Discurso durante a 70ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a comemoração dos 121 anos de emancipação do Município de Itaperuna, no Rio de Janeiro. (como Líder)

Autor
Marcelo Crivella (PRB - REPUBLICANOS/RJ)
Nome completo: Marcelo Bezerra Crivella
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PREVIDENCIA SOCIAL. HOMENAGEM. ENSINO SUPERIOR.:
  • Comentários sobre a comemoração dos 121 anos de emancipação do Município de Itaperuna, no Rio de Janeiro. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 12/05/2010 - Página 19847
Assunto
Outros > PREVIDENCIA SOCIAL. HOMENAGEM. ENSINO SUPERIOR.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, APOSENTADO, SENADO, REITERAÇÃO, COMPROMISSO, SENADOR, APROVAÇÃO, MATERIA, DIGNIDADE, APOSENTADORIA.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, MUNICIPIO, ITAPERUNA (RJ), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), REGISTRO, HISTORIA, INSTALAÇÃO, CAMARA MUNICIPAL, ANTECIPAÇÃO, REPUBLICA, BRASIL, ELOGIO, VIDA PUBLICA, PREFEITO, IDOSO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, SOLENIDADE.
  • JUSTIFICAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, TRANSFORMAÇÃO, DIVIDA, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS), CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (COFINS), IMPOSTO DE RENDA, UNIVERSIDADE, BOLSA DE ESTUDO, ESTUDANTE CARENTE.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MARCELO CRIVELLA (Bloco/PRB - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Srª Presidente.

            Senhores telespectadores da TV Senado, senhores ouvintes da Rádio Senado, Srªs e Srs. Senadores, aos aposentados o nosso respeito e carinho. Com certeza, os senhores vão ter vitória nessa luta.

            Aqui, no Senado, nós já votamos o fim da diferença no reajuste dos aposentados e pensionistas para o salário mínimo e votamos também o fim do fator previdenciário. Com os Senadores, vocês podem contar. Os aposentados terão dignidade em suas aposentadorias.

            Mas, Srª Presidente, hoje o que me traz aqui, à tribuna do Senado Federal, é relatar os 121 anos de emancipação de um lindo Município do meu Estado do Rio de Janeiro, da minha terra, da minha gente, que é a cidade de Itaperuna.

            Ontem, eu tive o prazer de participar, junto com o Vereador João Neto, junto com o Prefeito Claudão, junto com a Vereadora Edilene, junto com várias lideranças locais, empresários, o pároco local, diversos pastores e a sociedade, de uma data que, para nós, do Estado do Rio de Janeiro, é muito significativa, porque Itaperuna foi a primeira cidade a instalar uma câmara de maioria republicana no período imperial.

            A República no Brasil se instala, todos sabem, em 15 de novembro de 1889, mas a Câmara Municipal de Itaperuna, no noroeste fluminense, com maioria republicana - portanto, um fato histórico extraordinário -, instala-se em maio de 1889.

            Dos 121 anos que Itaperuna comemorou ontem, acho que não há figura que represente mais a sua luta, o seu processo de evolução econômica, social e política que o Prefeito, que tem 91 anos de idade, nasceu ali, em Comendador Venâncio, e tem a fibra de um gladiador, o arrojo de um bandeirante. Com as suas passadas largas, ele cuida não só dos distritos rurais da agricultura, como também de toda a atividade da educação, da saúde, da segurança do seu Município.

            É um servidor do povo, um amigo de todos, presente, um homem cuja vida é tecida no estudo, no trabalho, na bondade e numa inflexível determinação de dedicar até o último momento da sua existência no serviço ao povo da sua terra, um exemplo. Um político dos mais nobres, dos que mais enobrecem a política no Estado do Rio de Janeiro. Ontem, ele estava lá. Às sete e meia da manhã, estávamos juntos para o hasteamento do Pavilhão Nacional. Dali seguimos para uma solenidade na Câmara Municipal, de onde fomos para um almoço. À tarde teve o desfile cívico. Desfilaram todas as escolas. O Município de Itaperuna tem hoje 20 mil estudantes universitários.

            Aliás, Senador Jayme Campos, eu tenho um projeto que - tenho certeza - vai merecer a atenção de todos o Senadores e Senadoras desta Casa. Ele é simples: transformar a dívida das universidades não lucrativas, aquelas que não têm fins lucrativas, a dívida com o INSS, com o PIS, com o Cofins, com o imposto de renda em bolsa de estudo. As universidades convencionais também, porque o que ocorre na prática é que essas universidades criam fundações e, com essas fundações, conseguem receber repasses, verbas de parlamentares e levar suas vidas e, nas universidades, ficam inadimplentes com dívidas enormes ao Governo Federal que não vão pagar, nem o Governo vai fazer qualquer ação para tomar seu patrimônio, de tal maneira que elas têm hoje lugares ociosos. E há muitos estudantes pobres que querem estudar. Nós podíamos aprovar rapidamente, aqui no Senado Federal, um projeto de lei do Senado para fazer com que essa dívida se transforme em vagas para os alunos carentes, e vamos estabelecer parâmetros para definir o que é um aluno carente, e dar oportunidade à vocação, à índole dessa nossa gente que, no interior, quer se formar.

            Lá no Município de Itaperuna já tem 20 mil alunos em curso de engenharia, em curso de tecnologia, em curso de medicina. Isso movimenta muita a cidade, que outrora foi a cidade do café, depois foi a cidade do arroz. Hoje, nem o café e nem o arroz tem mais qualquer significado econômico para a região. Hoje são os serviços, são as universidades, são esses jovens que, vindos de diversas regiões adjacentes, inclusive de Minas Gerais, movimentam a economia daquela linda cidade às margens do rio Muriaé.

            Srª Presidente, quero aqui extravasar a minha emoção de ter participado de um evento de tamanha relevância, dos 120 anos do glorioso Município de Itaperuna, no noroeste Fluminense. É uma cidade pólo; para ali vem a população de vários Municípios menores, pequenos, que ainda lutam muito para poderem se desenvolver economicamente e que daquela cidade de Itaperuna se irradia então todo o progresso, o estudo e toda a efervescência tecnológica que alcança aquela região, inclusive na área da agropecuária.

            Então, Srª Senadora, Srª Presidente - e gostaria que constasse dos Anais desta Casa o meu pronunciamento - parabenizo a linda cidade de Itaperuna e seu povo, pelos 120 anos que ontem comemoramos juntos, com esse Prefeito Claudão, Cláudio Cerqueira. Você vê, o povo chama de Claudão, mas ele já é um senhor de 91 anos, ele anda, embora já encurvado, cabelos brancos, com passadas largas.

            Claudão, por que Claudão? É porque as pessoas veem que, mesmo com essa idade, ele se supera. Mesmo com essa idade, ele consegue administrar aquele dilúvio de problemas, que é o Município no noroeste fluminense, uma das áreas mais carentes do meu Estado do Rio de Janeiro. E alguns Municípios adjacentes têm o IDH semelhante ao do Nordeste brasileiro, para nossa tristeza e amargura; mas essa é a realidade. E ele ali presente, atuante, o tempo todo ao lado do seu povo, consegue fazer com que aquele Município ainda seja tão bonito. E, ontem, se reuniu aos milhares para comemorar os 121 anos.

            Srª Presidente, esse era o meu pronunciamento. E peço que seja consignado nos Anais desta Casa.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/05/2010 - Página 19847