O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela Liderança do PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, aqueles que nos veem na TV Senado, os que nos ouvem, Senador Sadi Cassol, Senador Arthur Virgílio - flamenguista, que acabou de falar; eu também sou -, eu quero fazer alguns registros muito rápidos, Senador Flávio Arns.

            Primeiro, quero dizer que estou protocolando nesta Casa um voto de aplauso, de apreço ao Papa pela declaração que fez quando desvendado o escândalo na Irlanda de abuso de criança. Foi a público de uma maneira muito corajosa - e nunca se acovardou diante desse fato esse Papa -, pedindo aos governantes do mundo que, Senador Arthur Virgílio, abuso de criança, de maneira imediata, onde ainda não é, que se torne crime hediondo.

            E o Papa merece aplauso pela coragem e pelo enfrentamento ao aborto e uma série de outras questões, Senador Flávio Arns. E eu me junto nessa questão para criarmos uma frente contra a resolução da Comissão de Direitos Humanos da Presidência da República, que versa, de forma atabalhoada, pelo interesse de meia dúzia de técnicos, sobre a questão do aborto, os seus interesses, as suas visões filosóficas e até sobre a questão do PL 122 que está nesta Casa, que nós, a sociedade e a família, no Brasil, repudiamos.

            Recebi hoje, no meu gabinete, Senador Mão Santa, do seu Estado, o Presidente da Câmara de Corrente, Vereador Gutão. E, com muita alegria, cumprimento o Procurador Augusto César, do seu Estado, que denunciou hoje o Prefeito de Sebastião Barros. Está na mão do Desembargador Joaquim Santana, que, tenho certeza, pelos indicativos de homem de bem, certamente acatará a denúncia. E coloco-me à disposição do Desembargador. Liguei hoje para entregar a ele os elementos de investigação de que disponho na CPI da Pedofilia.

            O Prefeito de Sebastião Barros, um pedófilo. Pedófilo! Esse desgraçado foi pego abusando de uma criança com leucemia, com apenas 8 anos de idade. E tenho certeza de que o Tribunal do Piauí e a sociedade estarão vigilantes e haverão de tomar essa posição.

            Esse Prefeito, Senador Arthur Virgílio, veio aqui e fez um depoimento cínico, ganhou uma liminar para não falar nada - aliás, isso já está na Constituição. Aliás, o pedófilo, quando não fala, está falando. Para mim, não há o menor problema. Ouvi a mulher, ouvi um outro vereadorzinho atrevido que ele trouxe lá. A mulher dele - tive informação agora, Senador Mão Santa -, a mulher do Prefeito Sebastião Barros foi embora, porque, nesse final de semana, ela o pegou com uma outra criança.

            Pedófilo é compulsivo. Deve-se tirar o pedófilo de circulação na sociedade, criando instrumentos para mantê-los... Nós precisamos mudar a Constituição, Senador Sadi Cassol. Instituir prisão perpétua para essa gente no Brasil, já que nós somos cristãos e não acreditamos em pena de morte.

            Ao mesmo tempo, Senador Arthur, recebo aqui o Prefeito de Coari, com os Secretários, lá do seu Estado. Senador Mão Santa! - aprendi com V. Exª a chamara atenção dos Pares para o discurso. Mas, Senador Mão Santa, eu fui a Coari, fui convocado desta tribuna pelo Senador Arthur Virgílio. A CPI foi e destituiu Adail Pinheiro e seu time, a Lândia, a cafetina abusadora de crianças, o que culminou com a libertação de um povo. Recebi com muito prazer o Sr. Prefeito com seus Secretários em meu gabinete. Quero abraçá-los.

            Sr. Presidente, estou passando em tópicos, rapidamente, porque protocolei na CDH, Senador Arthur Virgílio, o pedido para que tenhamos uma audiência pública. Convidamos o Cônsul do Haiti a vir a nossa Comissão de Direitos Humanos para que possamos discutir a questão da adoção das crianças haitianas por brasileiros que já se inscreveram para receber essas crianças, para terem essas crianças e dar a elas carinho, amor e família.

            Após esse momento difícil, entendendo o Sr. Cônsul quais são os caminhos, os trâmites e como as famílias brasileiras, quais os critérios... E aqui quero abraçar a família brasileira, o sentimento dos homens e das mulheres brasileiras que foram ao consulado, movidos por um sentimento paterno e materno, se oferecerem para se tornarem pais e mães de crianças mutiladas, crianças que perderam um bracinho, uma perninha, um olho no acidente, no grande terremoto que abalou o Haiti, crianças órfãs sem o carinho de pai e sem o carinho de mãe. Que esse processo seja acelerado para que essas crianças, o mais rápido possível, tenham o conforto e o afeto de quem conforto e afeto quer dar, que são essas famílias brasileiras.

            Sr. Presidente, são tópicos que estou passando muito rapidamente, mas eu gostaria de fazer um relato a respeito de Vila Velha.

            Senador Arthur Virgílio, olhe para mim. Fica olhando para mim agora. Você não fica bem com esses óculos, não. É claro que esses óculos na ponta do nariz não fica bom, não. Olhe para mim.

            Sábado, tivemos, em Vila Velha, cidade de um Prefeito jovem e imponente, Neucimar Fraga, um Jungle Fight, comandado pelo seu irmão Wallid Ismail. Fiquei impressionado! Fiquei impressionado! Por Deus! Um evento feito na praia, onde, pela primeira vez, se instituiu o Cinturão Rei da Praia. Evento aberto, choveu um dilúvio. O evento foi feito da mesma forma, com uma multidão, o que prova o crescimento desse esporte no País. Qualquer outro esporte, na praia, de noite, o povo, com aquela chuva, teria ido embora. Não foi. E cada lutador que venceu a luta recebeu o Cinturão Rei da Praia.

            Interessante... E quero agradecer ao Wallid Ismail, agradecer mesmo, como pai que sou, porque sou pai de uma legião de jovens tirados das drogas, nas ruas do Brasil, nas ruas do meu Estado. E dois atletas eram meus, da minha instituição. O Marcelo, que venceu uma luta duríssima, que vai ser reprisada. V. Exª vai ver e, depois, faça o comentário, porque é faixa preta de jiu-jitsu e agora está fazendo muay thai. No chão, não quero nada com V. Exª. Mas em pé eu o encaro, porque meu negócio é boxe. Em pé, V. Exª precisa se guardar comigo...

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - V. Exª me permite?

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Pois não, Senador.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Encarar V. Exª, só se eu fosse um suicida. Não chego a tanto. Mas eu queria dar um depoimento sobre Wallid Ismail, que é um vencedor, um vencedor na vida, um vencedor no esporte. O Wallid já foi um menino gordinho que, por ser valente como sempre, apanhava na rua em Manaus. Um dia ele resolveu ir para o Rio de Janeiro para a academia do Carlson Gracie e ficou morando na academia. O Carlson logo se deu bem com ele, que foi fiel a Carlson até sua morte. Wallid se tornou aquela figura que, primeiro, vencia as lutas de quimono; segundo, que participou daquele primeiro desafio de jiu-jitsu de luta livre e foi vitorioso, na luta contra Eugenio Tadeu, que é outro craque, figura de valor enorme, realmente valente; terceiro, ele foi o primeiro que profissionalizou a figura do lutador de jiu-jitsu. Ele conseguia patrocínios para os quimonos dele. No começo, o pessoal não levava a sério e ele ganhava dinheiro com aquilo. Quarto, ele teve uma carreira internacional. Chegou a lutar no Pride no Japão, lutou no UFC, fez diversas lutas no Brasil. E chegou um momento, aquela altura de 34 ou 35 anos, sei lá, mais ou menos por aí, em que ele parou de lutar e resolveu fazer o Jungle Fight, primeiro com aquele ex-Senador japonês, figura lendária, Antonio Inoki. Fez uma bela estreia e depois começou a andar com os próprios pés. Levou o Jungle Fight para o Leste Europeu. Fez diversas aparições do Jungle Fight nos Estados Unidos, divulgando Manaus, divulgando a floresta amazônica, falando de desenvolvimento sustentável. Ele é extremamente inteligente. E o Wallid hoje é consagrado como empresário. O pessoal diz que ele é uma espécie de Dana White no Brasil, enfim. Na verdade, em matéria financeira está longe disso ainda. Mas ele está muito bem, tocando sua vida. É um vitorioso. Ninguém pode duvidar dele, que já fez coisas incríveis, com muita coragem, com muita disposição. Tenho por ele um carinho muito grande, um carinho de irmão, de irmão mais novo. Eu o levei, certa vez, a um Embaixador americano, com quem travou um diálogo interessantíssimo. O inglês dele hoje é bom, mas na época não era. E o Embaixador era um antigo, uns três ou quatro Embaixadores atrás. E bateu uma empatia entre os dois. Ele queria ter o direito de comerciar nos Estados Unidos e queria trocar o caráter do passaporte dele. Eu pensei que iria ter que gastar minha saliva com o Embaixador, mas ele virou para o Embaixador e disse: “I make money Japan, I want make money States”. Ele falou exatamente a linguagem do capitalismo, a linguagem que o Embaixador americano entendeu às mil maravilhas. Ele saiu de lá me perguntando: “Como eu me saí?” Eu disse: “Wallid, se você falasse inglês melhor do que Shakespeare e não fosse objetivo como você foi, você talvez não obtivesse o passaporte que tenho certeza que você vai obter”. Aí ele conseguiu o direito. Ele hoje tem residência na Califórnia, hoje ele comercia por lá, dá emprego a muita gente, pois aquilo é uma indústria que dá emprego para gente do estádio, dá emprego para quem está vendendo lá fora, dá emprego para quem carrega o balde...

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Ele parece ser um indivíduo de um coração muito sensível.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Nossa! Ele é muito sensível por detrás de toda aquela capa. Ele é um frasista fantástico. Se ele fosse um Parlamentar, ele iria dar show, porque ele é um frasista. Ele inventou frases do tipo...

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Ele ganharia de V. Exª aqui?

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Nossa, ele não é brincadeira! Ele inventou as seguintes frases: “Tem hora em que a criança chora e a mãe não escuta”, isso quando a luta está difícil. “Comigo não tem tempo bom; é tempo ruim o tempo todo”. Enfim, cada vez ele tem uma que no final você ri, mas percebe a inteligência dele, o raciocínio rapidíssimo, enfim. Eu fiquei muito feliz. Tentei ligar para vocês lá, para Vila Velha, tentei muito, mas não deu, porque aquele barulho não o deixava atender ao telefone.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Tinha muita gente.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - De lá eu liguei para ele, enfim. Mas eu tenho por ele um carinho muito grande e sinto que é um carinho recíproco, porque ele tem um carinho muito grande por mim também ...

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Tem mesmo.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - É uma coisa assim meio familiar. E toda vez que ele pode ele dá um jeito de enfiar o meu nome nas histórias, e eu fico muito feliz.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - É verdade.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Fico muito feliz de ele ter juntado esforços com esse jovem Prefeito, fico feliz com os rapazes da sua instituição terem participado. E lhe digo mais: vencer, para mim, é um detalhe ali, porque a coragem está em subir; a coragem está em subir naquele octagon e ficar solitário, solitário com Deus e com o seu destino numa hora muito difícil, uma hora que exige muita dureza, muita coragem, tudo aquilo que sempre sobrou no Wallid. E eu acredito que as pessoas todas que pegam esse caminho se afastam de drogas, se afastam...

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - É verdade.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Ele é um grande cara e é muito bom. Nós aqui já tivemos ocasião de falar do Popó quando fizeram aquela acusação absurda. Tanto V. Exª e eu tínhamos razão, que nunca mais ninguém tocou no assunto.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Com certeza. E ele foi plenamente inocentado da ilação.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Ao contrário, outro dia, vi um belo documentário numa TV dessas...

             O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Foi a Globo, no “Na Estrada com Galvão Bueno”.

            O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Exatamente. Mostrava como ele está tranquilo na sua vida e como ele é aquela figura que sempre admiramos. Até hoje eu guardo as luvas que ele deu para o meu filho menor, que hoje está com 1 metro e .91 centímetros de altura. Mas meu filho era pequenininho; foi no tempo em que eu era Ministro e ele foi visitar o Palácio uma vez. Foi um corre-corre danado no Palácio, paralisou o Palácio. Eu o levei para conversar com o Presidente Fernando Henrique, e aí ele deu de presente para os meus filhos um par de luvas, enfim. O meu filho o guarda, não o usa com o bate saco. Pois são essas pessoas que percebemos que conseguem ser vitoriosas nos dois campos, porque não adianta ser vitorioso só no campo do esporte; tem que saber ser vitorioso na vida quando o esporte passa. Isso é um desafio. Não deve ter aquele banzo de “ah, os fotógrafos viviam atrás de mim”. Isso não deve ser assim. “Passou a minha época; é a época dos outros, vamos estimular os outros e partir para um outro campo de vida, partir para um outro campo de luta”.

Fico muito feliz de vê-lo vitorioso como o meu amigo Wallid Ismail, que, entre outras proezas, vou contar uma aqui para encerrar o meu aparte: acontece o 11 de setembro; o Wallid, de origem Palestina óbvia, e nada a ver com terrorismo e nem com política, nem com nada. A única coisa que ele faz é ir a Manaus e votar nos amigos na hora da eleição. Eu tenho muita honra de ser um desses amigos que ele consagra. E dia 13 de setembro, mais ou menos, ele resolve, com aquela coragem dele, achar que não tinha nada de mais ele voltar aos Estados Unidos. Quando olharam para o Wallid, nome Palestino, obviamente que ele passou horas enclausurado numa sala com as pessoas fazendo perguntas para ele. Enfim, ele não tinha nada a dever, foi respondendo e, no final, saiu. Eu disse para ele: Wallid, só você mesmo é capaz de, no dia 13 de setembro, voltar aos Estados Unidos, antes de deixar a poeira passar, depois daquele trauma todo que sacudiu aquele país, enfim. “Mas eu não tenho nada com aquilo!” É o Wallid, essa figura que transformou o Jungle Fight numa marca mundial, e divulgando a cidade de Manaus. Onde ele chega, é Manaus para cá, Amazonas para lá... Ou seja, ele consegue ser - e vou aspear a palavra patriota - um grande “patriota” do Amazonas. Mesmo não tendo residência fixa hoje lá, ele vai sempre lá e não deixa de estar lá. Mas é alguém que presta muito serviço. Tem muita gente da vida pública que não presta o serviço de divulgação que ele faz do Amazonas, ao longo de uma carreira longa; não divulgam o Amazonas, até porque alguns ficam no anonimato, e ele divulga o Estado do Amazonas. É uma figura apaixonada pelo seu Estado, e o seu Estado é muito apaixonado por ele também.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Obrigado pelo aparte, Senador. Incorpora muito, e eu sei dessa amizade, dessa relação dele com V. Exª ...

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Incorporo ao meu pronunciamento para enriquecê-lo.

            O Prefeito de Vila Velha, a partir de agora, chama o Secretário de Esporte e de Educação porque as escolas passarão a ter - um projeto que está sendo preparando - jiu-jitsu, muay thai e boxe.

            Na explosão de drogas, eu há trinta anos tiro drogados da rua, discordando do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso - o caminho não é a legalização, nós não temos vocação, temos 1.100 abertos com Paraguai, 700 abertos com Bolívia e, na sua Amazônia, 2.500 pistas clandestinas para voo de aeronaves de pequeno porte, com droga, para matar nossa sociedade e usar os nossos portos como entreposto para mandar a morte para o exterior. O caminho é recobrar valores de família, é fortalecer a família, o caminho é o esporte na escola. Há uma geração que morreu, mas nós podemos salvar uma outra geração.

            Quando falo disso, o Wallid foi essa inspiração, o Jungle Fight, milhares de pessoas, lotando uma praia, debaixo de chuva, fiquei impressionado. Falei: se é futebol, não fica. Eu sou amante do futebol, sou flamenguista. A mim emocionou muito, Senador. E poder acoplar isso a uma luta de vida, jovens que saíram das drogas... O Luciano Olho de Tigre, que fez a luta de boxe, e eu lutei para convencer o Wallid - baseado no Popó, porque a luta é de MMA, não é de boxe - que a última luta fosse boxe, o Luciano, que é campeão latino e campeão brasileiro e é da minha instituição; o Luciano Olho de Tigre fez a luta contra o argentino, uma luta muito bonita, Brasil-Argentina, venceu, logicamente, graças a Deus. Essa inspiração passou para o nosso Estado e para o Brasil, e aí seu sou grato ao Wallid Ismail.

            E, quando Brasília vive este momento tão turbulento, quero abraçar Brasília por uma figura chamada Paulo Thiago, que está fazendo bonito lá fora, um policial, soldado de polícia de Brasília, do Bope aqui de Brasília. O jiu-jitsu apurado, um muay thai apurado, mãos firmes, boxe apurado, golpes seguros e que já é uma figura lá fora que nos orgulha já tanto quanto Wanderlei Silva, Anderson Silva, os irmãos Minotauro e Minotouro e tantos que têm feito a festa... Está aqui o nosso segurança da Casa, faixa preta de jiu-jitsu - seu colega, Senador Arthur Virgílio, porque você também é faixa preta de jiu-jitsu.

            E aí eu quero abraçar o Renan Barão, menino do Rio Grande do Norte, 26 vitórias, que certamente vai dar muito o que falar no mundo e nos orgulhar; o Jorjão, que lutou, um conterrâneo; o Luciano Olho de Tigre; o Erick, que é da minha cidade, a Carina Dan e o Rodrigo Dan; que são três nomes nacionais absolutamente importantes; o Marcelo, que é da minha instituição e lutou. Também há Roni Ari, que é daqui, e tantos conhecidos lá fora.

            Senador Mão Santa, quero encerrar o meu pronunciamento...

            O Sr. Sadi Cassol (Bloco/PT - TO) - Senador Magno Malta, V. Exª me permite um aparte?

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Pois não, Senador.

(Interrupção do som.)

            O Sr. Sadi Cassol (Bloco/PT - TO) - Senador, eu não sei se uma palavra a mais ou a menos ajuda, mas eu quero dizer a V. Exª que, mesmo antes de conhecê-lo nesta Casa, pessoalmente, eu era seu fã número um e admirador do seu trabalho lá no Estado do Tocantins. Eu quero dizer que o seu Estado, a população do Espírito Santo faça com que V. Exª possa retornar, numa reeleição neste ano, para dar continuidade a este trabalho que vem desenvolvendo País afora, principalmente quando defende as nossas crianças. É uma vergonha quando acontecem esses fatos tão escandalosos que V. Exª sempre relata aqui e que chegam a humilhar o ser humano. Nós, seres humanos, pais de família, ficamos nos perguntando: mas até quando? Então, estou torcendo muito para que V. Exª retorne a esta Casa com mais um mandato, mas que continue esse trabalho tão bonito. Parabéns.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Senador Magno Malta, um minuto para concluir, por favor.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - Não consigo, Senador. Preciso de dois minutos. Eu não consigo. Não vou contar mentira, porque não está certo. Dois minutos.

            Encerro agradecendo o aparte de V. Exª e dizendo que eu vesti a camisa da PEC 300. A camisa está aqui. Os policiais do Brasil, os policiais do Piauí, do Espírito Santo, lá do seu querido Estado, Senador, o Amapá, do Amazonas... Os policiais, homens sacerdotes da segurança pública... Há gente ruim? Na política tem, na igreja tem, na classe médica, também. Em todo lugar há o joio e o trigo. Mas aqueles que são sacerdotes da segurança pública precisam ter um pouco de dignidade no sustento de suas famílias.

            Eu vesti a camisa da PEC 300 e vou largar essa camisa aqui.

            Sr. Presidente, na ISTOÉ Dinheiro foi publicada uma nota muito importante:

Políticos capixabas têm cogitado alternativas à problemática do aeroporto de Vitória, um dos mais precários do País [É vergonhoso! É pior do que rodoviária de alguns Municípios do País o nosso aeroporto]. O Prefeito Neusimar Fraga, de Vila Velha, quer doar um terreno no município para a construção de um terminal.

            A Infraero estipulou 2012 para concluir as obras lá do nosso aeroporto, que estão suspensas pelo TCU por superfaturamento de um grupo. São aquelas obras em que é preciso cortar muito, obra de muita areia, de muito caminhão, de muita terra. Aproveitam para superfaturar e nós pagamos o preço em um Estado pujante como o nosso.

            Está aqui. A Tribuna publica:

Aeroporto de Vila Velha vai ser construído em área rural. Empreendimento terá 4 milhões de metros quadrados e ficará localizado entre o Xuri, ao Sul do município, e Guarapari.

            As opções estão sendo analisadas, Senador Mão Santa, para que o Estado...

(Interrupção do som.)

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES) - ... para que o Estado tenha a opção em Vila Velha.

            Eu tenho certeza de que a Infraero haverá de aprovar, para que nós saiamos dessa vergonha de um aeroporto que entristece a todos nós, que envergonha mesmo a todos nós, no Estado do Espírito Santo, com essa iniciativa desse jovem Prefeito empreendedor que é Neucimar Fraga.

            Sr. Presidente, amanhã a CPI da Pedofilia se reúne às 11 horas. Nós vamos votar, convocando o Sr. Flávio, conhecido como Flavinho, um dos diretores do Flamengo, acusado de abusar de uma criança. Não é a instituição Flamengo. Não é a instituição Flamengo. O Flamengo nada tem com isso. É um indivíduo que está sendo acusado e que tem precedentes muito ruins na sua história, com relação ao abuso de criança.

            Agradeço a benevolência de V. Exª, até porque sou seu aprendiz.

            Obrigado, Sr. Presidente.

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