Pronunciamento de Marisa Serrano em 20/05/2010
Discurso durante a 79ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários sobre matéria publicada no jornal Correio do Estado, sobre o desenvolvimento do setor de reflorestamento no Mato Grosso do Sul.
- Autor
- Marisa Serrano (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
- Nome completo: Marisa Joaquina Monteiro Serrano
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
POLITICA DO MEIO AMBIENTE.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
- Comentários sobre matéria publicada no jornal Correio do Estado, sobre o desenvolvimento do setor de reflorestamento no Mato Grosso do Sul.
- Aparteantes
- Marco Maciel.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/05/2010 - Página 22447
- Assunto
- Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
- Indexação
-
- COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO DO ESTADO, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), SUPERIORIDADE, DESENVOLVIMENTO, SETOR, REFLORESTAMENTO, REGIÃO, AUMENTO, CIRCULAÇÃO, RIQUEZAS, DIVERSIFICAÇÃO, ECONOMIA.
- ELOGIO, POLITICA, GOVERNO ESTADUAL, GOVERNO MUNICIPAL, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), CONCESSÃO, INCENTIVO FISCAL, REFLORESTAMENTO, ESPECIFICAÇÃO, ISENÇÃO, IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU), IMPOSTO SOBRE SERVIÇO (ISS), IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS), INCENTIVO, INDUSTRIA, PAPEL, CELULOSE, METALURGIA, MOVEIS, PROGRESSO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
- SAUDAÇÃO, TRABALHO, PREFEITO, MUNICIPIOS, REGIÃO LESTE, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), ESPECIFICAÇÃO, MUNICIPIO, RIBAS DO RIO PARDO (MS), TRES LAGOAS (MS), SANTA RITA DO PARDO (MS), AGUA CLARA (MS), INCENTIVO, SETOR, REFLORESTAMENTO, CRESCIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
- LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, CRITICA, GOVERNO FEDERAL, PRECARIEDADE, RODOVIA, INFRAESTRUTURA, BRASIL, DIFICULDADE, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO, REGIÃO CENTRO OESTE, NECESSIDADE, AUMENTO, INVESTIMENTO, IMPORTANCIA, REDUÇÃO, DESIGUALDADE REGIONAL.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Fico feliz, eu e a população, de saber que, aqui nesta Casa, os professores estão atentos, lutando pela educação brasileira.
Sr. Presidente, Srs. Senadores, no último domingo, o jornal de maior circulação em Mato Grosso do Sul, o Correio do Estado, publicou extensa e detalhada reportagem sobre o desenvolvimento do setor de reflorestamento em Mato Grosso do Sul.
O material jornalístico, feito com base em levantamentos da Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento, da Ciência e Tecnologia mostra que Mato Grosso do Sul, meu Estado, hoje ocupa a quarta posição no ranking nacional de florestas e está potencializando a plantação de eucalipto e pinus de maneira intensificada, criando um novo ambiente na diversificação do agronegócio do meu Estado.
Graças a uma política de incentivos fiscais promovida pelo Governo do Estado, nos últimos anos o chamado PIB florestal sul-mato-grossense cresceu 120%, aumentando a circulação de riquezas de R$18,7 milhões para R$41 milhões nesse período.
De 2003 a 2009, a área plantada em Mato Grosso do Sul aumentou em torno de 241%. Hoje ocupa 307 mil hectares em várias regiões do Estado. É muito: 241% de aumento em 6 anos mostra como o Estado está crescendo nesse setor.
Com isso, Mato Grosso do Sul vem diversificando sua economia, atraindo mais de 1,3 mil empresas que têm como matéria-prima o eucalipto e o pinus, gerando mais de 30 mil empregos diretos e indiretos.
É importante observar que as áreas florestais em todo o Brasil atingem 544 milhões de hectares, sendo a segunda maior do mundo, atrás somente da Rússia.
Noutro aspecto, julgo importante lembrar que o eucalipto desponta como um produto sem substitutos ecologicamente sustentáveis, visto que sua plantação extensiva vem impedindo a destruição de matas nativas em outras regiões do País, como a Amazônia, por exemplo, garantindo a preservação do nosso meio ambiente de maneira indireta.
Acredito que essas compensações são válidas porque possibilitam um ajuste na manutenção da política ambiental brasileira de modo racional, equilibrando perdas e danos, de maneira a garantir nosso desenvolvimento sustentável.
Com base em estudos recentes, superando desconfianças do passado, o setor de reflorestamento em regiões apropriadas tem se mostrado perfeitamente ajustado aos conceitos modernos de preservação.
Em Mato Grosso do Sul, este processo vem ocorrendo preferencialmente na chamada região do bolsão sul-mato-grossense, que é a nossa região leste, principalmente desde o final da década de 70.
Na última década, em razão de políticas de incentivo dos governos tanto Estadual como Municipal - como a isenção de IPTU, na área urbana, ISS, ICMS -, o setor de reflorestamento começa a impulsionar a nossa indústria, estimulando os setores não só de papel e celulose, metalurgia, pequenas indústrias de móveis, e assim por diante.
Todo este processo está gerando um ambiente de grande prosperidade para o Estado, com perspectivas excelentes para os próximos 30 anos.
De acordo com estudos governamentais, o setor de reflorestamento do Mato Grosso do Sul poderá abranger uma área de 1 milhão de hectares, gerar mais de 170 mil empregos e incrementar nosso setor financeiro de giro de cerca de R$2 bilhões até 2030.
Vejam, Srs. Senadores, como é importante que o setor público, de maneira racional, equilibrada e planejada, possa atuar de maneira a estimular o desenvolvimento sem intervencionismo, sem interferência direta, apenas agindo como indutor e estimulador dos empreendimentos. Todos ganham com isso.
Em Mato Grosso do Sul estamos no caminho certo. Nas regiões onde há vocação florestal, o Governo está fazendo a sua parte e o setor privado também. Os resultados estão sendo colhidos de maneira correta, mudando inclusive a imagem do Estado, que antes era visto só como o Estado do boi e da soja e, hoje, da cana-de-açúcar, mudando esse perfil e incluindo aí a floresta plantada ,que hoje é uma realidade no meu Estado.
Daqui a alguns anos, tenho certeza, vamos ser conhecidos também, Senador Marco Maciel, como o Estado da diversificação do agronegócio, não só o boi e da soja, que durante centenas de anos palmilharam naqueles campos gerais do Mato Grosso do Sul, mas principalmente a cana-de-açúcar, que chegou mais recentemente, e agora a floresta plantada, o reflorestamento que toma conta principalmente da região leste do meu Estado.
Com a palavra o Senador Marco Maciel.
O Sr. Marco Maciel (DEM - PE. Com revisão do aparteante.) - Nobre Senadora Marisa Serrano, folgo em ouvir as palavras de V. Exª, como excelente Parlamentar que é, a respeito do seu Estado, Mato Grosso do Sul. Acompanhei, à época em que era Presidente da Câmara dos Deputados, o processo de divisão dos Estados, que envolveu muita interlocução política e suscitou muitas tensões. Mas o que muito me alegra é verificar que foi uma decisão extremamente acertada, porque tanto o Estado de Mato Grosso quanto Mato Grosso do Sul estão se desenvolvendo, ambos realizando a sua vocação, não somente no agronegócio mas também no campo industrial. Isso está fazendo com que o Centro-Oeste seja hoje uma das regiões mais dinâmicas do nosso País. Eu diria até que o Centro-Oeste está crescendo, em termos relativos, mais do que o Sudeste, o que demonstra o acerto da divisão feita e as consequências positivas que advieram dessas mudanças. Quero felicitá-la pelas palavras de V. Exª que, de maneira muito cabal, mostram o dinamismo do Estado que representa - e o faz de forma muito diligente - no Senado da República. Portanto, meus cumprimentos ao Estado de Mato Grosso do Sul e a V. Exª pelo desempenho de funções tão elevadas de sua representante no Senado Federal.
A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Obrigada, Senador Marco Maciel. E V. Exª, que vem do Nordeste, de Pernambuco, conhece o desenvolvimento vindo da terra, porque foi assim nos primórdios, após a descoberta do Brasil.
Pernambuco sempre deu um exemplo para o País nessa área do agronegócio, mas, principalmente, no campo com as usinas que sempre vicejaram por lá. Imaginar essa parte toda do Brasil, a nossa orla litorânea, de que Pernambuco faz parte, e só agora nós estamos começando a ver, no Centro-Oeste e principalmente em toda a região fronteiriça da nossa América do Sul, na fronteira do nosso País, o desenvolvimento realmente chegar, não só um desenvolvimento como eu disse, saindo do binômio boi/soja, mas principalmente agregando outros componentes importantes para o desenvolvimento do Estado.
É claro inclusive, Senador Marco Maciel, que nós precisamos de muito mais. Um Estado como Mato Grosso do Sul - como Mato Grosso, como V. Exª lembrou aqui - tem potencial suficiente, tem preparo. Mato Grosso do Sul está numa região excelente com limite com o Paraná, São Paulo, Minas, Goiás, com o próprio Mato Grosso. Faz fronteira com dois países, como a Bolívia e o Paraguai, mas é uma região que precisa extremamente da infraestrutura, Senador Marco Maciel. A infraestrutura não chegou ainda ao Brasil dito profundo. É essa infraestrutura que nos faz falta. É a energia que nós não temos. São as estradas que nós não temos. É a ferrovia que nós precisamos incrementar no nosso Estado. As nossas hidrovias não são utilizadas de maneira a dar o aporte suficiente para o escoamento da nossa produção.
Quer dizer, esses gargalos é que seguram ainda o desenvolvimento de um Estado. E a gente espera que isso se dê o mais breve possível, com a força dos brasileiros, o trabalho dos brasileiros e principalmente com uma visão mais otimista e mais planejada do Governo Federal.
Que o planejamento seja feito de tal modo que todas as unidades da Federação tenham desenvolvimento contínuo. Que não seja apenas alguns Estados brasileiros que possam crescer. Eu quero que o meu Mato Grosso do Sul cresça, mas quero que o Acre cresça, Rondônia cresça e assim por diante.
Nós precisamos fazer com que os Estados brasileiros possam ter aquela infraestrutura necessária, o aporte necessário para o seu desenvolvimento. Nós fazemos o possível, o Estado faz o possível, os Municípios fazem o possível, mas não vale só isso, Senador Marco Maciel. O aporte é muito maior, um aporte financeiro de vulto para compatibilizar todas essas questões de infraestrutura que os nossos Estados precisam, principalmente visando escoar a produção de uma Região que é extremamente produtiva. Como V. Exª disse, não só Mato Grosso do Sul, mas Mato Grosso, Rondônia, Tocantins encontram-se em regiões que estão diversificando a sua economia e oferecendo ao País realmente a região que mais produz grãos e carne no País.
Mas eu quis expor essas questões para dizer que muito ainda falta fazer. É claro e evidente que nós acreditamos que nos próximos anos poderemos, com a parte do reflorestamento, superar Estados como São Paulo, Minas Gerais e Bahia, que hoje estão na nossa frente.
São Paulo, Bahia e Minas Gerais são os Estados que mais trabalham com reflorestamento no País, o nosso, como eu disse, é o quarto Estado. Nós queremos trabalhar mais suplantando-os, principalmente, como eu disse, plantando florestas nas regiões próprias, e a região que mais plantamos florestas é a Região Leste, de terra mais pobre, mas que, necessariamente, se desenvolverá tendo em vista as empresas que estão criando sedes lá, principalmente na área da celulose e da indústria moveleira.
Mas eu quero também, Srs. Senadores, parabenizar todos aqueles que hoje, em Mato Grosso do Sul, se dedicam à atividade do reflorestamento, tanto nos setores públicos como nos privados. Parabenizo também os Prefeitos Municipais da região do Bolsão por estarem em sintonia com as perspectivas de crescimento daquela região.
Aqui eu quero falar um pouquinho dos Municípios que compõem o Bolsão. Falar em Ribas do Rio Pardo é falar num Município cujo desenvolvimento depende muito que nós tenhamos ali a abertura e o asfaltamento da MS-040. Vai ser a integração de uma vasta área do Estado não só para o reflorestamento mas para outras culturas, Eu tenho certeza de que Ribas do Rio Pardo vai trabalhar muito e trabalhar muito bem... Santa Rita do Pardo vai trabalhar muito bem para que isso se dê. Então, Santa Rita do Pardo é um Município extremamente importante da região. Três Lagoas nem dizer; é a nossa capital do Bolsão. É a terra do saudoso Senador Ramez Tebet. Ele vinha sempre na tribuna falar de Três Lagoas. Eu lembro disso muito bem.
Três Lagoas, hoje, é um grande polo de desenvolvimento nacional na área de celulose, de papel e celulose. As grandes empresas nacionais e multinacionais estão sediando em Três Lagoas. Para nós, é uma beleza. Estive lá na semana passada e vi a pujança da cidade. Como a cidade cresce, como se desenvolve tendo o aporte de ajuda não só por meio do Município, do Estado, que tem ajudado muito, mas também da União naquilo que é possível ajudar para que Três Lagoas se desenvolva.
Água Clara e Santa Rita do Pardo são outros dois Municípios importantes na região. Portanto, quero aqui dar os parabéns aos Prefeitos desses Municípios, porque estão vislumbrando o desenvolvimento, estão apostando no desenvolvimento, estão trabalhando para isso em sintonia. São Prefeitos que não olham só o seu trabalho naquele momento, naqueles quatro anos, pois estão jogando os Municípios para frente, estão olhando para o futuro, estão vendo as oportunidades aparecerem e agarrando-as. Por isso, quero parabenizá-los pelo trabalho que todos eles estão executando, independentemente do Partido a que pertencem.
Aproveito ainda esta oportunidade para registrar que, entre os dias 12 e 16 de julho, ocorrerá a 1ª Semana da Madeira e da Floresta de Ribas do Rio Pardo. O evento vai receber especialistas e participantes de todo o País com o intuito de atender à demanda de informação de produtores rurais, investidores e profissionais que atuam no setor. Portanto, vamos ter a primeira festa e a 1ª Semana da Madeira e da Floresta de Ribas do Rio Pardo. Acredito que vai ser um marco na evolução do trabalho de reflorestamento que estamos fazendo em toda essa região.
Srs. Senadores, quero aproveitar para comentar outro aspecto da realidade brasileira que tem surgido como contraface desse processo de desenvolvimento regional. Nesta semana também, o nosso querido companheiro Xico Graziano publicou no jornal O Estado de S. Paulo um artigo emblemático sobre o descaso do Governo brasileiro com as questões logísticas, principalmente no tocante ao escoamento das nossas riquezas, um pouco daquilo que acabei de falar.
Xico Graziano lembra:
Os produtores rurais que se aventuraram pelo Centro-Oeste brasileiro, abrindo as fronteiras de Mato Grosso e Goiás, incluindo agora Mato Grosso do Sul e o Tocantins, passam agruras maiores, advindas da sua distância. Eles dependem de esburacadas rodovias para descarregar sua safra de grãos, que viaja de caminhão por cerca de dois mil quilômetros até o Porto de Santos, ou Paranaguá. Demora demais, causa perdas e encarece o frete.
Eu quero dizer que produzir os nossos Estados produzem - não só Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas também Goiás e Tocantins -, mas o homem do campo não conta com a logística necessária para escoar sua produção. Não tem a garantia de que toda sua produção vai chegar aos centros consumidores ou aos portos para exportação. Isso, como todos nós sabemos, virou um pesadelo para os produtores nacionais, especialmente para aqueles que estão longe do litoral - todo mundo tem falado sobre esse problema aqui desta tribuna. O litoral brasileiro, como eu disse, tem as benesses, também pelo tempo de colonização, porque as pessoas estão mais próximas, mas o interior do Brasil ainda se ressente da falta de uma logística compatível e moderna.
Xico Graziano também comenta:
Na roça, o produtor rural domina a tecnologia, sabe cultivar, obtém resultado, dorme em paz, rezando apenas pela chuva no tempo certo. Na hora de vender o fruto de seu trabalho todavia, ele se amargura.
Aí, sim, está a problemática dos produtores rurais do interior do nosso país.
Essa logística brasileira deve ser lamentada por todos aqueles que estão percebendo que o Brasil pode mais e está ficando emperrado.
A infraestrutura é muito precária. Tanto que a qualquer sinal de crescimento econômico mais acelerado, a locomotiva começa a dar sinais de pane, que tem de ser refreada com medidas macroeconômicas que atingem diretamente o bolso de todos os brasileiros.
Estamos vivendo um dilema terrível: queremos crescer e não podemos. E sabem por que não podemos? Porque o Governo não fez a sua parte. Lançaram dois PACs, fizeram uma imensa propaganda - já falamos sobre isso daqui desta tribuna -, mas tardiamente estamos descobrindo que as tão faladas obras são, como disse o Senador Tasso Jereissati, “invisíveis”. Elas só existem no mundo virtual. Mato Grosso do Sul sabe disso e é testemunha do que estou dizendo.
Portanto, eu quero aqui terminar a minha fala, dizendo que nós estamos sentindo a ausência de um projeto de governo que contemple todas as regiões brasileiras, de acordo com as suas necessidades e as suas peculiaridades.
Como eu disse, não há planejamento, não há ações consistentes, não há um olhar gerencial sobre a nossa realidade. Há excesso de improviso. Há um voluntarismo desorganizado querendo transformar questões de base em luta pelo poder. Lamento pelo Brasil e por todos os brasileiros a falta de foco deste Governo. Estamos perdendo uma chance de ouro para crescer com sustentabilidade. Mais uma vez, vamos voltar à velha teoria de que o Brasil está fadado a viver o eterno voo da galinha, nunca conseguindo se afastar do solo.
Espero que isso mude nos próximos anos e comecemos a pensar mais no Brasil, mais desenvolvido, mais aguerrido, mas, principalmente, que possa oferecer a todos aqueles que trabalham no campo condições de usufruir do fruto do seu trabalho e que todos os brasileiros também ganhem com essa riqueza.
Sr. Presidente, Srs. Senadores, são essas as minhas palavras, dando aqui um testemunho de crença e de fé em meu Estado, Mato Grosso do Sul, e no seu desenvolvimento.
Muito obrigada.
O Sr. Marco Maciel (DEM - PE Com revisão do aparteante.) - Srª Senadora, eu apenas gostaria de ...
A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Senador Marco Maciel.
O Sr. Marco Maciel (DEM - PE) - ... em função das palavras finais de V. Exª, observar que, de fato, o Brasil ainda é um país extremamente assimétrico, desigual. Ainda não somos uma verdadeira federação e V. Exª aponta isso como um fato limitante do processo de desenvolvimento. Enfim, somos uma república federativa desde a Constituição de 1891, mas o fato é que ainda somos uma federação assimétrica, muito desigual e precisamos corrigir essas distâncias entre as diferentes regiões para que o Brasil tenha um processo de desenvolvimento mais equânime e mais justo. Portanto, mais uma vez cumprimento V. Exª pela sua manifestação.
A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Eu é que agradeço as suas palavras, que farão parte do meu pronunciamento. Agradeço muito a V. Exª, dizendo que é justamente disto que precisamos, Senador Marco Maciel: um planejamento mais acurado do nosso País, com foco nas questões de desenvolvimento, garantindo que cada Estado possa dar, segundo o seu potencial, o melhor para o País.
Eu acredito que cada Estado tem um potencial muito grande de crescimento e desenvolvimento. Precisamos apenas descobrir isso, apoiando-os e induzindo-os para que eles possam crescer, de maneira contínua e, principalmente, mais equânime, como V. Exª disse.
Muito obrigada.
Modelo1 10/15/247:16