estudando e trabalhando, cheguei aqui facilmente. Nunca comprei um voto. Nem sei o que é fazer um título de eleitor. O povo vota em mim porque gosta de mim, porque é de graça e porque quer. A turma diz: “Voto noutro se pagar; no Mão Santa, não, voto de graça no Mão Santa”. É isso. Era assim também com Jefferson Péres, não era? Conversei muito com ele.

            Mas vamos mais adiante: “Emprego na indústria tem maior queda desde 2002”. Olha, manquem-se! Esse negócio de Goebbels, de mentira, está aqui! O meu avô era o maior industrial do Piauí, tinha dois navios, sei o que é isso. Vi isso. Não fiz isso. Dediquei minha vida a uma Santa Casa, mas sentei no colo do meu avô, um empresário gigante. Venceu lá, saiu do Piauí e venceu no Rio de Janeiro, na Ilha do Governador. Quanto ao gás, avalie o que é isso! Vi seu ônibus, seu trabalho, o trabalho de seu pai, sua luta.

            Está dito aqui que emprego industrial tem a pior queda desde 2002. Essa é a verdade. Por isso, há essa audiência da TV Senado. Aqui, está a verdade. E, agora, eu, que sou do Partido Social Cristão, posso dizer: “Sou a verdade, o caminho e a vida”. Essa é a verdade. Sou do Partido de Jesus. Em verdade, em verdade, eu vos digo: emprego industrial tem a pior queda desde 2002.

            Aqui, houve a primeira onda, a da agricultura; a segunda foi a industrial, com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), com o Skaf, com Paulo Skaf, Presidente, grande líder. “O País perdeu 180 mil postos de trabalho em 2009.” Segundo o IBGE - que é do Governo - foram 5,3%. O resto é balela, conversa fiada, é mentira, demagogia. A Fiesp calcula que o setor perdeu 180 mil vagas. É dito: “Afetado pela crise econômica mundial, o emprego na indústria amargou, em 2009, a sua pior queda”. “O IBGE iniciou uma série histórica, a retração foi de 5,8%.”

            Vamos, então, ao que diz a mídia. Nem tudo é pessimismo, não. Há aqui aquelas discussões que não interessam. Vamos ao que diz a Folha de S. Paulo. O povo não pode comprar jornal; dos 190 milhões, poucos são os que podem comprar jornal. É dito: “Emprego na indústria tem a maior queda desde 2002”. É o que se repete em outra reportagem. É o que diz a Folha de S. Paulo, o Globo. Ninguém esconde a verdade. Também o Jornal do Brasil - atentai bem! - diz a verdade: “Emprego na indústria tem a maior queda em sete anos”.

            Jornal do Brasil - atentai bem -, a verdade:

Emprego na indústria tem maior queda em 7 anos.

Renúncia fiscal do governo forçou reação no segundo...

            É aquela renúncia que fez as prefeiturinhas estarem todas lascadas. Quem fala sou eu, que fui prefeitinho. Eu só vejo a choradeira, porque diminuiu... Você sabe que o Fundo de Participação Municipal é resultante do Imposto de Renda e do IPI. Se tirou o IPI, ele baixou.

            Então, está aqui o Jornal do Brasil:

            Emprego: maior queda desde 2002”.

            O IBGE afirma que o índice de ocupação da indústria caiu 5,3%.

            Agora, não é também assim, não. Deus é bom, Deus é pai, Deus não nos abandona. Atentai bem, porque nós vamos sair. Isso aí quer dizer que só é desgraça? Não. Deus escolhe as pessoas certas no momento. É! Eu acredito em Deus, sou cristão.

         O mundo cristão vivia apavorado. Tinha um gigante, Golias, dos filisteus, humilhando e derrotando o povo de Deus. Aí, Ele pegou um menino e disse: “vai lá, Davi”. Davi pegou umas pedras e matou o monstro Golias. O povo de Deus escravizado e Ele vai e busca Moisés.

         Eu, aqui, quero dizer, atentai bem: perder a esperança é a maior estupidez. É um pecado. Acir Gurgacz, não fui eu que disse isso não, mas Ernest Hemingway em seu livro O Velho e o Mar.

            Tem que ter a esperança. Está aqui a esperança, quer queira ou não.

Folha de S.Paulo: “Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo”.

            É! Luiz Inácio tem muito acerto, muitas conquistas e muitos erros - muitos erros. O maior acerto foi a valorização do trabalho. É isso. Eu sou do partido de Jesus. O Pai, Jesus, disse: “Comerás o pão com o suor do seu rosto”.

            O líder do partido de Jesus, que foi antes, disse: “Quem não trabalha não merece ganhar para comer” - Apóstolo Paulo. E eu posso dizer as palavras dele aqui: “Percorri meu caminho, preguei minha fé e combati o bom combate”.

            Então, nesse desespero do real, está aqui: “Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo”.

            A maior vitória do Presidente Luiz Inácio foi a valorização do trabalho e do trabalhador, o salário-mínimo. Quando nós entramos aqui, eu e Paim, Jefferson Péres e outros, o salário-mínimo era de US$70. Nós sonhamos com US$100 e hoje já está muito mais que US$250. Essa foi uma luta nossa; nossa com o Presidente da República. Essa foi a grande vitória dele. O resto são os aloprados enganando e mentindo para o Luiz Inácio. O resto é história de aloprado.

            Eu me lembro, lá no México... Quando V. Exª for por lá, tem no palácio uma frase do General Obregón muito bacana. Quando o Luiz Inácio fosse com a sua encantadora esposa, Marisa - e todos nós nos orgulhamos da decência daquela mulher, da beleza - que ele fosse lá - e sei que ele já foi, pois vi umas fotos nas pirâmides - e desse uma volta no palácio da presidência, na praça. General Obregón: eu prefiro um adversário que me diga a verdade do que um aliado que me engane, que minta para mim. Do que um aloprado. Então, essa é a verdade.

            No mínimo ele foi um vitorioso que prestigiou o trabalho. Eu acredito no trabalho. Voltaire já dizia: o trabalho afasta, pelo menos, o tédio, a preguiça e a necessidade. O trabalho é o caminho. Até na Medicina e na Psicologia tem o terapeuta ocupacional. Então, isso é que tem que ser valorizado.

            Portanto, os meus cumprimentos, os meus parabéns a essa esperança que é o Governador Serra. Ele deu R$50 a mais ao salário-mínimo que acabamos de aprovar, valorizado pelo Presidente Luiz Inácio. Então, essa é uma conquista.

“Serra muda critério para dar reajuste maior ao mínimo.”

            Muito simples:

“Tucano muda critério de correção e decide adotar o PIB paulista, elevando em 10,89% (em vez de 8,79%) o piso salarial no Estado”.

            Na prática, o salário-mínimo pago por esse que é o Davi, o Moisés de hoje, o José Serra, que inspira... Infeliz do País que não tenha a esperança de ter um dirigente! Está aqui. Isto é um ensinamento. Ele fez de acordo com o PIB de São Paulo, que é maior do que outros, matematicamente.

            Então, são reflexões e a verdade. Sem dúvida nenhuma isso é muito bom. Foram dois homens que valorizaram o trabalho.

            Essas são as nossas palavras. Também temos satisfação no nosso cumprimento da missão, o Senado da República. Posso dizer, como Cícero, que dizia: “o Senado e o povo de Roma”. Eu posso. Nós podemos. Somos filhos da democracia, do voto. Somos filhos do povo. Esta é a Casa do povo. Somos o povo. Este Senado foi a última resistência para que este País continuasse na democracia. E de democracia nós entendemos, e entendemos bem. É acabar com o l'Etat c'est moi, o Estado sou eu, onde o governante é um rei, e dividir os poderes, que têm de ser equipotentes, um olhando para o outro, um freando o outro e, no respeito, levar a uma harmonia e a uma alternância do poder.

            Então, o Brasil tem uma esperança, principalmente no meu Piauí, onde vivemos um governo desastrado do PT, um governo que vive no tripé: mentira, corrupção e incompetência. Este é o sustentáculo do Governo do Partido dos Trabalhadores no meu Estado: o tripé mentira, corrupção e incompetência.

            Então, que fique aqui para todos os brasileiros a esperança de termos uma alternância no poder do Piauí e do Brasil.


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