Discurso durante a 81ª Sessão Especial, no Senado Federal

Comemoração do "Dia do Comerciário".

Autor
Adelmir Santana (DEM - Democratas/DF)
Nome completo: Adelmir Santana
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. EXERCICIO PROFISSIONAL.:
  • Comemoração do "Dia do Comerciário".
Publicação
Publicação no DSF de 25/05/2010 - Página 22882
Assunto
Outros > HOMENAGEM. EXERCICIO PROFISSIONAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, COMERCIARIO, REALIZAÇÃO, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NO COMERCIO (CNTC), CONGRESSO, TRABALHADOR, SAUDAÇÃO, PRESENÇA, REPRESENTANTE, ENTIDADE, AUTORIDADE, IMPORTANCIA, ATIVIDADE PROFISSIONAL, FUNCIONAMENTO, ECONOMIA, CONTRIBUIÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, LUTA, REGULAMENTAÇÃO, JORNADA DE TRABALHO.
  • CRITICA, AUSENCIA, RECONHECIMENTO, ESTADO, IMPORTANCIA, TRABALHADOR, ATIVIDADE COMERCIAL, NECESSIDADE, REGULAMENTAÇÃO, PROFISSÃO, APOIO, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, PAULO PAIM, SENADOR, TRAMITAÇÃO, COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS), APRESENTAÇÃO, COMPROMISSO, ORADOR, COLABORAÇÃO, VALORIZAÇÃO, ATIVIDADE PROFISSIONAL.
  • REGISTRO, HISTORIA, CRIAÇÃO, ATUAÇÃO, SERVIÇO SOCIAL DO COMERCIO (SESC), SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL (SENAC), ABRANGENCIA, ATENDIMENTO, DIVERSIDADE, LOCALIDADE, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, DISTRITO FEDERAL (DF), OFERECIMENTO, SERVIÇO, EDUCAÇÃO, SAUDE, ATIVIDADE CULTURAL, CONTRIBUIÇÃO, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Eu já chego aqui lisonjeado com todas essas colocações do nosso Presidente Mão Santa.

            Quero, inicialmente, saudar a Presidência da Casa, na figura do Senador Mão Santa; saudar também o signatário do requerimento para a realização da presente sessão, o Exmº Senador Paulo Paim; saudar o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços, representando aqui o presidente, o Sr. Levi Fernandes Pinto, que representa nosso Almeidinha, que deve estar em alguma outra missão; saudar também o Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Sr. Ricardo Patah - meus cumprimentos; ao 1º Secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, o meu amigo José Augusto da Silva Filho, meus cumprimentos também; o 1º Tesoureiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, o Sr. Valmir de Almeida Lima; o Diretor de Assuntos Culturais e de Orientação Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Sr. Guiomar Vidor; saudar a todos os presidentes das federações estaduais, os componentes da diretoria da Confederação, enfim, os representantes que aqui se encontram nesta sessão de todos os trabalhadores; e também saudar a todos os trabalhadores e trabalhadoras do comércio de bens e serviços do País.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meus senhores e minhas senhoras, 30 de outubro é uma data muito significativa, é o momento em que o Brasil comemora o Dia do Comerciário, um dos profissionais mais importantes para que a economia funcione e os consumidores tenham suas necessidades atendidas.

            Antecipando essa data, o Senado hoje realiza Sessão Especial para homenagear tão relevante categoria profissional e, ao mesmo tempo, comemorar esse momento em que se realiza o 3º Congresso Nacional dos Trabalhadores do Comércio de Bens e Serviços do Brasil, com vasta programação, que se inicia hoje e se prolonga até o dia 26.

            Sr. Presidente, a economia brasileira vivencia um momento esplendoroso, no qual milhões de consumidores vão às lojas comprar e satisfazer os seus desejos de consumo.

            É importante destacar que essa explosão, no bom sentido, é claro, de consumo e de circulação de mercadorias e prestação dos mais variados serviços conta, em sua essência, com a decisiva participação do comerciário. Muitas vezes não são devidamente notados, mas, sem a sua participação, o consumo não ocorreria. De nada adiantaria uma grande produção, grandes instalações se não houvesse essa figura importante neste processo, que é o comerciário. É o elo fundamental para que a relação mais importante da economia ocorra: a oferta de bens e serviços para o consumo.

            O comerciário, com sua dedicação e presteza, dá vida ao comércio! Na prática, é o lado humano das lojas, é o lado humano das empresas, e alegram o ambiente com seu dinamismo cotidiano.

            A atuação profissional do comerciário é, como já me referi, merecedora da mais alta atenção por parte de todos nós, de todas as autoridades brasileiras. É uma profissão muito importante, mas ainda não reconhecida pelo Estado, padecendo, portanto, de muitos problemas gerados pela sua não institucionalização.

            É preciso regulamentar essa profissão! (Palmas.)

            É preciso que nos debrucemos sobre isso, Sr. Presidente e nobres colegas Senadoras e Senadores, pois assim estaremos garantindo os direitos formais de uma categoria profissional indispensável e valorosa para a economia - como bem disse o nosso Presidente -, talvez uma das mais antigas atividades do ser humano.

            E nós já estamos trabalhando neste sentido, o da regulamentação da profissão dos comerciários. Na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, da qual faço parte, estamos analisando dois projetos que tratam da regulamentação: os PLS nºs 115 e 152, de 2007 - um deles, é bom que se diga, de autoria do nobre e Exmº Senador Paulo Paim.

            Realizamos várias audiências públicas para instruir a matéria - não para obstruir a matéria, mas para instruir a matéria - e estamos próximos de resgatar a dívida com essa classe tão importante e tão laboriosa que são os comerciários.

            Deixo claro, neste solene momento, nesta Sessão Solene, meu apoio e compromisso, Paim, para colaborar no que for preciso, com a minha ação parlamentar, como líder empresarial, para que seja reconhecida a profissão de comerciário. (Palmas.)

            Sua relevância será crescente nesta década, quando o Brasil deverá, seguramente, aumentar a sua riqueza, e o consumo de bens e serviços será ampliado em todos os segmentos da nossa sociedade.

            A saga dos trabalhadores do comércio é impressionante, foi marcada por muita luta, para que suas conquistas fossem legitimadas. É bem verdade que há um crescimento do desenvolvimento tecnológico, mas nunca será substituída a figura daquele que atende, que sente as emoções do consumidor e sabe contornar as suas objeções e atender prontamente as suas necessidades.

            O Dia do Comerciário é uma data que comemora uma conquista histórica. A mobilização, no ano de 1932, de cinco mil comerciários, viabilizou a conquista da jornada de trabalho de oito horas diárias - naquela época, não havia definição de carga horária - e o repouso também nos domingos e feriados.

            Portanto, celebrar o Dia dos Comerciários é uma justa homenagem àqueles que cuidam do comércio do País. Comemorar esse encontro, esse 3º Congresso Nacional, faz parte da missão desta Casa, que os recebe numa sessão tão bonita, tão participativa, para demonstrar a importância que o Senado Federal dá a essa importante categoria.

            Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para, como Vice-Presidente da Confederação Nacional do Comércio e Presidente recém reeleito do sistema local Fecomércio, Sesc Senac, aqui do Distrito Federal, com orgulho falar das ações que essas instituições fazem pelos comerciários, mais precisamente falar aqui do DF, uma vez que não tenho os dados nacionais, mas todos conhecem.

            O Sistema “S” - e aí engloba todos - oferece, desde 1942, relevantes serviços em educação, esporte, cultura, lazer, ação social, saúde, alimentação, aos trabalhadores dos seus respectivos segmentos produtivos.

            Após seis décadas, os resultados da atuação, por exemplo, do Sesc demonstram que a decisão de criar uma entidade voltada ao bem-estar social, administrá-la e mantê-la com recursos próprios foi acertada.

            Hoje, o Sesc está presente em todas as capitais do País e em mais de 2.800 municípios brasileiros, de pequeno e médio portes. Em muitas delas é a única alternativa que a população tem para ter acesso, por exemplo, a creche, educação infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, pré-vestibular, medicina alternativa, apoio odontológico, nutrição, cinema, teatro. E no que toca ao teatro, quero citar aqui, no Distrito Federal, o caso da Ceilândia e do Gama. Instalamos duas unidades, uma em Ceilândia e outra no Gama. Essas cidades não possuíam nenhuma sala de espetáculo, e, hoje, a Ceilândia tem um teatro de 450 lugares e o Gama, uma sala de 400 lugares, sala para cinema. E o que é mais interessante: as pessoas mais simples, que nunca tiveram acesso a uma sala de espetáculo frequentam. São pessoas simples, é verdade, mas tratam essas instituições como delas. Preservam não pichar, não riscam. Eu me sinto sinceramente orgulhoso quando vejo isso. Portanto, música, artes plásticas, dança, artesanato, biblioteca, esportes, ação comunitária e assistência especializada. Percebemos isso. É claro que não é aquilo que seria desejável, mas é possível ser feito por uma instituição como o Sesc.

            Essas atividades, Sr. Presidente, nobres colegas e homenageados desta manhã, compõem o leque amplo de serviços que o Sesc oferece aos trabalhadores de bens e serviços e à comunidade em geral. Claro que em especial ao nosso público alvo que são os comerciários.

            Não poderia falar do Sistema “S”, sem mencionar o funcionamento das instituições que represento, com muito orgulho, como presidente, como disse, do sistema Fecomércio DF Sesc Senac, e Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae - também sou presidente do Sebrae, do Conselho Nacional.

            E é em nome dessas entidades que homenageio a todos os comerciários, merecedores que são do nosso reconhecimento e apreço.

            Tenho me esforçado diariamente para aperfeiçoar o trabalho dessas instituições, buscando ampliar um número de atendimentos, a abrangência e a qualidade dos serviços que oferecemos.

            E temos crescido muito, Sr. Presidente, senhoras e senhores convidados homenageados!

            Em 2001, por exemplo, aqui no DF, fizemos 4 milhões e meio de atendimentos, o que já era um número expressivo. Mas alcançamos em 2009 a marca de 25,1 milhões de atendimentos. Esperamos que em 2010 esse número seja ainda melhor. É como se tivéssemos multiplicado por cinco, e isso não foi por acaso, e sim fruto do gerenciamento estratégico e sempre preocupado em satisfazer bem a população.

            No Senac, por outro lado, que é o braço da formação profissional, criamos em Brasília duas faculdades, ampliando a oferta da educação profissional aos trabalhadores com quatro cursos de graduação e 12 de pós-graduação. Saímos da oferta de oito para 23 cursos técnicos, coisa que tanto nos aflige no País - e o Senador Paulo Paim é um dos que lutam pelo ensino técnico. E este ensino comemora agora 100 anos. Praticamente, ficamos em 100 anos com o mesmo número de escolas técnicas. O objetivo é chegar a 2011 com 400 escolas técnicas no Brasil.

            Então, ampliamos de oito para 23 cursos técnicos no ano de 2002. Aumentamos de 80 para 240 ofertas de curso de formação inicial e continuada. Criamos uma editora muito premiada, inclusive, internacionalmente. Criamos cinco livrarias, três lanchonetes-escola, um café cultural, um posto-escola, um centro de produção de alimentos. Implantamos mais de três centros de educação profissional, um no Gama, em Sobradinho e Asa Norte. Ainda é muito pouco. Mas desenvolvemos uma ação móvel que cobre todo o Distrito Federal dando curso de pequena duração, com eventos diferenciados aos mais carentes. Oferecemos educação a distância com 8 cursos de pós-graduação e dezenas de cursos básicos.

            Em todos os casos, as nossas ações são voltadas para que o aluno trabalhador para que ele possa obter o primeiro emprego, ou possa progredir no seu trabalho ou gerenciar o seu empreendimento.

            Tudo isso fez com que, nessa nossa gestão à frente do Senac, nós fizéssemos uma comemoração, porque nós chegamos no ano passado há mais de 300 mil alunos e fechamos, em toda a história do Senac, em Brasília, com um milhão de alunos matriculados. Um milhão. Isso parece um número pequeno, mas é um bom número, apesar dos 46 anos, aqui no DF. Um milhão de alunos passaram pelos bancos escolares do Senac, no Distrito Federal. 

            Esses dados que eu estou citando são do Distrito Federal. Mas os dados nacionais são de uma amplitude incomensurável, porque também o Senac está presente em mais de 2.800 Municípios brasileiros, inclusive, nas regiões ribeirinhas do Amazonas com a Balsa Escola, ensinando alguns cursos para aqueles que querem se dedicar à vida dos comerciários.

            Caros comerciários, Srs. Representantes dessa classe laboriosa, todos esses serviços estão à disposição deles, dos comerciários. Vocês são nossos clientes preferenciais, comerciários, sabemos de sua importância, reconhecemos o seu valor. Parabéns, portanto, não apenas pelo Congresso, mas pelo seu dia. É por vocês que nós lutamos. Sabemos das dificuldades que enfrentam, dos desafios a serem vencidos, mas, juntos, construiremos um Brasil melhor para todos nós.

            Como Senador do Distrito Federal, presto esta justa homenagem aos senhores, colocando-me ao inteiro dispor de todos, comerciários e seus dependentes, aqui no Senado Federal, no Sistema Fecomércio, Sesc/Senac do Distrito Federal.

            Ao lado de Senadores tão valorosos como o Senador Paulo Paim e Senador Mão Santa, esperamos encontrar o caminho que seja benéfico a todos.

            Muito obrigado e felicidades.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/05/2010 - Página 22882