Discurso durante a 62ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Lembrança da passagem do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Lembrança da passagem do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
Aparteantes
Augusto Botelho, Garibaldi Alves Filho, Mozarildo Cavalcanti, Renato Casagrande.
Publicação
Publicação no DSF de 30/04/2010 - Página 17521
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, PREVENÇÃO, COMBATE, HIPERTENSÃO ARTERIAL, IMPORTANCIA, DEBATE, AMPLIAÇÃO, ACESSO, INFORMAÇÃO, GRAVIDADE, INCIDENCIA, JUVENTUDE, ELOGIO, CAMPANHA, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, CARDIOLOGIA, INCENTIVO, DIAGNOSTICO, PRESCRIÇÃO MEDICA, EDUCAÇÃO FISICA, MELHORIA, ALIMENTAÇÃO, APRESENTAÇÃO, DADOS, FATOR, RISCOS, MORTE, COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ).
  • IMPORTANCIA, CONTINUAÇÃO, PROGRAMA NACIONAL, DISTRIBUIÇÃO, MEDICAMENTOS, DOENÇA CRONICA, ESPECIFICAÇÃO, HIPERTENSÃO ARTERIAL.
  • JUSTIFICAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, DEFINIÇÃO, NORMAS, ALIMENTOS, LIMITAÇÃO, SODIO, COMENTARIO, EXPERIENCIA, CONTROLE, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), SOLICITAÇÃO, APOIO, SENADOR, APERFEIÇOAMENTO, PROPOSIÇÃO.
  • SAUDAÇÃO, RENATO CASAGRANDE, SENADOR, PREVISÃO, CANDIDATURA, GOVERNADOR, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES).

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Eu é que agradeço a V. Exª pela sua generosidade em ter cedido o seu tempo para que eu fizesse este pronunciamento neste instante. Obrigado, Senador Romeu Tuma.

            Existem muitos médicos aqui no Senado Federal e, nesta sessão, estão presentes o médico Mão Santa, presidindo a sessão, e os médicos Mozarildo Cavalcanti e Augusto Botelho. E falo neste instante sobre o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que ocorreu no dia 26 deste mês.

            A nossa preocupação, neste momento, é com esta doença que mata muitos brasileiros, não só idosos como também jovens, que perdem sua vida muitas vezes por falta de cuidados médicos, por falta de prevenção adequada, por falta de exercícios físicos, de remédios, enfim, por toda uma situação decorrente de um País ainda em desenvolvimento, como é o nosso Brasil. E se eu estiver errado em algumas reflexões, que o Senador Augusto Botelho, que sempre acompanha os meus pronunciamentos quando falo sobre Medicina, possa fazer a correção devida.

            Todos os anos a Associação Brasileira de Cardiologia (SBC), por intermédio do Funcor e de seu Departamento de Hipertensão Arterial, desenvolve ações articuladas em todos os Estados, visando a alertar a população sobre a importância de enfrentar com competência este agravo que é a hipertensão arterial.

            É costume dos representantes regionais organizarem barracas em pontos estratégicos para realizar medidas de pressão arterial e a distribuição de folhetos educativos sobre esse tema. Funciona como uma verdadeira campanha de detecção de casos novos, facilitando o conhecimento da população e contribuindo de certa forma para melhorar o controle dos indivíduos em tratamento medicamentoso. Embora ainda acreditando no impacto que esse tipo de “comemoração” possa causar, ao despertar na população estímulos a uma vida mais saudável, sabe-se que os resultados esperados serão sempre diminutos em relação aos malefícios que uma hipertensão arterial mal tratada pode causar.

            A hipertensão é um mal silencioso. A ausência de sintomas bem definidos retarda o diagnóstico da doença que, muitas vezes, é feito somente quando problemas mais sérios aparecem. E quando falamos em problemas sérios, estamos falando de comprometimentos vasculares, tanto cerebrais quanto cardíacos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, dentre os fatores de risco para a mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 25% daquelas por doenças coronariana.

            Senador Mozarildo, no início do meu discurso, referi-me a V. Exª, que é um dos médicos proeminentes desta Casa, e disse que eu iria me pronunciar sobre do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Quer dizer, é um problema social do Brasil. Mas, pelo fato de eu não ser médico, mas ser Senador, eu tenho a obrigação - como tem V. Exª, que tem se pronunciado tantas vezes no sentido de prevenir a população sobre os riscos da hipertensão arterial -, eu tenho o dever também de me somar a V. Exª, a Augusto Botelho, a Mão Santa e a tantos outros profissionais da Medicina que exercem com muita dignidade o seu mandato de Senador nesta Casa.

            No Brasil, a principal causa de morte em todas as regiões é o AVC, o popular derrame, que acomete as mulheres em maior proporção. Inclusive, esta semana, a revista Época trouxe uma reportagem com o título “O Derrame nas Mulheres Jovens”, com dados alarmantes sobre a situação.

            De acordo com a reportagem da Época, nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 44 anos foram internadas nos hospitais do SUS por causa de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve 28 mil internações por AVC. A diferença, portanto, é de 14%. Em todos os outros grupos etários (até os 19 e depois dos 50), mais homens receberam o tratamento. A partir dos 80 anos, a situação voltou a se inverter. Como as mulheres são mais longevas, houve mais tratamento em pacientes do sexo feminino.

            Na verdade, o total de jovens vitimadas pela doença pode ser ainda maior. Não se sabe quantos foram atendidas na rede privada e quantos simplesmente não receberam tratamento. Parte das causas de AVC na juventude e na meia-idade é explicada pela exposição, segundo dados da Medicina, cada vez mais precoce, a fatores de risco como colesterol alto, obesidade, diabetes e a própria hipertensão. Isso ocorre em ambos os sexos. Mas existem situações capazes de aumentar o risco de AVC pelas quais só as mulheres passam.

            Segundo o Ministério da Saúde, dos que sobrevivem à ocorrência de derrames, 50% ficam com algum grau de comprometimento. A conscientização de todos sobre o tema é importante para prevenir e controlar doença, protegendo a saúde da ocorrência de eventos cardiovasculares.

            O Funcor realizou no início do mês de março deste ano, em 70 cidades brasileiras, uma importante pesquisa com o intuito de analisar a percepção da população sobre fatores de risco. A pesquisa revelou que 23% dos pesquisados tinham o diagnóstico firmado de hipertensão. Destes, 48% não faziam uso de qualquer tipo de medicação, apesar do diagnóstico. Como dado curioso, na população de indivíduos não tratados, a escolaridade e a renda familiar não foram fatores determinantes para a baixa adesão, o que está justificado pela possibilidade de distribuição gratuita dos medicamentos na rede pública. Os dados da pesquisa revelam que a democratização de distribuição dos medicamentos zera o fator “social” (distribuição de renda). Isso reforça a atitude de “fazer pressão” para que o Programa de Assistência Farmacêutica aos portadores de hipertensão e diabetes seja alvo de toda a atenção pelo Governo.

            Tempos atrás, a pressão alta era vista como uma doença de idosos. Ao falar de hipertensão, a maioria das pessoas pensava em seus avós. Hoje em dia, essa realidade mudou, e quase todo o mundo conhece alguém jovem que já é hipertenso.

            O aumento da expectativa de vida da população e a incidência crescente da pressão alta em pessoas cada vez mais jovens fazem com que os pacientes convivam por um tempo cada vez mais longo com a doença. Por essa razão, passam a desenvolver complicações que a hipertensão provoca com o passar dos anos.

            Vida sedentária, alimentação inadequada e consumo excessivo de sal contribuem para desenvolver a hipertensão. Todo o mundo sabe disse. Não é preciso nem ser médico.

            Aproveito para informar, Senador Mozarildo Cavalcanti, Senador Magno Malta, que, em 2007, apresentei o PLS nº 495, que altera o Decreto-Lei nº 986, de 1969, que institui normas básicas sobre alimentos, para estabelecer limites máximos de sódio para os produtos alimentícios.

            O projeto está na Comissão de Assuntos Sociais, com parecer favorável. Esteve na pauta no ano passado, mas foi retirado da pauta. Quero aqui ressaltar que o projeto é muito importante. Nos Estados Unidos, o FDA já está tomando providências no sentido de estabelecer o quantitativo de cloreto de sódio que poderá ser fornecido para os restaurantes na comida durante todo o dia. Significa dizer o seguinte, que a instituição de lá - que é uma Anvisa daqui - está super preocupada nos Estados Unidos com a hipertensão arterial nos adultos e nos jovens, que é fator de risco para a saúde da população. Então, eu gostaria de pedir aos senhores membros da Comissão de Assuntos Sociais que deem prioridade a esse nosso projeto e também acrescentem algum dispositivo para aperfeiçoá-lo, inclusive, que a Anvisa tenha cuidado com a quantidade de açúcar que é distribuída nos alimentos em todo o Brasil, fator que contribui para o diabetes.

            A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que as prevenções para o combate à hipertensão arterial vão além de medir a pressão regularmente, medida que se aplica também às crianças a partir de 3 anos de idade. É diminuir o consumo de sal, adoção de outros hábitos de vida saudável, tais como: prática de atividade física regular, abandono do tabagismo, ingestão moderada de cachaça, de álcool, controle de estresse e, no caso das pessoas que são hipertensas, a manutenção do tratamento medicamentoso.

            Se errei alguma coisa no meu pronunciamento, que tem tudo a ver com a prática de muitos brasileiros, que os médicos que aqui estão presentes por favor me corrijam.

            Concedo um aparte ao nobre Senador Mozarildo Cavalcanti, médico de hipertensão do Estado de Roraima, não é?

            O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Não, não sou cardiologista.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Não é cardiologista?

            O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Não. Eu sou ginecologista e obstetra.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Mas cuida também de tudo. Lá é receita total.

            O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Na época em que exercia a Medicina em Roraima, dizia-se lá que a gente fazia “tudologia”, porque eram poucos médicos e a gente tinha que fazer de tudo mesmo. Mas, Senador Valadares, ao contrário do que V. Exª disse, achei muito oportuno que um Senador que não seja médico esteja abordando um tema desses com tanta propriedade como V. Exª abordou. É importante que tenhamos um dia nacional de combate e prevenção à hipertensão. Na verdade, deveria haver uma rotina diária de combate a esse mal, porque, como outras doenças, como o caso do diabetes, como o caso do colesterol, são doenças silenciosas que agem de maneira pouco sintomática. Quando você tem um sintoma de uma dessas doenças, você já está com a doença muito longe. Eu, quando fui Secretário de Saúde em 1989, instituí um programa chamado “Saúde com você”. O que acontecia? Eu juntava médicos, bioquímicos, odontólogos, toda a área de saúde, formava um grupão com ônibus e íamos para um bairro. Lá se tirava pressão e se faziam exames, tudinho. Quantos hipertensos descobrimos entre jovens, entre mulheres que nunca nem pensavam em ter hipertensão, simplesmente porque se mediu a pressão! Então, é preciso realmente que esse mal, um mal silencioso que, como V. Exª colocou muito bem, quando é descoberto, já é com Acidente Vascular Cerebral, já é com lesões coronarianas e outras. É importante que se cuide muito bem. E, ao contrário do que se pensava há bem pouco tempo, não é só doença de velho, não; é doença de jovem, como V. Exª frisou também. Então, uma criança de 12 anos pode ser uma criança hipertensa. Até porque havia uma cultura geral no País e os Estados Unidos, que V. Exª citou, eram exemplo: quanto mais se alimentasse, quanto mais se comesse, melhor; quanto mais gordinho se estivesse, melhor. E, na verdade, isso levava à obesidade, que induzia ao diabetes e à hipertensão. Então, eu acho muito importante que haja realmente uma preocupação. Vou olhar inclusive o projeto que V. Exª apresentou, porque acho que não só é importante que a gente eduque, como é importante também que a gente fiscalize quem vende, quem produz alimentos. Ao contrário do que se pensa, muitas vezes o fato de se alimentar bem pode ser um caminho para adoecer, principalmente no caso da hipertensão arterial. Então quero cumprimentar V. Exª e dizer que vou olhar o projeto de V. Exª, ver quem é o relator e vou procurar lá na Comissão de Assuntos Sociais, junto com o Senador Augusto, tenho certeza, a Presidente Rosalba Ciarlini, para nós darmos realmente ... 

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Senador, é o PLS 495, de 2007, está na CAS. Já tem relator, mas, lamentavelmente, não me foi informado, porque eu não sou da Comissão. Já fui da Comissão, não sou mais da Comissão.

            O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Posso garantir a V. Exª que vou localizá-lo e vou me esforçar, junto aos colegas da Comissão, para que a gente vote rapidamente esse projeto que, como V. Exª disse, é de 2007. Está com três anos, portanto, de atraso. Quero parabenizá-lo e dizer que seria importante que todo dia aqui a gente abordasse um tema interesse tão importante para a coletividade como é a saúde, e, neste caso específico, a hipertensão.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Agradeço a V. Exª.

            Concedo um aparte ao Senador Augusto Botelho. V. Exª é cardiologista, Senador?

            O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Sou cirurgião-geral, Senador.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Cirurgião-geral. Também trata de tudo lá o seu Estado.

            O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Senador, sou médico do interior - meu pai também era médico. Senador, V. Exª que foi o relator da regulamentação da Emenda 29, a primeira, da aprovação, aliás, que agora está sendo cozida lá na Câmara dos Deputados, que é para resolver, para ajudar - a saúde precisa de recursos para poder ficar uma saúde mais adequada -, aborda o assunto da hipertensão arterial, que realmente é uma doença quietinha, calada, custa a se mostrar, apenas uma “dorzinha” de cabeça e tal e, de repente, numa situação emocional maior, ela dá um pique muito grande e faz um derrame cerebral, um AVC. E é uma doença que tem remédio disponível em todos os postos de saúde. Se faltar, é temporariamente, mas todos os postos de saúde dispõem de medicação para tratamento de hipertensão. E ela é barata também no comércio. Então, o que falta são as pessoas tomarem consciência de que devem medir a pressão periodicamente, não esperarem chegar aos 40, 50 anos para começarem a cuidar. Quando já estiver com 25, de vez em quando medir a pressão. Não faz mal a ninguém. E medir pressão não dói. É só colocar uma borrachinha no braço e medir a pressão. Então, V. Exª está chamando a atenção. Justamente a sociedade de cardiologia fez esse dia para chamar a atenção porque, realmente, é uma coisa grave. Pegando a fase inicial, você evita que surjam as lesões vasculares, as complicações e até o derrame. E derrame, todos sabem: dificilmente não fica uma pequena sequela ou uma grande sequela ou chega a morrer. Esse mesmo a quem nós pedimos um voto de pesar hoje era um homem saudável e teve um derrame. Foi um derrame que o levou repentinamente. Então, parabéns a V. Exª pelo discurso. Espero que as pessoas que estejam ouvindo a TV Senado e a Rádio Senado se alertem e não deixem de dar uma passadinha num local, num posto de saúde, numa farmácia para medir sua pressão. Não custa nada. Em relação ao sal, como V. Exª falou, ele é uma das causas de pressão alta realmente. Eu aconselho a todos que chegarem aos 30 anos que parem de colocar aquele saleirinho na mesa e botar sal na sua comida.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - E recomendar ao restaurante que tenha cuidado com o sal na comida.

            O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Os restaurantes estão se aperfeiçoando: não colocam muito sal na comida de maneira geral. Mas nós as famílias temos o hábito de colocar o saleiro sobre a mesa. Tanto que entre os indígenas, que não usavam sal, era difícil ter casos de hipertensão. Agora, já encontramos casos de hipertensão entre os ianomamis. Quando eles não tinham acesso ao sal não tinham pressão alta.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - São os males da civilização.

            O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Então, em relação ao seu projeto que objetiva limitar a quantidade de cloreto de sódio, de sal comum na alimentação, é muito importante que a gente o toque para frente. Que sirva de alerta para que as pessoas cuidarem de sua alimentação. Parabéns pelo chamado de V. Exª em relação à pressão alta.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Meus parabéns pela participação de V. Exª e do Senador Mozarildo Cavalcanti neste debate tão importante para a sociedade brasileira, para aqueles que acompanham a TV Senado e para todos aqueles que querem saúde para o nosso povo e uma longa vida para nossa gente.

            O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN) - Senador Antonio Carlos Valadares.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Com a permissão do nosso Presidente, concedo um aparte a V. Exª, Senador Garibaldi.

            O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) - Senador Antonio Carlos Valadares, não sou médico, não tenho o conhecimento do Dr. Augusto Botelho nem do Dr. Mozarildo. Agora, o que está fazendo muito sucesso é a receita que foi pregada pelo Ministro da Saúde, o Ministro Temporão. Eu acho que V. Exª tem conhecimento.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Agradeço a V. Exª, mas o meu sonho no momento é o mesmo que V. Exª tem lá no Rio Grande do Norte.

            Eu quero também aproveitar a oportunidade, Sr. Presidente, já que estamos encerrando, para felicitar o Senador Casagrande pela articulação política que fez no seu Estado. Ele está conseguindo unir todas as forças políticas em torno de V. Exª e do PSB. Parabéns! Que Deus o ajude nesta missão ingente de dar continuidade ao grande Governo de Paulo Hartung, que é um dos maiores que já teve o Espírito Santo. É um dos melhores do Brasil. Que Deus o ajude!

            O Sr. Renato Casagrande (Bloco/PSB - ES) - Obrigado, Senador. V. Exª pode me conceder trinta segundos?

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Com muito prazer.

            O Sr. Renato Casagrande (Bloco/PSB - ES) - Quero agradecer as palavras de V. Exª e dizer que nós, de fato, começamos a fechar o entendimento no Estado, com o incentivo do Governador Paulo Hartung. Paulo Hartung conversou comigo, conversou com o Ricardo Ferraço, que era o pré-candidato do PMDB, incentivando esse entendimento. O entendimento foi feito entre mim e o vice-Governador Ricardo Ferraço, com o incentivo do Governador Paulo Hartung. Naturalmente, diversos partidos estavam aliados em torno de Ricardo Ferraço. E, agora, eu, naturalmente, como pré-candidato ao Governo, tenho que fazer articulação para buscar o entendimento com os demais partidos, como o PDT, do Prefeito Sérgio Vidigal, como o do PR, do Senador Magno Malta. Todos os demais partidos estavam nessa aliança. Mas nós temos tempo, temos paciência, capacidade de diálogo. Vamos dialogar para que, de fato, possamos fechar uma aliança que dê segurança ao Estado do Espírito Santo. O Estado do Espírito Santo, Senador Valadares, sofreu muito no passado pelo descontrole na política, pelo desmando na política. Entendemos fundamental tentar fortalecer um bloco consistente para apresentar como alternativa ao Estado do Espírito Santo. Então, foi um entendimento local o que fizemos. Eu quero agradecer a oportunidade que V. Exª me dá de esclarecer e colocar aqui, publicamente, meus agradecimentos ao Governador, ao vice-Governador. E vamos buscar o entendimento, cada vez mais, em torno dessa aliança.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE) - Olha, a aliança lá, com o PCdoB, acredito que vai ser muito fácil. Quem me disse, em primeira mão, sobre essa articulação, esse acordo político, foi nosso companheiro Inácio Arruda, que está entusiasmado com o sucesso de V. Exª e o do Governador Paulo Hartung. Sucesso e felicidades.

            O Sr. Renato Casagrande (Bloco/PSB - ES) - Sucesso, Antonio Carlos Valadares.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/04/2010 - Página 17521