Discurso durante a 47ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Decepção com a Câmara dos Deputados, por não haver apreciado ainda projetos voltados a combater a injustiça que sofrem os aposentados.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. PREVIDENCIA SOCIAL.:
  • Decepção com a Câmara dos Deputados, por não haver apreciado ainda projetos voltados a combater a injustiça que sofrem os aposentados.
Publicação
Publicação no DSF de 10/04/2010 - Página 13310
Assunto
Outros > SENADO. PREVIDENCIA SOCIAL.
Indexação
  • ELOGIO, EFICACIA, SISTEMA, MEIOS DE COMUNICAÇÃO, SENADO, ESPECIFICAÇÃO, JORNAL, JORNAL DO SENADO.
  • CRITICA, CAMARA DOS DEPUTADOS, AUSENCIA, VOTAÇÃO, APROVAÇÃO, PROJETO, GARANTIA, DIREITOS, APOSENTADO, COMBATE, INJUSTIÇA, APOSENTADORIA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) - Senador Papaléo, que preside esta sessão de sexta-feira, iniciada às 9 horas, Srs. Parlamentares presentes na Casa, brasileiras e brasileiros que nos assistem aqui no plenário e que nos acompanham pelo fabuloso sistema de comunicação do Senado da República, eu queria enaltecer esse sistema de comunicação que torna este Senado da República um dos Senados de maior valor na história da democracia no mundo.

            Neste exato momento, nós falamos ao Brasil através de uma rádio AM, de uma rádio FM, Ondas Curtas, de algumas filiais no Estado, da TV Senado, que, sem dúvida nenhuma, é um órgão de comunicação acreditado no País, e do Jornal do Senado, que tem um diário, um semanário, uma agência de notícia, a Hora do Brasil. Cícero, o grande senador romano, dizia: “O Senado e o povo de Roma”. Então, nós podemos dizer: “O Senado e o povo do Brasil”.

            Esta Casa evoluiu. Esta é a primeira legislatura que funciona às segundas e sextas-feiras, abrindo espaço em sessões não deliberativas para que o Senador manifeste suas teses mais demoradas, mais polêmicas e se comporte como um tambor de ressonância do povo.

            Mas, Papaléo, o nosso jornal é tão bem feito que, por exemplo, o de hoje tem duas notas aqui: “Dia Mundial da Saúde é lembrado por Mão Santa”. V. Exª é do PSDB, mas está escrito aqui, lá no fim:

O Senador elogiou a gestão do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, à frente do Ministério da Saúde durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso.

A Aids, há 10 anos, era como uma lepra. O maior avanço no combate à AIDS no Brasil aconteceu com o Serra.

O Senador também cumprimentou o ex-Governador de São Paulo pela instituição da política dos medicamentos genéricos.

            Mas temos batido nesta Câmara Federal, e é com força mesmo. Deus quis que V. Exª, que representa o que há de melhor lá...

            Então, eu queria dizer algo, principalmente porque trabalhei muito para o Presidente da Câmara, Michel Temer - acho que quem mais trabalhou para que ele fosse Presidente do PMDB, no meu Partido do passado, fui eu, que fui a São Paulo, ao Rio de Janeiro e a Minas e ao Piauí: sofremos uma decepção muito grande quando esta Casa se debruçou sobre uma ignomínia, uma vergonha e uma nódoa do nosso País: a injustiça que sofrem os aposentados. Queríamos resgatar isso, porque Governo não é só o Presidente Luiz Inácio não. Na democracia, o Governo é um tripé. É a divisão de Poderes que caracteriza a democracia e a alternância de Poder. Então, fazemos parte do Governo. O Governo é um tripé da divisão que Montesquieu criou: Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Então, somos responsáveis, mas isso é uma nódoa, isso é uma vergonha na nossa República, o que fizemos com os aposentados. Os aposentados trabalharam, trabalharam e trabalharam. E eu, que sou hoje do Partido Social Cristão, o Partido mais puro deste Brasil, entendo isso e temos de valorizar, Papaléo. Disse Deus, o Pai do Cristo: “Comerás o pão com o suor do teu rosto”. Então, essa é uma mensagem de valorização, de respeito ao trabalho; uma mensagem de Deus aos governantes para propiciar o trabalho.

            Rui Barbosa está ali em cima, porque, entre muitas coisas que ele ensinou, ele fez uma reflexão e deixou uma mensagem: a primazia é do trabalho e do trabalhador. Ele veio antes, ele é quem faz as riquezas. E, realmente, essa nossa defesa é para quem trabalhou: o aposentado. Eles trabalharam. Eles fizeram um contrato que tem que ser respeitado. Então, eles pagaram, eles planejaram o futuro. Aqueles que sonharam com uma aposentadoria de dez salários estão ganhando cinco, quatro. Aqueles que sonharam com uma aposentadoria de cinco e pagaram trinta anos, quarenta anos, estão recebendo dois, dois e meio. Essa gente está na pior, Papaléo. E pior: eu não vou dizer que o Luiz Inácio tem maldade, mas os aloprados em torno dele enganaram o Presidente da República. Enganaram-no! O Luiz Inácio tem sido o pai dos pobres. O Bolsa Família é uma caridade boa. Não vai resolver, mas é momentânea. Ninguém é contra a caridade. Mas enganaram os velhinhos. Luiz Inácio, pai dos pobres e mãe dos banqueiros.

            Olhe, a ignorância é audaciosa. Esse PT tem um tripé: mentira, corrupção e incompetência.

            Abraham Lincoln, vamos dizer, que escreveu uma das páginas mais belas da democracia, disse a seguinte mensagem: “Não baseie sua prosperidade em dinheiro emprestado.” 

            O que fez o nosso Governo de aloprados do Luiz Inácio? Propaganda enganosa do empréstimo consignado. E a maldade foi maior, está ouvindo, Papaléo, V. Exª que é médico - Zezinho, me empreste o Papaléo um instante -, que fizeram com os velhos, que sofrem - o Papaléo é cardiologista, ainda não sofre - do que chamamos hipermetropia, vista cansada. Então, eles fizeram - preste atenção Davi Alcolumbre - uma propaganda enganosa: empréstimo consignado, banco, mídia e tal, propaganda, é bom, e fizeram uma maldade. Essa gente não é gente boa não, engana os velhinhos. Botaram umas letras pequenininhas nos contratos, que os velhinhos não leem. Não podem, eles têm vista cansada. Quem não tem hipermetropia, vista cansada, tem catarata. Então, enganaram, Luiz Inácio. Esses aloprados, banqueiros, o enganaram. Então, os velhos de todos: “A televisão. A mídia. É bom. Empréstimo consignado. Não. É fácil. Empréstimo é bom.”

            Olha, morreu aqui um Senador do Piauí no primeiro discurso: Dirceu Arcoverde. Eu nunca me esqueço que eu estava na praça de Parnaíba, Papaléo, Nossa Senhora da Graça. Ô homem bom. Aí ele disse: Mão Santa, o que é aquilo? Eu digo: “Não, aquilo foi até a firma da minha família, mas hoje é um banco, estão reformando o banco”. Ele disse assim: “Eu não gosto de passar nem nas calçadas dos bancos.”

            Morreu aqui, esse Senador. E os velhinhos, então, todo mundo pegou o empréstimo. Hoje, estão descontando 40% dos velhinhos. Já tem um fator redutor previdenciário que tira 40%. Eles entraram nessa alopragem, nessa enganação, nessa mentira, nessa propaganda do empréstimo consignado. Olha, tinha mais do que cabaré no Nordeste. Empréstimo consignado e não sei o quê, e os velhinhos entrando. Pintavam qualquer porta e janela, era como banco. Foi uma mídia massificada que os velhinhos tudo fizeram. Agora, eu faço uma pergunta às brasileiras e aos brasileiros, só uma. Papaléo, eu vi a crise econômica, e o Luiz Inácio se saiu bem. Saiu foi uma ova, a verdade é essa, nós não saímos bem, não. Os velhos estão é lascado. Eu vi falir banco lá na Inglaterra. E o do Primeiro Ministro foi o primeiro. Nos Estados Unidos, eu estava na Espanha, Santander, tudo falindo. Banco. Papaléo, qual foi o banco no Brasil que faliu? Qual foi o banco aqui neste País, Brasil, que faliu? Qual foi, Luiz Inácio? Luiz Inácio, V. Exª foi o pai dos pobrezinhos, mas foi a mãe dos banqueiros. Nunca banqueiro ganhou tanto, porque é na boca, não tem erro, é a melhor coisa, enganaram os velhinhos, enganaram: mídia, propaganda enganosa, persuasão, e o contrato da letra bem...

            Vejam, procurem os contratos. A letra pequenininha, os velhos não liam. Não lê, rapaz, vista cansada. É catarata. Ê tiraram! E agora descontado, um negócio muito bom para banco. É das aposentadorias, os bancos, na hora, puff, puff, puff... É o melhor negócio do mundo, por isso que os bancos, no Brasil, estão tudo aí lucrando.

            Então, o PT pode mudar o nome para PB, Partido dos Banqueiros, porque que é assim. Tem dinheiro. Você vê aqueles lascados, que eram do PT estão tudo com Hilux, os melhores apartamentos, as melhores riquezas, os banqueiros tudo, esse povo que está...

            Qual foi o banco que faliu, doutor?

            Agora, esta Casa, nós somos os pais da Pátria. Eu sou orgulhoso, eu sou orgulhoso, médico-cirurgião, estou aqui porque eu tenho orgulho de ser Senador. O Cícero dizia - veja que eu botei o CQC, QCQ... Como é o nome daquilo?

            O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PSDB - AP) - CQC (Fora do microfone.).

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - É uma mulher: você foi...

            Respeita mulher!

            - Você foi reprovado.

            - Tu sabes de alguma coisa, mulher? Tu não sabes de nada, a ignorância é audaciosa. Quem sabe sou eu, o pai da Pátria. Este é o melhor Senado. Nós resgatamos.

            Este País só vai ter eleição por causa do Senado. Isso era para aquela confusão toda aí... Houve aí um pilantra, tirou um dinheiro do Senado, um administrador. Tu tirou? Eu tirei? Cadê? Faça uma CPI na minha vida, pode fazer lá na minha cidade onde eu nasci. Façam. O Prefeito é adversário, é PTB. Façam uma CPI na minha vida. No Estado do Piauí, o Governo é adversário. Faça. Faça. Façam aqui. Aqui, nos dias que eu passei aqui.

            Então, isso aqui é o que salvou o País. Por isso que sou orgulhoso. E esse negócio... A mulher... Ei, você foi reprovado. Respeita, mulher. Esse negócio de que não sabe de coisa nenhuma... A ignorância é audaciosa. Está reprovado em quê?

            Vou dar só um quadro. Nós é que somos os pais. Aqui tem mais voto do que o Luiz Inácio. Luiz Inácio teve 58 milhões; aqui tivemos 88 milhões de votos, já somei. Somos filhos do voto e da democracia. É, somos, aqui. Não, mas o povo reprovou. Que povo? Eu é que sou o povo. Outro dia... L’état c’est moi. Eu diria que sou o povo. Somos filhos do povo. Eu e o Papaléo. Eu nunca fiz um título. Nunca comprei um voto. Estou aqui pela altivez do povo do Piauí. Independência. Nós...

            Fizeram essa campanha para fechar este Senado, como Fidel fechou, lá já teve Senado. Como Chávez fechou. Como o Corrêa ali fechou, no Equador. Como o índio já fechou ali. Como o padre reprodutor. Como Nicarágua. Como Honduras. Como o do Irã. Então, queriam fechar isso aqui. Por que vão ter eleição? Só pelo Senado da República. Só! Só! Só!

            Houve muito discurso lá. Esse negócio de que tirou. Tirou porque aqui não passa. Luiz Inácio é sabido. Para passar... Atentai bem, para passar, são dois terços aqui. Ele não tem nem maioria simples. Eu disse um discurso para testar o estadista Sarney.

            Vocês se lembram do CPMF? Aquilo era um teste. Então, tiveram 35 aqui que não abriram. Trinta e cinco, igual aos 300 de Esparta, que resistiram, esse da Pérsia lá que está, do Irã, ali, o chefe da Pérsia era do Irã.

            Então, nós aqui, e aí eu disse aqui num discurso, o Sarney bem aí, nós conhecemos, o Papaléo sabe que nós conhecemos, amizade, eu vi; garotinho, passava as minhas férias, eu vi o nascimento político do Sarney. Heróico, enfrentou Assis Chateaubriand, que foi a maior imoralidade. Ele perdeu na Paraíba. Tinha todas as imprensas, então comprou o governador de lá, fez o Senador renunciar para ter uma eleição fora de época. O Sarney foi contra. Eu era menino.

            Então, mas eu disse, 35. O Presidente Sarney tem o Amapá, o Acre, 6; 35 e 41. Ele jamais vai voltar para o terceiro mandato. Quem quer o terceiro mandato quer o quarto, quer o quinto, quer o sexto. Pergunte ao Fidel Castro. Ele se enjoou, cinquenta anos de mandato, já passou para o irmão. Então, pergunte. Então, passaram? Eles não passaram aqui, eu disse, nem o Presidente Sarney. Então, 35 mais 6, que ele não ia estragar a biografia dele, que foi da redemocratização, 41, que não abria. Aqueles 35 são os heróis que vão ficar na história. Então, não conseguiram, fizeram a campanha, colocaram os sem-terra, botaram todo mundo para invadir aqui. A gente só na moral, eu, nesta Presidência, porque temos mesmo, a autoridade é moral. Nós aqui aguentamos, e o País vai ter eleições livres.

            A democracia se consolida por dois fatos: alternância de poder - se não tiver alternância de poder são os reis, é Fidel Castro, é o Chávez - e divisão de poder. Atentai bem, nós que oferecemos isso.

            Mas, aqui nós resgatamos esse negócio dos velhinhos aposentados. A lei inspirada por um Deputado do PT, o Senador Paulo Paim, que foi Deputado, e eu fui o relator. Eu a defendi por aí, na CAE, na Comissão de Constituição, na CAS, na de Direitos Humanos e aqui, e mandamos para lá.

            Quis Deus V. Exª estar aí, Davi. Davi que venceu Golias. Olha que o Luiz Inácio passou pela Câmara e disse que tinha 300 picaretas. V. Exª que é o Davi, olha o nome. V. Exª faz jus.

            Eu fui com alguns Senadores a Michel Temer e ele deu a palavra de que colocaria para votar aqueles projetos que resgatam o dinheiro legítimo dos aposentados: o fator redutor previdenciário, aquele que tivesse o mesmo aumento da ativa e umas perdas do passado. Ele deu a palavra. Isso foi em outubro, Davi. Olha, atentai bem: outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e abril.

            E eu quero dizer que eu sou discípulo de Ulysses, do PMDB, que tinha vergonha do passado, ele que está encantado no fundo do mar e nos ensinou: “Ouça voz rouca das ruas”. Papaléo tem andado na rua. O que estão chamando a Câmara de câmara de gás, está matando os velhinhos, está asfixiando os velhinhos, os velhinhos estão morrendo, os velhinhos fizeram seus compromissos, eles fizeram correto, foi um contrato, eles planejaram ter dias felizes com suas Adalgisinhas, ajudar os netos, ajudar os filhos e tudo. Então, por isso que a família está destruída. Um mal nunca vem só.

            Então, o avô, que é a moral da família, que é o telhado da família, que é a proteção da família perdeu sua credibilidade porque ele prometeu pagar o estudo do neto, ajudar o filho. Ele prometeu - não é, não? - ter melhores dias e não cumpriu a sua palavra e a família ficou destruída.

            Rui Barbosa está aí porque ele disse: “Pátria é a família amplificada”. Daí essa violência que existe. Pares cum paribus facillime congregantur. Cícero, lá no Senado de Roma, uma violência atrai outra violência. O mal, Davi, é tão grande, é tão grande o mal que eu vou te dizer, eu sei que o Luiz Inácio é um homem generoso, não tem culpa, mas meu avô era muito bom. Eu procuro ser um avô como os avós que eu tive, ele não teve, não estou culpando o Presidente, mas é importante. Eu só recordo coisas boas do meu avô.

            Barack Obama, que resume tudo, tem dois livros. Eu li os dois. O bom é A Minha Herança, em que ele conta a sua história. Ele diz: “Eu não sou maconheiro porque fui educado pelos meus avós”.

            Então, os avós são importantes na instituição mais importante, que é a sagrada família. E nós estamos destruindo, porque destruíram a dignidade dos nossos aposentados. E é isso que eu queria, então... E quis Deus o Davi estar aqui. Vá lá, Davi, que venceu o Golias. Davi, enfrente aqueles monstros que estão enganando. Davi, você vem aqui. E eu quero transmitir dois ensinamentos: um, do parlamento francês, que ainda tinha os reis, Voltaire, que disse: “à majestade tudo, menos a honra”. O Michel Temer perdeu a honra. A honra está ligada à palavra. Ele deu a palavra que botava para votar. Eu ouvi. Não tem honra sem palavra. Ele perdeu, ele se comprometeu. Essa é a verdade. Bote para votar. E é a grande oportunidade de a Câmara apagar aquela verdade de Lula: Casa de 300 picaretas. É uma oportunidade. Exija. V. Exª é jovem. Os outros estão no fim de carreira, já se aposentaram, já se enlamearam, já se apodreceram. Então, é uma oportunidade. A diversidade é uma benção disfarçada. Que a Câmara Federal bote para votar. Abraham Lincoln disse e ensinou que a gente pode enganar poucos por muito tempo, muitos por pouco... mas ninguém pode enganar todo mundo.

            Nós já enganamos demais os velhinhos, nós já mentimos para eles, já empurramos...

            Nunca houve, Luiz Inácio, nunca antes tantos suicídios de velhinhos. Isso é que nós queremos então fazer; este apelo.

            Aí está abril. Aí está abril. Olha que foi enforcado para nascer esse país independente Tiradentes. A câmara de gás, como o povo está chamando, não está enforcando mas está asfixiando, está matando os velhinhos, endividados, sofridos, injustiçados.

            Então quis Deus estar aqui o Davi. Nós queremos que esse mês de abril, de tanta inspiração, de heroísmo, está aí o Tiradentes, está aí... foi nesse dia que saiu daqui... Deus... e simulou Tancredo pela democracia. Criação de Brasília que a Câmara federal resgate na sua história, a sua grandeza. A Câmara que representa o povo. Nós representamos o Estado. O povo do Brasil é bom. O povo do Brasil merece esperança. O povo do Brasil tem dignidade.

            Nós temos que resolver os problemas do aposentado. Então, nós exigimos, porque fica muito mal um presidente da Câmara Federal sem palavra. Isso ficou feio. E eu sou do Partido Social Cristão que diz: de verdade, em verdade vos digo.

            Assim falava o meu líder: a verdade! A verdade que é procurada. A verdade que é buscada. E nós não podemos conviver com a mentira. A verdade tem que ganhar a mentira.

            Diga para o seu Michel Temer que eu aprendi com o caboclo do Piauí, que diz que é mais fácil você tapar o sol com uma peneira do que esconder a verdade.

            Então, nós exigimos, em nome do povo que nós representamos. E eu falo. Do jeitinho que Cícero dizia ao Senado e ao povo de Roma, eu digo ao Senado e ao povo do Brasil. Nós temos que salvar a nossa Câmara Federal.

            E quis Deus trazer aqui o Davi, porque Davi é aquele que acreditou em Deus e com a força de Deus teve força para vencer o monstro. E venceu Golias. E você, Davi, Deputado Federal, lá, Alcolumbre, tem que vencer o monstro da mentira que se assentou na Câmara Federal do nosso Brasil.


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