Discurso durante a 43ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da aprovação dos projetos de interesse dos aposentados.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Defesa da aprovação dos projetos de interesse dos aposentados.
Aparteantes
Garibaldi Alves Filho, Geraldo Mesquita Júnior, Rosalba Ciarlini.
Publicação
Publicação no DSF de 06/04/2010 - Página 11825
Assunto
Outros > ESTADO DO PIAUI (PI), GOVERNO ESTADUAL. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • CRITICA, GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), INDICAÇÃO, DIVERSIDADE, CANDIDATO, GOVERNO ESTADUAL.
  • RECONHECIMENTO, INICIATIVA, GOVERNO FEDERAL, AUMENTO, SALARIO MINIMO, ESFORÇO, VALORIZAÇÃO, TRABALHO.
  • DEFESA, APROVAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, VOTAÇÃO, PROJETO, INTERESSE, APOSENTADO, PENSIONISTA, EXTINÇÃO, FATOR, NATUREZA PREVIDENCIARIA, EQUIPARAÇÃO, BENEFICIO, AUMENTO, SALARIO MINIMO, RESGATE, PERDA.
  • CRITICA, PRESIDENTE, CAMARA DOS DEPUTADOS, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, VOTAÇÃO, PROJETO, LEITURA, MENSAGEM (MSG), INTERNET, AUTORIA, ENTIDADE, DEFESA, APOSENTADO, PENSIONISTA, REPUDIO, CONDUTA, DEPUTADO FEDERAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside esta sessão, parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros que nos acompanham aqui no plenário do Senado da República e que nos acompanham por esse fabuloso sistema de comunicação do Senado do Brasil. Quis Deus, Paulo Paim, que V. Exª estivesse na presidência dos trabalhos.

            Paulo Paim, a nossa luta já dura mais de sete anos, juntos, aqui. É um bocado de tempo. Eu já o conhecia de nome, de luta, de fama, e V. Exª já estava no patamar dos grandes políticos do Rio Grande do Sul. Ô história de beleza, de luta, de heroísmo! É grande a luta gaúcha. Simbolizava até a mais importante batalha nacional, que durou uns dez anos, a dos Farrapos. Ela que despertou a liberdade dos negros e despertou a República. Dez anos! Paim, nós já estamos há quase dez anos; já estamos há mais de sete anos lutando. E V. Exª, naturalmente, assumiu o comando dessas lutas de respeito ao trabalho. É uma luta que encampo hoje, Geraldo Mesquita, porque o meu partido é o Social Cristão.

            Jefferson Praia, Deus disse: Comerás o pão com o suor do teu rosto.” É uma mensagem dos governantes para a valorização do trabalho. E o Rui Barbosa, a par de muitas coisas importantes, Professor Cristovam, deixou assim esta sua mensagem: “a primazia é do trabalho e do trabalhador”. Ele vem antes, ele é que faz as riquezas.

            Então, nisso tudo, V. Exª nos liderou. Já havia essa empatia por essas suas lutas, valorização do trabalho. Ganhamos muitas batalhas.

            E, já que nós estamos na Semana Santa, eu me lembro do São Tomé. Quando Jesus ressuscitou - não é, Geraldo Mesquita? -, ele disse: “Não, só se eu meter o dedo na chaga”. E acabou aparecendo... Eu era São Tomé. Eu vou com a minha franqueza, porque o salário mínimo beirava US$70,00, mas não era US$70,00. Aí nós atiramos no alto: US$100,00. Então, realmente, nós temos algumas vitórias.

            E aí eu quero dar o testemunho. O Presidente Luiz Inácio, como qualquer mortal... Deus ele não é.

            Aliás, eu disse que o Governador do Piauí ia terminar mal. Eu sempre disse. Está um folclore. Você que estuda. Eu sempre disse. Então, ele foi, há 15 dias, um rolo aí, marcou... É como marcar um casamento, Cristovam, com quatro noivas, na mesma igreja, no mesmo horário. Então, ele lançou quatro candidatos, inclusive uma pessoa maravilhosa, que é o nosso Senador João Vicente Claudino, que foi meu Secretário de Indústria.

            Cristovam, é falta de cultura, eu sempre disse. O Jorge Amado não tem aquela Dona Flor com seus dois maridos? Não tem o escrito? E deu uma confusão doida, quem leu o livro do Jorge Amado...

            E esse marcou, lançou, estimulou, motivou quatro candidatos. Quer dizer, marcou um casamento com quatro noivas, na mesma igreja, no mesmo horário. Ó o rolo que deu! Inclusive, o nosso João Vicente, extraordinário homem, foi meu Secretário da Indústria e Comércio. E o rolo deu e tal. Diante desse rolo, ele apareceu na televisão.

            Não, o bom é que eu estou contando porque é um romance. V. Exª vai se divertir; o Luiz Inácio, ele gosta; eu gosto. Ele sabendo dessa história, usou o nome...

            Então ele foi, com a mulher dele, fez uma oração, e disse que, com a esposa dele, tinha a noite toda orado, conversado com Deus. E recebeu a orientação para acalmar as quatro noivas, que tinha de ficar no Governo.

            Vieram me perguntar, e eu disse: “Isso é mentira”. O homem está tão acostumado, contumaz... Eu até disse brincando: “Vão perguntar ao Marcelo Castro”, que é outra noiva, que é uma das noivas, a do PMDB. Ele é psiquiatra. Eu sei que mentiu.

            Isso na televisão. No dia seguinte, em todos os jornais: é o Governo do maior estadista. Chegou para ficar.

            Aí, foi um tal desse Padilha. Qual o partido desse Padilha, hein? É o chefe.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - O Padilha é do Partido dos Trabalhadores.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - É? Aí foi lá... É do Rio Grande do Sul?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - É Ministro Especial. Não, não. Hoje é o Ministro Especial...

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Ele é gaúcho?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Não. O Padilha do PMDB que é gaúcho.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Esse que ficou no lugar do que foi para o Tribunal de Contas qual é?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Não; o que foi para o Tribunal de Contas é o José Múcio, e o Padilha, que assumiu, é do PT. E assumiu para a pasta de Assuntos Institucionais.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois foi. Foi lá e não sei o quê... Aí, trouxe aqui. Aí ele voltou, Geraldo. Olha aí: ele tinha dito que tinha conversado com Deus - “Deus, Deus, para não invocar o nome” -, com a mulher, na televisão, e Deus tinha orientado para ele ficar.

            Aí, nesse rolo que saiu hoje, o Padilha... Eu não o conheço. Estou citando pelo nome. Deve ser uma pessoa boa. Se é do Rio Grande do Sul, se está lá, não tenho nada contra nem a favor. O José Múcio é uma pessoa adorável; foi o substituto dele. Aí, foi para lá.

            Aí, ele voltou, chegou lá e disse: “É, eu tinha, mas o Luiz Inácio me pediu. Então, eu vou sair para ser Senador”. Aí, a turma disse: “Quer dizer que o Luiz Inácio, com todo respeito - porque a turma gosta do Luiz Inácio - é maior do que Deus?” Porque ele tinha conversado com Deus, ele tinha recebido a ordem de Deus para ficar, e aí sai. Mas não é o caso que rolou lá.

            O que eu quero dizer, Paim, é que a gente precisa ter aquela coerência. Palavra é um negócio... Está ouvindo, Cristovam? Aliás, eu sou do partido de Deus que diz “sim, sim, não, não”, não é? Sim, sim, não, não. Pode ver na Bíblia. Então, a gente tem que ter palavra.

         E nós conquistamos. Eu digo aqui que a maior obra do Luiz Inácio foi atender ao nosso apelo - V. Exª levou o clamor: valorização do trabalho. Atendeu mais do que eu pensava. Olhe que eu confesso. Sou São Tomé. Já está quantos dólares? US$250,00, não é?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - São US$280,00.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Olhe aí. São Tomé mesmo. Estou convencido. Então, eu entendo que a maior obra do Luiz Inácio foi essa.

            Tanto é verdade que eu fui representar este Congresso, com Dornelles, na OIT. Dois Senadores e o Ministro do Trabalho, gente boa, do PDT. Carlos Lupi, não é?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Ministro Carlos Lupi.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Agradável, simpático, carioca nato, é amigo do Brizola. O homem canta! Eu fui lá jantar com ele.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - É um grande Ministro.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Aí, eu, daquele jeito, meu jeito comum, me identifiquei com Brizola. O Brizola dizia que uma das ambições dele - declarou num avião - era levar o Mão Santa para o PDT. Mas ele foi para o céu, e nós ficamos por aí.

            E ele ia fazer um discurso muito rápido. Aí, me deu liberdade de dizer a ele: “Olhe, rapaz, termine com uma frase do Rui Barbosa. Nós somos Senadores. É esta valorização do trabalho”. A primazia tem que ser dada ao trabalho e ao trabalhador. Ele vem antes, ele é que faz a riqueza; é a maior obra! E ele fez isso no final. Ele fez um discurso. É muito rápido. O discurso lá é de cinco minutos. É muita gente. Você já foi à OIT, não é?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Já fui, já fui.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - É gente demais! Saiu-se bem. Essa realmente foi a maior obra: a distribuição de riqueza, o estímulo ao trabalho.

            Quero dizer que continuamos na luta, e uma coisa traz outra. Esta é a nossa bandeira: a do trabalho, de Deus, do Partido Social Cristão. Entrei lá um dia daqueles e fiquei muito satisfeito. O nosso Líder do PSC é do Rio de Janeiro, Deputado Hugo Leal. Quando adentrei lá, ele, em nome do PSC, estava aderindo a todas aquelas propostas, aquelas três conhecidas. A primeira é a mais importante - fui relator de V. Exª, e ganhamos -, é no sentido de enterrar de vez aquele fator redutor.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - O fator previdenciário.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - E aquelas em que os aumentos acompanham os números do salário mínimo e resgatam as perdas. Isso é natural. Estava lá, e ele citou: “Vai adentrando Mão Santa” - ele estava discursando. Os velhinhos, a quem agradeço, bateram palmas lá.

            Vi uma tristeza e vou contá-la aqui. Aqui é o Maracanãzinho, lá é o Maracanazão, é grandão. Paim, quando foram falar isso, Vaccarezza... Quero dar uma chance. Vaccarezza é médico, é uma pessoa boa também. Encontrei-me com ele. “Olha, amanhã é o seu dia de se salvar. Ouvi dizer que amanhã tem uma reunião. Vaccarezza, gosto de você”. No PT tem gente boa. Paim é do PT, amigo, amado, idolatrado. Diga que gosta de mim que eu ganho votos lá. Você é um líder nacional, Paim. Eu acho que o Vaccarezza também - errare humanum est.

            Então, no dia, eu vi. Olha, é porque não botam, e a televisão também faz o jogo. Ouviu, Cristovam? Quando Vaccarezza foi falar na tribuna, foram ameaçar de tirar os velhos das galerias porque eles aplaudiam quando entravam o Paim, o Mão Santa, o Geraldo Mesquita e outros. Mas os velhos são firmes, iguais aos Lanceiros Negros. Sabe o que eles fizeram? Eu vi a cena. A televisão, lógico, que não... O diretor da Câmara... Cristovam, todos os velhinhos viraram as costas. O Vaccarezza falando... Eu vi, eu vi... É porque não botam. A mídia, eles manipulam, o governo é forte... Mas já pensou os velhinhos todos de costas e o Líder falando? Eu vi! Meninos, eu vi, ali no Maracanã! O Maracanã é como eu chamo a Câmara - aqui é o Maracanãzinho, que é menor. Então, Vaccarezza, amanhã, Deus está lhe dando essa oportunidade. Aconselhe-se com o Paim. Conte aí. Eu não estou lhe dizendo...Porque aquilo ali...Foi a reação que... Ouviu, Jefferson Praia, todos os velhinhos, rapaz, viraram as costas. Ameaçaram botar eles para fora da Câmara, não é? Polícia... Mas ô, reação! Igual aos Lanceiros Negros! Não houve essa dos Lanceiros Negros?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Houve.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Com os Lanceiros Negros foi um fato assim, foi o que eles puderam fazer. O Bento Gonçalves não tinha exército, arrumou um bocado de negros - primos, tios do Paim, das famílias lá e o diabo -, e eles aguentaram aquela guerra. Mas havia uma condição, ajeitaram lá um pacto com o nosso Duque de Caxias, não é? Que seriam libertos os escravos...

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - A promessa era essa.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - A promessa era essa.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Se resistissem até o fim, seriam libertos.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - E na hora, quando eles foram ver lá... Aí, Cristovam, a coisa mais linda da história: os Lanceiros Negros enfrentaram o exército do Pedro II, com Caxias e o diabo, e morreram todos, assassinados.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Desarmados.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Então, esse gesto dos velhinhos foi heroico, foi o que eles puderam fazer. Então, Paim, se há uma pessoa de quem eu gosto, que acho bacana, é Michel Temer. Olha, Geraldo Mesquita é testemunha. Na campanha, eu acho que fui o que mais me expus contra o Jobim. Olha, eu o admiro. É um homem elegante o meu Presidente do PMDB. Eu, quando fui Governador pela primeira vez, ele era Presidente da Câmara. Havia vários Governadores do PMDB, que naquele tempo era muito forte. Eu fiquei aqui para fazer a saudação. Quer dizer, eu o respeito muito. Então, eu quero zelar pelo Michel Temer.

            Olha, esse negócio de faltar com a verdade é triste. É como o Governador do Piauí: está debochado. Mas o sujeito não pode mentir.

            Eu vi o discurso do Serra: coerência, não sei o quê. A Bíblia diz: “O sim, sim, e o não seja não”.

            O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Senador Mão Santa, V. Exª me permite um aparte?

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois é. Mas eu só queria dizer da admiração. Então, o Paim, nessa sua liderança, um dia nos levou aqui... O Geraldo Mesquita foi, eu fui, o Mário Couto foi, não-sei-quem foi. Havia uns Deputados também que apoiaram. Então, Michel garantiu que ia pôr aquilo em votação.

            Eu vou ler. Há vários e-mails, mas vou ler um depois do aparte do Geraldo Mesquita para mostrar que essa luta não tem volta, Paim. Tem que chegar a um fim.

            Cristovam, Abraham Lincoln disse uma frase muito importante: “A gente consegue enganar poucos muito tempo, mas todo o mundo o todo o tempo, não”. Nós não vamos continuar enganando os velhinhos aposentados todo o tempo não.

            Com a palavra, Geraldo Mesquita.

            O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Senador Mão Santa, eu fiquei aqui aguardando porque eu queria aparteá-lo e anunciar aqui uma estratégia que nós vamos adotar. Para colocá-la em prática, a gente precisará contar com um número, mesmo que reduzido, de Senadores. A estratégia será a seguinte. Tenho certeza absoluta de que previamente tenho a concordância de V. Exª e do próprio Senador Paim, que fica numa situação complicadíssima. Acho que o Senador Jefferson Praia não se furtará, nem o Senador Cristovam. A estratégia vai ser a seguinte. Eu conversei com vários colegas, e todos demonstraram o receio de que nós não conseguiríamos parar o Senado Federal, como eu estou propondo, até que a Câmara aprecie as matérias de interesse dos aposentados. A opinião quase que geral é de que isso seria muito difícil. Então nós vamos partir para uma outra estratégia: a partir de agora, Senador Mão Santa, qualquer dia de sessão deliberativa aqui, que haja apreciação de qualquer matéria, seja ela qual for, nós vamos, um grupo de Senadores aqui, pedir verificação de quórum de cada votação e nós vamos deixar bem claro o porquê desse ato. Nós vamos pedir verificação de quórum para criar dificuldade para o Governo. Enquanto o Governo não se mexer e atuar no sentido de fazer com que a Câmara se mobilize para a votação dos projetos de interesse dos aposentados, vamos pedir verificação. V. Exª há pouco citou o nome do Presidente da Câmara, Deputado Michel Temer.

            Olha, eu vou dizer uma coisa aqui muito forte. Uma ferramenta com a qual a gente lida aqui no Parlamento Brasileiro e que não pode deixar de lado é a palavra. A palavra: assumiu um compromisso, tem de honrá-lo. O Deputado Michel Temer disse na presença do Senador Paim, sua, minha e de outros parlamentares que estavam lá...

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Eu estava lá. Nós estávamos juntos.

            O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC) - Vários parlamentares. Ele se comprometeu a colocar em pauta os projetos que dizem respeito a interesses dos aposentados. Senador Mão Santa, não cumpriu, e eu vou lhe dizer por quê. A perspectiva de uma candidatura a Vice-Presidência da República pesou, tenho certeza absoluta disso. Só isso faria com que o Deputado Michel Temer jogasse a sua palavra na lata do lixo. Foi o que ele fez: jogou a palavra dele na lata do lixo. E acho que fez isso em troca de uma miragem de candidatura à Vice-Presidência da República. Ou seja, mais um que virou as costas aos aposentados deste País. Já não bastava um Pimentel, já não bastava um Lula, que está igual a Pilatos: lava as mãos, quando era o primeiro que deveria estar no front de batalha dessa questão. Que decepção com o Deputado Michel Temer, sem brincadeira! Vou dizer uma coisa a V. Exª, nem que eu tenha que pedir aqui sozinho: a partir de amanhã, em votação da matéria que for no plenário do Senado, vou estar aqui de plantão para pedir verificação de quórum. A partir de amanhã, vou estar no plenário do Senado de plantão para pedir verificação de quórum, dê no que der. Pode ser que as lideranças chamadas consigam furar esse bloqueio, mas nós vamos cumprir com essa tarefa. Vai ser uma tarefa a ser cumprida. Vamos pedir verificação de quórum e vamos dizer por que estamos pedindo: pela indecência de o Parlamento brasileiro não se ocupar de um tema tão importante como esse ou se ocupar pela metade, como a gente cansa de dizer aqui. O Senado já fez a sua parte. Não basta. O Senado é parte de um parlamento. Não é suficiente a gente fazer a nossa parte. Temos que avançar e fazer com que o Congresso Nacional resolva essa questão, para o bem ou para o mal, não importa. Vai ter que deliberar, vai ter que colocar em pauta e votar essas matérias. Do contrário, nós vamos criar dificuldades e obstáculos neste plenário. Já estou anunciando previamente para que não digam depois que foram pegos de surpresa. Ninguém aqui vai ser pego de surpresa. Já está anunciado. A partir de amanhã, nem que eu peça sozinho, vou pedir verificação de quórum. A matéria que for anunciada pela Presidência da Casa para votação vai sofrer um pedido de verificação de quórum,

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Paim, quero dizer que as coisas mudaram. Vai ter alternância de poder. O Presidente vai exercer e vou dizer por quê. Eu sei a força do PT, eu votei em 1994. Fui a Picos assistir a uma procissão. Picos é a São Paulo do Piauí. A procissão do encontro, várias igrejas. Olha, eu ouvi um discurso do Dom Plínio, a quem não conheço pessoalmente. Duro com essas coisas. E agora eu assisti a Dom Alfredo A missa e a procissão do Senhor Morto. Outro discurso duro!

            Então, V. Exª sabe que essas igrejas de base, esse movimentos duros, escritos... Ambos escritos. E todos falavam disto: da falta de palavra com esses compromissos.

            Por que, ô Cristovam? V. Exª, que é o mais sábio entre nós, é o professor, vou dizer-lhe o seguinte: o Luiz Inácio não tem culpa não. Estou dizendo com isso que gosto dele, é uma figura agradável, você sabe disso.

            Paim, ele talvez... É a vida, Geraldo Mesquita, eu sei que cada um tem a sua vida. Ele foi um herói, um retirante. Ele santifica a mãe dele, foi lutadora, a imagem maior, a sua simbologia maior de luta. E o pai parece que não o apoiou muito. Não vou entrar em detalhes.

            Eu tive avós, que são muito importantes. O conceito de família, de tudo, o exemplo arrasta. Eu sei o que é uma avó boa, um avô bom. Cristovam, eu sou melhor avô do que pai. Para o meu filho tudo deu certo, porque a mãe se dedicou e eles, talvez tenham tido os exemplos dos avós deles, que eram os meus pais.

            Eu trabalhava muito, operava, chegava de madrugada. Estava na ativa. Os filhos crescem. Como avô, não. Estou muito mais atento às necessidades, ao que está estudando, onde vai fazer vestibular. Estou mais disponível.

            Então, talvez o nosso Presidente não se aperceba da gravidade disso. Eu quero dizer, simbolizando... Ô Cristovam, você já leu o livro do Barack Obama? Há dois. O bom é Minha Herança, onde ele conta a vida dele. Até disseram que ele não deveria fazer outro, porque não seria melhor do que o primeiro.

            Outro, que ele fez nesse debate político, é mais técnico, é para nós. Mas ele diz no livro... Atentai bem, só isso que eu queria. Barack Obama, esse símbolo do vencedor, do herói. Sabe o que ele diz no livro, Jefferson Praia? “Se não fossem os meu avós, eu seria um maconheiro”. Ele foi educado pelo avós. O avô significa isso na família. O avô; a mãe de Maria, Ana. Há esse simbolismo todo na família, não são só o pai e a mãe. É o telhado da família que cobre.

            Então, essa nossa família está degradada, porque os avós planejaram, sonharam, trabalharam, fizeram jus a um ganho legítimo, Cristovam. Eles planejaram ajudar a família, os filhos, os netos, na educação. De repente, foram “capados” aqueles honorários que nós, brasileiros, devemos a eles.

            Cristovam, é triste! Eu tenho andado e tenho conversado. Toda semana, farei uma.. para mostrar que não abandonei a luta. Cristovam, o que tem havido de suicídio entre idosos! Nunca antes houve tanto. Estou acompanhando! Eles assumiram os compromissos e não os estão cumprindo. Inventou-se, Senador Cristovam... E V. Exª um dia disse - você sabe que eu saio aqui e, se não for voltar: interessante, o Senador Mão Santa, que é médico, cirurgião, foi o primeiro quem advertiu contra esses empréstimos. Enganaram os velhinhos, os banqueiros enganaram. Fizeram umas letrinhas pequenas, eles todos com presbiopia, vista cansada. E hoje, além do fator redutor da previdência, tem esta, Senador Cristovam, colocaram aí uma propaganda, uma mídia, para tirar dinheiro, e os velhinhos tiraram. Capam 40%! O negócio mais seguro do mundo, porque já capam dos aposentados, Cristovam.

            Você vê, olha o drama da economia do mundo. Atentai bem! Meditem, jornalistas, aprendam. Atentai! Faliu banco nos Estados Unidos, faliu banco na Inglaterra, faliu na Espanha. Nenhum do Brasil faliu. Qual foi o banco que faliu no Brasil? Se o nosso Presidente foi o pai de quem não tinha nenhuma renda com essa Bolsa Família, ele foi a mãe dos banqueiros. Banqueiro nenhum do mundo esteve tão bem como esses.

            Então, isso tudo deu rolo. Caparam 40% desses empréstimos consignados. Enganaram os velhinhos com uma mídia enganosa, com uma propaganda falsa. E não tem o Ministério Público para punir a Presidência da República, com uma propaganda enganosa, faltando, Cristovam, professor neste País! Abraham Lincoln disse: não baseie sua prosperidade em dinheiro emprestado. Isso faz parte da nossa civilização democrática. E eles entraram...

            Além do fator redutor, além do que eles perderam por não termos conseguido os ajustes! Então, a situação é grave. Eu tenho observado: o número de suicídio aumentou.

            Agora, eu só vou ler um e-mail das dezenas que recebo. Peço permissão ao Paim. É do Movimento Dignidade aos Aposentados e Trabalhadores do Brasil. Só vou ler um das centenas de e-mails de aposentados que nos enviam. Deve chegar mais a V. Exª, Paim, porque V. Exª é o símbolo...

Aos aposentados, pensionistas, trabalhadores do Brasil e ao povo em geral,

Mais um embuste anunciado em outubro de 2009”. [Já estamos em 2010. Atentai bem! Olhe o tempo que eles estão sendo enganados, Cristovam, desde 2009.]

O Sr. Michel Temer, Presidente da Câmara dos Deputados, mais uma vez, falha na sua palavra para com os aposentados e pensionistas. Como se não bastasse ele não ter permitido aos idosos que, em mobilização no ano passado, entrassem nas galerias da Câmara para participar das discussões sobre os PLs em tramitação naquela Casa, de uma maneira mais que desrespeitosa, naquela mesma ocasião, empenhou a sua palavra perante a COBAP.

            São os da Cobap, aqueles que vimos aqui sempre nas galerias.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - O Presidente é o Varlei.

O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Continuo a leitura:

‘Assumo o compromisso de colocar na pauta [atentai bem, Cristovam, e olha o que diz o nosso Presidente da Câmara], independente da opinião dos demais líderes. Já disse ao Líder do Governo, Deputado Henrique Fontana [já mudou], que se não houver acordo com os aposentados até a próxima sexta-feira, eu coloco o PL 01 em votação. E assim será’.

É ou não é uma falta de decoro parlamentar? Afinal, trata-se de compromisso assumido perante um grupo de pessoas respeitáveis (idosos) e de uma instituição representativa desse mesmo grupo. Se essa atitude parte de um Presidente de uma instituição como a Câmara dos Deputados e, sem nenhuma justificativa plausível, ele não cumpre o seu compromisso, essa autoridade deveria responder pela sua falta de respeito pela liturgia do cargo que exerce.

Se estivéssemos num país que encara as suas responsabilidades com a devida seriedade, com certeza o Dr. Michel Temer teria que responder a um processo na própria Câmara Federal, ou na Justiça, se assim os prejudicados achassem por bem demandar. Com a palavra a COBAP!

Quando será que nós teremos dirigentes respeitáveis? Quando será que os compromissos assumidos pelas autoridades serão cumpridos? O Presidente Luiz Inácio, quando candidato, deitou falação de que daria aos aposentados e pensionistas uma vida digna, pois os governantes de outrora haviam jogado os mesmos na lata de lixo. Citou, como exemplo bem sucedido, o caso dos aposentados europeus que viajam pelo mundo afora por terem uma aposentadoria digna. Foi mera promessa da campanha. Nada disso foi cumprido, muito pelo contrário, o que estamos tendo é o maior arrocho, ‘nunca visto na história deste País’! Quem mandou os ‘velhinhos’ acreditarem?

Agora, mais uma autoridade que não cumpre o que promete e que fica o dito pelo não dito. O brasileiro já está tão acostumado com promessas não cumpridas de políticos, que, quando isso acontece, é encarado com a maior naturalidade, como se atitudes condenáveis como estas não representassem uma falta grave. O pior é que é!

Os senhores Luiz Inácio e Michel Temer deveriam ser punidos por nós. Como a Justiça não chega até eles, para tal, nós temos como fazê-lo. Para o primeiro, que já não será candidato a nada, temos que repudiar a sua candidata e todos os seus indicados para as eleições de outubro. Para o segundo, se ele sair candidato a vice na chapa do Governo, com a primeira atitude, já o alijaríamos. Caso não seja aceito na chapa da candidata, e parece que não será, vamos eliminá-lo da vida pública, através da negativa de reelegê-lo.

O povo de São Paulo representa o maior Colégio Eleitoral do País. Não pode compactuar com os maus políticos, principalmente com aqueles que não honram os seus compromissos assumidos publicamente. Vamos colocar este País nos eixos! Vamos fazer justiça!

Odoaldo Vasconcelos Passos.

            Esse e-mail é de Belém. E há outros. Mas, para encerrar, o efeito é o mesmo, eu citaria, já que Rosalba, que é médica, pediu um aparte, Juscelino Kubitschek. Num de seus livros, ele diz, Senador Paim, que a velhice é triste, que é uma tristeza a velhice. E ela, desamparada, Garibaldi, é uma desgraça. É o que está havendo com nossos velhinhos.

            Então, o que queríamos era dizer o seguinte: vagareza, amanhã tens sua última oportunidade. Errare humanum est. V. Exª errou, mas esperamos que, amanhã, haja um entendimento. O Paim nos representa. Chame a Cobap, e vamos ter um fim com dignidade, primeiro, para salvaguardar essa Câmara, que já foi batizada pelo próprio Luiz Inácio, Garibaldi, de Casa com trezentos picaretas.

            Agora, o povo e os velhinhos estão sofrendo. Ulysses me ensinou. Foi o que levei daquele PMDB do passado, que tinha homens como Ulysses, que disse: “Ouça a voz rouca das ruas”. Aprendi e me preparei. Sabe o que estão dizendo, Garibaldi? Que a Câmara dos Deputados é uma câmara de gás, em que se estão matando os velhinhos. Está pior do que Hitler, o Holocausto. Isso é dito nas ruas. Pode sair e ver os velhinhos todos aposentados.

            Tem a palavra a Senadora Ciarlini.

            A Srª Rosalba Ciarlini (DEM - RN) - Senador Mão Santa, eu gostaria de externar também minha indignação, porque, infelizmente, os políticos, quando não cumprem sua palavra, estão contribuindo para o descrédito da classe política por parte da população. O mais importante que temos na vida é a certeza de que a palavra possa ser cumprida. O Presidente da Câmara deu sua palavra de que colocaria os projetos em análise, mas, até agora, isso não aconteceu. Acompanhei a situação quando o Senador Geraldo Mesquita dizia que deveríamos... Aqui, quero dizer que pode contar comigo, pois quero continuar fazendo parte desse grupo que não se tem acomodado de forma alguma e que vem, com o Senador Paim, solidário, para que possamos ver as matérias aprovadas ou não. As matérias de interesse dos nossos aposentados devem ser analisadas e colocadas em plenário para deliberação. Quantas e quantas lutas foram aqui vividas! Quantas noites de vigília! Quanto tempo! Quantas esperanças foram despertadas nos nossos aposentados de se fazer justiça! Precisamos apenas de fazer justiça. Infelizmente, depois daquela luta bonita - no Senado, tudo foi aprovado -, a matéria chegou à Câmara, mas, desde o ano passado, há essa enrolação com relação aos projetos dos aposentados. Temos de tomar essa posição. Temos de, mais uma vez, somarmo-nos, para conseguirmos, pela pressão, que esses projetos sejam encaminhados na Câmara dos Deputados. Sei que lá há muitos Deputados que estão ansiosos, que concordam com isso, que querem ver esses projetos aprovados. Está na dependência somente do Presidente Michel Temer, a quem faço um apelo para que tenha sensibilidade e responsabilidade e faça honrar sua palavra.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Agradeço a V. Exª pela sensibilidade, que todo mundo conhece. Daí a razão por que V. Exª já vai trazer o pai do Garibaldi para cá, porque V. Exª vai ser Governadora. Concedo um aparte logo para o filho, já que o pai vem também para cá como Senador, que é o Suplente de V. Exª, não é? Árvore boa dá bons frutos.

            Tem a palavra o Senador Garibaldi.

            O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) - Senador Mão Santa, a exemplo da Senadora Rosalba Ciarlini, também quero manifestar minha solidariedade a essa luta do Senador Paulo Paim, que logo se transformou, eu diria até, numa luta da unanimidade deste Senado, porque os projetos em favor dos aposentados não foram aprovados por maioria, foram aprovados por unanimidade e saíram daqui com esse título e com esse troféu, eu diria assim, para a Câmara dos Deputados. V. Exª fez um relato muito fiel das dificuldades que lá estão sendo encontradas para a votação desse projeto e, inclusive, das promessas que vêm sendo feitas e não cumpridas. Agora, é hora de esperar que a Câmara dos Deputados possa, realmente, colocá-los em votação, e daí minha palavra de expectativa. O Senador Paulo Paim me disse, há pouco, que vai haver uma reunião, amanhã, do Colégio de Líderes com o Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Amanhã, ao meio-dia.

            O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) - Há uma possibilidade para os aposentados de vermos, finalmente, votados os projetos. V. Exª sabe que todos eles são da maior importância para os aposentados. O fator previdenciário reduz em 30% ou 40% a aposentadoria. E há aqueles outros projetos do Senador Paulo Paim que daqui saíram e que se constituem a grande aspiração dos aposentados de todo o País. Então, V. Exª conta com minha solidariedade na hora em que faz essa cobrança da tribuna do Senado.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - V. Exª enriquece meu pronunciamento. V. Exª tem se caracterizado como político prudente e moderado e foi Presidente desta Casa. Então, que cheguem essas suas palavras ao nosso Presidente Luiz Inácio!

            Para encerrar, vou ler só um e-mail: está aqui a fotografia do nosso Michel Temer, que é pessoa boa, de quem eu gosto. Ele merece sair dessa com a grandeza e a dignidade que construiu, porque, no momento, está ruim sua imagem, não é?

Blog ‘Aposentado! Solte o Verbo...’

Compromisso Público Esquecido.

Compromisso Público:

Presidente da Câmara Federal, Deputado Federal Michel Temer:

‘Eu assumo o compromisso de colocar na pauta, independente da opinião dos demais líderes. Já disse ao líder do governo, Deputado Henrique Fontana, que, se não houver acordo com os aposentados até a próxima sexta-feira, eu coloco o PL 01 em votação. E assim será’, afirmou o Presidente da Câmara.

            Isso ocorreu em outubro de 2009, e já estamos em 2010.

            Então, para terminar mesmo, Professor Cristovam - V. Exª sabe tudo ou quase tudo -, vou passar esse ensinamento para o Michel. Sei que esse PMDB é complicado mesmo, está tudo aí e tal. Então, quero passar um ensinamento para ele. Aqui, estamos para ensinar. Nós somos os pais da Pátria. A sabedoria tem de ser do Senado. O Senado, no dia em que não for mais sábio que a Câmara, não terá razão de ser. Nós somos o Poder revisor, moderador e os pais da Pátria.

            Então, eu lembraria, Professor Cristovam, Voltaire. Rosalba, lembro o que, no Parlamento dos reis - Luís XIV, do L'etat c'est moi; Luís XV, daquela confusão toda antes da República -, Voltaire disse. Atentai bem, Michel! Disse Voltaire: “À Majestade tudo, menos a honra”. V. Exª está perdendo a honra, perdendo a sua palavra.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/04/2010 - Página 11825