Pronunciamento de Serys Slhessarenko em 10/05/2010
Discurso durante a 69ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Registro de que o Estado de Mato Grosso irá aderir, na quarta-feira próxima, ao Pacto Nacional de enfrentamento à violência contra a mulher. Homenagem à Embrapa, que completa 37 anos, pelos relevantes serviços prestados ao Brasil e ao Mato Grosso. Comentários à matéria publicada no Diário de Cuiabá sobre o crescimento da economia de Mato Grosso.
- Autor
- Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
- Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
FEMINISMO.
HOMENAGEM.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
ELEIÇÕES.:
- Registro de que o Estado de Mato Grosso irá aderir, na quarta-feira próxima, ao Pacto Nacional de enfrentamento à violência contra a mulher. Homenagem à Embrapa, que completa 37 anos, pelos relevantes serviços prestados ao Brasil e ao Mato Grosso. Comentários à matéria publicada no Diário de Cuiabá sobre o crescimento da economia de Mato Grosso.
- Aparteantes
- Alvaro Dias, Heráclito Fortes, Papaléo Paes.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/05/2010 - Página 19302
- Assunto
- Outros > FEMINISMO. HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. ELEIÇÕES.
- Indexação
-
- ANUNCIO, REALIZAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), CONGRESSO, DISCUSSÃO, PACTO, COMBATE, VIOLENCIA, MULHER, ESPECIFICAÇÃO, GRUPO ETNICO, INDIO, NEGRO, POPULAÇÃO, ZONA RURAL, IMPORTANCIA, PREVENÇÃO, AGRESSÃO, COMENTARIO, MAIORIA, ESTADOS, ASSINATURA, PROPOSIÇÃO.
- COMENTARIO, INICIATIVA, GOVERNO FEDERAL, REALIZAÇÃO, PACTO, CONSOLIDAÇÃO, POLITICA NACIONAL, IMPLEMENTAÇÃO, LEGISLAÇÃO, COMBATE, VIOLENCIA, VITIMA, MULHER, ELABORAÇÃO, POLITICA, IMPEDIMENTO, TRAFICO, EXPLORAÇÃO SEXUAL, PREVENÇÃO, DOENÇA TRANSMISSIVEL, SEXO, GARANTIA, PROMOÇÃO, DIREITOS HUMANOS, FEMINISMO, SITUAÇÃO, PRISÃO.
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), RELEVANCIA, ATUAÇÃO, COLABORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), PARCERIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT), REALIZAÇÃO, PESQUISA, DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO, MELHORIA, PRODUÇÃO AGRICOLA, CONGRATULAÇÕES, SERVIDOR.
- IMPORTANCIA, TRABALHO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), MODERNIZAÇÃO, EFETIVAÇÃO, LIDERANÇA, BRASIL, AGRICULTURA, AMBITO INTERNACIONAL, GARANTIA, QUALIDADE, PRODUTO, ELOGIO, COLABORAÇÃO, PESQUISA, EXPANSÃO, CULTIVO, SOJA, PAIS, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
- COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, DIARIO DE CUIABA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), REFERENCIA, CRESCIMENTO ECONOMICO, REGIÃO, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, ENERGIA ELETRICA, SANEAMENTO BASICO, ELOGIO, PARCERIA, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, REALIZAÇÃO, OBRAS.
- ANALISE, AUMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), IMPORTANCIA, ATIVIDADE AGROPECUARIA, EXPORTAÇÃO, AGRICULTURA, ECONOMIA FAMILIAR, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, COLABORAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL, APRESENTAÇÃO, ESTIMATIVA, SECRETARIO ADJUNTO, RECEITA, SETOR PUBLICO, CRESCIMENTO, DEMANDA, MERCADO EXTERNO.
- COMENTARIO, OBRAS, INFRAESTRUTURA, REALIZAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, AMPLIAÇÃO, REESTRUTURAÇÃO, AEROPORTO, CONSTRUÇÃO, ESTADIO, GARANTIA, GOVERNO ESTADUAL, RECURSOS, IMPORTANCIA, ESTADOS, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), APRESENTAÇÃO, ALTERNATIVA, UTILIZAÇÃO, POSTERIORIDADE, COMPETIÇÃO ESPORTIVA.
- RELEVANCIA, CAMPEONATO MUNDIAL, ATRAÇÃO, TURISTA, DEFESA, AMPLIAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), INVESTIMENTO, TURISMO, ECOLOGIA, APROVEITAMENTO, BIODIVERSIDADE, REGIÃO, ELOGIO, ACOLHIMENTO, POPULAÇÃO.
- REGISTRO, EMPENHO, ORADOR, DEFESA, INTERESSE, MUNICIPIOS, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), RECONHECIMENTO, PREFEITO, VEREADOR, ESFORÇO, FRUSTRAÇÃO, AUSENCIA, CANDIDATURA, REELEIÇÃO.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Senador Mão Santa, que preside a nossa Casa nesse momento, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores que nos veem e nos ouvem, eu gostaria hoje de começar aqui falando sobre um evento muito importante que vai acontecer no meu Estado de Mato Grosso, na próxima quarta-feira.
Mas antes disso quero agradecer ao Senador Papaléo Paes pela cessão do seu espaço de inscrição, para que eu pudesse fazer o meu pronunciamento no dia de hoje.
Mas antes de fazer o pronunciamento, quero deixar registrado o evento que vai acontecer lá na nossa capital, Cuiabá, no Governo do Estado, nessa próxima quarta-feira. Mato Grosso será o 24º Estado a aderir ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra à Mulher. O pacto tem por objetivo prevenir e enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres, por meio de ações cooperadas entre os Governos Federal, estadual e prefeituras.
Mato Grosso é o 24º Estado a aderir ao Pacto Nacional de Enfrentamento à violência contra a mulher. Assinam nessa quarta-feira, dia 11, às 15h, no Palácio Paiaguás em Cuiabá, Capital do meu Estado, o Acordo de Cooperação Federativo, a Srª Ministra Nilcéa Freire, da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, e a Secretária de Estado da Mulher, Roseli Barbosa. O Acordo estabelece um regime de colaboração mútua para execução de ações cooperadas entre os Governos Federal, estadual e prefeituras.
O Pacto é uma iniciativa do Governo Federal com o objetivo de prevenir e de enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres. Consiste no desenvolvimento de um conjunto de ações direcionadas prioritariamente às mulheres rurais, às mulheres negras e às mulheres indígenas em situação de violência, a serem executadas até 2011.
É claro que é um pacto de combate à violência a todas as mulheres, independentemente de raça, independentemente de poder aquisitivo, independentemente de morar na área rural ou urbana, mas fizemos questão aqui de destacar aquelas que realmente sofrem maior embate com a questão da violência e têm maiores dificuldades. A mulher da área rural tem muita dificuldade. Até ela chegar a alguma localidade para conseguir fazer a denúncia da violência que sofreu, às vezes, ela já deixou para lá; porque é muito difícil chegar a uma localidade onde haja uma delegacia em que ela possa denunciar o tipo de violência que sofreu.
As áreas de atuação são divididas em quatro etapas: a consolidação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Implementação da Lei Maria da Penha; o combate à exploração sexual e ao tráfico de mulheres; a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos; enfrentamento à feminização da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis; e a promoção dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão.
Já assinaram esse Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher os seguintes Estados: Amazonas, Tocantins, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Maranhão, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso do Sul, Goiás, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais e agora Mato Grosso. Esperamos que todos os Estados realmente consigam assinar esse pacto.
Agora, eu gostaria de fazer uma fala no plenário, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sobre a Embrapa, esse órgão tão importante para o meu Estado de Mato Grosso. Inclusive, senhores e senhoras, já tive oportunidade de homenagear a Embrapa, aqui desta tribuna, pelos relevantes serviços prestados ao Brasil. Não tenho dúvida de que os resultados positivos alcançados foram por causa das pesquisas que a empresa desenvolveu e desenvolve ano após ano.
Em consequência, senhores e senhoras, o nosso País já é um dos maiores exportadores mundiais de açúcar, café, suco de laranja, de soja, de carne bovina, de carne de frango e tantos outros produtos.
É nesse contexto que a Embrapa se tornou imprescindível, pois é preciso que tenhamos cada vez mais instrumentos de pesquisa em que possamos avançar cada vez mais forte para abastecer nosso mercado interno e contribuir para acabar com a fome no planeta.
Lá em Mato Grosso, senhoras e senhores, graças às pesquisas, a Embrapa, em parceria com a nossa universidade Federal de Mato Grosso, com o Governo estadual e os produtores, conseguiu revolucionar nosso setor agrícola e hoje o cerrado é um dos centros produtores de grãos de excelência, campeão em qualidade e produtividade do Brasil e do restante do mundo.
Em Mato Grosso, teremos nosso Centro de Pesquisas da Embrapa, previsto no PAC, e fazendo parte do “Pacto para Pesquisa Brasileira”.
Lá no nosso município, grande e promissor Município de Sinop, vizinho ali da nossa querida Sorriso, de Lucas do Rio Verde, de Mutum, de Itaúba, de Santa Helena, e assim sucessivamente, Sinop é que está acolhendo o Centro de Pesquisas da Embrapa em Mato Grosso.
O projeto contém ainda metas previstas para atender às novas demandas tecnológicas, como o desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), nas áreas de biologia avançada, nanotecnologia, recursos hídricos, agroenergia, mudanças climáticas, meio ambiente, sanidade animal e vegetal, reforma agrária, populações tradicionais, agricultura de base ecológica, entre outras.
Este ano, senhoras e senhores, a nossa Embrapa está comemorando seus 37 anos e, com as inovações apresentadas, revolucionar a agricultura brasileira. A liderança do Brasil na chamada agricultura tropical, atribuída e reconhecida mundialmente pela capacidade de inovação tecnológica demonstrada pelo país, muito se deve ao trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O trabalho de pesquisa conduzido pela empresa e por instituições parceiras que formam o sistema nacional de pesquisa agropecuária transformou a agricultura brasileira, ampliou o conhecimento sobre solo, clima, recursos naturais e técnicas agrícolas, gerando tecnologias capazes de revolucionar os padrões de produção. Nas últimas quatro décadas, observou-se o incremento acelerado da produtividade, a redução dos preços, a melhoria da qualidade dos produtos agrícolas e a agregação de mais valor à produção. Novas tecnologias foram disseminadas e sistemas de produção sustentáveis visando ao equilíbrio econômico, social e ambiental do País.
O sucesso da contribuição da pesquisa agropecuária para o Brasil pode ser exemplificado pela expansão da cultura da soja nos cerrados, que hoje responde por mais de 60% da produção nacional do grão, a adaptação de fruteiras de clima temperado a regiões semiáridas - Mato Grosso está produzindo uva da melhor qualidade, com aquele clima quente; tudo isso fruto da pesquisa -; a obtenção de cultivares e de raças animais mais resistentes a doenças e a condições adversas de clima e solo e mais adequadas a diferentes sistemas de produção; o desenvolvimento de sementes imunes a pragas e de plantas e raças mais produtivas; a descoberta de insumos biológicos que reduziram o uso de produtos químicos nas lavouras; o aproveitamento sustentável de plantas exóticas e nativas; a obtenção de produtos alimentícios de maior qualidade nutricional.
Aos 37 anos, a empresa empreende esforços para atualizar e adequar áreas estratégicas como a de pesquisa, de transferência de tecnologia e de gestão administrativa, ao próprio crescimento da importância da instituição no cenários nacional e internacional. A empresa está ampliando a sua atuação no exterior, tanto em países em desenvolvimento quanto como nos desenvolvidos, transferindo conhecimentos e acompanhando os avanços na ciência. No cenário nacional, estendeu sua presença aos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão e inaugura, neste mês de maio, um novo centro em Brasília, destinado a estudos e treinamentos em agricultura tropical.
Entre suas prioridades para 2010, elegeu o fortalecimento das pesquisas na área de recursos genéticos vegetais, parte da biodiversidade que apresenta valor real ou potencial para a humanidade. O conhecimento dos recursos genéticos exóticos e nativos e sua associação a técnicas de melhoramento garantiram o êxito dos programas que mudaram o desenho da agricultura no Brasil. Serão investidos R$20 milhões em ações que visem à conservação e uso sustentável dos recursos genéticos, incluindo os nativos do Brasil, País que detém um dos maiores patrimônios biológicos do mundo.
O Governo Lula, firme em sua disposição de fortalecer a pesquisa, lançou o PAC Embrapa, que investirá mais R$72,3 milhões nas Oepas (Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária) e, dessa forma, fortalecendo, é claro, o sistema nacional.
Em 2008 e 2009, o PAC Embrapa já havia destinado R$145.392.518,63 para as 17 Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária. Os recursos liberados em 2009 foram prioritariamente destinados à recuperação de campos experimentais, construção de laboratórios e adequação da estrutura de pesquisas às normas de BPL e ISO 17025.
Parabéns a todos que constroem a Embrapa nesses seus 37 anos de existência. Esse trabalho de cada um e cada uma, do mais graduado ao mais humilde servidor, possibilitou ao Brasil equacionar problemas seculares de produção, abastecimento interno e inserção no mercado internacional de alimentos, de fibras e, agora, de energia renovável.
Aqui, é claro, saudando cada um dos trabalhadores da Embrapa, em nome do seu presidente, e cada uma das trabalhadoras, quero saudar aqui em nome da Tatiana de Abreu Sá, Diretora de Transferência de Tecnologia, grande expert nesta área, e também da Cíntia, que é assessora parlamentar.
Devo ainda fazer referência a uma matéria do jornal Diário de Cuiabá, que reproduzo parte, pela sua importância, em que o repórter Marcondes Maciel tece comentários sobre o atual momento da economia nacional e, em particular, a de Mato Grosso, dizendo que em nosso Estado “para cada um ponto percentual de crescimento mundial, o PIB estadual cresce 1,5%. Nesta análise, crescimento poderia superar 9% em 2010”.
É claro que tudo o que está acontecendo não acontece por acaso (o crescimento de Mato Grosso). Foi preciso muito investimento em infraestrutura de transporte, em energia elétrica, saneamento básico e, principalmente, em capacitação de nossa mão de obra. Nesse aspecto, elogio a parceria de sucesso entre o Governo Federal e o Governo Estadual de Mato Grosso. Devo dizer que, em nosso Estado, houve principalmente a crença dos empresários que, apesar das dificuldades, acreditaram que Mato Grosso é, sim, um grande potencial do Brasil que quer crescer e se desenvolver. Por esses números, centenas de empresas nacionais e estrangeiras estão se instalando em nosso Estado, gerando riqueza e distribuindo empregos.
Segundo o articulista da matéria, “o extraordinário avanço da economia mato-grossense nos últimos anos, sustentado na boa performance do agronegócio e na estabilidade econômica do País, poderá garantir ao Estado um crescimento de 7,39% no seu Produto Interno Bruto em 2010, fazendo o conjunto de riquezas estaduais se aproximar da marca de R$50 bilhões”.
Eu diria que o agronegócio é um esteio forte do desenvolvimento de Mato Grosso, mas a agricultura familiar, com mais de 600 assentamentos feitos em Mato Grosso, e também aquela já existente, de origem, vamos dizer assim, mais nativa é também o outro esteio de Mato Grosso, a agricultura familiar, com certeza.
A projeção, feita pela Assessoria de Pesquisas Econômicas Aplicadas da Secretaria Adjunta de Receita Pública da Secretaria de Fazenda do Estado mostra que o PIB deverá saltar de R$46,37 bilhões, em 2009, para R$49,80 bilhões, neste ano. Em relação a 2008, quando o PIB apurado foi de R$45,97 bilhões, a expansão poderá chegar a 8,33%.
O estudo leva em conta o PIB, a produção, renda agrícola, receita pública total, exportações, ICMS e renda per capita da população. O indicador é uma das principais referências da economia, ao revelar o valor de toda a riqueza gerada no país/Estado/Município.
Na avaliação dos técnicos da Secretaria da Fazenda, o expressivo crescimento do PIB mato-grossense - se confirmado nessa proporção - será fruto da política fiscal e de incentivos, conjugado aos investimentos feitos na logística do Estado, principalmente na pavimentação de rodovias e no atendimento da demanda de energia elétrica.
Os estudos revelam ainda que Mato Grosso melhorou sua participação na produção industrial brasileira, saindo de 0,34% em 1998 para 0,5% em 2003, e com previsão de subir mais alguns percentuais ainda este ano.
Essa iniciativa é feita com base no montante a ser desenvolvido em IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para Mato Grosso e indica o maior grau de industrialização do Estado. “Mato Grosso tem recebido inúmeras indústrias voltadas ao processamento de matéria prima e agregação de valores. “Estamos apenas colhendo os frutos iniciais dessa política de atração de investimentos”, diz o Secretário-Adjunto da Receita Pública, Marcel Souza Cursi.
Por conta do bom desempenho da economia estadual, ele espera terminar 2010 com as exportações estaduais crescendo 1.317% em relação a 1998. “Temos convicção de que, se não fizéssemos o que precisava ser feito, talvez estivéssemos passando por um momento de forte turbulência, igual à de 1996 e 1997, quando o governo da época encontrou dificuldades até para pagar os servidores públicos e retraiu os investimentos”, disse o Secretário-Adjunto da Receita Pública de Mato Grosso.
Mato Grosso tem um espaço gigantesco de oportunidades. Agora mesmo, já vamos começar a perceber os efeitos positivos de sermos sede da Copa de Futebol em 2014. Recebi um cronograma da Infraero, e o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, vizinha a Cuiabá, tem previsão de estar totalmente pronto em meados de 2013, com reforma e ampliação do terminal de passageiros, adequação do sistema viário e estacionamento. Serão investimentos de quase R$100 milhões para implantação do módulo operacional; recuperação da seção contra incêndios; projeto para construção de pistas; obras para fechamento lateral do terminal de passageiros. Enfim, são muitas as ações para o nosso aeroporto: investimentos em equipamentos, tais como execução de manutenção das escadas rolantes, recuperação do muro patrimonial... Enfim, é Mato Grosso dizendo presente também em 2014, na Copa do Mundo.
Já estão também assegurados recursos para o nosso estádio de futebol, o Estádio José Fragelli - é o nome do estádio antigo -, em homenagem, principalmente neste momento, porque semana passada faleceu o nosso ex-Governador e ex-Senador José Fragelli.
O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Senadora Serys, V. Exª me permite um aparte?
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Pois não, Senador Alvaro Dias.
O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - V. Exª fez referência a recursos para o estádio de Mato Grosso, e esse tem sido um problema da maior seriedade, uma preocupação enorme. Inclusive, a Fifa mandou representantes recentemente. O Brasil corre o risco de reduzir de 12 para 8 as capitais que seriam sedes da Copa do Mundo de 2014. Ouço e fico feliz em ouvir V. Exª dizer que os recursos já estão viabilizados. Eu gostaria que V. Exª pudesse nos relatar de que natureza são esses recursos, qual a sua origem para que se possa ter uma esperança em relação a outros Estados que estão ainda em fase anterior à obtenção dos recursos.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Senador Alvaro Dias, o estádio de Mato Grosso está assegurado pelo Governo do Estado. Talvez seja por essa questão que está sendo mais facilitado.
O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Então, é do Governo estadual, dinheiro público.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Está sendo assegurado o financiamento pelo Governo do Estado. É um estádio que não é dos mais caros. Há estádios sendo programados para um bilhão! O nosso está em torno de 350 milhões a 400 milhões. Há essa questão também a ser discutida. Estádios bilionários são complicados. Não sei se o senhor já teve oportunidade de ver, eu pelo menos vi. Não sei se aquilo é o real, se é uma projeção. Está na Internet o desenho de todos os 12 estádios. É por isso que eu posso lhe dizer que eu vi ali, assustei! Estádios de um bilhão! Aí eu acho bastante complicado também. É claro que onde os Estados estão assegurando, estão dando o aval para empréstimos - eu não saberia lhe dizer de outros Estados - isto já está mais ou menos resolvido, o quanto que é. Eu não saberia lhe dizer.
O senhor pede um novo aparte? (Pausa.)
Pois não.
O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Senadora, eu indaguei exatamente porque há que se buscarem fontes de recursos para a construção dos estádios. Evidentemente, eu creio que o mais adequado não é buscar recursos públicos. Creio que esses estádios serão construídos para jogos da Copa do Mundo, dois ou três jogos e, depois, eles ficam o tempo todo praticamente ociosos. Portanto, não há uma relação custo-benefício do dinheiro público nessas obras que são monumentais, como disse V. Exª. No Paraná, onde o estádio é privado, o próprio clube diz que não assumirá responsabilidade de tomar empréstimos. Então, há aí um impasse. Evidentemente, nós estamos desejosos que a Copa do Mundo se realize no Brasil e que seus resultados sejam, sob o ponto de vista econômico e social, significativos para o Brasil. Mas estamos muito preocupados com o que teremos que fazer, os investimentos que terão que ser realizados, investimentos públicos, para a realização desta Copa do Mundo.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Eu concordo com o senhor que alguém vai ter que avalizar esses empréstimos. Quem será? Cada Estado vai ter que buscar a sua alternativa. É uma coisa muito interessante realmente, e cada um de nós tem que ter essa preocupação. Cada Estado tem seus três Senadores. Esta é uma preocupação - eu asseguro - de todos nós. Tudo o que está sendo feito é muito importante para o Brasil, para os brasileiros em cada Estado desses 12 que vão ser sede e sub-sedes, mas a minha preocupação maior, além da Copa, é o depois, como o senhor disse muito bem. Ou seja, o que vai ser feito não só com o estádio, não, mas com várias situações. Nós precisamos pensar nisso. Eu acho que esses comitês que estão sendo formados têm que pensar o dia seguinte, o depois. Nós sabemos que existem as Barcelonas da vida, que pensaram muito bem o depois e aconteceu o que aconteceu. Quer dizer, hoje é um dos maiores centros de turismo do mundo, etc. e tal.
Eu espero que o meu Mato Grosso e também outros Estados do nosso País, se não todos onde teremos Copa, pensem no dia seguinte, pensem no depois. Mato Grosso, Srs. Senadores, senhores que nos vêem e nos ouvem, tem algo gigantesco em termos de potencial turístico. Hoje a gente não tem nada lá praticamente, aliás, pouquíssimo, em termos de turismo. Não vou dizer que não tem nada, mas é pouquíssimo. Agora o que vai ser feito lá... Nós temos uma cidade, Nobres, por exemplo, que, dizem - eu não conheço Bonito, Mato Grosso do Sul -, tem realmente um potencial de cavernas tanto quanto Bonito ou talvez até mais que Bonito, mas que é totalmente inexplorado hoje. Nós temos a Chapada dos Guimarães, maravilhosa, o Pantanal.
Então, essa organização no meu Mato Grosso, os outros Estados cada Senador tem essa visão, eu não tenho. Mas, no meu Mato Grosso, eu tenho uma visão bastante realista do potencial que pode virar o meu Estado a posteriori. Se hoje ele é grande, ele é gigantesco em termos de produção, agronegócio, agricultura familiar, etc., ele é grande, ele é grande mesmo em termos de produção de alimentos, etc., mas ele pode ser gigantesco em termos de turismo.
Quem não quer ver três biomas, meus senhores? Pantanal, cerrado e floresta num Estado só; aquela quantidade de água, aquela quantidade de árvores, aquela quantidade de cachoeiras, e tudo o mais. Qual é o estrangeiro que vem -seja lá de que país for - que não vai se encantar com tudo aquilo lá? É diferente! O ecoturismo lá tem um espaço gigantesco! Então, realmente temos que pensar. Vamos pensar a Copa de 2014, vamos! Mas não é só a Copa de 2014; 2014 é só um ponto, é pontual, é aquilo que nós precisamos e temos que aprontar. Mas, e depois? Cada Estado vai ter que tentar se organizar para ver como tudo aquilo vai ser aprovado, vai ser usado a posteriori.
Temos aí, como já disse, grutas maravilhosas em Nobres, temos a Chapada dos Guimarães, temos o Pantanal! E temos, mais do que tudo, o que para mim é o mais importante de tudo nessa história, que é a hospitalidade do povo mato-grossense! É difícil encontrar igual. Eu costumo dizer na brincadeira, mas é verdade. Há pouco mais de 40 anos cheguei em Mato Grosso para nunca mais sair de lá.
A hospitalidade do povo cuiabano na nossa capital, a hospitalidade do povo mato-grossense como um todo, aqueles que lá nasceram, aqueles de outros Estados que para lá foram, é grandiosa! Essa, realmente, eu tenho certeza que vai encantar a todos que vierem de outros países, desde os mais longínquos.
E, por último, quero agradecer o Senador Papaléo Paes por ter me cedido o tempo. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - O próximo orador é o Senador Papaléo Paes, que falará...
O Sr. Papaléo Paes (PSDB - AP) - Por último eu quero pedir a V. Exª que ainda dê um tempinho, dois minutos de aparte, um minuto e meio.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (BLOCO/PT - MT) - Com certeza, está concedido.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Não, porque V. Exª é o orador a ser chamado agora, para uma comunicação inadiável, estamos alternando...
O Sr. Papaléo Paes (PSDB - AP) - Mas eu quero fazer...
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Mas lá de cima V. Exª faz...
O Sr. Papaléo Paes (PSDB - AP) - Não, é para ser incluído no discurso da Senadora.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (BLOCO/PT - MT) - Ele quer fazer um aparte!
O Sr. Papaléo Paes (PSDB - AP) - Senadora, eu queria estar aqui na semana passada, quando V. Exª fez um belo discurso e foi aparteada por diversos senadores aqui presentes, todos reconhecendo em V. Exª uma Senadora bastante competente, de bom relacionamento com os colegas. Eu quero testemunhar isso, agradecer inclusive a V. Exª pela forma como se relaciona com os Senadores. Eu quero agradecer pessoalmente toda a sua atenção, a sua dedicação com os assuntos da Casa. Eu tive a felicidade, inclusive, de relatar a semana passada um belíssimo projeto de V. Ex ª que relaciona proteção ao meio ambiente. Claro que dei o meu parecer favorável. Todos esses anos em que estamos convivendo aqui nos dá a segurança de poder fazer uma referência. Normalmente as pessoas dizem: “um político elogia o outro.” Não é nada disso. Nós temos nossas características pessoais que não permitem tais palavras em vão. Estou aqui dizendo que V. Exª é muito respeitada por todos nós, pela sua competência como Senadora, pela sua luta pelos trabalhadores brasileiros, pela sua grande preocupação com o meio ambiente, pela responsabilidade com que conduz tanto os assuntos do seu Estado aqui nesta Casa como os assuntos nacionais que interessam logicamente a todo o País. Quero dizer que V. Exª tem o nosso respeito. Lamentavelmente, os acontecimentos políticos do seu Estado fazem com que fiquemos abatidos. Uma situação muito clara e evidente que é a possibilidade da recondução de V. Exª para conviver com os integrantes desta Casa por mais oito anos e honrar este Parlamento fica ainda sub judice - vou dizer assim -, visto que V. Exª é a verdadeira detentora por já ter apresentado o seu valor aqui dentro. Então, quero externar o meu respeito a V. Exª, Senadora Serys, e minha gratidão a V. Exª pelos momentos de grandeza que proporcionou a todos nós, até nas discussões de projetos e de situações envolvendo a questão brasileira. Então, muito obrigado por tudo. Desejo que o seu futuro político fique sob a sua responsabilidade, mas nas mãos de Deus, que lhe dará um destino, tenho certeza absoluta, adequado ao que V. Exª merece como política e como ser humano. Parabéns pela pessoa que V. Exª é! Parabéns pela Senadora que V. Exª demonstrou ser a todos nós aqui! Muito obrigado pela sua presença aqui no Senado Federal.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador Papaléo. O senhor realmente nos honra muito com esse aparte e faz com que eu me sinta de fato com a certeza de que desempenhei, venho desempenhando e vou desempenhar até o final, com toda a garra este mandato, com a competência que Deus me deu e com o compromisso político - que, como sempre digo, não é político-partidário - com as causas do meu País e do meu Estado. Esse é o compromisso político. É óbvio que existe o partidário também. Mas a competência técnica à que me refiro é fazer aquilo para o qual tenho competência nos meus limites e o compromisso político é político-partidário com as causas do meu País e do meu Estado.
O Sr. Heráclito Fortes (DEM - PI) - V. Exª me permite um aparte?
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Depende do Presidente.
O Sr. Heráclito Fortes (DEM - PI) - O Presidente é generoso e não lhe nega um aparte, Senadora. Fico muito feliz de poder aparteá-la neste momento. Só não entendo por que esse chororô todo do Papaléo por sua despedida. Despedida por quê? V. Exª ainda tem pelo menos até o final de janeiro do ano que vem para nos alegrar com sua presença e abrilhantar esta Casa com sua inteligência. Mas não sei, alguma coisa me diz que V. Exª ainda vai ter um papel muito relevante no seu Estado nesta eleição. Não sei por que, mas alguma coisa me diz isso. Não consigo ver a representação de Mato Grosso sem V. Exª aqui. Isso só mostra a incoerência e a deslealdade do seu Partido - desculpe-me. O que o seu Partido fez com V. Exª foi um ato de deslealdade, um ato que mostrou que usa todos aqueles instrumentos que combateu ao longo dos anos. Eu tenho lido, tive curiosidade inclusive de procurar jornais da sua região, e a população está estarrecida com o que houve: a movimentação, os mecanismos usados para derrotá-la na prévia dessa convenção. Mas eu tenho a impressão de que, daqui para frente, daqui até o dia das convenções de fato, muita coisa pode ocorrer. Diz o Eclesiastes que, mais cedo ou mais tarde, a virtude triunfará. Eu não tenho nenhuma dúvida de que o triunfar da virtude está do seu lado, daí por que eu acho que esse chororô dos colegas, saudosos antes do tempo, é prematuro. V. Exª ainda vai ajudar muito o seu Estado aqui nesta Casa e no Brasil. Mas eu quero também louvar o aparte que o Senador Alvaro Dias lhe deu. Eu estava no meu carro, dirigindo-me para cá, quando ouvi o Senador Alvaro Dias. É preciso ter coragem para abordar esse assunto da maneira firme como V. Exª abordou. Está-se tratando de construção de estádios de futebol pelo Brasil afora como se fossem casa popular, como se fossem abrigos. Não! São bilhões em Estados como o de V. Exª, que carece de saneamento, carece de escola, carece de energia, carece de hospitais, e se pega R$400 milhões, se joga num estádio, como disse bem V. Exª, para três ou quatro jogos. Esses recursos teriam que vir de outra fonte. Eu vejo o Governo Federal fazer um “parapapá” danado com relação à Copa do Mundo, incluir esse projeto no PAC, mas quando vamos ver, de fato, não desembolsa um tostão. Transfere a responsabilidade para Estados e Municípios. Eu sou de um Estado, um dos mais pobres do Brasil, onde, na febre de 1970, construiu-se um estádio gigantesco, o Albertão. Ainda hoje é um estádio superdimensionado para as necessidades locais. E ele, Senador Alvaro Dias, ainda teve uma infelicidade: um desastrado governo do PT que se encerrou há poucos dias resolveu transformar o estacionamento do estádio Albertão no que eles chamavam de cidade Detran. No lançamento, a cidade Detran prometia empregos; a Caixa Econômica, de maneira irregular e ilegal, andou financiando esse projeto, quando, na verdade, não passa de um estacionamento e de um centro de treinamento para motorista que precisa tirar a carteira. Pegaram um projeto como o Albertão, suntuoso, e acabaram com ele, quando construíram lá a famosa cidade Detran. Mas eu não fico só no Piauí. Naquela época, na década de 70, construíram-se grandes estádios em Alagoas, construíram-se grandes estádios em Sergipe, estádios no Maranhão, estádios no Ceará, e esses estádios estão aí. É preciso que esse assunto seja tratado com responsabilidade. Afinal de contas, nós não podemos ver edificações suntuosas ao lado de favelas, de palafitas e, acima de tudo, convivendo com a miséria e com a fome. Nós queremos a Copa do Mundo. Ela é necessária, mas ela não pode ser realizada à custa da miséria do povo brasileiro. É preciso que essa questão fique bem clara. E eu parabenizo V. Exª, Senador Alvaro Dias, pela coragem de abordar esse assunto. Os problemas já estão existindo, os cronogramas estão atrasados, até porque existe esse conflito. Na hora em que, por exemplo, os clubes esportivos têm que assumir responsabilidade de investimentos de grande monta, os clubes cujos presidentes são homens responsáveis estão recuando. Então, louvo V. Exª por abordar esse tema nesta tarde e o aparte do Senador Alvaro Dias que, tenho certeza, coroa o pronunciamento de V. Exª. Quanto ao mais, quero continuar debatendo com V. Exª, pelo menos até terminarmos o mandato. Ficaremos aqui em busca da recondução por parte do povo do nosso Estado. Obrigado.
A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador Heráclito.
Em primeiro lugar, o senhor nos emociona ao fazer essa fala porque, desde o dia em que assumi o mandato, tenho agido com a garra e a determinação que o povo de Mato Grosso me delegou. Digo sempre por onde ando em meu Mato Grosso que, a partir do momento em que fui eleita Senadora da República do meu País, pelo meu Estado de Mato Grosso, sou Senadora de todos e de todas, homens e mulheres, do meu Mato Grosso.
Eu nunca perguntei se o Prefeito que ia chegar a meu gabinete ou que chegou a meu gabinete de que partido ele é, ou Vereador, nunca, nunca. Se eu tenho que designar recurso de uma emenda para um Município, eu vou verificar qual é a maior necessidade daquele Município. Não quero saber se o Prefeito é do partido X, Y ou Z, se o Presidente da Câmara, se o político de lá me apoiou ou vai me apoiar, eu não pergunto, eu nunca perguntei.
Eu sou Senadora de todos e de todas mato-grossenses, independente mente da coloração partidária, e a testemunha são os 141 Prefeitos e Prefeitas do meu Estado, todos são unânimes, absolutamente unânimes, em confirmar esse tipo de coisa. Tenho recebido apoio de mais - já passou bem deste número - de cem Prefeitos. Câmara de Vereadores inteiras, absolutamente inteiras, vêm-me trazer apoio.
Então, realmente, é procurar trabalhar. Eu procurei trabalhar sempre, Senador Heráclito - o senhor que fez sua fala por último a esse respeito -, por Mato Grosso por inteiro. Não só pelo Mato Grosso do meu pedaço. Costumam dizer: “Ah, meu pedaço é esse aqui, que é do meu partido, é mais partidário, ajudou-me, vai me ajudar, fiz compromisso”. Não! Nunca existiu isso. É sempre Mato Grosso por inteiro. Talvez isso tenha resultado nessa situação atual, que aconteceu lá agora, da ousadia de muitos e muitas mato-grossenses que estão indignados, absolutamente indignados, com o Presidente regional do meu Partido, que simplesmente disse que agora o candidato é ele, e que a Senadora está fora.
Eu diria que esse trabalhar pelo Estado por inteiro provocou essa indignação na população.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
Muito obrigada, Srs. Senadores que me apartearam.
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