Discurso durante a 88ª Sessão de Premiações e Condecorações, no Senado Federal

Entrega do Diploma José Ermírio de Moraes aos agraciados, Senhores José Alencar Gomes da Silva, Jorge Gerdau Johannpeter, João Claudino Fernandes e, em memória, Senhor José Ephim Mindlin.

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Entrega do Diploma José Ermírio de Moraes aos agraciados, Senhores José Alencar Gomes da Silva, Jorge Gerdau Johannpeter, João Claudino Fernandes e, em memória, Senhor José Ephim Mindlin.
Publicação
Publicação no DSF de 02/06/2010 - Página 25258
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, EMPRESARIO, RECEBIMENTO, DIPLOMA, PREMIO, SENADOR, RECONHECIMENTO, CONTRIBUIÇÃO, INDUSTRIAL, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Pela Liderença. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Marconi Perillo, Parlamentares presentes, meus senhores e encantadoras senhoras aqui e que nos assistem pelo Sistema de Comunicação do Senado, eu sou do Partido Social de Cristo, cristão. Eu aprendi com ele o melhor discurso, João Claudino, foi o Pai Nosso, de 56 palavras, um minuto. Não foi, Pedro Simon? Então serei breve.

            Vamos começar aqui com José Alencar Gomes da Silva. Eu, ungido, do Partido Social Cristão, fui o primeiro que disse que V. Exª seria Presidente da República. Este País era uma zorra. Todo mundo vivia, todo mundo, prefeito nem se fala, eu fui prefeito. Tinha a Aro, Antecipação de Receita Orçamentária. Os que perdiam eleição lá no Nordeste iam ao Bic, tiravam o dinheiro e aí era um rolo. Isso era um rolo, este País era uma zorra, aí o estadista Fernando Henrique Cardoso com Pedro Malan, que merece um busto, com Pedro Parente, descendente do Piauí, foram negociar essa dívida. Gadelha, do meu Partido, vem, quis Deus. É o seguinte: aí paga 13 e 11%. Eu sei que, no Piauí, era para pagar 13% da receita. Aí, quando saiu de São Paulo, 11. Eu digo: eu não assino esse diabo. Como é que São Paulo pode pagar menos? Aí foi nesse Pedro malandro. Aí a gratidão do Pedro... Não assino. Os caras se zangaram lá, os técnicos. Que mãe é essa? Que pai é esse que o filho mais pobre... E assinamos. Mas ninguém gosta de pagar, não. Eu não gostei, mas tinha que pagar.

            Mas esse era o País. Aí nós viemos apelar aqui, no Senado. Este homem, este Senador da República, este mineiro, bravo: “Isso está errado. Vão acabar os Estados, os Municípios. Isso eu reduziria era para 5%”. Eu disse: está aí o homem. Seja candidato a Presidente, já tem o nosso voto. E Deus escuta. Eu sou do Partido de Jesus. Não foi, mas foi.

            Este País tem uma coisa interessante: é rico de Vice-Presidentes, Marconi - Floriano Peixoto era um Marechal, tomou ali e tal; o próprio Sarney foi Vice-Presidente; o nosso Itamar; o mineiro Aureliano Chaves; o Marco Maciel - e bons, extraordinários Vice-Presidentes. E V. Exª está aí.

            Então, eu quero fazer, permita-me, uma saudação a Juscelino Kubitschek. V. Exª é dos mineiros que mais se aproximam, porque ele disse aquela frase que me encanta: “É melhor sermos otimistas. O otimista pode errar, mas o pessimista já nasce errado e continua errado”. V. Exª, com todas as adversidades, é o sorriso. E eu sei o porquê. Porque a sua Adalgisinha, a Maria Letícia, está sempre o acompanhando.

            Mas eu queria fazer uma saudação. Esse negócio de “cara” é negócio de americano. É um romance bom, foi um cara que fez um livro, leiam: Jesus Cristo para Presidente. É bom. É interessante. Candidato disse que era Jesus, que tinha essa missão e ia ser Presidente, faz a campanha. O livro é bom, Marconi. V. Exª está se candidatando a Governador. As pregações. Aí começaram a dizer: “Ele é o cara, ele é o cara”. E esse negócio de “cara”, está aí o rolo. Mas eu fico mesmo no Brasil e no Juscelino. Então, eu quero fazer a minha saudação, lá do Nordeste.

            Olhe, eu estudava em Fortaleza, em 1960, pré-vestibulando. João Vicente Claudino, desliga o telefone, rapaz. É o seguinte: lá, em Fortaleza, onde você estudou, tinha aquele abrigo que é dos mais antigos, na Praça do Ferreira. Tomava um cafezinho, o Pedro da bananada, torcedor do Vasco. Aí o Juscelino, nos últimos dias do governo, foi visitar Fortaleza. O cearense é meio moleque. Eu estudei lá. Eu digo isso com carinho. Senador Heráclito, aí ele ia à assembleia, aqueles Deputados todos o acompanharam, foram tomar um cafezinho, pela figura simpática do Juscelino. No fim, satisfação do cumprimento da missão, como V. Exª está com um sorriso aí. Então, lá no cafezinho, os deputados em torno, e os estudantes olhando, aí tinha um caboclo, um nordestino brabo, chapéu, aquele queria encostar, mas o Deputado Gadelha não deixava. Você sabe como é, tudo de paletó. E ele não resistiu. E o abrigo tinha um som que dava eco, era baixo. Aí ele olhou assim, não podia se aproximar do Juscelino. Aí ele traduziu a voz do Nordeste: “Ô Presidente pai d’égua”. E eu quero dizer como ele, como todo o Nordeste: V. Exª é esse pai d’égua de que nós falamos, um homem extraordinário.

            João Claudino, V. Exª também. É do Piauí, é um pai d’égua, veio lá do Rio Grande do Norte, se fantasiou da Paraíba, andou pelo Maranhão, pegou a mulher do Ceará, o pai dela foi para a Bahia. Então, V. Exª é o pai d’égua do Nordeste. De uma coisa nós não abrimos mão: V. Exª é unanimidade no Piauí, é unidade. E eu traduzo aqui, porque eu sou o Piauí - eu aqui, a minha história, a minha luta. Luís XIV não diria l’État c’est moi? Eu sou o Piauí. E, em nome desse Piauí, que representamos; o Piauí que expulsou os portugueses, que garantiu a unidade e essa grandeza, somos nós... Estamos aqui eu e o Heráclito. O Heráclito sugeriu, eu sou do Conselho, e fui mais, porque está escrito, do poeta: “Piauí, terra querida/ Filha do sol do Equador/ Pertencem-te (...), nosso sonho, nosso amor!” Na luta, o teu filho é o primeiro que chega.

            Eu disse para o nosso João Tenório, que faz aqui uma festa do Nordeste, desde José Ermírio de Moraes, nós nordestinos... Eu digo, eu assino aqui, eu já tenho um candidato para a próxima, porque o Piauí não vai sair. Esse João Vicente é uma beleza de gente. Foi meu secretário. Foi Deus quem me inspirou. Não sei nem se vai ser de novo, mas que ele foi, foi mesmo. Foi um secretário de indústria extraordinário que tive e um homem zeloso com a coisa pública. Mas eu já botei o nome, está ouvindo, Tenório? V. Exª é o presidente, eu sou do Conselho. Eu só assino os outros se, na próxima rodada, estiver aqui João Claudino Júnior - árvore boa dá bons frutos -, piauiense.

            E Gerdau? Gerdau é um negócio! Antes de Pelé, eu já ouvia falar em Gerdau. Gerdau, os móveis de meu pai - vendia móveis. Fez cem anos. O José de Alencar, no centenário, mandou uma carta para o meu irmão. Gerdau... Eu conheci o seu irmão, o Germano; alegria, felicidade, rodeado das melhores coisas que Deus fez, de mulheres. Eu o conheci. Ô homem simpático! E as mulheres, e tudo. Foi o momento em que eu o conheci. Mas levo essa alegria, essa felicidade. E o nosso amigo aqui, o José Mindlin...

            Olha, queria ficar aqui no Partido Social Cristão. Fé sem obra já nasce morta. Não posso chamar o Mindlin, que é um santo hoje, porque fé sem obra já nasce morta. A fé dele foi com obras. Então, ele obedeceu ao Livro de Deus. Então, ele está no céu.

            Então, dele ficaria a mensagem final, naquilo que eu creio - e V. Exª eu acredito que crê também. Está no Livro de Deus - que Marcondes Gadelha representa lá na Câmara, o partido de Jesus, Social Cristão, e eu aqui -, está no Livro de Deus, Marconi, que a sabedoria...

(Interrupção do som.)

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - ...vale mais do que ouro e prata.

            Então, o Mindlin, cultivando a sabedoria de que fé sem obras nasce morta e com obras é viva, está vivo no céu.

            Isso nós estamos falando não é só para cá, não. Estamos falando pelo sistema de comunicação: as ondas da TV, as ondas sonoras de rádio AM, FM e ondas curtas. Que as minhas palavras cheguem aos céus e a Deus, em forma de reza, de súplica e oração.

            Que Deus abençoe os homenageados, exemplos para o Brasil rico e feliz! (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/06/2010 - Página 25258