O SR. JOÃO TENÓRIO (PSDB - AL. Para uma comunicação inadiável.) - Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, é com muito pesar, mas ao mesmo tempo com o espírito pleno de boas lembranças por ter tido a oportunidade de sua convivência, que registro o falecimento do empresário alagoano Luiz Carlos Maranhão.

            Nascido pernambucano, em 11 de abril de 1940, deixa sua esposa Ana Emília e seus filhos Renata, Cláudia, Adriana, Ernesto, Gerônimo e tantos netos.

            Luiz Carlos, como assim era por nós nominado, teve sua vida dedicada a três paixões além dos familiares e amigos: a atividade empresarial, o gosto pela literatura e um amor ardente pelo Nordeste.

            Empresário compulsivo, se dedicava com garra inigualável e visível competência ao ativismo da cana-de-açúcar e suas conseqüências.

            Colecionador de livros, devorava-os degustando o prazer que o conhecimento, a arte e a informação lhe proporcionavam. Luiz Carlos era, sem dúvida, o detentor da maior biblioteca particular de Alagoas e quiçá do Nordeste. Era como assim nós chamávamos o nosso José Mindlin.

            O seu amor pelo Nordeste, sua outra paixão, era tamanho que o fazia volátil nas suas preferências políticas.

            Escolhia sempre como seus candidatos preferenciais aqueles que apresentavam propostas de políticas públicas que contemplassem ações atenuantes às incompreensíveis desigualdades regionais que, se implementadas, poderiam significar um Nordeste melhor e, como conseqüência, um Brasil mais justo e igual.

            Decepcionava-se e desiludia-se quando compreendia que toda agenda política que prometia aquelas ações públicas eram apenas panfletos eleitoreiros.

            Assim, Srª Presidente, gostaria que fosse transcrito para os Anais da Casa esta singela manifestação de pesar, e que a Mesa, em solidariedade, me acompanhasse nessa iniciativa que louva o meu querido inesquecível Luiz Carlos de Albuquerque Maranhão.

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