Pronunciamento de Magno Malta em 07/04/2010
Discurso durante a 45ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Registro da reunião com o Embaixador do Haiti na Comissão dos Direitos Humanos para discutir a questão dos brasileiros que se apresentaram para adotar as crianças haitianas que ficaram órfãs depois do terremoto.
- Autor
- Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA EXTERNA.
POLITICA SOCIAL.
:
- Registro da reunião com o Embaixador do Haiti na Comissão dos Direitos Humanos para discutir a questão dos brasileiros que se apresentaram para adotar as crianças haitianas que ficaram órfãs depois do terremoto.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/04/2010 - Página 12608
- Assunto
- Outros > POLITICA EXTERNA. POLITICA SOCIAL.
- Indexação
-
- REGISTRO, ENCONTRO, COMISSÃO, DIREITOS HUMANOS, EMBAIXADOR, PAIS ESTRANGEIRO, HAITI, DEBATE, POSSIBILIDADE, ADOÇÃO JUDICIAL, ORFÃO, MORTE, PAES, VITIMA, ABALO SISMICO, CONCLUSÃO, AUTORIDADE, GOVERNO ESTRANGEIRO, VIABILIDADE, OBEDIENCIA, RECOMENDAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), FUNDO INTERNACIONAL DE EMERGENCIA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFANCIA (UNICEF), PERMANENCIA, CRIANÇA, PAIS, ORIGEM, ANUNCIO, ORADOR, FORMAÇÃO, ANALISE, ALTERNATIVA, AUXILIO, MENOR.
- CRITICA, EXCESSO, BUROCRACIA, ADOÇÃO JUDICIAL, BRASIL, COMENTARIO, ALTERNATIVA, PAIS ESTRANGEIRO, ADOÇÃO, ORFÃO.
O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, hoje, pela manhã, na Comissão de Direitos Humanos, tivemos um encontro com o Embaixador do Haiti para discutir a questão dos brasileiros que se apresentaram para adotar as crianças haitianas que ficaram órfãs depois do terremoto. E muito importante foi a posição do Embaixador, que foi lúcido e equilibrado, entendendo que, por conta daquele episódio - e é o que a Organização das Nações Unidas (ONU), a Unicef, recomenda -, as crianças vítimas de catástrofes não devem ser adotadas ou tiradas de seu país, até por conta do trauma que se abateu sobre a população, que se abateu sobre essas crianças. Há informações de que, no Haiti, já havia trezentas mil crianças órfãs antes do episódio. Depois, esse número é absolutamente maior. E apontou algumas alternativas para que as crianças permanecessem lá. Disse que o governo haitiano, neste momento, não se está movimentando nesse sentido.
Mas qual foi o sentido da minha convocação? É que os brasileiros, Sr. Presidente, enfrentam dificuldades de fazerem a adoção no Brasil. Isso é muito difícil. No Brasil, é fácil fazer adoção internacional. Aliás, há mais gente que quer adotar do que criança para ser adotada no Brasil. Se a burocracia não impedisse que as crianças tivessem pai e mãe...
Essa discussão se deu, e a posição lúcida a que chegamos é que podemos ser úteis às crianças do Haiti, fazendo uma ação a partir do Brasil e orientando as famílias brasileiras a respeito da legislação e dos tratados internacionais.
Ficou acertado que uma comissão será formada por membros da Comissão de Direitos Humanos e da Comissão da Câmara, para que, in loco, possamos ver a situação do Haiti. A Senadora Patrícia Saboya propôs que essa comissão levasse o nome da nossa querida Zilda Arns. E, por conta da palavra da Senadora Patrícia Saboya, muito equilibrada e lúcida naquela Comissão, o Senador Cristovam Buarque, Presidente da Comissão, está indicando essa comissão - seria uma frente chamada Zilda Arns -, para que possamos discutir maneiras de ajudar as crianças do Haiti.
Dessa maneira, essa foi uma audiência pública muito importante, Sr. Presidente, na manhã deste dia.
Muito obrigado.