O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Senador Mão Santa.

            Quero cumprimentar, inicialmente, o Sr. Presidente desta sessão, o Senador Mão Santa, e o Sr. Senador Cristovam Buarque, que teve a brilhante iniciativa de promover este momento, para que todos os aqui estão presentes e que têm grandes responsabilidades na área educacional recebessem esta homenagem.

            Peço permissão às autoridades para, em nome do Sr. Reitor da Universidade Católica de Brasília (UCB), Magnífico Reverendíssimo Professor Mestre Padre Romualdo Degasperi, cumprimentar todas as outras autoridades aqui presentes e estender esses cumprimentos aos senhores professores, aos alunos e ao corpo de trabalhadores da UCB.

            Eu me senti na obrigação de ocupar a tribuna neste momento, porque tenho a oportunidade de conviver com o Senador Cristovam, que é um Senador de altíssima qualidade nesta Casa, um Senador que, com seus conhecimentos na área educacional e com sua cultura geral, faz com que nos sintamos incentivados a participar destes momentos, que são extremamente importantes para o nosso País por dizerem respeito à educação.

            Este também é um bom momento, Professor Cristovam, para fazermos uma reflexão sobre o ensino público. Tive a oportunidade de cursar a Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará, que era a única faculdade de Medicina que havia no Pará à época e uma referência de qualidade. Como o Senador Mão Santa também fez curso em uma instituição pública, S. Exª sabe que, hoje, podemos, lamentavelmente, declarar que nossas instituições na área da educação pública estão em plena decadência. Desculpem, mas estou falando o que sinto e o que vejo: essas instituições estão em plena decadência. Chego a essa conclusão quando entro no Campus Universitário do Estado do Pará e vejo que aquele campus, que era tão organizado, tão belo, tão bem assistido, hoje, realmente, está em decadência. Isso, no entanto, também nos dá, paradoxalmente, a satisfação de ver instituições, que não são submetidas ao tratamento que as instituições públicas recebem, crescerem, estabelecerem-se e darem bons exemplos. Que esses bons exemplos que essas instituições, como a UCB, dão a todos nós sirvam de incentivo e estimulem o Poder Público a fazer o investimento que deve fazer nessa principal arma propulsora do desenvolvimento de um país, de uma nação, que é a educação!

            Sr. Presidente, senhoras e senhores, é importante que todos os que estão nos assistindo pela TV Senado tomem conhecimento do valor dessas instituições que nos orgulham muito, que nos dão muita esperança, que nos dão a sensação de que, cada vez mais, vamos alcançar o objetivo nacional por meio da educação.

            Senhoras e senhores, a origem da Universidade Católica de Brasília remonta a 1972. Naquele ano, os principais colégios católicos da cidade decidiram criar a mantenedora União Brasiliense de Educação e Cultura, base da futura Universidade. O passo seguinte foi a autorização, em 12 de março de 1974, para a instalação da Faculdade Católica de Ciências Humanas, com funcionamento no Plano Piloto de Brasília e em Taguatinga, acompanhando a expansão econômica e a interiorização regional do País, contribuindo para a formação de profissionais capazes de fazer frente às necessidades essenciais da sociedade.

            Posteriormente, deu-se a integração das seguintes faculdades: Católica de Ciências Humanas, Católica de Tecnologia e a de Educação. Isso atendeu as novas realidades conjunturais, permitindo que a instituição se organizasse numa estrutura de ensino mais coesa e adequada à sua ambição de se tornar universidade. Ocorreu, então, a autorização para a denominação Faculdades Integradas da Católica de Brasília, em agosto de 1980.

            Por fim, em 28 de dezembro de 1994, foi assinada a Portaria nº 1.827, do Ministério da Educação, reconhecendo as Faculdades Integradas da Católica de Brasília como Universidade Católica de Brasília (UCB). Em 23 de março de 1995, com grande solenidade, foi instalada a UCB.

            A Universidade Católica é a única universidade privada do Distrito Federal e, portanto, a única instituição de educação superior capaz de fornecer à sociedade, num patamar de excelência, ensino, pesquisa e extensão universitária, em mais de noventa cursos de graduação - tecnológicos, bacharelados e licenciaturas - e de pós-graduação lato sensu (especializações) e stricto sensu (mestrado e doutorado).

            A UCB ocupa a nona posição entre 85 universidades privadas do País, segundo o Índice Geral de Cursos da Instituição, de acordo com o ranking do MEC de ano base 2008. A Universidade Católica se estabelece como uma das universidades mais eficientes do País, com infraestrutura privilegiada, com estabilidade quanto aos indicadores econômico-financeiros e com corpo docente extremamente qualificado. Ressalte-se ainda seu pioneirismo como referência nacional em ensino a distância. É rica e diversificada a sua produção científica em publicações indexadas. Seu acervo bibliográfico é considerável, e, nela, há um compromisso social inestimável.

            Ouvi, há pouco, o pronunciamento do Senador Cristovam Buarque, que fez uma referência com relação aos dados que citei, que são impressionantes e que determinam a qualidade da UCB, que entrega ao mercado de trabalho anualmente cerca de mil profissionais extremamente qualificados e que atua como promotora ou co-partícipe de uma miríade de congressos, de seminários, de workshops e de simpósios anualmente. Aqui, posso citar, como exemplo, o simpósio sobre Dom Helder Câmara, em que o Senador Cristovam fui um dos palestrantes.

            A UCB desenvolve projetos na área de saúde, de educação e de cultura e projetos ligados à inclusão social, destinados à infância, à adolescência e à terceira idade. Cito, como exemplo, o projeto Ciranda, que é um projeto de extensão que oferece assistência e que concede benefícios de proteção social básica e serviços de convivência educacional e cultural para quinhentas crianças e adolescentes de 6 anos a 14 anos, bem como para seus familiares que vivem em situações de vulnerabilidade social decorrente de pobreza, de privação ou de fragilização de vínculos afetivos. Outro projeto é o referente à alfabetização de jovens e de adultos, sob uma perspectiva de preparação para uma vida com mais dignidade e com participação legítima na sociedade, incluindo a alfabetização digital.

            A UCB recepciona 1,5 mil bolsistas sociais, 1,2 mil alunos do ProUni, além de alunos monitores, de iniciação científica ou desportistas. Nela, há um Hospital Universitário de gabarito. É Cátedra Unesco da Juventude, Educação e Sociedade.

            Sob a gestão do Sr. Reitor Padre Romualdo Degasperi, foram lançados treze cursos tecnológicos de curta duração, em consonância com as necessidades do mercado, dos alunos e do País, cumprindo metas do Plano Nacional de Educação. Estou falando sobre as perspectivas de futuro.

            Há ainda a implantação dos cursos de graduação em Engenharia Civil e em Arquitetura; melhorias no já qualificado processo de ensino a distância, aperfeiçoando o ambiente operacional da “Católica Virtual”; ampliação e melhorias na infraestrutura física, incluindo a criação do campus Asa Sul; ênfase na pesquisa e consequente premiação de melhor instituição do Centro-Oeste na categoria Pesquisa Científica em 2007; e amplo destaque para inovação como marca necessária dos dias atuais. Assim, estão sendo implantados os núcleos de Alto Desempenho em Ciências Genômicas e Biotecnologia e de Inovação, além de outras áreas.

            Portanto, Sr. Reitor, Sr. Presidente, senhoras e senhores, a UCB presta inestimáveis serviços à sociedade brasiliense e a todo País, com o cumprimento de sua missão institucional, que é a de atuar solidária e efetivamente para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, por meio da geração e comunhão do saber, comprometida com a qualidade e com os valores éticos e cristãos, na busca da verdade.

            Muito obrigado. (Palmas.)

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