O SR. JEFFERSON PRAIA (PDT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ontem, estive participando do V Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro. O Fórum foi estabelecido pelas Nações Unidas para analisar um grande problema da atualidade: a rápida urbanização.

            Destaquei, na mesa redonda de que tive a oportunidade de participar, a mesa redonda dos Parlamentares, em nível global, coordenada por Peter Goetz, Presidente do GPH (Global Parliamentarians on Habitat), os problemas enfrentados pelas cidades amazônicas, especialmente aquelas do meu Estado, e algumas soluções.

            Quero também, Sr. Presidente, destacar, nesta noite, uma carta que recebi de um conterrâneo chamado Rogério Acarapi, que mora em Santo Antônio, na cidade de Manaus. Ele faz uma reclamação quanto à não-continuidade da obra da BR-319.

            Quero dizer a você, Rogério, que tivemos, recentemente, uma decisão importante do Tribunal de Contas sobre a auditoria nas obras de pavimentação e recuperação da BR-319, e os resultados dessa auditoria foram favoráveis à continuidade da obra.

            Sr. Presidente, destaco, também, o requerimento de voto de louvor em comemoração ao Jubileu de Prata da Fundação Rede Amazônica.

            No último dia 22, a Fundação Rede Amazônica completou 25 anos dedicados à capacitação de profissionais para o mercado de trabalho, tornando-se referência na região Norte pelos cursos técnicos em comunicação.

            A Fundação, com sede em Manaus, também atende os Estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, e oferece uma diversidade de cursos e treinamentos nas áreas de informática, radiodifusão, injeção plástica e gestão empresarial.

            Portanto, Sr. Presidente, parabenizo o Dr. Phellipe Daou, Diretor-Presidente e toda a sua equipe, em nome do Secretário-Geral da Fundação Rede Amazônica, Mário Costa.

            Quero também, Sr. Presidente, destacar um outro requerimento, que é um voto de aplauso em comemoração aos 60 anos do Conselho Regional de Contabilidade do Amazonas.

            O Conselho Regional de Contabilidade do Amazonas completou seus 60 anos no dia 4 de março.

            Parabenizo o Conselho pelo importante trabalho desenvolvido no nosso Estado, o Estado do Amazonas, na expedição de identidades profissionais e alvarás para as organizações contábeis, denúncias do exercício ilegal da profissão, bem como na fiscalização do exercício da atividade, garantindo a oferta de profissionais habilitados na prestação de serviços de qualidade à população.

            Portanto, Sr. Presidente, estou, na verdade, fazendo um requerimento de voto de aplauso, e que esse voto seja levado ao conhecimento do atual Presidente do Conselho, Júlio Ramon Teixeira e todos os Conselheiros.

            Portanto, estão de parabéns todos os profissionais de contabilidade do Amazonas.

            Quero, Sr. Presidente, fazer aqui uma homenagem póstuma. Eurípedes Lins, presidente da Federação da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas. 

            Há alguns dias, perdemos no Estado do Amazonas Eurípedes Ferreira Lins, uma grande perda para o setor primário do meu Estado. Ainda no último dia 6 de março, na qualidade de Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas - Faea, ele participou da entrega das primeiras máquinas descascadoras de malva e juta, atividades que ele sempre prestigiou na luta de toda uma vida em prol da qualificação e do oferecimento de melhores condições de trabalho aos microempreendedores amazonenses.

            Até hoje, quem trabalha com esses dois produtos se submete a uma situação penosa e insalubre, dentro d’água, com baixa produtividade. Em meio século de trabalho incansável, esse filho de Fonte Boa, Município localizado a alguns quilômetros de Manaus, procurou mostrar aos seus cidadãos amazonenses que o setor primário pode e deve modernizar-se, assim produzindo mais riqueza, mais desenvolvimento, mais emprego, mais bem-estar social, tendo sido pioneiro na introdução da avicultura comercial em nosso Estado, bem como o apoio à pecuária sustentável.

            Essa visão arrojada o acompanhou durante sua longa e frutífera vida pública, como funcionário no antigo Instituto Nacional de Imigração Colonização - Inic, e do Departamento de Estradas e Rodagem, Secretário de Agricultura, Indústria e comércio no primeiro Governo Gilberto Mestrinho, além de professor em vários colégios de Manaus, como o Colégio Dom Bosco,

            o Colégio Ajuricaba, a Escola Técnica Rui Barbosa e o Colégio Lopes Gonçalves, do qual foi diretor. Data de 1960 sua condução ao cargo de Secretário da Federação das Associações Rurais do Amazonas, atual Faea.

            Foi também o realizador da primeira exposição de produtos agropecuários do Amazonas, tendo inaugurado o Campo Experimental Governador Gilberto Mestrinho, mais tarde rebatizado Parque de Exposições Angelino Beviláqua.

            Até o seu desenlace, Eurípedes Lins exerceu as funções de Diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, presidida pela nobre colega Senadora Kátia Abreu, e de Presidente do Sistema Faea e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no nosso Estado.

            Sua sabedoria e seu bom humor farão muita falta nas reuniões dos colegiados que frequentou com distinção, a exemplo dos Conselhos de Desenvolvimento do Estado do Amazonas - Codam, e do Conselho de Administração da Suframa.

            Sr. Presidente, destaco que o Dr. Eurípedes gostava de proferir seus discursos sempre sem a ajuda do microfone, pois não precisava, mesmo nos grandes auditórios. Quando terminava suas reuniões ou discursos, sempre dizia: “Selva!”.

            Como testemunho da saudade e da gratidão dos amazonenses, estou submetendo à Mesa requerimento de voto de pesar pelo falecimento de Eurípedes Lins, autêntico contemporâneo do futuro e um exemplo de luta pelo setor primário do Estado do Amazonas.

            Sr. Presidente, assinam comigo este voto de pesar os Senadores Arthur Virgílio e João Pedro.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Era o que eu tinha a dizer.

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