Discurso durante a 33ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Saudação pelo transcurso dos 228 anos da inauguração da Fortaleza de São José de Macapá.

Autor
Geovani Borges (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: Geovani Pinheiro Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA CULTURAL.:
  • Saudação pelo transcurso dos 228 anos da inauguração da Fortaleza de São José de Macapá.
Publicação
Publicação no DSF de 19/03/2010 - Página 8234
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, FORTE, LOCALIZAÇÃO, MARGEM, RIO AMAZONAS, MUNICIPIO, MACAPA (AP), ESTADO DO AMAPA (AP), DESCRIÇÃO, HISTORIA, CONSTRUÇÃO, PERIODO, COLONIA, BRASIL, POSTERIORIDADE, RECONHECIMENTO, GOVERNO FEDERAL, TOMBAMENTO, PATRIMONIO HISTORICO, ANUNCIO, REALIZAÇÃO, FESTA, APRESENTAÇÃO, TEATRO, DANÇA, BANDA DE MUSICA, LOCAL, IMPORTANCIA, MONUMENTO, PROTEÇÃO, TERRITORIO NACIONAL, DEFINIÇÃO, FRONTEIRA, REGIÃO AMAZONICA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, telespectadores e ouvintes da TV e da Rádio Senado, venho a esta tribuna, na tarde de hoje, para fazer um breve registro de saudação por ocasião do aniversário de um dos monumentos históricos mais expressivos da minha terra. Amanhã, dia 19 de março, completam-se 228 anos de sua inauguração. Trata-se da Fortaleza de São José de Macapá, considerado o mais belo, o mais sólido e o mais importante monumento militar do Brasil no período colonial.

            Sua construção, iniciada em 1764 e inaugurada em 1782, no dia de São José, levou 18 anos para ficar pronta. Sua arquitetura apresenta forte influência francesa e contou com um moderno sistema de defesa que permitia até tiro de canhão à flor do solo.

            A fortaleza de São José de Macapá foi construída com o objetivo de assegurar a conquista de terras ao norte da colônia brasileira. Ela integra uma cadeia de fortificações históricas construídas por Portugal, que passou a ocupá-las após o Tratado de Utrecht.

            O Forte foi edificado em alvenaria de pedra e cal, na margem esquerda do rio Amazonas. A obra teve início em 1764, mas foi inaugurada, ainda incompleta, em 19 de março de 1782.

            Após um longo período, a instituição voltou a ser ocupada pelo Comando da Guarda Territorial do Amapá.

            O Governo Federal, em 22 de março de 1950, reconheceu a fortificação através de sua inscrição no livro de tombamento histórico da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ressaltar nossos monumentos, que são fruto da inspiração e da beleza criadora do ser humano, e zelar por eles é obrigação de todos aqueles brasileiros tomados pelo espírito nacionalista.

            Ao saudar hoje os 228 anos da Fortaleza de São José de Macapá, ponho-me a pensar sobre a responsabilidade que temos sobre nossos monumentos espalhados por este imenso Brasil, muitos deles relegados ao abandono, maltratados, mal conservados, impedindo que relevem a riqueza da história de nossa gente, de nossas conquistas, de nossas lutas.

            É do patrimônio cultural de nosso povo que estou falando. É a história viva, nosso legado às gerações vindouras, que, diante das peças arquitetônicas maltratadas pelo descaso, não conseguem enxergar ali a rica página da história.

            Por isso, louvemos, sim, os nossos monumentos, cuidemos deles, porque são a expressão material de nossa cultura, de nossos valores, da vida de nossos antepassados. São importantes para o turismo, para a geração de riquezas.

            Às vésperas de completar 228 anos, o Museu Fortaleza de São José de Macapá, capital do meu querido Estado do Amapá, não se esgota na fria materialidade de suas muralhas, mas num complexo conjunto de arquitetura militar projetada no século XVIII por engenheiros italianos e alemães, que tiveram os seus desenhos concretizados pelas mãos de escravos, índios e africanos. Foi construída para evitar incursões estrangeiras e assegurar a conquista definitiva da Amazônia para os colonizadores portugueses.

            Edificada a 18 metros acima do nível do mar, possui, em seu interior, paiol de pólvora, hospital, praça de armas e capela.

            Para comemorar a data, teremos lá uma bonita festa, que começa com alvorada festiva e salva de 21 tiros e saudação simbólica com rufar de tambores às 6 horas da manhã. Teremos também visitas monitoradas.

            Também teremos eventos culturais, com apresentação de artistas, de grupos de teatro, dança e bandas locais. Na ocasião, a festa celebra o Dia de São José, nosso glorioso padroeiro de Macapá, e o Dia do Artesão, a quem desde já saudamos também.

            A Fortaleza de São José de Macapá cumpriu o seu papel de guardiã do espaço a ela confiado, tornando-se corresponsável, juntamente com outras congêneres, pela consolidação e manutenção da extensão territorial do Brasil, sobretudo na Região Amazônica.

            A despeito dos ataques decorrentes dos agentes naturais, a Fortaleza resistiu. Resistiu ao ímpeto das águas do rio, às investidas do igarapé que alimentava seu fosso. Resistiu, ainda, ao cerco da cidade e às ocupações em sua esplanada. Motivo de orgulho de nossa gente, página viva de nossa história, é, sem duvida, merecedora desta singela homenagem.

            Sr. Presidente, eu não podia deixar de registrar essa maravilha do Brasil, à margem esquerda do nosso querido rio Amazonas.

            Era o que tinha a dizer, e agradeço a generosidade do tempo que V. Exª me proporcionou hoje, nesta tribuna.

            Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Senador Geovani Borges, o tema me entusiasmou e me frustrou, porque o único Estado que eu não conheço é o Estado do Amapá. Então...

            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP) - Mas eu terei a honra de ser seu anfitrião lá.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Por isso que eu ainda não me candidatei a Presidente da República, porque eu me sinto incompleto, eu não conheço o Amapá.

            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP) - Mas V. Exª deve ir até lá, Presidente. Muito obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Mas está escrito no Livro de Deus: “Os últimos serão os primeiros”. E, indo lá, ele vai ficar o primeiro no meu coração, pela gente boa que V. Exª representa com grandeza.

            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP) - E eu terei o prazer, se V. Exª me permite, de fazermos uma visita...

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Eu só me considerarei um brasileiro completo quando eu visitar o Estado de V. Exª.

            O SR. GEOVANI BORGES (PMDB - AP) - Com certeza, muito obrigado.


Modelo1 5/19/241:43



Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/03/2010 - Página 8234