Discurso durante a 90ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca de matéria do jornal Brasil Econômico intitulada: "Manaus se consolida como o ABC das Motos". Preocupação com a repercussão da greve dos servidores do Judiciário Federal. (como Líder)

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA INDUSTRIAL. MOVIMENTO TRABALHISTA.:
  • Comentários acerca de matéria do jornal Brasil Econômico intitulada: "Manaus se consolida como o ABC das Motos". Preocupação com a repercussão da greve dos servidores do Judiciário Federal. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 03/06/2010 - Página 26012
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA INDUSTRIAL. MOVIMENTO TRABALHISTA.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, EMPRESARIO, PAI, PREFEITO, MUNICIPIO, JATAI (GO), ESTADO DO AMAZONAS (AM), APRESENTAÇÃO, PESAMES, FAMILIA.
  • REGISTRO, HISTORIA, PROCESSO, CRIAÇÃO, ELOGIO, ZONA FRANCA, MUNICIPIO, MANAUS (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, ESTADO DO AMAZONAS (AM), SAUDAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO, POLO INDUSTRIAL, PRODUÇÃO, MOTOCICLETA, SUPERIORIDADE, INVESTIMENTO, AMPLIAÇÃO, NUMERO, FABRICA, COMPONENTE, MONTAGEM, AUMENTO, OFERTA, EMPREGO, ANALISE, EXPANSÃO, MERCADO.
  • APREENSÃO, GREVE, SERVIDOR, JUDICIARIO, PARALISAÇÃO, JUSTIÇA FEDERAL, DIVERSIDADE, ESTADOS, REGISTRO, SITUAÇÃO, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ADESÃO, TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO (TRT), JUSTIÇA DO TRABALHO, REIVINDICAÇÃO, PLANO DE CARGOS E SALARIOS, ACUSAÇÃO, GOVERNO, OBSTACULO, NEGOCIAÇÃO, PROTESTO, ORADOR, NEGLIGENCIA, PREJUIZO, CIDADÃO, USUARIO, COBRANÇA, DIALOGO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            Requeiro, antes de tudo, voto de pesar pelo falecimento, no Município de Jutaí, Amazonas, do empresário Pedro Costa de Souza, pai do Prefeito do Município, Sr. Asclepíades Costa de Souza.

            Requeiro, nos termos do art. 218 do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, seja consignado, nos Anais do Senado, voto de pesar pelo falecimento, em Jutaí, Estado do Amazonas, no mês de maio de 2010, do empresário Pedro Costa de Souza, pai do Prefeito daquele Município, Sr. Asclepíades Costa de Souza.

            Requeiro mais: que este voto de pesar seja encaminhado, com as condolências desta Casa, aos familiares do empresário, por intermédio do Prefeito de Jutaí, Sr. Asclepíades.

            Aos 83 anos de idade, faleceu, no mês de maio último, o Sr. Pedro Costa de Souza, empresário de largo círculo de relações, em Jutaí, no meu Estado. Pai de sete filhos, entre eles o Prefeito do Município, Sr. Asclepíades Costa de Souza. Ele deixa viúva a Srª Clarisse Gomes de Souza.

            O voto que requeiro ao Senado da República é demonstração de pesar pelo falecimento desse digno empresário amazonense.

            Mas, Sr. Presidente, tenho vindo com freqüência a esta tribuna falar sobre o êxito do Projeto Zona Franca de Manaus, uma criação - devo reconhecer - do regime militar, que tanto combati. Foram principalmente o Presidente Castello Branco e seu Ministro do Planejamento, Roberto Campos, que tiveram a visão da necessidade de criar um impacto econômico para assegurar o desenvolvimento de uma região essencialmente estratégica, como a Amazônia. Lançaram, então, o projeto de maior êxito para o desenvolvimento regional. A Zona Franca, que começou como pólo comercial, onde se podia comprar com isenção ou redução de impostos, mercadorias vindas do exterior, e que foi, com o tempo, virando o que é hoje o pujante Pólo Industrial de Manaus (PIM).

            Hoje trago aqui notícia que li com muita alegria e que comprova tudo que venho dizendo. Ela é do jornal Brasil Econômico e diz, no título: “Manaus se Consolida como o ABC das Motos”.

            A notícia diz que, nos últimos três anos, novos fabricantes de motos se instalaram em Manaus, entre as quais, as brasileiras Dafra e Iros, a chinesa Traxx e a japonesa Kawasaki, fazendo com que a cidade se consolide como o “ABC das motos”, num paralelo com o ABC dos carros, em São Paulo. Para este ano, esperam-se investimentos da ordem de US$2,8 bilhões.

            Existem, na Superintendência da Zona Franca da Manaus (Suframa) oito novos projetos autorizados, segundo o Coordenador de Projetos Industriais, Sr. Gustavo Igrejas. Se os projetos se concretizarem, o número de montadoras passará de 12 para 14, e o de fabricantes de componentes, de 60 para 66. Eis aí aspecto que vale ressaltar. A agregação de peças e componentes nacionais e locais. Ela é cada vez maior. A Honda, maior montadora de motos, atinge 96%, sendo 60% de componentes regionais. Isso significa mais e mais empregos.

            Voltando à notícia: todo esse crescimento no setor de duas rodas está relacionado à expansão do mercado, que saltou de 574 mil motos emplacadas, em 2000, para 1,9 milhão, em 2008. O Diretor Comercial da Honda, Sr. Roberto Akiyama, segundo o jornal, acredita que em três ou quatro anos esse número chegará a três milhões. Sua empresa, em 2009, elevou a produção anual de 1,5 milhão para 2 milhões de unidades.

            As expectativas dos empresários são de expansão do mercado, porque, hoje, no Brasil, há uma moto para cada 14 pessoas e se pode chegar a uma para cada sete.

            Boa expectativa para nós, manauaras e amazonenses, que vamos nos tornando o ABC das motos.

            Sr. Presidente, em outro breve pronunciamento, anuncio que me chegou às mãos um quadro da greve dos servidores do Judiciário Federal, elaborado pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe), com base em informações até ontem fornecidas pelos sindicatos.

            O quadro é preocupante. A Justiça Federal está quase parada em várias partes do País. No Amazonas, segundo levantamento, a greve está completando 30 dias na Justiça do Trabalho, com adesão de 60% no TRT e no Fórum Trabalhista, onde funcionam 19 Varas. No interior, atinge cinco cidades.

            Passando os olhos pelo documento, vê-se que a situação não é muito diferente em quase todo o País. O movimento, com maior ou menor intensidade, atinge, também, a Justiça Eleitoral e a Justiça Federal. Em alguns lugares só estão funcionando o protocolo e o pagamento. Pode-se bem imaginar o que isso significa para milhares de pessoas, principalmente para simples trabalhadores que aguardam uma audiência de conciliação ou uma decisão que pode representar, para eles, alívio financeiro. A Justiça que já é acusada de morosidade, agora está quase parada.

            O que desejam os servidores? Ora, a aprovação dos Planos de Cargos e Salários. E acusam o Governo de a isso criar obstáculos. Parece claro, de qualquer modo, que o Governo está vendo com certa indiferença o que se passa. Será que lhe parece normal que o Judiciário Federal fique um mês parado ou funcionando precariamente? Será que não pensa na agrura da população, dos trabalhadores? O Governo não pode virar as costas a isso, como se não lhe dissesse respeito. É absolutamente necessário e urgente que abra canal de conversação séria com as lideranças dos servidores, esforçando-se para construir uma solução. O diálogo é o melhor caminho. Espero que o Governo opte por trilhá-lo.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Era o que tinha a dizer.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/06/2010 - Página 26012