Discurso durante a 36ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao Vereador e Deputado Estadual Alchibalde Índio do Brasil, falecido em 1982.

Autor
Paulo Duque (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RJ)
Nome completo: Paulo Hermínio Duque Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao Vereador e Deputado Estadual Alchibalde Índio do Brasil, falecido em 1982.
Publicação
Publicação no DSF de 24/03/2010 - Página 9016
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, VEREADOR, MEDICO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), RELEVANCIA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, POPULAÇÃO, ESPECIFICAÇÃO, FAVELA, REGISTRO, HISTORIA, CAMARA MUNICIPAL, DISTRITO FEDERAL (DF), ANTERIORIDADE, NOVA CAPITAL, QUALIDADE, MEMBROS, DEPOIMENTO, ORADOR, EX VEREADOR.
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, HISTORIA, DOCUMENTO, CAMARA MUNICIPAL, DISTRITO FEDERAL (DF).

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. PAULO DUQUE (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, já abordei, embora rapidamente, uma daquelas quatro mensagens que o Presidente da República enviou ao Congresso referentes ao petróleo e já até preparei uma, duas ou três emendas, para tentar tirar de um dos projetos um passageiro clandestino que ali conseguiu penetrar e que, certamente, prejudicaria muito meu Estado, o Rio de Janeiro, e colocaria em risco até a própria unidade nacional. Quando vejo que minha Pátria está em risco, sempre corro para lá. Sempre foi assim comigo, desde a época da Câmara Municipal.

            Mas, na realidade, eu me inscrevi hoje para falar sobre um Vereador antigo do Rio de Janeiro, que começou comigo, praticamente, naquela política antiga, do Distrito Federal antigo, que foi o Vereador Alchibalde Índio do Brasil Ferraz, que é dos tempos em que o Rio vivia seus dias dourados. Esse Vereador era de origem muito pobre. Estudou, conseguiu formar-se em Medicina e dedicou grande parte de sua vida, como político e como médico, às causas nobres da pobreza, da infelicidade, da tortura, das incertezas da vida, para ajudar os outros. Era o tipo de vereador que fazia questão de ser o médico da família. Ele atendia no seu consultório. O Vereador atendia dentro das inúmeras favelas do Rio de Janeiro.

            Alchibalde Índio do Brasil me fez voltar ao passado, quando a Câmara de Vereadores do Rio possuía pessoas de altíssimo nível, de grande talento. Vejo, aqui, o Alberto Cotrim Neto; o Álvaro Tolentino Dias; o Alvimar Gomes Leal; o Aníbal Espinheira; o Mourão Filho, que uma vez foi candidato a Senador do povo; o Celso Lisboa, professor e dono de faculdade; o Chrispim Maurício da Fonseca. Todos não existem mais. Meu caro Senador Mão Santa, é dramático ver uma lista de políticos que conviveram com você no Parlamento, na sua época, e que já se foram. Eles não estão mais entre nós. E aproveito este momento, em que homenageio o grande político carioca Alchibalde Índio do Brasil Ferraz, para homenagear todos esses Vereadores do antigo Distrito Federal. Até o Armando da Fonseca está aqui, nesta relação. Tenho a certeza de que os Srs. Senadores se lembram perfeitamente deste rapaz: Armando da Fonseca, que foi muito ligado a Getúlio Vargas. E quem não se lembra, por exemplo, de Hugo Ramos Filho, que chegou a ser Senador da República e que foi Vereador em 1961? Quem não se lembra do Professor Gladstone Chaves de Melo e da poetiza Adalgiza Nery, que foi Vereadora e, depois, Deputada Estadual, que foi casada com Lourival Fontes, Chefe da Casa Civil de Getúlio?

            Então, deu-me o repente - depois de haver preparado algumas emendas para esse projeto que vamos discutir - de homenagear o passado, de homenagear o tão brilhante passado do Rio de Janeiro, o tão carinhoso passado do Rio de Janeiro, o tão lembrado passado do Rio de Janeiro, de nova mentalidade, de outra geração. A gente via o Índio do Brasil inaugurando uma melhoria em um morro, na companhia do Prefeito daquela ocasião, Francisco Negrão de Lima, com seu chapéu da marca Jello - ele lançava o chapéu Jello no Rio de Janeiro.

            Deixo para outros a incumbência de expor suas ideias. Eu queria homenagear hoje o passado, e a melhor maneira que encontrei de fazê-lo foi a homenagem ao Vereador do Rio de Janeiro, médico caridoso e grande Parlamentar Alchibalde Índio do Brasil Ferraz. Quis falar dele, lembrar e dizer o nome dele nesta tribuna do Senado, bem no centro de Brasília.

            Por isso, vou pedir, Sr. Presidente, que sejam inseridas nos Anais desta Casa não só as notícias sobre o Vereador Índio do Brasil e sobre suas principais realizações, mas também o nome de todos aqueles políticos antigos que, sem exceção, já se foram, cujos nomes estão aqui, neste caderno. Talvez, seja um pouco de sacrifício para os nossos taquígrafos, talvez seja um pouco cansativo para os nossos funcionários, talvez seja até tedioso ter de copiar, um a um, esses nomes, cujos antigos partidos não existem mais: PTB, PSP, PRP, PR, POT, PSD, UDN. Olha só quanto passado político de valor não se encontra neste simples folheto! É isto, Sr. Presidente, que peço a V. Exª: que determine essa publicação.

            Muito obrigado, meus senhores e minhas senhoras, Senadores do meu País.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR PAULO

DUQUE EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

- Histórico Legislativo do Vereador e Deputado Estadual Índio do Brasil.

- Câmara do Distrito Federal: Inventário Analítico.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/03/2010 - Página 9016