Discurso durante a 49ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentário sobre a convenção do PSDB no lançamento da candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República. Registro de artigos de jornais do Piauí.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES.:
  • Comentário sobre a convenção do PSDB no lançamento da candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República. Registro de artigos de jornais do Piauí.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 13/04/2010 - Página 13748
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES.
Indexação
  • PARTICIPAÇÃO, ORADOR, ENCONTRO, AMBITO NACIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ELOGIO, LIDERANÇA, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, AVALIAÇÃO, QUALIDADE, PREPARAÇÃO, JOSE SERRA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, COMENTARIO, DISCURSO, HOMENAGEM, ZILDA ARNS, MEDICO, RUTH CARDOSO, SOCIOLOGO, IMPORTANCIA, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, BRASIL.
  • PREVISÃO, DECISÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC), PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB), PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL (PMN), PARTICIPAÇÃO, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, APOIO, CANDIDATO, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB).
  • REGISTRO, ENCONTRO, ORADOR, JOAQUIM RORIZ, EX GOVERNADOR, DISTRITO FEDERAL (DF).
  • DEBATE, SITUAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), RENUNCIA, GOVERNADOR, DESINCOMPATIBILIZAÇÃO, ELEIÇÕES, SENADO, POSSE, VICE-GOVERNADOR, COMENTARIO, NOTICIARIO, IMPRENSA, AVALIAÇÃO, CRITICA, GOVERNO ESTADUAL, DESCUMPRIMENTO, PROMESSA, OBRAS, MANIPULAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, DIFICULDADE, SUCESSÃO, AUSENCIA, CANDIDATURA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT).
  • HOMENAGEM, ATLETA PROFISSIONAL, VITORIA, COMPETIÇÃO ESPORTIVA, AMERICA, ESPORTE, LUTA, CATEGORIA PROFISSIONAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


           O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Senador Paulo Paim, que preside esta reunião de segunda-feira, aliás a segunda, pois estamos aqui desde 11 horas. A primeira foi resultante de um requerimento do Paim, uma integração, uma esperança para os aposentados. Foi uma reunião muito bonita. E continuamos aqui.

           Parlamentares na Casa, brasileiros e brasileiras presentes no Parlamento ou que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado, democracia é complicado, é um negócio difícil, mas avançamos muito no nosso País. Mas também é para avançar, pois só somos oito anos mais novos que os Estados Unidos. E avançamos muito. A República chegou cem anos depois que se gritou o “liberdade, igualdade e fraternidade” na França.

           Lá foi complicado, rolou cabeça de gente e tal. Nós tivemos dois períodos. Cem anos retardatários, mais dois períodos de exceção, uma ditadura civil e uma militar. Nenhuma ditadura é boa, mas o homem, o ditador civil era um homem bom: Getúlio Vargas. O homem é o homem e suas circunstâncias. Ele enfrentou três guerras. Uma guerra para entrar, pois os paulistas quiseram colocá-lo para fora, e depois a guerra mundial. Então, foi um grande homem numa ditadura. Ditadura nenhuma é boa. Está lá o livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos.

           E na militar, Elio Gáspari, nós vimos. Eles foram inteligentes, porque eles mantiveram a alternância no poder, que é uma das características. Alternância entre eles, pois foram cinco militares, mas não teve uma... E fecharam rapidamente os outros Poderes.

           Andou funcionando o Poder Judiciário, a Corte Suprema, que, aliás, na época, teve o mais nobre de todos os Ministros, do meu Piauí, Evandro Lins e Silva, porque essa é a gente do Piauí. E aqui, aberto, muitas das vezes, também dirigido pelo piauiense Petrônio Portella. Então, nós somos essa gente.

           Mas eu fui à convenção pelo Partido Social Cristão. Foi uma beleza de festa, que engrandeceu até o Senado, porque o Presidente do PSDB, Sérgio Guerra, é do Senado. O Senado sempre está mostrando. Olha, trazer gente de todo o País, acomodação, planejamento, tudo é complicado, porque o País é grande.

           É lógico que o brasileiro gosta, quer participar, tem uma expectativa maior do que o da organização. Isso é bom. Ele foi extraordinário, uma organização, um ambiente bom, gente do Brasil todo.

           Sérgio Guerra usou da palavra, mostrando sua liderança, sua inteligência, que nós conhecemos, o que agigantou o próprio Nordeste, porque ele é do Nordeste e mostra que o Nordeste tem inteligência política.

           Falaram também outros Presidentes: do PPS, o Roberto Freire, companheiro de luta do candidato Sérgio Guerra, desde estudantes. Um era comunista e o outro, José Serra, cristão, católico, ligado aos movimentos de base. Mas sempre se entenderam, cinquenta anos de amizade e de luta. O Presidente do DEM, Rodrigo Maia, mostrou a capacidade do Brasil com uma liderança jovem. O Democratas mostrou que está rejuvenescido.

           Discursou também o estadista Fernando Henrique Cardoso. É um estadista. Não interessa, é estadista e isso é uma grandeza que fez mudar este País. Este País era devorado pelo maior monstro, a inflação, que eu mesmo, que fui prefeitinho, não acreditei que ninguém pudesse... Ô negócio complicado. Lei da Responsabilidade Fiscal...

           E falou, representando os Governadores que foram e os presentes, Aécio Neves, o neto de Tancredo, que se imolou.

           Leomar Quintanilha, esse Aécio Neves tem muitos quilômetros rodados. Lembro-me que eu era candidato a Deputado Federal, em 1986, e ele chegou, bem novinho, a Altos, no Piauí. Ele era secretário do Tancredo. Então, de 1986 até hoje, ele tem muitos quilômetros rodados. Com um discurso vibrante, um linguajar... Isto é muito bom para o País, porque tem que ter futuro. E ele relembrou a luta dele e do seu avô, esses 25 anos que se imolou. Encantou a todos.

           Mas o ponto culminante foi José Serra.

           Realmente, a gente esperava. Eu o conheci, todo mundo o conheceu. Olha, é outro José Serra.

           Eu peguei esse José Serra Ministro e eu Governador. Deus escreve certo por linhas tortas. Ele hoje... Derrota é bom. Rui Barbosa está lá em cima, teve algumas derrotas, eu tive... A gente aprende, dá humildade. A humildade une os homens, o orgulho divide. Olha, eu conheci, ele foi Ministro do Planejamento, Ministro da Saúde e eu Governador. O José Serra hoje...

           Deus, Deus, Deus é bom, não ia nos abandonar. Povo de Deus... Eu sou do Partido Social Cristão, falo com emoção, Leomar Quintanilha. Tinha um monstro, Golias. Ele chama um menino, David, seu povo escravo... Moisés, da lei e tal...

           E agora o Brasil está nisso... Ele preparou, Ele preparou o José Serra. O José Serra foi preparado na coisa... Olha, eu queria assistir, ver se tem um DVD para ficar reprisando. Filme bom a gente não assiste várias vezes? Então eu queria... Mas eu vou sintetizar tudo. Realmente ele tem uma cultura, um currículo, uma luta grande. Mas o que eu pincei, o que achei mais bonito: o respeito, o amor, o reconhecimento ao seu pai. O seu pai trabalhava no mercado. Ele disse, com emoção, que seu pai todos os dias carregava caixas de frutas e trabalhava todos os dias, só não no dia 1º de janeiro, porque o mercado era fechado. Trabalhava doze horas de segunda a sexta, seis horas no sábado e umas cinco horas no domingo. Isso todos os dias! Ele acompanhava, carregando caixas de frutas na cabeça e nos ombros. Isso possibilitou que ele pudesse carregar caixas de livros. Falou isto valorizando o estudo, que leva à sabedoria, que vale mais do que ouro e prata.

           Esse foi um momento muito emocionante.

           Momento dois, quando, em uma homenagem inteligente... Eu sei que seus adversários são duas mulheres. Duas são mulheres! Mas esse José Serra é sabido demais! Eu fiquei assim observando e analisando. Eu sou médico, Leomar Quintanilha, e nós estudamos psicologia, neurolinguística. Eu fiquei analisando as entrelinhas. Há duas candidatas extraordinárias. Mulher sempre tem muitas qualidades, muitas virtudes. Aí ele puxou duas mulheres. Aí ele ganhou o jogo. Mulheres santas! Aí acabou, o Brasil já decidiu, ele já é o Presidente. Estou dizendo na minha psicologia de massa, no meu estudo.

           Ele tem duas adversárias, porque mulher é o negócio, é o máximo... Mas aí ele puxou duas mulheres, ele tem duas adversárias, cada uma com suas características.

           Mulheres santas: a nossa Arns, Zilda Arns, e a outra santa Ruth Cardoso. A Arns eu conheci, como todo brasileiro, superficialmente. E contou a emoção que ele teve quando foi... É aquilo que eu disse há pouco: a gente tem que chorar, chorar com os amigos nas dificuldades e exultar nas alegrias. Então, ele foi lá como autoridade, Governador, e o seguinte, Leomar, dar os pêsames. Aí a emoção que ele sentiu... Os netos chegaram e disseram: “José Serra, a vovó disse que queria me apresentar o José Serra”. Para os netos! E ele conheceu. Quer dizer, muita emoção, família, solidariedade, não é? E esse otimismo de união e que nós podemos... A união faz a força, é bíblico. A intenção dele é unir este País num futuro de estudo e trabalho. São as crenças dele.

           E a dona Ruth Cardoso, de que eu sou testemunha. Essa eu conheci profundamente, porque eu Governei o Piauí, e ela deu o toque de amor ao Governo Fernando Henrique, com aquele programa do Solidariedade, a coisa mais séria que eu vi; séria com objetividade. E eu quero dar o testemunho para o País, mesmo não sendo do Partido de Fernando Henrique Cardoso. Essa dona Ruth Cardoso mandou dinheiro para as populações mais pobres, as cidades mais pobres. Durante o meu Governo, por influência dela, pelo programa cadastrado do Solidariedade, nós reconstruímos e modernizamos todas as escolas, todas, todas, Leomar, das cidades mais fragilizadas do Piauí.

           Então, eu quero, num momento de emoção, dizer que, além desses três Partidos citados, três se aproximam: o PSC - estava lá quem representava a presidência, o presidente Everaldo Pereira, o seu secretário Oliboni, o Gilberto Nascimento e várias lideranças do PSC; e outros Partidos, como o PTB, cuja metade estava lá, o seu presidente, Jefferson, as lideranças; e o PMN também. São Partidos que deverão coligar-se.

           Em seguida, eu atendi um convite desse grande e extraordinário homem público: Roriz. Ele também fez um encontro no escritório dele, em abril, e eu fui, à tarde, terminado o outro. E o Roriz... Vou dizer o seguinte: olha, Leomar Quintanilha, quem fez o mundo todos nós sabemos que foi Deus, mas Brasília todo mundo também sabe que foi Juscelino e Roriz. E eu fui ali - além do PSC, de que ele também é um dos líderes hoje - por gratidão. Paim, eu aprendi de minha mãe, no colo, que a gratidão é a mãe de todas as virtudes. Eu fui como representante do Piauí, pela gratidão a Roriz. Ele agasalhou esse pessoal todo do Piauí e do Nordeste. Então, ele fixou, ele ajudou as famílias a terem suas terras, seus lotes, a construírem suas casas. Então, nós somos hoje 300 mil piauienses em Brasília. É a segunda colônia; só perdemos para os mineiros.

           E a satisfação foi tão grande, tão grande, Leomar Quintanilha, e tinha que ser. É inteligente o Roriz, e o vice dele vem do Piauí: Jofran Frejat, de tradicional família lá de Floriano, cidade importante do Piauí, médico, diretor de saúde de hospital, atualmente Deputado Federal. Isso nos emociona muito, nós que já estávamos com essa “piauiensidade”.

           Depois, falei em nome do Partido, o Partido Social Cristão, e da diretoria, que deverá se encontrar nessa semana. Eu só acho, Leomar Quintanilha, que aos oradores que descreveram, que disseram “é o futuro”, eu diria “é o próximo”. Ele é já, já. Futuro é muito longe. O próximo Presidente da República será José Serra. Então, eis a diferença. Está ouvindo, Eduardo Suplicy? Futuro, não! O próximo Presidente da República vai ser José Serra. É já, já. Eu vi a emoção. Ele conseguiu, foi à luta. Isso não é de uma hora para outra.

           E depois, o seguinte: agora, o Piauí. O Governador saiu para se candidatar. O Piauí está feliz com a saída dele. E entra o Vice-Governador, um neurocirurgião, do PSB, que foi Líder do meu Governo por sete anos, ele e Carlos Augusto. Ele era do PSDB. Nele eu acredito. É um rapaz intelectualmente muito forte e trabalhador - o apelido dele é Trator. Então, há essa expectativa.

           Mas por que eu me afastei? Está aqui, Paulo Paim. Jornal Diário do Povo, de 12.04.2010: “Emgerpi abandona projeto e máquinas enferrujam”. Eles pegaram a Secretaria de Obras, juntaram e fizeram uma secretaria grandona, é um desastre. Há um artigo total no jornal Diário do Povo, de Renato Bezerra. Não vai dar para ler, mas ele mostra o descaso e a incompetência.

           Instalou-se, Suplicy, um tripé: mentira - como mentem! Eu nunca vi se mentir tanto! -, corrupção - eu nunca vi o Piauí e ninguém com tanta corrupção - e incompetência. Então, está aqui a Emgerpi. Eu passo para o Suplicy ler, analisar. O Presidente Luiz Inácio não tem nada a ver com isso. Ele mandou muito dinheiro, ele é querido, é respeitado. Mas olhe aqui. Eu não vou ler, porque o tempo é limitado, mas está aqui um artigo de jornal de Renato Bezerra, repórter, só com bandalheiras. Está aqui. Vou entregar ao Líder - é o Suplicy, não é? Vou entregar a V. Exª.

           Outro artigo, de Carlos Augusto: “A rebeldia do eleitor”. Revoltaram-se lá contra... PT nunca mais no Piauí! Não tem nem candidato. Como é que se tem Governo e tudo e não tem nem candidato? Atentai bem! Não tem.

           “Obras inacabadas de W. Dias” - do jornalista Pedro Alcântara - “10 obras inacabadas do Governo Wellington Dias”. O Pedro Alcântara cita dez aqui.

            Cito outro jornal: Diário do Povo do Piauí. É longo, porque o Governo é ruim demais. Não vou perder tempo em traçar, não. É o pior da história.

            Diário do Povo do Piauí, Luciano Coelho, um grande repórter, um jornalista. São três páginas. Não dá para ler. É muita desgraceira. Isso aqui é pior do que um terremoto. Nós nos livramos. Vou passar para o Suplicy ler e ver. Luiz Inácio não tem nada com isso, não; não tem culpa, não. O povo sabe. Foram lá os alopradinhos do Piauí. Ele não tem nem condição de ter um candidato a Governador. Passa oito anos e não tem condição. Vai encolher tudo. Vai voltar. Vai ser enterrado. Olhe aí: “Wellington Dias deixou inúmeras promessas não cumpridas”, de cinco de abril de 2010. É para ler.

            Vou ler um mais rápido - esse foi o mais sintético -, porque não dá. Isso tudo é pau muito! Jornalista Carlos Augusto. São todos consagrados. Li uns nomes aqui. O Piauí está me vendo, Suplicy; estão me vendo citar os artigos.

            Vou só ler, de Antônio Rodrigues - intelectual, além de jornalista. Eu já li um livro dele, um romance. É desses intelectuais... “Wellington Dias deixa governo e inúmeras obras inacabadas. A herança maldita do Governo Wellington Dias.”

            Rapaz, esse Vice-Governador é gente boa! Foi meu Líder do Governo. Tenho esperança, quero que ele se dê bem. É gente boa! Eram ele e Carlos Augusto. Ele era do PSDB; hoje, é do PSB. Então, existe um candidato do PSB; um do PMDB - não sei se vai, também é gente boa -, Marcelo Castro, que foi meu Secretário de Agricultura e do Iapep, gente muito inteligente, homem bom; e outro do PTB, grande Secretário meu de Indústria e Comércio. Não tem em que atacá-lo, não. O que dizem lá é que o pai dele é rico. E daí? O avô do Suplicy era o mais rico, e ele está aí. O meu também era, Suplicy, tinha navio. Então, essa é única coisa que dizem. Ele foi meu Secretário de Industria e Comércio. Grande, zeloso da coisa pública, responsável: João Vicente. Fizemos duzentas indústrias no Piauí. A de cimento, a Bunge, a fábrica da Brahma, Austin Ratings, a Skol, o Guaraná Champanhe, a de lata, fábrica de cimento, de bicicleta dele, 27 fábricas de café e tudo. É do PTB.

            Ó os candidatos. E há o das oposições, do PSDB, que é o extraordinário ex-Prefeito da capital, Silvio Mendes. Mas não tem o PT. Não tem. Como ele, não tem.

            Então, só vou ler este aqui para terminar. Esse Toni Rodrigues. Ele é intelectual, é autor de livro e jornalista. “A herança maldita do Governo Wellington Dias”. Pegou aquele negócio de herança maldita. Eu estou com pena já do bravo Governador, Dr. Wilson Martins. Eu quero que ele seja feliz. Eu gosto. Wilson foi meu líder, médico brilhante.

            Mas o Toni Rodrigues está dizendo aqui: “Ampliação da pista do aeroporto de Teresina/construção casa de passageiros”. Herança maldita; tudo ele prometeu e deixou pela metade.

            “Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato”. Eu já tinha mostrado que aquilo tudo era mentira. Uma vez, houve até uma discussão do meu amigo Eduardo Suplicy com o grande líder Heráclito. Porque é mentira mesmo. Está aqui no jornal. Não existe nada lá, não. Está aqui. É o jornalista dizendo.

            “Aeroporto Internacional de Parnaíba”. Paim! Olha, outro dia, eu nem sabia, mas eu disse que era, porque eu fui à inauguração, e as datas. Foi inaugurado, olha aí, Suplicy. Estou dizendo que eu quero o bem. Você é um homem da verdade. Eu me lembro porque eu fui à inauguração. Eu estava lá, era João Paulo dos Reis Velloso, Ministro, e Dirceu Arcoverde. Alberto Silva, o Dirceu era Secretário; foi ali. Então, o Aeroporto de Parnaíba... Todo mundo sabe que a Revolução foi em 64, aí eles planejaram, era um tipo caixão. Jogaram aí uns cem no País. É igualzinho o de Teresina e Parnaíba. O Leomar conhece. Conhece Parnaíba também, ô Leomar, ou nunca foi?

            O Sr. Leomar Quintanilha (PMDB - TO) - Conheço.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois é igual! Não é um caixão? Era o mesmo modelo. Sabe como o Governo faz, NE? Foi como os Cieps, tudo igual. A pista era do mesmo tamanho. Eram 2,1 mil. Atentai bem! Aí, todos os Governadores conservavam. Eu endireitei o asfalto, botei aquilo que chamam de balizamento, a lâmpadas e tal; mantive. Os outros também. Tinha avião, viu, Leomar? Agora, o que ele fez? Ele só fez... Eram 2,1 mil, e ele botou mais 400. Então, passou, ele botou na televisão: “Todo novo, o aeroporto de Parnaíba foi inaugurado - agora que sei; eu não sabia - no dia 19 de outubro de 1971”. Então, Leomar, eu não aguento um negócio desse! É mentira muita! Eu não agüento! Aí o paraibano já sabe. Eu dizia: “olha, eu fui lá; estava o Reis Velloso, o João... Eu me formei em 66, fui fazer pós-graduação em 69. Eu estava lá, não me esqueço. Mas hoje, se disser... Não, não sei, não. Foi em 19 de outubro de 1971. E ele pintou, botou nos jornais e não tem nem teco-teco.

            Dr. Alcenor Candeira Filho, secretário intelectual, homem culto, poeta, que fez um verso. Eu esqueci, mas eu tenho que decorar o bicho. Ele diz que lá só pousa urubu, andorinha, não sei o quê. E é Secretário de Educação do Município de Parnaíba, e do PTB, que é coligado com o PT lá. Mas ele é intelectual, e esses intelectuais não há quem tire. Dr. Alcenor Candeira Filho, da Academia de Letras de Teresina e de Parnaíba, tem um verso: só pousa andorinha, não sei o quê.

            “Metrô de Teresina (os trens não estão em funcionamento).

            Ponte Santa Filomena/Alto Parnaíba”. Só conversa, só conversa.

            “Ponte de Luzilândia sobre o rio Parnaíba”. Conversa.

            “Rodovias estaduais PI-140 [é número; a mentira é tanta!], PI-221, PI-222, entre outras”. Quem está dizendo é o repórter Antônio Rodrigues, intelectual.

            “Rodovia Teresina/Luzilândia”.

            “Rodovia Canto do Buriti/São Raimundo Nonato”.

            “Asfaltamento área urbana de Altos”.

            “Reforma da Potycabana”. Essa, o Alberto fez e quebrou tudo.

            “Centro de Convenções de Teresina”. Foi inaugurado por Dirceu Arcoverde. Eu estava lá. E eu estava, porque o Dirceu morreu aqui, nesta tribuna aqui. Está vendo, Suplicy? Você conheceu o Dirceu Arcoverde? Morreu no primeiro discurso, por isso que eu só discurso aqui. Ele fez o primeiro e morreu. Eu já fiz bem mais de mil e estou aqui, falando por ele e por mim. No dia da inauguração, tomou posse um colégio brasileiro de cirurgião, porque eu era do Rio de Janeiro, me formei, aí me convidaram, em Teresina, para dar aquele número. Então, eu nunca me esqueci do dia da inauguração. O Governador era o Dirceu. Está lá.

            “Tabuleiros Litorâneos/Platôs de Guadalupe”.

            Mas vou dizer o seguinte: o homem disse que ia fazer cinco hidrelétricas no Piauí. Cinco na Parnaíba, no rio Parnaíba. Cinco! O Piauí tem uma banda de uma hidrelétrica, Guadalupe; faltam as eclusas. Se ele dissesse: “vou terminar as que existem”, o Luiz Inácio tinha dito, tinha dado, tinha feito. “Fazer cinco hidrelétricas...” Porque aí o rio seria navegável. O rio era navegável quando eu era menino. Santa Filomena, Floriano e Teresina. Baixou de Teresina, não. Ele é raso lá para as minhas bandas de Paranaíba.

            Quero dizer que, depois para levar o Alberto Silva, ele disse que ia fazer em um projeto do Alberto Silva, no rio Poti, Castelo, e que ia botar os trens para funcionar. Não trocou nenhum dormente e levou o Alberto Silva. Daí Deus, para Alberto Silva não viver decepcionado porque foi enganado, o levou para o céu. Então, é isso.

            Mas nem tudo é desgraça. Então, eu não ia terminar porque sou é do otimismo. O Piauí do futuro, da grandeza. Não conseguiu acabar a bravura, a inteligência, a raça. Foi pior do que um terremoto o Governo do PT no Piauí. Tripé: mentira, muita; corrupção, muita; incompetência, muita.

            Temos aqui para gloriar o Piauí: “Sarah Menezes vence todas por Ippon e é ouro no Pan-Americano de Judô”.

            Ele não conseguiu acabar com a gente. Foi uma desgraceira! E não existe nem candidato do PT, porque o PT acabou. O povo, nunca mais. É o que dizem lá.

            “Sarah Menezes vence todas por Ippon e é ouro no Pan-Americano de Judô”. Está aqui, coloca aí, a mulher aqui. Nós que ganhamos, para o Brasil. Essa é a raça do Piauí, do novo Piauí. Vou lhe dar todos os documentos, Suplicy. Você vai ficar...

A judoca piauiense Sarah Menezes (-48 kg) conquistou a medalha de ouro no Pan-Americano de Judô, disputado desde ontem em El Salvador. Neste sábado (10), ela garantiu o seu lugar no pódio e 180 pontos no ranking mundial que classifica para os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Na decisão contra a cubana Dayares Mestre, vitória por Ippon, o quarto em quatro lutas.

            O Leomar sabe o que é isso. É um golpe lá que derruba o cara. O Leomar é atleta, é das ligas, não é? De Tocantins.

Foi o único ouro brasileiro do dia, e o quarto do torneio. E o primeiro dela na competição.”

            Está aqui ela no pódio. Uma mulher atleta do Piauí, grandioso. Nós vamos nos recuperar aí nos estragos que foram feitos. Está aqui:

“Favorita no torneio, Sarah Menezes venceu a peruana Liliana Delgado na estreia, e passou pela guatemalteca Evelin Rodriguez, nas quartas-de-final. As duas vitórias foram por Ippon, golpe com pontuação máxima que encerra a luta.

Sarah volta de El salvador com duas medalhas.

Na semifinal, a disputa foi com a argentina Paula Pareto, bronze nos Jogos Olímpicos (...).”

            Nós ganhamos tudinho. Piauí é isso aí.

Piauí, terra querida

Filha do sol do equador,

Pertence nosso sonho, nosso amor, nossa vida.

Na luta, o teu filho ...

            É um prazer ouvir esse mais fantástico líder do PT, que é Eduardo Suplicy. Vou entregar tudinho para o senhor, que vai ler os documentos. O senhor é líder do PT? Pois eu vou dar os artigos do jornalista.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Sou vice-líder e líder em exercício, uma vez que o Senador Aloizio Mercadante hoje está em São Paulo. Mas transmito a V. Exª que eu quero, sim, a cópia dos documentos citados por V. Exª.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Estão aqui. Vou deixar.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Vou providenciar de encaminhá-los.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - O Luiz Inácio não tem nada contra isso. O povo é agradecido, mas o Governo está aí, só promessas.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Vou tomar a iniciativa de encaminhá-los ao Governador Wellington Dias para que ele possa prestar os esclarecimentos.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Não é mais Governador, não. Não fale mais nisso, não. Já passou... Não relembramos desgraça, não, Suplicy. Já passou. Vamos olhar para frente, o vir a ser, o porvir...

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - É importante assinalar...

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - É o mesmo que você querer relembrar a guerra de São Paulo, para botar o Getúlio para fora. Já passou. Vamos viver. O José Serra falou foi na união. Naquele tempo, São Paulo queria derrubar, brigou, foi a maior confusão.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - ... como o Governador Wellington Dias se afastou a fim de ser candidato ao Senado. Mas, de qualquer maneira, ele terá a oportunidade de esclarecer esses diversos pontos levantados por V. Exª.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Por mim, não. Estou lendo artigo de conceituado jornalista...

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Pela imprensa.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Citei o nome todo, vou lhe entregar.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Pela imprensa do Piauí.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Eu vinha advertindo que não era bom, por isso que me afastei...

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Mas é importante...

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Eu votei em 1994 nele e no Luiz Inácio.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Mas é importante assinalar que o Senador João Vicente Claudino, que agora...

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - É um extraordinário homem e candidato.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - ...é candidato a Governador, tem o apoio do ex-Governador Wellington Dias.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Não tem, não. Ele ficou com o do governo, porque ele... O Senador saiu, ele disse que prometeu lançá-lo. Vou contar a história. Não queria, porque não quero levar o Piauí para o ridículo, quero é na grandeza. Do Piauí, nós nos lembramos de Evandro Lins e Silva, de Reis Velloso, de Carlos Castello Branco, essas figuras gigantes.

            O Senador Leomar Quintanilha adora tanto o Piauí que foi buscar a mulher lá, porque somos essa gente.

            Então, o negócio foi o seguinte - é ridículo, mas lá vai, é negócio de espírito -: ele chegou, 15 dias, foi com a mulher para a televisão, chamou e disse que não queria - é ridículo, mas já que você topou, pronto. Olha que estão me vendo! Mas ele pegou a mulher e disse: “Olha, somos evangélicos, passei a noite, conversei com Deus - isso há 20 dias - e Deus disse que tenho que ficar para unir essa base aliada. Vou ficar”. Eu disse: isso é mentiroso contumaz. Eu disse para a repórter: vá lá no Dr. Marcelo, que é esse candidato, que é psiquiatra e entende disso. Aí, no fim, ele disse que ia ficar, que veio aqui um Alexandre Padilha, um bicho que não conheço - foi até num avião de governo -, e pegou ele lá. Padilha, um bicho aí. Primeiro, não é governo; aí disse que ele errou aqui e tal. E quando ele voltou, disse: “Deus tinha mandado eu ficar, mas, agora, fui ao Palácio e o Alexandre Padilha - eu não conheço não - disse que era interesse que eu saísse”. Aí a turma está dizendo que ele obedece ao Alexandre Padilha e não a Deus. Porque ele tinha dito que Deus... Então pronto, isso entrou num lado que não é bom para o Piauí.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Bom, de qualquer maneira eu trarei os esclarecimentos, na próxima semana, a serem dados a respeito dessa matéria.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois não. Peça o filme em que ele está dizendo que conversou com Deus, e Deus mandou ele ficar e depois foi lá... Dizem que foi no avião do governo. Eu não vi não, eu ouvi dizer. Eu gosto de dizer quando eu provo... Diz que ele veio aqui conversou, aí voltou. Daí, do Sr. João Vicente Claudino, que é um extraordinário candidato a Governador, a acusação é de que ele tem avô rico. Eu acho isso positivo. O meu avô era, Paim. Eu não sou porque fui ser médico de Santa Casa, fui cuidar de pobre. Mas meu avô era um empresário grande, botou foi fábrica lá no Rio Grande do Norte, tinha navio. Era tio-avô seu, Suplicy? O Matarazzo. E ele está aí, não tem nada.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Francesco Matarazzo. Era bisavô.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Pois é. Aí o PT começou, ele que estava na base aliada mais bem votada, disseram que era rei, aquelas brigas dele que não me interessa. Ele saiu e disse: “Agora eu sou candidato”. E está o rolo, eu não sei; só Deus é que sabe. Se ele me perguntar o que é que vai dar, nem eu sei. Eu quero agradecer a Deus porque ele se afastou do Governo. Depois da tempestade vem a bonança. E esse Governador, está todo mundo na esperança, eu quero que dê certo. Aliás, eu gosto dele, e todo mundo gosta. Ele tem uma respeitabilidade... Tanto que ele foi o Vice-Governador.

            Então, essas são as nossas palavras.

            Os aplausos à mulher do Piauí, representada aqui pela judoca Sarah Menezes, ouro para o Piauí. Isso tanto é verdade, que o Leomar Quintanilha - um quadro vale por 10 mil palavras; Deus escrever certo... Leomar Quintanilha, sabidão, andou pelo Brasil todo. Foi bancário e foi casar com uma mulher do Piauí, de São Raimundo Nonato. Ele é feliz e tem uma família das mais lindas.


Modelo1 8/16/247:58



Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/04/2010 - Página 13748