Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro das belezas do Delta do Parnaíba, no Piauí, objeto de matéria do jornal Correio Braziliense, no caderno Turismo. Voto de pesar pelo falecimento, aos 87 anos, do piauiense Omar Santos Rocha, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
TURISMO. HOMENAGEM.:
  • Registro das belezas do Delta do Parnaíba, no Piauí, objeto de matéria do jornal Correio Braziliense, no caderno Turismo. Voto de pesar pelo falecimento, aos 87 anos, do piauiense Omar Santos Rocha, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 25/02/2010 - Página 4270
Assunto
Outros > TURISMO. HOMENAGEM.
Indexação
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), ELOGIO, LITORAL, ESTADO DO PIAUI (PI), RECURSOS NATURAIS, RIO PARNAIBA.
  • HOMENAGEM POSTUMA, PROFESSOR, ADVOGADO, EX PRESIDENTE, ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB), ESTADO DO PIAUI (PI), ELOGIO, VIDA PUBLICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Sadi Cassol, que preside esta sessão; parlamentares da Casa; brasileiras e brasileiros que nos assistem pelo sistema de comunicação e que estão aqui, no plenário; Professor Cristovam Buarque, começo meu pronunciamento, primeiro, entusiasmado com o jornal da capital, da sua capital, da nossa capital, de Brasília: o Correio Braziliense.

            Todos nós, da nossa geração, éramos viciados mesmo só nos jornais de São Paulo e nos do Rio de Janeiro. Entretanto, hoje, é leitura obrigatória este Correio Braziliense. Ele tem uma apresentação muito boa, muito moderna e é um jornal independente, ativo, combativo.

            Hoje, faço este pronunciamento até com muita emoção, Sr. Presidente, porque, no suplemento de Turismo de hoje, quarta-feira, o jornal traz algumas reportagens, mas faz uma bela reportagem sobre o Delta do nosso Piauí.

            O Piauí é esse Estado que surpreende. O Brasil pouco entende da nossa civilização, mas é porque o Piauí, antes, foi dependente de Pernambuco.

            Quando se libertou de Pernambuco, ficou dependente do Maranhão. Então, nossa história é muito recente. Foram duas as nossas capitais: Oeiras, numa história de trinta anos, e, depois, a encantadora Teresina, a primeira capital planejada deste País. Adentra o plenário o Senador Heráclito Fortes, que é do Piauí. Então, a primeira capital planejada é diferente de todas as outras do Nordeste, que são situadas no litoral. Teresina, planejada, situa-se, como o coração humano, no meio do território piauiense.

            Senador Cassol, foi um baiano que transformou o Piauí: Saraiva. Era um homem muito competente que participava da administração do Império. Estivera em Sergipe esse baiano e, muito cedo, chegou como governante do Piauí. Em apenas quatro anos que ele esteve lá, ele fez esta revolução e teve esta visão de futuro: tirou a capital de Oeiras e a colocou em Teresina, situada entre dois rios. Teresina é uma cidade mesopotâmica. Naquela época, havia uma cidade do Maranhão muito importante comercialmente, que era Caxias. Ele, na sua antevisão, disse que o Piauí perderia toda a comercialização se ele não adotasse esse gesto.

            Hoje, Teresina, por sua localização, é um entreposto comercial gigante, e, com a riqueza, o comércio floresceu. Há um centro médico em que se vive uma medicina de excelência. Isso se deve ao fato de, no período ditatorial, nosso Vargas ter colocado interventores tenentes Brasil afora, e, como o do Piauí, o Tenente Landri Sales, não deu certo, ali ficou o médico Leônidas Melo, que, com a visão de médico, cravou um grande desenvolvimento. O maior hospital, que ainda hoje é grandioso, é o Hospital Getúlio Vargas. Quando governei, fiz um pronto-socorro anexo a ele. Então, Teresina é, hoje, sem dúvida, um centro cultural extraordinário. Lá há um grande centro de Medicina, de Arquitetura, de Engenharia. É uma cidade moderna e avançada. Isso transforma Teresina num centro de cultura, de turismo, de eventos, de congressos.

            O sul do Estado, como a história nos relata, foi o berço do homem americano. Há impressões rupestres na Serra da Capivara. Diz a estudiosa Niède Guidon, da escola francesa, que o homem esteve no Piauí há quarenta mil anos. O Estado é o berço do homem americano. Há também, então, nessa região, um atrativo para o turismo paleontológico, para o turismo histórico e cultural.

            Há também o encanto do litoral do Piauí. É o menor litoral, com 66 quilômetros, mas de uma beleza ímpar. O Correio Braziliense o descreve - eu pediria que focalizassem a foto, uma grande fotografia, que o mostra de uma vez só.

            Já tive oportunidade, quando governava o Estado do Piauí, de convidar Sebastião Nery, esse intelectual, escritor e jornalista, para visitar o Estado. Heráclito, de repente, íamos em duas lanchas, e Sebastião Nery, que é um homem do mundo, um homem muito viajado, gritou: “Para, para, para!”. Fiquei preocupado, Sadi Cassol, e pensei: “Será que caiu alguém ali?”. Estávamos tomando uns uísques, e uns nativos ofereciam ostras. Ele disse: “Para, para, para!”. Líder Eduardo Suplicy, Sebastião Nery disse: “Para!”. Eu, preocupado, perguntei: “Será que caiu alguém da lancha?”. Não. Era para ver a natureza. Ele, que é um homem do mundo, disse que nunca vira algo igual antes. Quem conhece a história e a cultura de Sebastião Nery, escritor e jornalista, sabe que ele é o autor de Folclore Político, de A História da vitória: porque Collor ganhou e de vários outros livros e que ele é um homem altamente viajado. Ele disse: “Para, para, para!”. E eu, preocupado, perguntei: “O que é? Caiu alguém aí?”. Ele disse: “Nunca vi, de chofre, uma paisagem como essa, com verdes mares bravios, o rio, brancas dunas e o mangue, de uma vez só”.

            Então, o rio Parnaíba, que nos separa do Maranhão...

            O Sr. Heráclito Fortes (DEM - PI) - Ou que nos une, Senador Mão Santa!

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - O rio nos une. É que o Sarney... E nosso Heráclito Fortes está revivendo isso, dizendo que o rio nos une.

            Depois de percorrer 1.458 quilômetros, o rio Parnaíba se lança no mar, mas inteligentemente. Não é como o Amazonas, que se lança no mar burramente - bum! -, de uma vez só. Ele se abre, abraçando, daí se chamar delta, porque essa abertura lembra a letra grega delta, que é triangular. Deus só quis fazer isso três vezes no mundo todo. Fala-se em delta na Argentina; aquele é um delta também, mas ele se lança no Mar Del Plata, que é um rio. Ele se lança em um rio. É um rio muito largo, com quase duzentos quilômetros. No início da civilização, o rio, porque é largo, era chamado de mar. Mas ele é um rio. Mas, em mar aberto, só o rio Nilo, no Egito, faz isso, bem como o Mekong, no Vietnã, que é cheio de guerra. Então, em mar aberto, só há três rios que deságuam; nas Américas, só há o nosso. Mas ninguém entende o que é delta, ninguém sabe alfabeto grego.

            Então, ele se abre em cinco rios antes de se lançar ao mar. São cinco rios! Então, com certeza, lembra uma mão, e uma mão santa, porque esses cinco rios, nas suas tortuosidades, fizeram nascer 78 ilhas: dois terços são do Maranhão, e um terço é do Piauí. Então, foi isso que encantou nosso Sebastião Nery. “Nunca vi um negócio desse”, disse ele, que andou pelo mundo. E suas águas são mornas.

            Um dos primeiros rios é o chamado Igaraçu, que significa “canoa grande”, um nome indígena, que contorna a minha cidade natal, Parnaíba, onde nasceu Evandro Lins e Silva, jurista comparável a Rui Barbosa e o melhor Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em toda a sua história. Feliz da nossa Justiça, que não precisa buscar exemplo na história de outros países. O exemplo é lá do Piauí: Evandro Lins e Silva foi Presidente do STF na época mais difícil, na ditadura, e libertou os presos políticos. Ouvi Miguel Arraes dizer - está ouvindo, Heráclito? - que já considerava que ia ser comido pelos jacarés, porque ele estava preso em Fernando de Noronha, que era a prisão dos presos políticos, e que nunca mais imaginava ser solto, quando chegou um habeas corpus de Evandro Lins e Silva. Estou dando só um exemplo. Nunca antes, como diz nosso Presidente, vi um pessoa com tanta firmeza, com tanto saber jurídico! No fim de sua vida, eu o convidei para ser paraninfo de uma Faculdade de Direito que criamos em Parnaíba, Heráclito. Ele, na minha casa no Coqueiro, falava da simplicidade. Era uma mesinha, não havia essa ostentação, esses prédios, que isso não é Justiça. A Justiça está na força, na virtude dos homens que a fazem. Ela é uma inspiração divina, mas é feita por homens, alguns fracos, falhos.

            Nasceu na maior ilha do Delta, IIha Grande de Santa Isabel. Esta é ligada à minha cidade. Há uma ponte feita pelo Governo da Revolução - era o Presidente Geisel, era Alberto Silva. É, hoje, uma cidade dessas novas que criamos, Heráclito.

            Então, no litoral do Piauí, hoje, há quatro cidades: duas que criamos, que é essa Ilha Grande, que chamamos de Morros da Mariana, e Parnaíba, a minha cidade, Luís Correia e uma cidade que fazia limite com o Ceará, Cajueiro da Praia, que criei, como Governador do Estado do Piauí, com convicção e com a inspiração de que Cajueiro da Praia, que tem sua praça em Barra Grande, é um atrativo maior que a mais encantadora cidade praiana do Ceará, que é Jericoacoara, além de Camocim. Então, é muito próximo. Devem ser uns cinquenta ou sessenta quilômetros de distância. Então, ali há as mesmas condições da natureza. Esse é o Piauí. Criei, dei estrutura, asfalto, água, colégio, hospitais, na certeza de que, em pouco tempo, Cajueiro da Praia, com sua praia encantadora de Barra Grande, passaria Jericoacoara, a mais encantadora praia do Ceará, que é quase colada ao Piauí.

            Então, essa reportagem refere-se justamente ao Piauí, ô Heráclito Fortes. Ela é feita por Patrícia Banuth: “Piauí. No litoral do Estado, tours pelo Delta do Parnaíba revelam diferentes ecossistemas em paisagens de cores contrastantes. Garças, caranguejos, pica-paus e macacos são algumas das espécies que se podem avistar durante o passeio”. Sei que Fortaleza é uma Miami do Nordeste - estudei lá, sou meio cearense -, mas todo caranguejo, Heráclito, que vai para Fortaleza sai do Delta, dos mangues.

            Ela demonstra estar encantada com o que chama de “homem-lama”. Senador Sadi Cassol, o homem-lama, como o sertanejo, é um bravo. Ele adentra a lama dos mangues, e o interessante é que ele mete a mão ali e vem com o caranguejo. Ele só pega se for macho, porque a fêmea é que reproduz. Daí não acabar essa espécie. A grande cultura de exportação é dessa região. É do Delta que vai todo caranguejo para Fortaleza. Ele é transportado em caminhão, aqueles nativos botam o galho, para que ele não morra. Então, ela, encantada, descreve essa ação do homem-lama, que entra no Delta. O interessante, com toda certeza, é que a cumbuca do caranguejo é diferente: a do macho é retilínea, e a da fêmea, côncava. Então, o homem-lama, como ela o chama, mete a mão naquela lama e deixa ali o caranguejo se este for fêmea; se for macho, ele o retira.

            Então, essas são as nossas maravilhas. Podemos confessar que há verdes mares bravios, brancas dunas, vento que nos acaricia o dia todo, sol que nos tosta, rio que nos abraça e centenas de lagoas. O Piauí tem cem lagoas, muitas no sul, mas, nessa região do Delta, há algumas, como a do Portinho. Ouvi aquelas músicas da Bahia, de Sílvio Caldas, daqueles cantores todos, de Dorival Caymmi. Minha maior decepção foi conhecer a Lagoa do Abaeté, tão bem cantada, tão bem decantada pelos poetas e músicos da Bahia, porque, no Piauí, há cem lagoas, todas mais belas: Lagoa do Portinho, Lagoa do Sobrinho, Lagoa do Amor. Então, é onde o mar abraça o rio.

            E a reportagem diz o seguinte:

margarita“Cinco divisões.

Formado pelo Rio Parnaíba, o delta abre-se em cinco braços, envolvendo mais de 70 ilhas fluviais. São 76 ilhas fluviais [e marítimas]. Suas águas desembocam no Oceano Atlântico por meio das bocas de Tutoia, Melancieiras (ou Carrapato), Caju, Canárias e Igaraçu. O delta abrange não só áreas do Piauí, como do Maranhão”.

            A ilha mais profunda é a que chamamos Ilha do Caju. Ela pertenceu a uma tradicional família inglesa, muito forte no comércio, e ainda tem a sua neta, a encantadora ecologista, Drª Ingrid, quem tem lá uma pousada ecológica.

            Realmente nós queremos dizer... Mas o que me impressiona, ô Heráclito, eu não sei, eu sei que uma vez eu fui a Cancun. Eu era governador do Estado. Aí eu fui a Cancun. Heráclito, eu botei o calção, fui tomar banho. Olha, eu meti o dedo do pé e saí com medo de dar gangrena porque a água era muito fria. Saí correndo e fui tomar aquela marguerita ali, porque, senão, não teria coragem. Eu tenho para mim que dá gangrena, pelo frio. Quando há frio, há uma vasoconstrição. Então, lá no Piauí, a água é caliente. Você pode tomar banho, o sol se pondo, e entra a noite, porque a água tem um calor específico baixo. Isso significa dizer, a Física nos ensina, que absorve o calor. Então, passa o dia todo absorvendo o calor, de manhã, o sol do meio dia, absorve e desprende lentamente. Então, você pode tomar banho à noite, Acir Gurgacz. Leve lá a sua esposa e a família. É caliente, morna. Daí o atrativo, que cada vez se torna mais. E cada vez eu vejo a atração do mundo pela natureza.

            Então, nós queremos agradecer esta reportagem tão bem feita, que eu convido todos para ler. E convido, tem avião da Gol que vai para Teresina, e da TAM, e depois ônibus. E fundamental...

            E pede o aparte o nosso Suplicy, que, recentemente, foi lá no Delta, conviveu e, com certeza, vai voltar. Suplicy foi lá com a sua encantadora companheira, a Profª Mônica.

            Com a palavra o Suplicy, que pede o aparte.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Senador Mão Santa, quero aqui testemunhar a beleza dos mais diversos lugares do Estado do Piauí, que V. Exª descreve a partir dessa reportagem positiva que o Correio Braziliense fez sobre os lugares do Piauí, tão bonitos. Eu quero apenas testemunhar que, de fato, tanto tive a oportunidade de conhecer os lugares, como o Delta do Parnaíba, e ali as diversas praias, inclusive a de Barra Grande, na Pousada da Srª Aury Lessa, tão brilhante poetisa do Piauí, autora de Os Bons Tempos de Ciranda, um livro sobretudo para as crianças, mas para os adultos também. Ali fiquei encantado de ver a beleza das praias e dos diversos lugares. Como podemos todos nos surpreender, como aconteceu com Sebastião Neri ao passear pelo Delta do Parnaíba, vendo ora o lugar da água do rio Parnaíba, ora do oceano Atlântico. Então, eu quero muito recomendar a todos os brasileiros e mesmo aos estrangeiros que visitem as belezas do Piauí.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Olha, e eu quero fazer aqui um comercial. Heráclito, aquela família Clark deu um embaixador muito importante. Ô Suplicy, ele foi tão importante que só ficou em cidades grandes, porque foi amigo de Osvaldo Aranha, o Ministro de Relações Exteriores de Getúlio. Então, ele só viveu em cidades grandes: Buenos Aires, Roma, Paris. Só nessas cidades grandes. E ele teve um câncer no final. Ele é parnaibano, dessa família da ilha do Caju, é tio-avô. Heráclito, ele resolveu - teve um câncer no final - morrer em Parnaíba. O médico dele era o Dr. Odival Rezende. E eu, recém-chegado, quando o Dr. Odival Rezende viajava, tive a oportunidade de atendê-lo. Suplicy, ele me mostrou um livro dele - viu, Heráclito? - e me disse o seguinte: “As duas cidades mais bonitas do mundo começam com a letra P: Paris e Parnaíba”. Agora, eu confesso: PT. Sadi Cassol, V. Exª que está presidindo? PP, isso ele disse. Paris e Parnaíba. Eu digo PT: Parnaíba e Teresina.

            Só um minuto, Heráclito.

            E vamos falar em nome do Heráclito e do João Vicente. Eu recebi, com pesar, um requerimento. O ex-Presidente da OAB, Omar dos Santos Rocha. Então, nós vamos assinar, em conjunto, os Senadores. Morreu na terça-feira, com 87 anos, no Hospital Santa Maria. Ele foi Presidente da OAB. Era um advogado muito respeitado no Estado. Formou-se na Faculdade de Direito do Piauí em 1950. Foi professor de Português do Liceu do Piauí, serviu a Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. E foi Secretário de Segurança no Governo do João Clímaco. Advogou por mais de meio século, especializando-se em Direito, foi por vários anos advogado da Polícia Federal.

            Então, isso era o que tinha a dizer. Foi formalizar o requerimento e eu, Heráclito e João Vicente vamos nos associar a esse pesar que vive a sua família e a Justiça do Piauí.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/02/2010 - Página 4270