O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para não dizer que não falamos com prudente antecedência, é oportuno pedir à Defesa Civil do Amazonas e às autoridades de Manaus o estudo de providências preventivas para evitar deslizamentos de terra. Na capital do meu Estado podem ocorrer tragédias semelhantes às registradas no Rio de Janeiro, com os deslizamentos no Morro do Bumba. Em Manaus o perigo ronda o bairro Novo Israel, formado sobre o antigo lixão da capital. O Departamento Nacional de Produção Mineral já fez advertência pela voz do geólogo Fred Cruz.

            Estou seguro de que, ao tomar conhecimento desse risco iminente, o Prefeito da capital, que se dispõe a dar “choque de ordem” na cidade, será sensível a esse risco. Segundo disse à imprensa o geólogo do DNPM, a compactação do solo na região decorre da decomposição do lixo, que era ali depositado até 1980, e que provocaria instabilidade no solo.

            O Novo Israel é considerada área de risco e por isso condenada. Em muitos imóveis há rachaduras, indicativo de que o solo vem cedendo.

            Fred Cruz acrescentou que, ademais, embora a população não perceba, ocorrem às vezes breves abalos sísmicos na região, também como decorrência da decomposição do lixo e formação de gases.

            O técnico sugere, ademais, que outras áreas da cidade passem por exames para evitar surpresas desagradáveis, a começar por eventuais deslizamentos de terras. Numa terra com tanta água, sem dúvida esses riscos são ainda maiores do que em outras regiões do País.

            Fica, pois, a advertência a título de prevenção.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, recebi carta de muita singeleza de um artista circense do Amazonas, o Palhaço Lero-Lero, nome muito conhecido em Manaus, porque o que ele sabe fazer, e bem, é, sobretudo, espalhar alegria, principalmente entre as crianças amazonenses.

            Sempre aplaudi a atuação desses notáveis profissionais de vida simples e que tratam com simplicidade tudo em seu entorno.

            Li recentemente algo como uma experiência diferente aplicada à Educação no Paraná. Na capital daquele Estado, Curitiba, uma jovem de apenas 17 anos encarna, com muito zelo, a figura da Palhacinha Tem-Tem. Esta personagem, Tem-Tem, tem a forma de um vaga-lume dedicado a ajudar as crianças na arte de escrever. E agora, inspirada nesse vaga-lume ensinante, a curitibana Palhacinha Tem-Tem encanta e ajuda as crianças de Curitiba que gostam de artes cênicas. Ela quer que essas crianças melhorem o desempenho escolar. Ela, que se chama Letícia, deve agora desenvolver programa para estimular a leitura e interessar as crianças a escrever e aprimorar a criatividade literária.

            Volto ao Amazonas para, outra vez, referir-me ao Lero-Lero, o palhaço tão querido de Manaus. Em atencioso e-mail, ele informa que, no Amazonas, há 250 artistas circenses filiados a uma associação devidamente registrada.

            Trago o assunto ao Plenário do Senado por acreditar que a educação, mesmo na trepidante e veloz era digital, ainda necessita de estímulos não virtuais. Por que então o Lero-Lero de Manaus não lança essa ideia no Amazonas, a exemplo do que acontece em Curitiba? Ele, acho eu, só necessita de algum apoio do Poder Público.

            Desde logo, manifesto meu maior apreço aos profissionais circenses, porque sou amplamente favorável à abertura de espaços a esses artistas do meu Estado, que deveriam merecer apoio oficial, inclusive para uma maior presença deles em festas e solenidades populares.

            Requeiro ainda, Srª Presidente, voto de estímulo a Waldeci Silva, campeão sul-americano de luta olímpica (estilo livre até 60 quilos) - minha assessoria colocou 60 anos -, que, pouco antes do campeonato brasileiro, sofreu rompimentos dos joelhos, com votos de plena recuperação e breve retorno à prática do esporte.

            Trata-se de um campeão, de um lutador de nível olímpico, que rompeu os ligamentos dos dois joelhos, enfim, e agora espera retornar com êxito aos treinos e às vitórias.

            Do mesmo modo, voto de aplauso ao lutador amazonense de Jiu-Jitsu, Omar Salum, que ao despedir-se da vida esportiva, competindo na Copa América, em 17 de abril de 2010, após brilhante trajetória com 30 títulos conquistados.

            Omar Salum é um dos mais importantes lutadores amazonenses de Jiu-Jitsu de todos os tempos. E o Amazonas é a segunda potência mundial nessa modalidade. A ele todo o meu apreço e o meu carinho.

            Sr. Presidente, são essas as considerações que tenho a fazer, lembrando aqui que o Senador Mão Santa, que me entregou - viu, Senador Paulo Duque - uma solenidade do seu partido, que tem aqui uma faixa dizendo: “PSC da Paraíba saúda Mão Santa, o xodó do Brasil”.

            Não é brincadeira. Isso é verdade. No Amazonas ele é muito querido, e por onde vou só falam nele. Eu tenho que levá-lo lá. Uma figura de grande valia mesmo, quando se trata de conversar com o povo do País.

            Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.

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