O SR. INÁCIO ARRUDA (Bloco/PCdoB - CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, para três breves registros, com a licença do Senador Arthur Virgílio, por favor.

            Primeiro, realizamos, durante todo o dia de hoje, um seminário muito significativo na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, com a participação de um conjunto de entidades que organizaram esse seminário: Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz; Conselho Mundial da Paz; Fundação Alexandre de Gusmão; Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional; Associação Brasileira de Estudos da Defesa; e Universidade de Brasília.

            O seminário foi sobre “A Revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares e Desarmamento”, porque o tratado não é apenas de não proliferação. Ele é de não proliferação e desarmamento, porque as maiores potências do mundo atual detêm um arsenal de 23 mil ogivas nucleares. Dá para destruir muitas vezes a Terra e, quem sabe, outros planetas perto da Terra, se elas forem utilizadas. Então, esse tratado vai ser discutido em uma conferência em Nova York, no início do mês de maio, e fizemos um seminário muito importante aqui no Brasil.

            O seminário foi aberto pelo Senador Eduardo Azeredo, que fez uma exposição sobre a importância desse seminário. Em seguida, tivemos a presença da Srª Socorro Gomes, que fez uma exposição na abertura; do Sr. José Geraldo de Sousa Júnior, que participou da mesa de abertura; do Sr. Eurico de Lima Figueiredo; e da Srª Conselheira Maria Silvia Barbin Laurindo, que representou a Fundação Alexandre de Gusmão.

            Foram expositores muito importantes os dessas mesas: o Embaixador brasileiro Sérgio Duarte Queiroz, que, hoje, está como Alto Representante para as Questões de Desarmamento das Nações Unidas; a Srª Socorro Gomes, de que eu já falei, que é presidente do Conselho Mundial da Paz; a Srª Jackie Cabasso, coordenadora para os Estados Unidos da América da Organização Prefeitos pela Paz e ativista da luta pela abolição das armas nucleares; o Professor Frederico Carvalho, físico, vice-presidente da Federação Internacional de Trabalhadores Científicos, de cientistas pesquisadores da área nuclear e membro do Conselho Português para a Paz e a Cooperação; e o Sr. Nielsen de Paula Pires, Professor do Instituto de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Isso foi no primeiro painel.

            No segundo painel, tivemos a presença, também, de renomados representantes do Estado brasileiro. Entre eles, eu gostaria de citar: o Ministro Conselheiro Santiago Irazabal Mourão, chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do Ministério das Relações Exteriores;o Sr. Odilon Marcuzzo do Canto, Secretário da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares; e o Professor Manoel Domingos Neto, pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense.

            Foi um seminário, posso informar para o conjunto dos nossos Congressistas, Senadores e Senadoras, extraordinário, um seminário de grande relevância diante do debate que vamos ter na Conferência das Nações Unidas sobre Desarmamento, que trata da revisão desse tratado.

            A segunda questão, Sr. Presidente, é que, hoje, é o Dia do Jornalista, Senador Arthur Virgílio, e é o primeiro ano em que se comemora esse dia sem que eles tenham sua profissão regulamentada. Então, como temos uma PEC na mesa para ser apreciada, invoco a Mesa Diretora, convido-a para que, na primeira oportunidade dessa pauta livre, aberta, possamos votar essa PEC dos jornalistas.

            E, por último, um convite. Sei que não poderei contar com a presença de todos, mas o meu Partido, o PCdoB, realiza, amanhã, uma reunião do seu comitê central, aqui em Brasília, às 15 horas, em que vamos examinar a proposta, feita pela Executiva do nosso Partido, de apoio à candidatura da ex-Ministra Dilma Rousseff à Presidência da República, sem prejuízo de se considerarem todas as candidaturas como absolutamente legítimas dentro do processo democrático que vive o Brasil. Mas essa deverá ser nossa escolha. Vamos informar isso ao comitê central e o comitê central deverá deliberar sobre essa questão.

            Então, faço esse convite para aqueles que desejarem. Faremos uma reunião ampla para decidir sobre essa questão, que consideramos muito importante para o nosso País.

            Agradeço V. Exª e, especialmente, o Senador Arthur Virgílio, que é o orador, já na tribuna, e permitiu que eu pudesse fazer esses comunicados que considero significativos.

            Obrigado, Sr. Presidente.