O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Obrigado. Sou Vice-Líder do Governo no Congresso e, como a Líder não está aqui, a Senadora Ideli Salvatti, que admiro muito, sei que neste momento estou representando a liderança do Governo no Congresso Nacional.

            Sr. Presidente Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, subo a esta tribuna para falar de dois assuntos: da transposição dos servidores de Rondônia, que foi sancionada pelo Presidente Lula no último dia 11, e das convenções realizadas neste último final de semana.

            Falo primeiro das convenção do PMDB e do Partido dos Trabalhadores que foram realizadas aqui em Brasília.

            Tivemos também outras convenções, como a Convenção Nacional do PDT, que foi realizada no Estado de São Paulo, em apoio também à Ministra Dilma, candidata à Presidência da República.

            Mas eu tive o privilégio, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de presidir a Convenção Nacional do PMDB por um bom período, enquanto o Presidente Michel Temer chegava lá no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. E foi uma convenção extraordinária, diria que uma das convenções mais bonitas da história do PMDB, onde, por mais de 80% dos votos, o Presidente Michel Temer, que é Presidente Nacional do PMDB e Presidente da Câmara dos Deputados, foi indicado e aprovado, votado em convenção, para ser o candidato a Vice-Presidente na chapa da Ministra Dilma.

            Então, Michel Temer teve mais de 80% dos votos, disputou com outros dois candidatos, foi vitorioso, teve uma vitória esmagadora, porque conseguiu, ao longo dos últimos anos, unificar o PMDB em todo o território nacional. Tanto é que teve a sua vitória também na recondução para Presidente do PMDB, onde fui eleito Vice-Presidente Nacional do PMDB e agora, mais uma vez, consagrado nas urnas como candidato oficial à Vice-Presidência da República.

            Então, foi uma convenção realizada com muito sucesso, com a presença maciça dos convencionais de todo o Brasil.

            Tive a oportunidade, também, de participar da convenção do PT, Partido dos Trabalhadores, que foi realizada no dia de ontem, 13 de junho. Nela, também a Ministra Dilma foi eleita, por aclamação, como candidata à Presidência da República.

            Eu diria que a chapa Dilma/Michel Temer é uma chapa perfeita. É uma chapa que reúne uma pessoa como a Ministra Dilma, com uma determinação extraordinária, com capacidade administrativa comprovada por todos os cargos por que passou até agora, com o Presidente Michel Temer, como parceiro de chapa, que tem experiência mais legislativa do que executiva, mas que já foi, também, Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, quando fez um trabalho maravilhoso. A primeira Delegacia da Mulher do Brasil foi instalada em São Paulo, quando Michel Temer era Secretário de Segurança Pública do Estado. Então, é um homem experimentado, tanto no Executivo quanto no Legislativo, e um conciliador. Ele conseguiu unificar o PMDB, o maior Partido do Brasil. Essa não era uma tarefa fácil, mas ele conseguiu, por meio do diálogo e da perseverança, unificar o PMDB em todo o território nacional.

            Então, a eleição ainda está pela frente, a campanha começa a partir do dia 5 de julho, depois do registro das candidaturas, mas já se desenha uma campanha vitoriosa.

            Acredito que a chapa da Ministra Dilma e do Presidente Michel Temer deve obter êxito também, assim como obteve nas convenções, na disputa eleitoral de 2010, para continuar o trabalho que está sendo feito pelo Presidente Lula, com sucesso absoluto, com índices de crescimento acima dos da maioria dos países ricos, dos países desenvolvidos. O Brasil, hoje, dá um show de crescimento econômico, depois da crise global. Devemos crescer, neste ano, em torno de 7% a 8% do Produto Interno Bruto (PIB), assim gerando emprego e renda para a população do nosso País e tirando, com certeza, nos próximos anos, assim como aconteceu no passado, milhões e milhões de brasileiros da linha de pobreza para a classe média.

            Eu queria, Sr. Presidente, falar um pouco da transposição dos servidores do Estado de Rondônia. Nós trabalhamos muito. Não foi por falta de trabalho que não obtivemos sucesso total. Não sabemos ainda ao certo, mas esse projeto já foi sancionado.

            Chega ao plenário o Presidente José Sarney, que também teve papel importante na convenção de que acabei de falar.

            Presidente Sarney, na convenção vitoriosa, o Presidente Temer foi eleito com mais de 80% dos votos, e, da mesma forma, ocorreu com a Ministra Dilma. Ela foi aclamada ontem. Nem foi uma votação, mas, sim, uma aclamação em torno do nome dela para candidata à Presidência da República.

            Eu disse que a Ministra Dilma e Michel Temer formam uma chapa perfeita. A experiência administrativa da Ministra Dilma já foi comprovada em vários cargos que ocupou nos Estados e em nível nacional, e Michel Temer já foi Secretário de Segurança Pública de São Paulo, já foi Presidente, por várias vezes, da Câmara dos Deputados e Presidente Nacional do PMDB, também por várias vezes. Então, é um homem talhado, que vai, com certeza, ajudar muito a Ministra Dilma a governar o nosso País e a dar continuidade ao progresso e ao desenvolvimento do nosso País.

            Eu falava também da transposição dos servidores de Rondônia.

            V. Exª é Senador pelo Estado do Amapá e já foi Presidente da República, justamente na época em que Amapá e Roraima tiveram seus servidores de ex-territórios integrados aos quadros da União. Nós, do Estado de Rondônia, há dezoito anos, esperamos por esse benefício. Travamos uma grande luta no Senado e na Câmara e aprovamos esse projeto, com êxito, nas duas Casas. O Governo demorou um pouco a mandar o projeto para regulamentação, e resolvemos colocar isso, de acordo com os sindicatos e com a Bancada Federal, numa medida provisória, que foi a Medida Provisória nº 472, relatada por um Senador também da Região Norte, do Estado de Roraima, o Senador Romero Jucá, que é o Líder do Governo nesta Casa.

            Recebemos a notícia - já comprovada, porque foi publicada no Diário Oficial de hoje - de que o Presidente Lula sancionou essa Medida Provisória na sexta-feira, dia 11, e que ela veio com alguns vetos para cá. Ainda não conseguimos analisá-la. Coloquei a assessoria do meu gabinete, com a consultoria do Senado e com assessores de outros gabinetes da Bancada de Rondônia, para fazer um estudo minucioso da sanção e dos pequenos vetos que ocorreram no texto desse projeto. A partir de amanhã, mais provavelmente na quarta-feira, marcaremos uma reunião em Rondônia, com os sindicatos e com os membros da Bancada, para discutirmos essa Medida Provisória, a sanção e os vetos do Presidente Lula.

            Quero tranquilizar os servidores de Rondônia, porque, neste momento de angústia e de apreensão, saem muitas notícias desencontradas. Mas, somente depois de um estudo, porque é uma matéria muito complexa - sempre o foi -, é que vamos poder detalhar para os sindicatos e para os servidores de Rondônia o que foi sancionado, aprovado, e o que foi vetado, para a gente traçar outras estratégias para aquilo que foi vetado e para agradecer por aquilo que foi sancionado.

            Acredito que, em sua maioria, nossas pretensões, as pretensões dos servidores de Rondônia foram atendidas nessa sanção presidencial - falo da maioria dos servidores da educação, da saúde, da Polícia Civil, da Polícia Militar.

            Não está muito clara - e também isto não estava muito claro no texto redigido pelo Ministério do Planejamento - a questão das empresas estatais, da Ceron, do Caed, do Beron, da Teleron e das empresas de economia mista. Há uma possibilidade grande de entrarem também essas empresas.

            Quanto aos Poderes, da mesma forma, isso também ainda não está muito claro no projeto sancionado pelo Presidente da República, mas a equipe de técnicos está discutindo a questão, para que possamos dar, com clareza, uma informação mais precisa a partir de amanhã e de quarta-feira.

            Já está marcada uma reunião para quarta-feira, às 9 horas, em Porto Velho, com os sindicatos e com a Bancada Federal. Nela, vamos esclarecer todas essas questões.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.

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