O SR. SADI CASSOL (Bloco/PT - TO Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Quando a gente recebe elogios de um Senador do quilate de V. Ex.ª, qualquer um de nós fica satisfeito. Obrigado pelos elogios e quero dizer da importância que é, cada vez mais, olharmos para o crescimento do nosso País.

            Antes de registrar alguns números aqui, quero levantar uma sugestão à Casa, uma questão que poderia ser debatida no decorrer do tempo. Quando, infelizmente, acontecem essas tragédias como no Haiti e no Chile, os países que ajudam, e falo do nosso Brasil, o Brasil poderia como sugestão, Senador Marco Maciel, V. Ex.ª que foi Presidente por mais de oitenta vezes neste País como vice-Presidente da República, geralmente os países enviam recursos a esses nossos amigos e vizinhos no sentido de ajudar. Por que não enviarmos a eles os materiais necessários? Ficaria um comércio interno mais forte no País e, ao mesmo tempo, não se correria o risco de desvio de recursos até o destino final.

            No Chile, por exemplo, um país tão vizinho nosso aqui, o País, em vez de mandar dólares ou mandar reais, mandaria casas pré-moldadas, dez ou vinte mil casas pré-moldadas, hospitais de campanha, ambulâncias, medicamentos. O Governo faria as licitações aqui mesmo, a empresa vencedora faria a entrega desses materiais e a construção desses bens. Seria uma maneira de, cada vez mais, fortalecer a nossa economia interna e, ao mesmo tempo, facilitar a implantação naqueles países que necessitam de ajuda. Vale uma sugestão e uma questão para ser pensada. Tomara que não aconteçam essas catástrofes com ninguém, mas, no momento em que for necessário utilizar desse expediente, teríamos uma legislação que permitiria esse tratamento.

            Eu estava vindo anteontem do Tocantins e, em um dos informativos que acompanham a aeronave da TAM, embora a TAM nem sempre cumpra seus horários, havia uma matéria que eu gostaria de trazer à tribuna nesta tarde. É sobre a nossa economia. E hoje veio com mais uma notícia do IBGE. Com essas duas matérias, completo meu pronunciamento e meu tempo aqui nesta tribuna.

Vendas de carros flex em fevereiro sobem 7,13% em relação a janeiro

As vendas de veículos flex no Brasil, em fevereiro, corresponderam a 184.303 unidades, ante 172.030, em janeiro (alta de 7,13%), informou a Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores). No mesmo período do ano anterior, a comercialização tinha totalizado 166.812.

A participação de mercado de veículos bicombustíveis no total das vendas do mês foi de 87,2%, ante 85,3% em janeiro e 87,2% em fevereiro de 2009.

As saídas de veículos a gasolina no país representaram 17.137 unidades, ante 18.414 - isso quer dizer que estamos baixando a produção de carros a gasolina e aumentando os flex, que vêm beneficiar também a nossa produção do combustível limpo, que é a cana e outros combustíveis, biodiesel e outros - um mês antes 16.499 em fevereiro de 2009.

Já a produção de veículos subiu 2,8% em relação a janeiro, para 253,2 mil unidades.

Na comparação com o primeiro mês do ano passado, a produção teve uma expressiva alta de 23,9%.

As importações corresponderam a 18,3% das vendas internas. Foram importados 40,5 mil veículos com uma queda de 5,9% contra janeiro, mas uma expansão de 31,7% ante fevereiro de 2009. As exportações mostraram forte recuperação, totalizando 57,5 mil veículos.

            Nós importamos 40 mil e exportamos 57 mil veículos. Isso demonstra que a qualidade do nosso produto, os nossos preços ainda são competitivos, apesar da oscilação do dólar. Mas faz com que o País possa manter suas exportações.

            Hoje, o IBGE publicou, Sr. Presidente, números que realmente nos deixam satisfeitos, por ver o nosso País andando bem.

A produção industrial subiu em treze das quatorze regiões pesquisadas em janeiro e uma ficou estável, na comparação com o mês anterior, informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na média nacional , a indústria apresentou um avanço de 1,1% na mesma base de comparação.

As principais altas foram verificadas em Espírito Santo, com 5,6%; no Ceará, 5,4%; Pernambuco, 5,4%; Paraná, 4%; Nordeste, 3,7%. Ainda houve crescimento acima da média nacional na produções do Rio Grande do Sul, com 3,2%; São Paulo e Paraná com 3%; Bahia, 2,5%; Goiás, 2,2% e Minas Gerais, 1,7%.

Ao mesmo tempo, a única região que indicou instabilidade foi o Amazonas.

Na comparação com janeiro de 2009, a atividade industrial subiu em todas as catorze regiões analisadas. Na média nacional, a indústria teve uma alta de 16% na mesma relação. Nesse sentido, os principais avanços foram notados no Espírito Santo, com 48,5%; Amazonas, com 33,9%; Minas Gerais, com 28,8%; na Bahia, com 23,6%; Rio Grande do Sul, com 20,9%; Goiás, com 19,8%; e Ceará, com 16,7%.

            Esses números são de hoje, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, e demonstram que o País superou a crise globalizada, a crise mundial que nos afetou no ano passado. E estamos conseguindo sair dela. Por isso, quero parabenizar as nossas autoridades da área econômica, que conseguem levar adiante o nosso desenvolvimento, mantendo os nossos empregos, mantendo a renda dos nossos trabalhadores e consequentemente mantendo o País sempre competitivo lá fora, na economia mundial, em que os nossos produtos mantêm qualidade, mantêm exportação, e isso faz com que nossos empregos não caiam internamente. Por isso, quero parabenizar o Governo Federal, toda a equipe da área econômica e as nossas indústrias que estão conseguindo a superação dessa crise que se abateu ano passado no mundo todo.

            Muito obrigado, Sr. Presidente. Obrigado pela oportunidade.

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