Discurso durante a 15ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reverência à memória da Dra. Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral Nacional da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa; do Dr. Luiz Carlos Costa, representante da ONU; e dos militares brasileiros vitimados pelo terremoto no Haiti.

Autor
Marconi Perillo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Marconi Ferreira Perillo Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Reverência à memória da Dra. Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral Nacional da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa; do Dr. Luiz Carlos Costa, representante da ONU; e dos militares brasileiros vitimados pelo terremoto no Haiti.
Publicação
Publicação no DSF de 24/02/2010 - Página 4006
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ZILDA ARNS, MEDICO, LIDER, ENTIDADE, IGREJA CATOLICA, AUXILIO, CRIANÇA, IDOSO, SITUAÇÃO, POBREZA, ABANDONO, REPRESENTANTE, BRASIL, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), MILITAR, FORÇAS ARMADAS, VITIMA, ABALO SISMICO, PAIS ESTRANGEIRO, LEITURA, NOME.
  • COMENTARIO, SITUAÇÃO, CALAMIDADE PUBLICA, MISERIA, PAIS ESTRANGEIRO, HAITI, NECESSIDADE, AMPLIAÇÃO, SOLIDARIEDADE.
  • ELOGIO, EMPENHO, SOLIDARIEDADE, ZILDA ARNS, MEDICO, MILITAR, FORÇAS ARMADAS, PROMOÇÃO, DIREITOS HUMANOS, APOIO, RECONSTRUÇÃO, PAIS.

      O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, DISCURSO PROFERIDO PELO SENADOR MARCONI PERILLO NO PLENÁRIO DO SENADO FEDERAL EM 23/02/2010.  Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, O Senado Federal presta justa homenagem nesta Sessão ao reverenciar a memória da Drª Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral Nacional e Internacional da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, do Dr. Luiz Carlos Costa, Representante Especial Adjunto da Organização das Nações Unidas no Haiti, e dos militares brasileiros integrantes da Força de Paz, a saber:

1) Coronel Emílio Carlos Torres dos Santos;

2) Coronel João Eliseu Souza Zanin;

3) Tenente-Coronel Marcus Vinicius Macedo Cysneiros;

4) Major Francisco Adolfo Viana Martins Filho;

5) Major Márcio Guimarães Martins;

6) Primeiro-Tenente Bruno Ribeiro Mário;

7) Subtenente Raniel Batista de Camargos;

8) Segundo-Sargento Davi Ramos de Lima;

9) Segundo-Sargento Leonardo de Castro Carvalho;

10) Terceiro-Sargento Rodrigo de Souza Lima;

11) Cabo Douglas Pedrotti Neckel;

12) Cabo Washington Luis de Souza Seraphin;

13) Cabo Ari Dirceu Fernandes Júnior;

14) Soldado Tiago Anaya Detimermani;

15) Soldado Antonio José Anacleto;

16) Soldado Kleber da Silva Santos;

17) Soldado Rodrigo Augusto da Silva; e

18) Soldado Felipe Gonçalves Júlio.

      Sem dúvida, o terremoto no Haiti chocou o mundo por ter-se tornado uma das maiores tragédias de nosso tempo, com um número de mortos da ordem de mais de 200 mil pessoas. tremor devastador arrasou as já precárias instalações urbanas do Haiti, casas, hospitais, escolas, igrejas, embaixadas e até a sede do Governo, além de colocar nas ruas e sem abrigo mais de um milhão de pessoas.

      Trata-se, portanto, de uma calamidade, que se agrava em razão de própria pobreza do país e entristece a todos nós, em particular as famílias dos nossos homenageados.

      Mas, se o corpo sucumbe à morte, permanece vivo e perene o exemplo de dedicação às causas humanitárias deixado pela Drª Zilda Arns, pelo Dr. Luiz Carlos Costa e pelos militares brasileiros.

      Nesta homenagem a pessoas com tamanho espírito solidário, gostaríamos de observar que o desafio do Haiti demanda de todos nós, independentemente da nacionalidade, esforço maior, que vai além do socorro imediato às vítimas do terremoto.

Numa lição de fraternidade, que retoma não só as máximas cristãs, mas também o espírito iluminista, nós precisamos reconstruir essa nação e ajudar o povo haitiano a se organizar política, econômica e socialmente.

      O Haiti é a nação mais pobre da América e a segunda mais pobre do mundo. Exatamente por isso, nós devemos nos unir num concerto de nações para reerguer esse país e quem sabe até transformá-lo num exemplo da lição de solidariedade neste momento de construção da sociedade contemporânea, da sociedade do conhecimento, da sociedade da tecnologia.

      Nós temos o dever solidário de ajudar o povo haitiano não só neste primeiro momento emergencial, mas ao longo dos próximos anos, como forma de proporcionar ao país as condições mínimas para que possa caminhar e se desenvolver por conta própria.

      Essa atitude, sem dúvida, seria a maior homenagem que poderíamos prestar não só aos brasileiros que morreram no terremoto, mas também a todas as vítimas dessa catástrofe.

      Todavia, devemos observar que a ajuda ao Haiti não pode, em hipótese alguma, significar qualquer intenção de ocupar aquela nação como ponto de domínio estratégico no Caribe.

      O Haiti é um país independente, aliás, o primeiro a se tornar independente na América em 1801. Se ajudado de forma adequada, tem condições de encontrar o caminho para a sustentabilidade econômica e a organização social e política de seu povo.

Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/02/2010 - Página 4006