Discurso durante a 49ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentários a declarações da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Referências ao evento de lançamento da candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES. ATUAÇÃO PARLAMENTAR. HOMENAGEM.:
  • Comentários a declarações da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Referências ao evento de lançamento da candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República.
Aparteantes
Alvaro Dias, Lúcia Vânia.
Publicação
Publicação no DSF de 13/04/2010 - Página 13705
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES. ATUAÇÃO PARLAMENTAR. HOMENAGEM.
Indexação
  • COMENTARIO, ANTECIPAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), CAMPANHA ELEITORAL, SUCESSÃO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, CRITICA, DECLARAÇÃO, CANDIDATO, OFENSA, ADVERSARIO, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ESPECIFICAÇÃO, HISTORIA, LUTA, COMBATE, DITADURA, REGIME MILITAR, DESVALORIZAÇÃO, CANDIDATURA, MARINA SILVA, SENADOR.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, JOSE SERRA, EX GOVERNADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), RESPEITO, LEGISLAÇÃO ELEITORAL, REGISTRO, NOTICIARIO, IMPRENSA, DIVULGAÇÃO, LANÇAMENTO, ESTUDO PREVIO, CANDIDATURA.
  • REITERAÇÃO, SOLIDARIEDADE, MARCONI PERILLO, SENADOR, VITIMA, INJUSTIÇA, CALUNIA, FALSIFICAÇÃO, DOCUMENTO.
  • HOMENAGEM POSTUMA, PAI, SUPERINTENDENTE, SUPERINTENDENCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS (SUFRAMA).
  • HOMENAGEM, PESQUISADOR, PUBLICAÇÃO, LIVRO, VALOR TERAPEUTICO, FLORA, BRASIL.
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, CAPITAL DE ESTADO, ARTISTA, ESCRITOR, MEMBROS, ACADEMIA DE LETRAS, EX PREFEITO, MUNICIPIO, BENJAMIN CONSTANT (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM).
  • HOMENAGEM POSTUMA, PRESIDENTE DE REPUBLICA ESTRANGEIRA, PAIS ESTRANGEIRO, POLONIA, VITIMA, ACIDENTE AERONAUTICO.
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, SENADO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ESTADO DO AMAZONAS (AM).
  • ANALISE, DADOS, INSTITUIÇÃO DE PESQUISA, COMPARAÇÃO, EXPECTATIVA, VOTO, DILMA ROUSSEFF, JOSE SERRA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, CONCLUSÃO, VIABILIDADE, VITORIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), REITERAÇÃO, ELOGIO, PREPARO, CANDIDATURA, REVEZAMENTO, PODER, BENEFICIO, BRASIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Presidente.

            Sr. Presidente, antes de tudo, eu gostaria de, num breve pronunciamento, referir-me ao discurso do candidato a Presidente, que lançaremos em junho pelos partidos de Oposição, ex-Governador de São Paulo, José Serra. Entretanto, antes de referir-me a ele, eu gostaria de tecer um breve comentário sobre a declaração infeliz da candidata já lançada há muito tempo, até à revelia da lei, Drª Dilma Rousseff, que, Senador Alvaro Dias, inaugurou o seu twitter, onde ela se qualifica como ex-Ministra do Presidente Lula e não ex-Ministra da República brasileira. Eu não fui ex-Ministro do Presidente Fernando Henrique; eu fui ex-Ministro do Brasil. Por acaso, quem governava o País àquela altura era o Presidente Fernando Henrique. Mas ela declarar que - fazendo alusão, claro, à Serra - os asilados se escafederam da luta, teriam fugido da luta, teriam sido covardes - declaração semelhante a do General Leônidas, que chamou o Presidente Fernando Henrique de fugitivo -, não é sequer um linguajar de alguém que tenha vivido aquele momento tão duro para a Esquerda brasileira.

            Eu estava dizendo ainda há pouco a uma jovem e inteligente jornalista que cada um de nós deu o que podia. Uns optaram pelo caminho bravo, porém insensato, de imaginar que, empunhando armas, iriam derrotar o Exército regular Brasileiro. Outros, que tiveram que se exilar, exerceram uma militância e José Serra foi um dos maiores líderes desse movimento no exterior, uma militância indormida para desacreditar a ditadura brasileira perante os países que eles visitavam. José Serra correu risco de vida. Foi hóspede do Estádio Nacional de Futebol do Chile. E ali era quase que um sorteio, era quase que uma roleta russa. Uns eram escalados para morrer, outros, escalados para sobreviver mais um pouco, e ele terminou sobrevivendo até o ponto de se tornar o fortíssimo candidato a Presidente da República que se tornou.

            A própria Ministra Dilma, que pagou alto preço, e eu a reverencio por isso - lamento talvez a ideia de trocar uma ditadura de direita por uma ditadura de esquerda, quando nós queríamos a democracia que hoje permite a ela ser candidata a Presidente da República -, mas a própria Ministra Dilma, eu repito, eu a reverencio por isso, teve a coragem de empunhar armas muito jovem, sacrificando sua juventude. Mas ela própria não se apresentou espontaneamente ao Doi-Codi ou à Delegacia de Ordem Política e Social. Ela não disse: olha, eu sou Fulana de Tal, eu estou aqui me apresentando, presa. Não, ela foi apanhada, ela foi presa.

            Se ela tivesse tido ocasião ela teria ido para o exterior, ela teria buscado o abrigo do exílio, até para se juntar, quem sabe, a José Serra, na tentativa exitosa das lideranças que estavam exiladas de desmoralizar lá fora a ditadura brasileira.

            Então, não dá para se desmerecer quem quer que tenha vivido aquele período de horror por que passou o Brasil. Não dá para se desmerecer. Cada um teve o seu papel.

            Eu, por exemplo, entendo que para pessoas que, como eu próprio, contribuíram muito modestamente para a organização da sociedade - e a minha orientação era a do Partido Comunista Brasileiro -, a nossa ideia era, através de bandeiras factíveis, como eleição direta para Prefeito, eleição direta para Governador, para Presidente da República, críticas às políticas salariais da ditadura militar, anistia ampla, geral e irrestrita, Assembleia Nacional Constituinte; isso tudo atraía a sociedade para o nosso movimento. E tivemos momentos de confronto nas ruas, de pancadaria nas ruas, de enfrentamento claro às forças que representavam o regime autoritário. Eu até, se tivesse que cotejar os esforços, diria: puxa vida, ela talvez tenha feito um sacrifício maior, mas contribuiu menos para que a democracia brasileira fosse o que ela é hoje, porque foram os que aqui permaneceram, os que compreenderam que a luta armada era um caminho insensato, inviável... Foram esses, sobretudo esses, que ajudaram a fazer deste País a democracia sólida que hoje o conforma.

            E a Ministra foi injusta com tantos companheiros dela. Ela foi injusta com alguém que é rompido com o seu Partido, que já pertenceu ao PT, com o Fernando Gabeira, por exemplo. Ela é injusta com o José Dirceu, que buscou abrigo no exterior. Ela é injusta com Marco Aurélio, o assessor do Presidente da República para assuntos de política externa.

            Ou seja, preservar a própria vida não era um ato de covardia, era inclusive um ato político, porque aquele que preservava a sua vida para continuar na luta estava simplesmente se mantendo de pé para ganhar fôlego para sobreviver à ditadura militar, enfrentando com as armas e com os instrumentos que detivesse em mãos. E as armas não deveriam ser de fogo; deveriam ser armas do convencimento, da palavra, da mobilização.

            Quanto não fizeram Fernando Henrique, Plínio de Arruda Sampaio, Almino Afonso, José Serra e tantos outros no exterior, mostrando que no Brasil havia tortura e, com isso, defendendo uma Dilma Rousseff, que foi torturada nos porões da ditadura? E quanto não fizeram aqueles do abaixo-assinado, dos manifestos estudantis e da mobilização popular que desaguou naquela passeata do Rio de Janeiro, aquela fantástica passeata de solidariedade à família de Edson Luiz, quando assassinaram aquele moço no Restaurante Calabouço?

            E mais, e muito mais: a Ministra Dilma Rousseff talvez não tenha valorizado o Hélio Pelegrino e tantas pessoas que, em algum momento, não puderam ficar no Brasil. Eu cito Chico Buarque de Hollanda, eu cito Caetano Veloso, eu cito Gilberto Gil.

            Chico Buarque de Hollanda, por razões políticas muito claras, muito diretas. Caetano Veloso e Gilberto Gil, porque a liberdade de comportamento que eles adotavam, embora não fizessem uma crítica direta ao regime, incomodava as mentes obscuras que dominavam o Brasil naquele momento, e tiveram que buscar exílio. Chico Buarque de Hollanda, na Itália, onde fez música, obteve êxito. Lembro-me de ter ouvido locutores italianos se referindo a um cidadão chamado Chico “Barcue”. E Caetano Veloso escreveu London, London no exílio em Londres.

            Portanto, entendo que a Ministra está pagando um alto preço de nunca ter disputado nada e de ter sido escalada pelo Presidente da República para logo, de face, disputar a Presidência da República. É um preço altíssimo, um preço elevado. Se começasse por uma deputação federal, Senadora Lúcia Vânia, ela poderia perfeitamente iniciar o seu aprendizado e, quem sabe, vir a ser uma boa Deputada Federal, até porque ex-Ministra, ex-Secretária de Estado no Rio Grande do Sul, no Governo Alceu Collares, ex-Ministra que domina informações muito preciosas... Ela poderia ter começado por aí.

            Ainda há pouco eu estava no twitter e uma pessoa disse assim: “O Presidente Lula é covarde”. Eu disse: não, não acho que o Presidente Lula seja covarde, até porque já testemunhei atos de bravura dele. Eu o acompanhei quando ele respondia a processo por Lei de Segurança Nacional, em Manaus, por um suposto delito - ele não cometeu delito algum supostamente cometido no Acre, e não vi tremedeira nele, não vi covardia nele. Do mesmo modo ele estava conosco aqui, quando o Newton Cruz nos cercava. Eu estive com ele num comício patrocinado pelo Governador do Espírito Santo, na época, que era o nosso colega Gerson Camata, comício pelas eleições diretas. Eu ia acompanhar Lula à cidade de Cáceres, no Mato Grosso, e ele disse: não vou, é melhor voltar para São Paulo e para Brasília, porque acabei de saber que - isso ele disse para mim e para alguns poucos, ali embaixo do palanque - foi decretado estado de emergência e o General Newton Cruz está cercando o Congresso. Não tem nenhum sentido nós irmos fazer um comício em Cáceres.

            As greves que ele liderou no ABC não eram próprias de um homem covarde. Ao contrário, era de uma pessoa brava, uma figura de muita coragem. Eu dizia: o defeito do Presidente Lula não é a covardia. Ele não é covarde de jeito algum. O defeito é que a vaidade excessiva tomou conta do seu cérebro, do seu coração, a ponto de ele achar que pode eleger Presidenta da República alguém que nunca disputou eleição para vereança. Esse é o ponto fundamental. E ele vai perdendo a serenidade, à medida que ele percebe a dificuldade de fazer isso. Isso transparece, quando ele finge desdenhar de seu adversário fundamental. Vamos liquidar essa parada no primeiro turno, ele diz. Mas como? Está minimizando a votação que vai ter José Serra, que deverá inclusive liderar do começo ao fim esta eleição. É a expectativa que tenho, até porque nunca José Serra ficou atrás de ninguém, nem de Lula, em 2005 e 2006.

            Só ficou atrás de Lula num Datafolha em 2006, quando, após ficar evidente que Geraldo Alckmin manteria a sua candidatura, Serra disse: “Eu não mantenho a minha”.

            Fizeram o Datafolha, Serra saiu 3 ou 4 pontos atrás no primeiro turno, e 5 ou 6 pontos na frente no segundo, ele que chegou a ter 12 pontos na frente no segundo turno e 8 ou 6, sei lá, no primeiro turno em pesquisas constantes.

            De 2007 para cá, 2008, 2009, 2010, nunca ficou atrás de quem quer que seja, em cenário nenhum, em pesquisa nenhuma. Essa é a verdade. Sem mexer uma palha, sem fazer nada, sem tomar nenhuma atitude, sem fazer nenhum ato público, sem nada, respeitando a lei inteiramente, o que o deve ter fortalecido em muito no conceito dos seus coestaduanos paulistas, que sabem que tiveram um Governador sério, que preferiu talvez perder pontos em pesquisas a deixar de governar o Estado de São Paulo.

            Mas menosprezar o Serra? Podem até dizer: “O marqueteiro mandou menosprezar o Serra”. Mas menosprezar a Ministra Marina? Dizer que a Ministra terá uma candidatura tão insignificante que nem para garantir o segundo turno servirá? E olhe que eu falo com a certeza de que não sei se ela tirará votos do Serra ou de Dilma. Só sei que Marina terá votos muito conscientes a favor dela, por se tratar de uma grande candidata, por se tratar de uma candidatura respeitável.

            Então, quando ele finge desdenhar de seus adversários, ele já deixa transparecer uma insegurança para a qual eu queria chamar a atenção, Senador Alvaro Dias, Senadora Lúcia Vânia, Senador Mão Santa, porque a eleição deveria ser uma festa, uma festa democrática, no clima que percebemos na França, percebemos na Inglaterra, percebemos nos Estados Unidos. Aqui, estão ameaçando transformar numa guerra.

            E eu me lembro que foi muito natural para nós a disputa de Serra contra Lula em 2002. Foi muito natural para nós a derrota eleitoral que se mostrava muito clara. Nós sabíamos que íamos perder e fomos para luta sabendo que íamos perder. E não viramos mesa, não fizemos nada errado. O Presidente Fernando Henrique manteve sua posição de magistrado, não houve máquina acionada para eleger Serra, nada, nada. De repente, percebemos que eles estão reféns de um esquema terrível: o aparelhamento da máquina. Quem aparelhou a máquina não quer perder esta boca-rica, esta é a verdade. Todos os casos escusos que têm sido denunciados... Eles acham que podem continuar mantendo isso por muito tempo.

            Essa simpatia toda pelas ditaduras mundo afora, essa simpatia toda, no fundo, no fundo, revela o desejo deles de implantarem isso no Brasil, se pudessem fazer. Não fizeram porque não puderam. E não fazem porque não podem.

            Então, qual é a ideia? É eleger Dilma por quatro anos, Lula por mais oito, aí seriam vinte anos de dominação. Nesses vinte anos, quem sabe, haveria mesmo a “venezuelização” do Brasil.

            Então, quero fazer a crítica correta e justa. É injusto se desmerecer o passado do Presidente Lula; é injusto o meu colega de Twitter dizer que Lula é covarde, porque ele não é covarde. Sou prova viva da coragem pessoal dele, da coragem cívica dele. Mas, sou prova viva também, infelizmente - e isso me decepciona -, da vaidade excessiva que o tomou, que se apoderou dele.

            Senadora Lúcia Vânia.

            A Srª Lúcia Vânia (PSDB - GO) - Senador Arthur Virgílio, quero cumprimentá-lo pelo discurso. Acredito que a tônica levantada por V. Exª prossegue à tônica levantada pelo nosso candidato José Serra no seu discurso. Ao retratar a história do processo democrático do nosso País, V. Exª, com equilíbrio, responde às colocações da Ministra Dilma, muitas vezes atabalhoadas. E V. Exª, com muito equilíbrio, mostra o valor dela nesse processo, assim como o valor de outros que não seguiram o caminho escolhido por ela, mas que puderam colaborar enormemente com os resultados que hoje nós usufruímos, tendo uma democracia recente mas uma democracia que se consolida a cada dia. Aproveito este momento em que V. Exª assume a tribuna como Líder do nosso partido para aqui trazer também a minha solidariedade ao nosso Senador, Vice-Presidente desta Casa, Marconi Perillo. Neste momento em que nós todos valorizamos tanto esta democracia que construímos com dificuldade e que se consolida a cada dia, vemos essa democracia sendo arranhada por processos escusos. Hoje o Senador Marconi Perillo está sendo alvo de um dossiê apócrifo, que tenta desmerecer a sua trajetória política. Mas todos nós, goianos, vimos o jovem Governador, hoje Senador, exercer, com muita propriedade, com muita seriedade, os destinos do Estado de Goiás, esse Governador que transformou o Estado que até então era um Estado agrário, pequeno, tacanho, abrindo-o para o mundo, instaurando ali a modernidade. E hoje ele detém um apoio popular inquestionável. Portanto, é muito comum que seus adversários, não tendo instrumentos democráticos para enfrentá-lo, usem de mecanismos como esse. Mas, neste momento, nós, os seus companheiros que o acompanhamos, queremos nos solidarizar com ele e solicitar ao povo goiano que rechace esse tipo de campanha suja e imoral que se inicia muito antes do que deveria se iniciar em uma campanha. Nós estamos no Estado de Goiás em uma campanha ferrenha, como se o processo se resolvesse no próximo mês. No entanto, é muito importante neste momento que todos nós tenhamos a tranquilidade, aquela tranquilidade passada pelo nosso candidato a Presidente da República, José Serra, que encantou o Brasil, que fez com que a imprensa nacional toda se voltasse para o seu discurso equilibrado, sensato. Um discurso em que ele conclama os brasileiros para a união. Neste momento, aproveito a oportunidade para dizer também que o povo goiano precisa rechaçar essas denúncias e não permitir que uma campanha venha a separar os goianos. Nós avançamos muito. Hoje, os olhos do mundo estão voltados para o Estado de Goiás, e é preciso que a classe política tenha a responsabilidade para que nós possamos conduzir o Estado ao destino previsto para ele e para o qual muito colaborou o Senador Marconi Perillo, hoje nosso candidato a Governador do nosso Estado, candidato preferencial dos goianos. Deixo aqui a minha solidariedade. Cumprimento e agradeço a V. Exª também por haver feito um aparte em meu nome, porque eu estava em Goiânia e só agora pude me deslocar para vir aqui, ao lado dos meus colegas do PSDB, hipotecar total solidariedade e apoio ao Senador Marconi Perillo. Muito obrigada.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Senadora Lúcia Vânia, exatamente isso. Quando eu soube que V. Exª não chegava a tempo, e alertado pela sua competente assessora, tomei a providência que V. Exª teria tomado, que era de se solidarizar com o Senador Marconi Perillo. Disse a ele que V. Exª estava se dirigindo, mais apressadamente do que pretendia, para este recinto, precisamente para prestar a solidariedade merecida diante de uma documentação caótica, grosseira, até burra, porque, segundo o Conselheiro Acácio, burra porque desinteligente, grosseira mesmo, que não resiste a uma análise, assim, de uma criança de dez anos de idade.

            O Senador Marconi Perillo, antes de vir à tribuna, consultou-me há uma semana, mais ou menos, perguntou-me a opinião. E eu lhe disse que ele deveria ir à tribuna e que deveria tomar as providências todas. Pedir a peritagem, fazer a denúncia ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal, ao Ministério Público, para ver se chega a esse tipo de criminoso, para ver se pegamos alguém para exemplo. Porque não é possível que alguém ache que pode... Porque é uma coisa tão grosseira que eu disse ao Marconi: “Não é possível. Você descobriu antes, Marconi. Porque a pessoa que fez isso, ela queria estourar isso perto das eleição. Porque é tão malfeito, tão rude, que era para estourar perto da eleição. Você descobriu antes. Então, estoure você agora e desmoralize de uma vez. Até porque não podem as autoridades dizer que não encontraram, porque eles tiveram tempo”. Há tempo de sobra para chegar aos culpados.

         Mas agradeço a V. Exª, Senadora Lúcia Vânia, pelo aparte fraterno e pela análise muito correta que fez do pronunciamento de estadista de um homem que falou, para mim, não como candidato - não sou de subestimar quem quer que se oponha a nós -, mas falou com a postura de um verdadeiro Presidente da República. Refiro-me ao ex-Governador José Serra. Muito obrigado a V. Exª.

         Senador Alvaro Dias.

            O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Senador Arthur Virgílio, V. Exª, com lucidez, estabelece parâmetros para comparação das candidaturas postas. O discurso de Serra e o discurso que se ouve, até aqui, da ex-Ministra Dilma nos autorizam a afirmar que há uma distância enorme entre um candidato e outro. O talento de José Serra, sua qualificação técnica, sua maturidade política adquirida em várias disputas eleitorais, inclusive uma delas para a Presidência da República, colocam-no agora como o modelo de candidato que certamente vai convencer a opinião pública brasileira de que está preparado para ser o Presidente do País. O que me espanta mais no discurso do Presidente e no da sua candidata, do seu Partido, é exatamente essa divisão do País. Pretendem dividir o País entre ricos e pobres e pretendem colocar-se como proprietários da faixa maior da população, que é a de pobres. São proprietários. Não admitem que quem quer que seja possa oferecer planos de futuro para essa gente. E, ao contrário, Serra prega a união do País, não admite essa disputa entre pobres e ricos, ricos e pobres, e apresenta uma agenda de futuro que tem muito mais a ver com a pobreza nacional. Muito mais a ver. Quem ouviu o discurso de sábado tem a exata noção das prioridades que ele estabelece.

E essas prioridades dizem respeito às pessoas mais necessitadas do País, sobretudo porque, além do seu talento e da sua competência técnica, está mostrando ter a alma que se exige para governar o País, com a sensibilidade necessária para entender o drama dos desfavorecidos do Brasil. Portanto, nós, que já conhecemos Serra, temos certeza de que o Brasil o conhecerá melhor e certamente o fará Presidente da República para promover as mudanças que os novos tempos estão a exigir. Com muita tranqüilidade, até silenciosamente em determinados momentos, mas com muita segurança, competência e talento, Serra pode afirmar realmente que o Brasil pode mais. Parabéns a V. Exª, Senador Arthur Virgílio!

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Meu querido companheiro Senador Alvaro Dias, eu respondo a V. Exª até para encerrar este pronunciamento.

            Antes, peço a V. Exª, Senador Mão Santa, que acolha na íntegra o discurso que eu ia fazer, que basicamente registra a bela repercussão da imprensa e, para não assustar a Taquigrafia, peço apenas que se registrem os títulos e subtítulos das matérias dos jornais e das revistas brasileiras no day after, no momento seguinte ao pré-lançamento do ex-Governador José Serra para a presidência da República.

            Ainda, peço a V. Exª que registre Voto de Pesar pelo falecimento em Manaus, no dia 11 de abril de 2010, do Dr. Gerson Skrobot, pai da Drª Flávia Skrobot Grosso, Superintendente da Suframa, e do meu amigo e quase primo Paulo Vítor. Para mim, será sempre o tio Gerson e deixa viúva, para mim, a eterna Tia Ruth.

            Solicito também, Sr. Presidente, que se registro Voto de Aplauso ao pesquisador Michael Peuser, pela publicação no Brasil do livro Os Capilares que determinam o nosso destino: aloe, a imperatriz das plantas medicinais, fonte de vitalidade e saúde.

            Mergulhei nessa leitura por intermédio do querido colega Senador Gilberto Goellner. Entendo que esse pesquisador merece este voto de aplauso.

            Voto de Pesar pelo falecimento do comentarista amazonense, figura muito querida em Manaus, Orlando Rebelo.

            Voto de Pesar pelo falecimento, em Manaus, do poeta e artista plástico Anísio Mello, membro da Academia Amazonense de Letras.

            Voto de Pesar por um dos maiores amigos que meu pai já teve: o político amazonense João Correia de Oliveira, João Português, que foi Prefeito do Município de Benjamin Constant.

            Sem dúvida alguma, Voto de Pesar, em nome do meu partido inteiro, dirigido à Embaixada da Polônia no Brasil e ao povo da Polônia, pelo falecimento trágico do Presidente da Polônia, Sr. Lech Kaczynski, vítima de acidente aéreo no dia 10 de abril último. Obviamente, isso se refere a todos de sua comitiva.

            Tomadas essas providências, Sr. Presidente, e registro ainda a presença de três militantes muito queridos de nosso Partido no Amazonas - o Presidente do ITV no Amazonas, o Professor Daniel Santana, Cecília Otto e Jefferson Sabá, que, aliás, é aniversariante no dia de hoje -, respondo a V. Exª, Senador Alvaro Dias. Eu fiquei tão feliz com o resultado daquele nosso encontro, daquele evento de pré-lançamento de José Serra, que eu me arvoro, Senador Alvaro Dias e Senadora Lúcia Vânia, a fazer uma comparação: o Serra de 2002 perderia a eleição facilmente para o Serra de 2010.

            O Serra de 2010 está muito melhor que o de 2002. Está mais leve, mais solto, deixando transparecer mais aquilo que sempre fez parte dele: uma grande humanidade. Mas mais maduro, sem dúvida alguma. Estou dizendo isso de alguém que presidia a UNE em 1964, de alguém que já foi Secretário de Planejamento de São Paulo, alguém que já foi duas vezes Ministro do Planejamento e Ministro da Saúde, alguém que foi Prefeito eleito de São Paulo, Governador eleito de São Paulo, Deputado Federal - um dos maiores Constituintes que o Brasil conheceu -, Líder de sua Bancada, Senador da República eleito. E ainda dizem que o homem não tem voto. Meu Deus! Elegeu-se Deputado, Senador, Prefeito de São Paulo, Governador de São Paulo e foi fundamental na eleição de Gilberto Kassab. E ainda se enganam dizendo que não tem voto. Lidera as pesquisas desde 2005 neste País, e ainda tentam enganar talvez a eles mesmos, dizendo que esse homem não tem voto, enfim. Mas vamos ver isso em outubro deste ano. É o momento. Não tem como. Não é em novembro nem em setembro. É em outubro.

            Então, eu queria fazer algumas comparações. Se o malsinado terceiro mandato tivesse vigorado, eu diria o seguinte: seria uma luta dura, mas acredito que o Presidente Lula venceria a eleição. Estou sendo bastante honesto, bastante sincero. O Partido fez uma simulação para efeito interno e, comparando Lula a Serra, no pior momento de Serra, com enchentes, ele de braços cruzados, as pessoas procurando incutir dúvidas, plantando notícia aqui e acolá de que ele não seria nem sequer candidato, deu 60 a 40 para Lula. Aí eu imagino que no momento em que ele disse: “Vou ser candidato”, já baixaria para 58 a 42, enfim. Com a campanha, Lula venceria por 55 a 45 ou por 52 a 48, algo duro, apertado, disputado. Então, enganam-se aqueles que pensam que a Ministra Dilma está disputando na faixa dos 75% de pessoas que aprovam o Presidente Lula. É um ledo engano, um terrível engano, até porque Lula, se fosse candidato, não teria esses 75% dos votos.

Ou alguém é tolo, é néscio, é ingênuo de acreditar que por que Lula tem 75% de aprovação ele derrotaria Serra por 75 a 25? Obviamente que não. Então, qual é o universo com que ele trabalha? Muito abaixo de 60, porque 60 contra 40, e Serra tinha 40 contra ele, isso se dava no pior momento de Serra, nas enchentes, quando diziam que nem candidato ele seria, quando ainda havia uma porfia interna dentro do Partido. Seria uma luta dura, mas, eu confesso, o favorito seria o Presidente Lula contra José Serra.

            Eu não estou aqui para simplesmente usar a tribuna, gastar o meu tempo e o dos outros com mentira, com balela, com bazófia. Agora, qual é a realidade numérica a se depreender daí? Eu gosto muito de números. É que a Ministra Dilma irá disputar contingenciada a este número máximo de eleitores que possivelmente votariam no Presidente Lula caso ele fosse disputar o terceiro mandato: 52%, 55% dos brasileiros. Não mais do que isso. 

            E Serra, longe de ficar preso aos 25 que supostamente não aprovam o Presidente Lula, tem 40, ou mais de 40 quando não se conta a candidatura Ciro Gomes. E vence largamente segundo o acreditado e isento instituto DataFolha, até porque não trabalha para partido nenhum, e se não trabalha para partido nenhum, não trabalha para candidato nenhum, é precisamente aquele que deve nortear para valer a opinião pública. Porque o instituto trabalha para o senhor Fulano de Tal e quer que eu ache que ele é isento? Não posso acreditar nisso. Não posso acreditar na isenção de quem recebe... Conhecendo como eu conheço os nossos adversários, é aquela velha história de que provou do meu pirão, prova também do meu cinturão.

            O fato é que temos uma candidatura viável de verdade e numa disputa que só fará bem ao país, se todos nos alçarmos à elevação que essa disputa exige, se todos nos alçarmos à elevação que o momento requer de todos nós e de cada um de nós.

            O discurso de José Serra, meu prezado Senador Alvaro Dias, teve como ponto máximo uma frase aqui repetida pelo Senador Cícero Lucena. Em determinado momento, ele disse: “ O meu pai carregou fruta nas costas para que eu pudesse carregar livros nos braços”, assumindo a sua origem humilde. Quem não conhece o Serra diz: “Não, deve ser um paulista quatrocentão, deve ser um herdeiro do café que, depois, virou banqueiro!”, enfim. No entanto, estamos com o filho de um feirante postulando a Presidência da República. Tivemos como Presidente Fernando Henrique, um sociólogo brilhante, respeitado no mundo inteiro, no mundo acadêmico, como um dos maiores sociólogos da sua geração. Tivemos, depois, o que pode ter sido uma excelente experiência, um operário, um líder sindical, o mais relevante que o Brasil já conheceu, o Presidente Lula da Silva, como Presidente da República. Depois, poderemos o filho de um feirante que se fez doutor em Economia, que construiu invejável currículo acadêmico e que hoje tem olhos de Brasil. Eu diria que em 2002 Serra era São Paulo demais para galvanizar o Brasil.

            Hoje Serra é capaz de perceber e de apreender o sentimento do País como um todo. E é isso que dá a todos nós enorme ânimo de marcharmos com ele, de estarmos com ele nessa campanha, que, a meu ver, será uma campanha muito bonita e na qual ele tem amplas chances de, à reta final, chegar vitorioso.

            Portanto, Presidente Mão Santa, eu agradeço a V. Exª o tempo e a condescendência de sempre. Agradeço-lhe também a sua presença no evento. Agradeço a presença de todos os Líderes de todos os partidos, os militantes de todos os partidos que se dirigiram àquela festa tão bonita! Em algum momento, eu - peço a V. Exª um minutinho mais - disse a um assessor nosso, do partido, Senadora Lúcia Vânia, sobre aquela história de guardar cadeira, aquilo não passava pela minha goela, jamais, guardar cadeira, onde é que já se viu movimento de massa com cadeira? E ele disse: “Aí o senhor chega lá e não tem onde o senhor sentar!”. Eu disse: pois, se eu chegar lá e não tiver onde eu sentar, eu vou ser o homem mais feliz do mundo. Eu quero é povo lá dentro para eu não ter onde sentar mesmo. Se houver gente na minha frente e eu não puder ver, melhor ainda, porque eu conheço o discurso do Serra de cor e salteado; eu não preciso ver nada ali. Agora, nada de nós fazermos o jogo do Marechal Lott contra o Jânio Quadros, enfim; é darmos vazão a essa explosão popular, sim, de pessoas que, embora satisfeitas com o desempenho do Presidente Lula, que herdou um país em evolução, reformado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, e eu não quero aqui esconder certos méritos do Presidente Lula, sobretudo da condução da política econômica, no seu primeiro mandato. Eu não estou aqui para ficar negando o mérito de quem quer que seja. O fato é que há, sim, um anseio por alternância de poder baseada em alguns pontos. Um deles é a condenação que se faz a uma política externa que é danosa, é ruinosa para o país; o outro, a falta de fervor democrático que o Governo registra quando não se preocupa com o destino de presos políticos por aí afora e quando volta e meia a temas para tomar conta da imprensa, assessorar, ou controlar informações.

            São detalhes e mais a gerência que vão delimitar as diferenças entre esses candidatos.

            O Brasil evoluiu. Ninguém é insano de propor políticas econômicas que façam a inflação retornar. O Presidente Lula, por exemplo, Senador Mão Santa - mais um minuto, juro que não passo desse - eu vou colocar uma coisa bem rápida: gastou muito. Vamos para uma verdade da economia.

            Na próxima reunião do Copom vai ter que aumentar juros: ou 0,50%, ou 0,75%. Se os juros não estiverem em 11,25% - a não ser que comece a cortar gastos brutalmente, coisa que não fez em dezembro deste ano, a inflação vai passar de 5% - há quem fale em inflação de 6%. Então, começa a ser cobrado no próprio Governo dele, o preço da gastança que o Governo dele fez.

            É uma verdade. Vai optar por menos juros, mais inflação ou menos inflação e mais juros, infelizmente. Poderia ser diferente. Então, Serra é exatamente isso. Vai ser o aperfeiçoamento dos acertos do Governo que o Brasil aprova, mas o outro vai ser mais porque o Brasil, Senador Mão Santa, pode mais e pode mais precisamente porque vai ter a direção segura de um homem que está melhor do que em 2002, está melhor do que nunca, está pronto para governar o seu País.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

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            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, “Quero ser o Presidente da União”. Esta a palavra de ordem com que José Serra se tornou, no sábado, pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Uma demonstração de cidadania, de elevado espírito democrático com propósitos que marcam a coerência de um estadista.

            O ato, realizado na manhã do dia 10, na Capital da República, reuniu mais de 6 mil líderes e militantes de partidos de oposição.

            O registro da imprensa nacional indica, acima de tudo, que, realmente, o lançamento da candidatura tucana significa mais uma demonstração de elevado sentido público e de democracia.

            Leio as manchetes dos jornais, encaminhando a íntegra para que passem todas essas notas a constar dos Anais do Senado da República:

            O GLOBO:

            “Quero ser o Presidente da União”

            Serra lança sua candidatura pelo PSDB, acusando indiretamente o PT de tentar dividir o País.

            FOLHA DE S.PAULO

            “Serra acusa PT de dividir o País e cultuar impunidade.”

            No lançamento da pré-candidatura, tucano conclama enfrentamento às falanges do ódio.

            REVISTA ÉPOCA

            “A Segunda Chance do Novo Serra”

            Em ampla reportagem de 16 páginas, a revista assinala pontos com que o candidato tucano se apresenta ao eleitorado brasileiro.

            CORREIO BRAZILIENSE

            “Serra parte para cima dos petistas”

            Sem citar Dilma e Lula, pré-candidato tucano critica a administração do PT: “O Governo deve servir ao povo, não a partidos”

            CORREIO BRAZILIENSE

            “Apoio a partir de Minas”

            Ex-Governador mineiro promete trabalhar por Serra durante a campanha e diz que o PT no poder reforça projetos partidários.

            O GLOBO

            “Euroria causa confusão na festa dos tucanos”

            Área reservada às autoridades foi invadida por militantes; Serra e FHC tiveram que esperar numa sala apertada.

            O GLOBO

            “Não cuspimos no prato que brasileiros usam”

            FH diz ter certeza de que Serra reconhecerá o que já foi feito e destaca avanços de sua gestão, com críticas indiretas a Lula.

            O GLOBO

            “Aécio: Estarei ao seu lado para onde for convocado”

            Mineiro lembra que PT foi contra Tancredo e o Real: É ilícito o PT tentar fazer a sua história a partir de 2003.

            Era o que eu tinha a dizer.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

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Matérias referidas:

- Aécio: “Estarei ao seu lado para onde for convocado” (O Globo);

- Não cuspimos no prato que brasileiros usam (O Globo);

- Euforia causa confusão na festa dos tucanos (O Globo);

-Todos por Serra e Anastásia, pregam mineiros (O Globo);

- Apoio a partir de Minas (Correio Braziliense);

- Serra parte para cima dos petistas (Correio Braziliense);

- Serra acusa PT de dividir o país e cultuar impunidade (Folha de S. Paulo);

- Quero ser o presidente da união; (O Globo)

- A segunda chance do novo Serra (Época);

- Serra defende união e diz que o Brasil não tem dono (Estado, 11/04/10);


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/04/2010 - Página 13705