O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco/PT - RS) - Deixem-me só agradecer a todos vocês. Todos aqui na Mesa usaram a palavra - não é preciso citar novamente um por um.

            Só queria agradecer a vocês que vieram de todo o Brasil, dizer que eu fiquei muito feliz com a audiência, inclusive com a sua amplitude: discutirmos, além dos 30%, a aposentadoria especial, um piso salarial decente, porque esse que existe hoje é indecente; que aprofundemos toda a questão da segurança privada.

            Eu confesso, meu amigo da Polícia Federal, que eu tenho enorme preocupação com todo injustiçado. Para mim, pode ser o mais alto agente da Polícia Federal, pode ser aquele companheiro que trabalha lá no banco, mas, para mim, também não adianta: eu olho para aquele companheiro que está na ilegalidade - está correto -, mas está lá protegendo a casa de muita gente que ganha, por mês, R$25 mil, R$30 mil, R$40 mil, R$50 mil e quer pagar a ele um salário mínimo.

            Foi nesse leque que eu procurei fazer a minha fala, e você foi muito feliz: alertou que temos que buscar todos eles para a legalidade. Então, acho que todos aqueles que, de uma forma ou de outra, protegem as nossas vidas, protegem a vida do meu filho, protegem a vida dos meus amigos, protegem a vida do Presidente da República, protegem a vida dos que estamos aqui na Mesa, enfim, que tenhamos esse olhar. E V. Sªs todos na Mesa colocaram nessa amplitude, de forma tal que valorizemos todo profissional da vigilância. Se alguns se encontram na ilegalidade, é claro que eles gostariam de estar na legalidade, com carteirinha assinada, protegidos pelo fundo de garantia, pelo aviso prévio. Eles, na verdade - aí entra aquela palavra do trabalho escravo -, são oprimidos pelo sistema, e muitos estão lá arriscando a sua vida - quem sabe - por menos até do que R$500,00.

            Então, esta audiência pública, para mim, é de uma grandeza enorme. O meu companheirinho que está lá fazendo aquela segurança meio informal, o dia todo, correndo o dia todo: “Ô, Senador, como vai, um abraço e tal!”. Eles têm orgulho de dizer que são vigilantes: “Eu sou um vigilante.”

            Eu acho isso muito bonito. Temos de buscar a legalidade daqueles que estão na ilegalidade e fortalecer, naturalmente, a nossa federação, enfim, todas as entidades que atuam nessa área.

            Um abraço muito forte a todos vocês que trabalham na vigilância! Vocês merecem! Se não fossem vocês, nós não estaríamos aqui neste momento.

            Uma salva de palmas a todos vocês! (Palmas.)