Pronunciamento de Flexa Ribeiro em 13/04/2010
Discurso durante a 50ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre o lançamento, no último sábado, da pré-candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República.
- Autor
- Flexa Ribeiro (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
- Nome completo: Fernando de Souza Flexa Ribeiro
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
ELEIÇÕES.
ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL.
ESPORTE.:
- Considerações sobre o lançamento, no último sábado, da pré-candidatura do ex-governador José Serra à Presidência da República.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/04/2010 - Página 14001
- Assunto
- Outros > ELEIÇÕES. ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL. ESPORTE.
- Indexação
-
- SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, LEITURA, TRECHO, DISCURSO, JOSE SERRA, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, ANALISE, DESENVOLVIMENTO NACIONAL, RESULTADO, HISTORIA, DEMOCRACIA, BRASIL, CRITICA, ORADOR, LANÇAMENTO, FASE, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO, INFERIORIDADE, EXECUÇÃO, OBRAS, FALSIDADE, DIVULGAÇÃO, DADOS.
- LEITURA, TRECHO, PRONUNCIAMENTO, AECIO NEVES, EX GOVERNADOR, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, CRITICA, GOVERNO, ATUALIDADE.
- CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO PARA (PA), PERDA, SEDE, COMPETIÇÃO ESPORTIVA, IMPOSSIBILIDADE, PARTICIPAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, MOTIVO, FALTA, COMPROMETIMENTO, GOVERNADOR, COMENTARIO, EMPENHO, BANCADA, CONGRESSISTA, GESTÃO, CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA, GARANTIA, RECURSOS, REALIZAÇÃO, PROVA, CAMPEONATO NACIONAL, EXPECTATIVA, RETOMADA, CRESCIMENTO, TURISMO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, SUCESSÃO, GOVERNANTE.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Antes de começar o pronunciamento desta noite, quero saudar o meu amigo Senador Wellington Salgado de Oliveira, que nos visita hoje, depois de o titular, Senador Hélio Costa, ter reassumido. Mas S. Exª não deixará de visitar esta Casa permanentemente, Senador Valter Pereira. S. Exª está lutando lá pela sua candidatura a Deputado Federal, junto com o Senador Eduardo Azeredo. Minas unida vai, com certeza, possibilitar aquilo que todos nós, brasileiros, aguardamos, que é o resultado do nosso pré-candidato à Presidência, José Serra, vitorioso no pleito de outubro: “O Brasil pode mais”.
Presidente, no último dia 10, o Brasil voltou a respirar com a crença de que podemos seguir adiante. A energia positiva, os olhares confiantes e o sorriso estampado em cada rosto, no último sábado, deram-me uma certeza de que cada vez mais é concreta e real: sim, o Brasil pode mais.
Apesar do discurso daqueles que hoje estão no poder, que se julgam superiores à lei, à Bandeira nacional e que acreditam que o País está abaixo de sua ideologia partidária, viram que o Brasil e os brasileiros estão preparando uma resposta.
Uma resposta que não é agressiva, mas serena; não é imperativa, mas conciliadora; não é autoritária, mas democrática. Uma resposta que mostra um caminho muito simples: não é preciso esconder seu passado para seguir em frente.
E é assim, mostrando o que fizemos em nosso passado, um passado que nos orgulha, que temos a confiança e a certeza na capacidade de dar um novo passo à frente ao País. Sem mentiras, sem ataques, sem meias-verdades. Nossa verdade é uma só: a coerência com que sempre tratamos a coisa pública, o amor ao País e a busca incansável pelos rumos positivos do nosso País, com eficiência na gestão e competência. E, principalmente, com humildade.
No último sábado, mais de seis mil pessoas superlotaram o auditório onde foi realizado o evento de apoio a José Serra como nosso pré-candidato à Presidência do Brasil. Seis mil pessoas que saíram com a certeza de que Serra é o mais preparado para acelerar de novo o desenvolvimento do nosso País. E saíram com o compromisso assumido voluntariamente e com o dever cívico de espalhar a certeza de que o Brasil pode muito mais.
Do discurso de José Serra, eu queria destacar alguns pontos que julgo fundamentais. O primeiro, temos no nosso passado a construção da base do País que temos hoje. Isso nos orgulha.
Serra disse:
Retomamos a democracia, arrancamos nas ruas o direito de votar para Presidente; vivemos hoje em um País sem censura e com uma imprensa livre. Somos um Estado de direito democrático.
Fizemos uma nova Constituição, escrita por representantes do povo. Com o Plano Real, o Brasil transformou sua economia a favor do povo, controlou a inflação, melhorou a renda e a vida dos mais pobres, inaugurou uma nova Era no Brasil.
Também conquistamos a responsabilidade fiscal dos governos. Criamos uma agricultura mais forte, uma indústria eficiente e um sistema financeiro sólido. Fizemos o Sistema Único de Saúde, conseguimos colocar as crianças na escola, diminuímos a miséria, ampliamos o consumo e o crédito, principalmente para os brasileiros mais pobres. Tudo isso em 25 anos. Não foram conquistas de um só homem ou de um só Governo, muito menos de um único Partido, disse o pré-candidato José Serra. Todas são resultado de 25 anos de estabilidade democrática, luta e trabalho. E nós somos militantes dessa transformação, protagonistas mesmo. Contribuímos para essa história de progresso e de avanço no nosso país. Nós podemos nos orgulhar disso.
Essa história, inclusive, está no nosso sangue. Está cravada na nossa biografia. Está na impressão digital e na alma do PSDB, um Partido, sobretudo, democrático.
Nós lutamos pela democracia. Essa é a nossa verdade. Uma verdade que é justamente o contrário do passado da candidata do Governo, que lutou para instalar no País um regime de esquerda, tal como seus ídolos Fidel Castro, Lênin e, agora, mais recente, Hugo Chávez. Mas não falemos deles. Falemos de nós.
Pois, sabemos e todo o Brasil sabe que a democracia apenas pode avançar e jamais dar um passo atrás. E, com essa democracia, o País só tem a ganhar.
Cito, Senador Flávio Arns, trecho do discurso de Aécio Neves - Deputado Nilson Pinto, do PSDB do Pará, que muito nos honra com sua presença no plenário do Senado Federal - que fez um choque de gestão, em Minas Gerais, e que emocionou todos no evento de sábado:
Estamos preparados para os debates sobre o presente e o futuro. O passado não nos envergonha. O Brasil não foi descoberto, em 2003. Se o Brasil hoje é melhor, isso se deve à eleição de Tancredo Neves para a Presidência, em 1985. E eles negaram o seu voto. Eles também negaram seu voto pela aprovação da Constituição de 1988. Quando o Presidente Itamar Franco convocou as forças do bem para a constituição do seu governo, eles também disseram ‘não’, mais uma vez.
Eles, a quem o ex-Governador Aécio Neves se refere, são os que estão no governo hoje, que, naquele instante que o Brasil precisava de apoio, negaram esse apoio nos votos e os que aqui foram solicitados.
É justamente isso que iremos mostrar - aliás, estamos mostrando - ao País. Nosso passado nos orgulha; o deles os condena.
Mas não iremos separar, dividir, fazer ataques gratuitos, apenas não vamos aceitar mentiras. Como bem disse José Serra: “Quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdade diremos sobre eles”.
Mentiras, aliás, que o Governo tenta constantemente dizer. Quando não é contra nós, é sobre eles mesmos. Mente e engana quando fala em obras que não saíram do papel. Quando lança um PAC II sendo que o primeiro não passou de um trailer de filme. Não merecia uma segunda versão quando a primeira não passou de uma curta-metragem.
Nesse ponto, gostaria de citar o estadista e um dos maiores líderes deste País, Fernando Henrique Cardoso, que também esteve conosco.
Não encontrei a transposição do rio São Francisco, o biodiesel, a Transnordestina e as moradias populares. Nós cumprimos o que prometemos. O que se faz hoje foi plantado no nosso Governo e nas administrações anteriores. As pessoas precisam de coisas simples e que funcionem.
FHC ainda fez críticas pontuais e importantes de um Governo que se envaidece de si mesmo e esquece a realidade do País.
O Brasil cansou de certa arrogância de quem desrespeita a lei, de arrogância ilimitada. Quer ver ladrão na cadeia. Cansou de ver autoridades passando a mão na cabeça de todo mundo que cometeu ilícitos.
É essa mensagem, Senador Valter Pereira, de coerência, de seriedade e de seriedade no trato da coisa pública que o PSDB, o DEM e o PPS deixaram. E será essa mensagem que o PSDB do Pará levará aos paraenses.
Tivemos lá, no evento, uma comitiva de cerca de 300 pessoas do Pará, pessoas que vieram dos mais distantes Municípios. Não foram apenas da Capital. Pelo contrário, a maioria foi do interior. Alguns chegaram a enfrentar mais de 40 horas de estrada para estar aqui, em Brasília. Isso é mais que amor pelo partido. É amor pelo Brasil.
Agradeço, portanto, aqui, a todos do Pará que estiveram conosco: ao ex-Governador Simão Jatene; ao Senador Mário Couto; aos Deputados Federais Nilson Pinto, que, como disse, honra-nos com a sua presença, Wandenkolk Gonçalves, Zenaldo Coutinho; ao ex-Deputado e sempre Deputado Federal Nicias Ribeiro; aos Deputados Estaduais Megale, Ítalo, Tetê, Ana Cunha, Suleima, Von, Bira e Pioneiro; aos inúmeros Prefeitos e Prefeitas; Vereadoras e Vereadores; ex-Prefeitos; ex-Vice-Prefeitos; às lideranças da sociedade, às lideranças das comunidades; todos vieram juntos para assistir a esse grande evento de retomada da autoestima do povo brasileiro.
E sei que eles serão multiplicadores dessa mensagem, pois o Pará atravessa uma noite muito escura. E como tenho dito no interior do meu Estado: não há noite que perdure para sempre. Ela vai acabar. Hoje, faltam apenas 262 dias para o Pará sair do vermelho, Senador Valter Pereira. Estamos fazendo a contagem regressiva. A cada dia que passa, riscamos um dia. Faltam 262 dias para o Pará sair do vermelho.
E nossa crença de que o rumo do crescimento, do desenvolvimento e do Pará bom para todos será retomada com o nosso pré-candidato Simão Jatene. Temos trabalhado incansavelmente e temos encontrado cada vez mais apoio nessa união para resgatar a autoestima do paraense, que está em baixa.
Agora, até mesmo o Grande Prêmio de Atletismo, que dava uma grande visibilidade ao Pará, nós perdemos. Depois da Copa do Mundo perdida para Manaus, a Governadora deixou escapar o GP de Atletismo para o Rio de Janeiro, depois de oito anos realizado consecutivamente em Belém. Teremos, agora, um evento de consolação, um meeting, numa quarta-feira, pela noite. Antes, o evento era no domingo, com o Mangueirão lotado. Inclusive o recorde sul-americano de público num estádio para evento de atletismo era de Belém, com 42 mil pessoas, em 2003. Agora, teremos um evento menor, que só ocorrerá - e é bom que a população do Pará saiba disso - porque a Bancada do Pará entrou em contato com o Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo dizendo que, se o Governo não bancasse os custos dessa atividade menor... Já não poderia bancar o GP Internacional de Atletismo, porque a Governadora não respondeu à Confederação em tempo hábil, e como tinha que entrar na agenda da Federação Internacional de Atletismo, foi para o Rio de Janeiro.
Só não perdemos essa, como eu diria, preliminar que vai acontecer no Pará porque a Bancada Federal do Estado entrou em contato, através do Senador Flexa Ribeiro, com o Presidente da Federação Internacional de Atletismo e disse: Presidente, se o Governo não der os recursos suficientes e necessários para fazer esse meeting no Pará, a Bancada Federal, através de emenda do esporte, vai fazer a alocação de recursos.
Estávamos nessa conversa com a Deputada Elcione Barbalho e com o Deputado Paulo Rocha, que lamentava, naquela ocasião, e disse que iria entrar em contato com a Governadora não admitindo, Deputado Nilson Pinto, que ela não desse importância a mais um evento para o Estado do Pará.
Em face desse movimento, nesse mesmo dia, à noite, o Presidente retorna a ligação para o Senador Flexa Ribeiro dizendo que recebeu a confirmação do Governo do Estado e que iria patrocinar esse meeting de atletismo em Belém. Mas do PT e da Governadora Ana Júlia não esperamos vitórias, e sim apenas a minimização dos fracassos.
O Pará precisa voltar a brilhar, precisa resgatar sua dignidade e espaço de destaque no cenário nacional, precisa voltar a atrair turistas do mundo todo e ser novamente o Portal da Amazônia. O orgulho de ser paraense precisa voltar, e tenho certeza de que teremos isso em breve.
Por fim, quero citar, novamente, José Serra, em uma feliz frase que resume bem a situação não só do Brasil, mas também do Pará e dos desejos dos paraenses:
O Brasil não tem dono. O Brasil pertence aos brasileiros que trabalham, aos brasileiros que estudam, aos brasileiros que querem subir na vida, aos brasileiros que acreditam no esforço, aos brasileiros que não se deixam corromper, aos brasileiros que não toleram os malfeitos, aos brasileiros que não dispõem de uma “boquinha”, aos brasileiros que exigem ética na vida pública, porque são decentes, aos brasileiros que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.
Quero parafrasear, Deputado Nilson Pinto, o nosso pré-candidato José Serra, colocando o Pará nessa citação. O Pará pertence aos paraenses, aos paraenses que estudam, aos paraenses que querem subir na vida, aos paraenses que acreditam no esforço, aos paraenses que não se deixam corromper, aos paraenses que não toleram os malfeitos, aos paraenses que não dispõem de uma “boquinha”, aos paraenses que exigem ética na vida pública, porque são decentes, aos paraenses que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.
A mensagem que levamos ao Pará, portanto, é essa. O Brasil pode mais e o Pará precisa, urgentemente, de mais ainda. Precisa sair do vermelho, precisa voltar a sorrir. Vamos tirar o Pará do vermelho e poder mais junto com o Brasil.
Sr. Presidente, peço que o pronunciamento feito no encontro do último sábado pelo pré-candidato José Serra seja transcrito na íntegra para constar dos Anais do Senado como um documento da maior importância para os novos tempos que virão proximamente para o nosso País e, com certeza absoluta, também para o nosso Pará.
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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR FLEXA RIBEIRO EM SEU PRONUNCIAMENTO.
(Inserido nos termos do art. 210, inciso I o e § 2°, do Regimento Interno.)
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Matéria referida:
Discurso de José Serra: “O Brasil pode mais”.
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