Fala da Presidência durante a 68ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração do centenário de nascimento do ex-Senador Rui Soares Palmeira.

Autor
José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
Nome completo: José Sarney
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração do centenário de nascimento do ex-Senador Rui Soares Palmeira.
Publicação
Publicação no DSF de 08/05/2010 - Página 18781
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • ENCERRAMENTO, SESSÃO, AGRADECIMENTO, PRESENÇA, AUTORIDADE, FAMILIA, HOMENAGEM, CENTENARIO, NASCIMENTO, RUI PALMEIRA, EX SENADOR, ESTADO DE ALAGOAS (AL), ELOGIO, VIDA PUBLICA, CAPACIDADE, CONCILIAÇÃO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, PERIODO, DITADURA.
  • SAUDAÇÃO, GUILHERME PALMEIRA, EX-CONGRESSISTA, FILHO, RUI PALMEIRA, EX SENADOR, ELOGIO, VIDA PUBLICA, HERANÇA, CARACTERISTICA, CONCILIAÇÃO, IMPORTANCIA, PARTICIPAÇÃO, REDEMOCRATIZAÇÃO, BRASIL.

            O SR. PRESIDENTE (José Sarney. PMDB - AP) - Srªs e Srs. Senadores, meus senhores, minhas senhoras, autoridades que compõem a Mesa; Senador João Tenório; Senador Renan Calheiros; Senador Fernando Collor; Exmº Sr. Divaldo Suruagy; Exmº Sr. Humberto Martins; Exmº Sr. Mário Campbell; Ministro do Tribunal de Contas Guilherme Palmeira; Exmº Sr. Ministro Valmir Campelo; Exmº Sr. Pedro Acioli; Meritíssimo Sr. Paulo Machado Cordeiro; Exmº Sr. Rui Palmeira e Sr. Moacir Palmeira, filhos do homenageado; Srª Solange Palmeira, Sr. André Palmeira; Sr. Vitor Palmeira, Sr. Vinicius Palmeira, netos do homenageado; Sr. Túlio Gracindo, sobrinho do homenageado, demais pessoas que comparecem a esta solenidade, eu quero, em primeiro lugar, pedir uma grande desculpa a todos os presentes e ao Ministro Guilherme Palmeira, com quem tenho a honra de desfrutar uma amizade muito próxima, muito antiga e muito estreita.

            Infelizmente, por um desses equívocos de agenda, marcaram um café da manhã com uma autoridade estrangeira que estava aí e por isso e também que o horário da sessão seria às 11 horas, o que não justificou, para mim, chegar somente para encerrar esta sessão. Mas quero dizer que fiquei feliz de, pelo menos, ter chegado neste momento, porque nós estamos homenageando uma das figuras mais importantes da política brasileira do século passado e que transpunha os umbrais do século presente.

            Eu tive a felicidade, bem jovem, como Parlamentar, de acompanhar a atividade do Senador Rui Palmeira nesta Casa. Ele era, sem dúvida alguma, um grande líder, um grande articulador, e tinha um prestígio extraordinário entre seus colegas e perante a política brasileira, pelas suas qualidades pessoais, pela sua inteligência, pela sua capacidade de articulação. Ele era um político respeitado, sobretudo porque era um grande articulador. Ele era um grande formador de consensos. Em momentos difíceis da história brasileira daquele tempo, ele ajudava a transpor dificuldades, sem prejuízo das suas atitudes firmes, como aquela em que ele passou um telegrama, contestando a proclamação do AI-5. Eu me recordo o quanto aquele gesto tocou a Nação brasileira. Ele, com alguns Senadores, tinham feito essa manifestação.

            Portanto, é com grande satisfação que o Senado homenageia hoje essa figura extraordinária que por aqui passou, deixando o brilho da sua inteligência, deixando o rastro do seu espírito público. E o Brasil muito deve à sua figura naqueles anos difíceis em que ele foi um grande articulador, como eu disse, e, ao mesmo tempo, um homem com quem nós atravessamos aquele tempo sem grandes traumas aqui, no Parlamento Nacional.

            Eu quero hoje homenageá-lo na família dele, que aqui está, principalmente na figura de Guilherme Palmeira, que mantém a tradição do seu pai e que também foi um homem que teve uma posição destacada durante a transição democrática brasileira.

            Se tivéssemos que buscar os primórdios da transição democrática brasileira de 1985, teríamos que colocar três figuras: Guilherme Palmeira, Jorge Bornhausen e também, modestamente, o atual Presidente do Senado Federal. Fomos nós três os primeiros que iniciamos, palidamente, aquele movimento de separação dentro do PDS e que chegamos à Frente Liberal, possibilitando a transição democrática sem traumas.

            Guilherme Palmeira herdou do seu pai, sem dúvida alguma, essas qualidades de grande articulador político, de grande político, que nunca gostou da ribalta, das luzes da ribalta, mas sempre se comportou como um grande diretor, aquele que comanda por trás tudo o que acontece e que se pode ver de público. Portanto, é com esse espírito da homenagem, da reverência, da devoção, podemos dizer assim, a um homem que honrou Alagoas, que honrou a política brasileira e se mantém até hoje nas páginas da história política do Brasil e nas páginas mais gloriosas do Senado Federal.

            Muito obrigado a todos os presentes, que honraram esta sessão.

            Declaro encerrados os nossos trabalhos. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/05/2010 - Página 18781