O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sei que nosso colega Garibaldi está na tribuna já na expectativa do seu pronunciamento. Mas não posso deixar de registrar também a insatisfação do Nordeste brasileiro, de certa forma, com a decisão desta Casa de deixar a Medida Provisória 470 cair e não ser votada pelo Senado.

            Com isso, só teve êxito a medida do Governo que veio na Medida Provisória, que é a capitalização da Caixa Econômica, o que é muito correto, justo e todos defendemos. No bojo da medida provisória, foi incluída na Câmara a capitalização do Banco do Nordeste, que beneficia todo o Nordeste e mais dois Estados do Sudeste: Espírito Santo e Minas Gerais.

            É um prejuízo enorme, muito grande. Ele não é pequeno e, evidentemente, vai ser contabilizado para os Senadores brasileiros que deixaram de capitalizar o Banco do Nordeste num momento essencial de retomada de crescimento do Brasil inteiro e obviamente da nossa Região.

            Por isso, quero lamentar e deixar meu protesto em defesa do Banco do Nordeste, do Nordeste Brasileiro e dos agricultores da nossa Região, que vão ser absolutamente prejudicados com essa medida. Minha expectativa é que, na próxima medida provisória, a gente possa insistir que o Governo mantenha o interesse em aprovar no Senado a 471 e não deixe acontecer, porque o Governo já tinha sido atendido na 470. Então, se desinteressou pela votação, não mobilizou a sua base, não se organizou para convencer a Oposição que, evidentemente, tinha os seus interesses. Boa parte foi atendida, mas, por uma pequena questão, nós deixamos de votar essa medida provisória, num largo prejuízo ao Nordeste, que tem que ser reparado na 471. É a nossa expectativa.

            Agradeço a V. Exª, e especialmente, Senador Garibaldi, a V. Exª, que também está atento a essa questão. Muito obrigado.