Discurso durante a 99ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Apresentação de propostas do PSDB e partidos coligados para o próximo pleito presidencial. Registro da realização de evento, na semana passada, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no qual foi recebido o candidato José Serra e selada a aliança entre PSDB e o Governador André Piccinelli, do PMDB.

Autor
Marisa Serrano (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Marisa Joaquina Monteiro Serrano
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Apresentação de propostas do PSDB e partidos coligados para o próximo pleito presidencial. Registro da realização de evento, na semana passada, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no qual foi recebido o candidato José Serra e selada a aliança entre PSDB e o Governador André Piccinelli, do PMDB.
Aparteantes
Alvaro Dias.
Publicação
Publicação no DSF de 16/06/2010 - Página 29224
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • PROXIMIDADE, INICIO, EXPECTATIVA, CAMPANHA ELEITORAL, DIVULGAÇÃO, PROPOSTA, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), REFORÇO, DEMOCRACIA, LIBERDADE, DESENVOLVIMENTO NACIONAL, CONTINUAÇÃO, PROCESSO, ESTABILIDADE, ECONOMIA, BUSCA, JUSTIÇA SOCIAL, AMPLIAÇÃO, INCLUSÃO, EMPREGO, RENDA, MELHORIA, SERVIÇOS PUBLICOS, DEFESA, BIOGRAFIA, JOSE SERRA, CANDIDATO, SUPERIORIDADE, PREPARO, EXERCICIO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • SAUDAÇÃO, ENCONTRO, ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL (MS), CRIAÇÃO, COLIGAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), PARTICIPAÇÃO, GOVERNADOR, JOSE SERRA, CANDIDATO, REGISTRO, PROPOSTA, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, COBRANÇA, ROYALTIES, EXPLORAÇÃO, FERRO, NECESSIDADE, BENEFICIAMENTO, MINERIO, ANEXAÇÃO, VALOR, PRODUTO EXPORTADO, APRESENTAÇÃO, PROJETO, MELHORIA, RODOVIA, REDUÇÃO, MORTE, ACIDENTE DE TRANSITO, ESCOAMENTO, MERCADORIA, CONSTRUÇÃO, FERROVIA, ACESSO, PORTO, PREVISÃO, ATENDIMENTO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL.
  • ELOGIO, PROPOSTA, SEGURANÇA PUBLICA, CANDIDATO, PROTEÇÃO, FRONTEIRA, INCENTIVO, PRODUÇÃO, ALTERNATIVA, TRAFICO, CONTRABANDO.
  • COMENTARIO, ENCONTRO, ESTADO DA BAHIA (BA), JOSE SERRA, CANDIDATO, ELOGIO, COMPROMISSO, EDUCAÇÃO, PRIORIDADE, ALFABETIZAÇÃO, AMPLIAÇÃO, VAGA, ENSINO PROFISSIONALIZANTE, ATENDIMENTO, DESEMPREGADO, QUALIFICAÇÃO, TRABALHADOR, CURSO DE TREINAMENTO, DIRETRIZ, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Sr. Presidente.

            Srs. Senadores, estamos dando início a um novo processo histórico, porque, a partir desta semana, vamos começar oficialmente a campanha eleitoral. Já estão concorrendo candidatos oficiais de três Partidos e seus Partidos coligados. Vamos mostrar ao povo brasileiro nossas propostas, nossas ideias e nosso caminho. Cada um, cada grupo, cada Partido com seus coligados vai dar seu rumo.

            Todos nós queremos - falo pelo PSDB e Partidos coligados - fortalecer a democracia independentemente de Partido. Falo pelo PSDB, mas tenho certeza de que todos os Partidos pensam em fortalecer a democracia, construindo valores que enalteçam a liberdade e o desenvolvimento da Nação. É importante a gente pensar nisto: na Nação de modo geral, no Brasil. E a melhor maneira de fazer isso, neste momento, será defendendo uma campanha limpa, que obedeça às leis, promovendo a dignidade do nosso povo. Não podemos aceitar o desacato permanente às instituições democráticas. Queremos respeito, decoro, decência.

            O Brasil não pode retroceder. Por isso, não vamos aceitar o jogo sórdido daqueles que apostam no vale tudo para vencer, usando e abusando das benesses da máquina pública para criar um falso referendo, dividindo o povo brasileiro entre ricos e pobres, nordestinos e sulistas, paulistas e mineiros, fazendo da política uma disputa cenográfica, na qual a mentira assume o centro da cena, e o enredo do espetáculo fica por conta de quem ilude com maior eficiência o povo brasileiro.

            Nós do PSDB não queremos isso. Isso seria apostar no atraso. Queremos qualificar a democracia. Queremos debater e confrontar a biografia dos candidatos. Queremos que a campanha eleitoral seja, de fato, esclarecedora, principalmente para a vida de cada brasileiro; para que ele possa escolher o melhor, o mais competente, o mais qualificado, o mais experiente. O direito de livre escolha deve ter como base quem tem mais condições de assegurar um futuro melhor para todos. Considerando os candidatos que estão aí, qual é aquele que pode oferecer um futuro melhor? Aquele cuja biografia, pessoa e história credenciem isso.

            Portanto, a partir de pressupostos objetivos, claros, concretos, tenho certeza de que o povo brasileiro vai escolher.

            Sr. Presidente, desde o advento do Plano Real, o Brasil encontrou o melhor caminho para se tornar uma sociedade desenvolvida. Nessas últimas décadas, foram criadas as bases para a construção de um País menos desigual e socialmente mais justo. Isso nós vimos nas últimas décadas.

            Portanto, Sr. Presidente, é preciso insistir mil vezes na verdade de que ninguém está reinventando o País agora. O País veio de uma construção coletiva. O País hoje é o saldo de tudo aquilo que fizemos de bom, de todas as campanhas de todos os governos passados. Mas, principalmente, nas últimas décadas, o Brasil deu um salto de qualidade. Mostrou um rumo para a sociedade brasileira. Mostrou ao mundo que existimos, uma economia sólida. Não aconteceu agora. Não caiu de paraquedas. Isso foi uma construção feita nessas últimas décadas, que deu condição ao brasileiro de poder chegar hoje e mostrar ao mundo que temos uma economia capaz de passar os solavancos que estamos vivendo nesses últimos anos.

            Portanto, Sr. Presidente, quero dizer que a nossa campanha é a campanha do avanço, o que fizemos, para onde vamos, como avançar, como fazer mais, como fazer melhor.

            Temos certeza de que nessa campanha vamos continuar uma trajetória de reformas para mudar, não só mudar mas, ao mesmo tempo, transformar, consolidando uma economia sustentável, que garanta a todos os brasileiros, à família brasileira uma saúde eficiente, uma educação de qualidade, uma segurança pública que dê tranquilidade à família e, principalmente, garantir uma sociedade mais solidária, mais generosa. É esse o avanço que queremos.

            Queremos ainda, Sr. Presidente, aprofundar as políticas sociais. Vamos ampliar e melhorar o Bolsa Família. Começamos esse processo de inclusão no Governo Fernando Henrique Cardoso. Queremos continuar e avançar, melhorando os fundamentos dessa política social. Vamos criar também novos mecanismos de inclusão social. O Serra tem dito isso sempre, nós temos repetido sempre. Quando ele fala em criar o ministério para o deficiente, é justamente para garantir a inclusão maior, de mais brasileiros. Mas não é só isso que queremos, queremos que todos os brasileiros tenham mais emprego, mais renda, mais facilidade de acesso às compras e, principalmente, melhores serviços públicos.

            Senador Alvaro Dias.

            O Sr. Alvaro Dias (PSDB - PR) - Senadora Marisa Serrano, V. Exª aborda, com inteligência e respeito à sociedade, uma questão que é crucial, que é a agenda de futuro para o País. Essa campanha deveria ser aproveitada para que a classe política recuperasse um pouco de credibilidade junto à opinião pública brasileira. As campanhas eleitorais quase sempre se constituem em campanhas de promessas falsas, projetos megalomaníacos, uma tentativa de iludir a opinião pública, gerando uma enorme e falsa expectativa, que acaba sempre em frustração, o que coloca em descrédito os políticos do País. Então, essa campanha tem de ser exatamente ao estilo José Serra, que é sóbrio, que procura fazer um discurso técnico, quando se trata de oferecer proposições, de apresentar sua agenda de futuro, sem megalomania, sem egocentrismo, sem o culto à própria personalidade. Isso tudo tem de ficar num plano secundário. O projeto de poder alternativo que a oposição pode oferecer tem de conquistar a credibilidade popular para chegar à vitória. Todos nós sabemos que o PT e o Presidente Lula - o Presidente Lula especialmente - comandaram um processo de aparelhamento do Estado. O Estado foi aparelhado, as paraestatais foram aparelhadas eleitoralmente, as instituições que possuem vínculos com o Executivo, muitas vezes um vínculo de promiscuidade, foram aparelhadas também eleitoralmente, como movimentos sociais, quase que de modo geral; organizações não governamentais, muitas delas; cooperativas de créditos... Enfim, houve um aparelhamento gigantesco! E é evidente que, para o confronto com esse aparelhamento, nós temos de aparelhar a população com os nossos sonhos, as nossas esperanças, com os nossos projetos, com uma visão estratégica de futuro. Somente dessa forma nós poderemos vencer as eleições. E esse é objetivo de nosso candidato José Serra. E V. Exª faz muito bem ao expor, da maneira como expõe, as propostas do nosso partido, que todos nós desejamos um Brasil cada vez melhor, porque, realmente, se este País vem avançando, em razão de pressupostos básicos que foram lançados por antecessores do Presidente Lula, certamente ele pode avançar muito mais, e esse é o objetivo do nosso candidato nesta campanha.

            A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Obrigada, Senador Alvaro Dias. V. Exª fala, inclusive, não só no aparelhamento do Estado, mas na partidarização do serviço público. Esse é um perigo enorme para a democracia. E, principalmente, também, garantir as benesses aos amigos do rei. Isso sempre nos preocupa muito.

            Quero dizer que o Senador Alvaro Dias colocou bem que o nosso candidato à Presidente da República, José Serra, é um homem abnegado. A sua trajetória é conhecida de todos. Ele não promete, ele realiza, nós sabemos o que ele faz. É só ver sua história e o que ele já fez. Ele não se sustenta em marketing. Ele faz acontecer. Ele não é um personagem. Ele tem autenticidade: é verdadeiro. É o homem de uma cará só. Ele não fica mudando para se adequar aos figurinos das circunstâncias.

            Meus amigos, na semana passada, realizamos um grande evento em Campo Grande, capital de meu Estado, Mato Grosso do Sul, para receber não só o candidato José Serra, mas porque selamos uma aliança - muito grande - entre o nosso partido e o Governador André Puccinelli, do PMDB. Nós criamos uma frente ampla partidária de apoio a nossas ideias e que, principalmente, garanta que o sul-mato-grossense continue a ter esperança. E é com essa aliança que formamos em Mato Grosso do Sul que nós queremos transformar para o Brasil. Uma aliança de propostas, uma aliança de ideias. Uma aliança que garanta o futuro de nosso Estado, como a gente quer que garanta também o futuro do Brasil.

            Não foi, Sr. Presidente, apenas um mero ato eleitoral. O candidato José Serra deixou ali plantadas as sementes daquilo que o sul-mato-grossense espera de um Presidente da República.

            Eu acredito, e quero ressaltar aqui, pelo menos, três propostas e projetos que foram enaltecidos por José Serra e que vêm ao encontro de tudo aquilo que o sul-mato-grossense espera. Uma delas é a exploração do minério de ferro. Nós temos uma grande jazida de minério de ferro do Urucum, em Corumbá. Essa jazida é extraída e explorada pela Vale. E a Vale retira toda a jazida de minério e, no mesmo local, ela desce o rio Paraguai, passa pelo Paraguai, vai atravessar Uruguai e Argentina e, de porto Palmiras, sai para o mundo. Então, o minério de ferro sai bruto do nosso Estado e do nosso País. Não agregamos valor a nada, Senador Papaléo. E, portanto, não ficamos com nada ou com muito pouco daquilo que sai de Urucum e de grandes jazidas de minério de ferro.

            O que o Serra propõe? Se há royalty para o petróleo, por que não haver também para nossos minérios? Assim será beneficiado não só o Mato Grosso do Sul, mas o Brasil inteiro, dada a riqueza do nosso subsolo. Como há o royalty do petróleo, teríamos também esse para agregar e garantir que ficassem com os nossos Estados, com o nosso País os recursos daquelas companhias que exploram o nosso subsolo e levam sua riqueza para o mundo sem agregar valor, sem fazer com que fique aqui o que precisamos para melhorar nossa saúde, nossa educação, para garantir uma vida melhor para todos os brasileiros. Essa foi a primeira ideia que o Serra teve: trabalhar para isso, para que o minério do nosso subsolo fique também como garantia de riqueza para o povo brasileiro.

            Além disso, há também a questão de uma rodovia muito importante que temos, a BR-163, que vem do Norte do País, passa por Mato Grosso, agrega toda a riqueza do norte do Mato Grosso, áreas imensas de plantação de soja e milho, desce para Mato Grosso do Sul e vai até o Paraná, ao Porto de Paranaguá. Quer dizer, é uma enorme rodovia que vai do Norte ao Sul do nosso País. No trecho entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, começo do Paraná, ela é chamada, principalmente de Mato Grosso a Campo Grande, de rodovia da morte.

            E eu quero dizer que só nesses últimos 12 meses foram mais de 2.200 acidentes, morreram 110 pessoas e ficaram feridas gravemente mais de 800 pessoas. Isso é uma guerra. É uma guerra que se passa nas nossas rodovias. Essa é uma rodovia só, Senador Papaléo; 110 mortos no ano, mais de 800 feridos, mais de 2.000 acidentes. É uma guerra. Agora o senhor imagina as rodovias do nosso País como se acham, como estão, como está a nossa infraestrutura para que o Brasil possa se desenvolver. Aí a gente pensa, olha, o PIB do Brasil está crescendo, nós estamos crescendo, vamos crescer tanto este ano, vamos passar de 7%. Meu Deus do céu!. Como vamos crescer. Como é que o País vai crescer com a infraestrutura que tem? Como é que nós vamos produzir se não temos portos, se não temos aeroportos, se não temos estradas, para poder escoar nossa produção?

            Mas eu quero dizer que o Serra ainda colocou, lá em Mato Grosso do Sul, a questão das ferrovias. Estamos lutando por duas ferrovias. Uma delas sai de uma cidade chamada Maracaju, que é a cidade que mais produz em Mato Grosso do Sul, atravessa o sul do nosso Estado e vai até Cascavel, no Paraná. Para nós é importante essa ferrovia, e o Senador Alvaro Dias sabe disso, porque vai escoar a produção de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, saindo pelo Porto de Paranaguá. Para nós é vital, para a inclusão do Mato Grosso do Sul no desenvolvimento do País. Essa é uma ferrovia que para nós é fundamental e pela qual temos. Mas o Serra falou também de uma outra ferrovia, que sai de Panorama, em São Paulo, atravessa Mato Grosso do Sul e vai até o porto de Porto de Murtinho e aí então vai para o Pacífico.

            São ferrovias como essas, inclusivas, que agregam valor à produção de nosso Estado, que não é só produzir, mas garantir que se pode transportar a produção e pode comercializar aquilo que produz.

            Portanto, nós temos longo caminho a percorrer e essa foi uma questão que José Serra levantou muito em Mato Grosso do Sul, como levantou também a questão da saúde pública, que precisamos melhorar muito, principalmente descentralizando e interiorizando o nosso atendimento.

            E falou, principalmente, de nossa região de fronteira. Ele falou da região de fronteira que nós temos com o Paraguai e Bolívia, para impedir que nossa fronteira seja vista e lembrada apenas como tráfico de drogas e de contrabando.

            O que nós queremos para nossa fronteira, Senador Alvaro Dias? Queremos emprego, queremos que o nosso brasileiro de fronteira tenha vida, que ele tenha esperança, que ele possa produzir e que ele possa se integrar à cidadania do povo brasileiro de cabeça erguida. Não é pensar a fronteira só como tráfico de drogas, como tráfico de armas, como comercialização e contrabando que se faz na fronteira. Nós queremos muito mais. Queremos que o fronteiriço nosso tenha condições de produzir, tenha condições de trabalho. E é isso que o Serra nos disse em Campo Grande.

            Mas quero dizer ainda, Srs. Senadores, que a candidatura à Presidência da República de José Serra nos dá esperança de enxergar um Brasil diferente, que poderá se descortinar no horizonte a partir de 2011. Ele nos traz a confiança de um Brasil melhor, a experiência e a credibilidade de Serra nos dão a certeza de que ele cumpre o que fala. Seus discursos não são meras promessas de ocasião. Seu conhecimento profundo das carências do País é a melhor maneira de superar obstáculos.

            Eu quero aqui dizer, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que sábado passado, em Salvador, foi o lançamento oficial da candidatura de José Serra pelos nossos Partidos - pelo PSDB, pelos partidos coligados. Ele firmou três compromissos com o País, principalmente com a educação - e eu, que sou da área da educação, fiquei feliz.

            O primeiro passo será o de dar prioridade à qualidade do ensino, que exige reforçar o aprendizado na sala de aula, começando por colocar dois professores por sala de aula na primeira série do ensino fundamental. A alfabetização é importantíssima. Sem a nossa criança alfabetizada, ela vai patinando no segundo ano, patina no terceiro, tem dificuldade no quarto e assim por diante. Se é bem alfabetizada na primeira série, ela vislumbra conseguir continuar o seu ensino em patamares diferenciados. Portanto, a alfabetização vai ser vista com prioridade: pelo menos dois professores na primeira série. Essa é a promessa que o Serra fez e que tem condições de cumprir.

            O segundo será a criação de mais de 1 milhão de novas vagas em novas escolas técnicas de nível médio por todo o Brasil.

            Ele fez isso em São Paulo, com as Fatecs, e vai fazer no País. Ele mostrou do que é capaz. Ele, pessoalmente, não é um preposto. É uma figura própria, é uma figura verdadeira e concreta.

            E terceiro de multiplicar os cursos de qualificação, com períodos mais curtos, para os trabalhadores desempregados. Isso é fundamental também. Ficou desempregado, já está sem salário, com dificuldade de se reapresentar como trabalhador, e, principalmente, na procura de novas vagas. Ele precisa estar melhor qualificado para poder superar este momento. E é aí que entram os cursos de requalificação propostos pelo Serra.

            Eu quero dizer também, Sr. Presidente, que tantas outras questões foram levantadas, mas não temos condições de colocá-las aqui. No entanto, quero dizer que nós estamos dando as bases para avançarmos e superarmos rapidamente os retrocessos e os gargalos que ainda temos. Vamos criar oportunidades para o Brasil crescer; vamos criar oportunidades para os brasileiros sentirem mais esperança, para que possamos olhar ao redor e vermos que as coisas estão mudando. Não é só ter o crédito, não é só consumir, não é só comprar. Muito mais do que comprar e consumir nós precisamos de um país sólido, de bases sólidas, que ofereça um desenvolvimento continuado, um desenvolvimento efetivo. E é isso que nós estamos propondo para o Brasil. É um Brasil real, para um país real, e para um povo brasileiro que quer mais.

            Eu quero terminar a minha fala aqui, Sr. Presidente, e dizer que nós queremos que o nosso País, o Brasil, se desenvolva como um país limpo, longe de escândalos, longe de demagogia, longe de tudo aquilo que faz o brasileiro abaixar a cabeça. Nós queremos justamente o contrário. Queremos um Brasil de cabeça erguida, mas um Brasil de cabeça erguida não só pelos problemas econômicos. Ah, vamos estar de cabeça erguida, porque nós estamos crescendo economicamente. Não. Nós queremos estar de cabeça erguida, porque somos um povo decente, um povo que acredita na esperança, um povo que não foge às leis, que respeita as leis, um povo que possa dizer ao mundo que é um povo respeitoso, mas principalmente um povo que quer fazer da saúde e da educação as suas maiores moedas de troca.

            Terminando também, Sr. Presidente, não devemos nos contentar apenas, como eu disse, com a nossa economia e com o nosso consumo. Queremos um Brasil que pode mais, um Brasil que quer mais, um Brasil mais igual e solidário, um Brasil que possa garantir a todos os brasileiros, desde os pequenos brasileiros, como os que estamos recebendo hoje, aqui, de uma escola que está hoje conosco, e uma professora, e dizer que nós queremos um Brasil melhor para todos vocês, para todos os pequenos que estão aqui. Mas queremos um Brasil melhor para os idosos, para os deficientes, para todos aqueles que precisam da mão forte, segura, firme e competente do Governo.

            Eu tenho certeza de que a mão forte e competente do Governo vai estar mudando para as mãos do PSDB, no próximo ano.

            Portanto, Sr. Presidente, Srs. Senadores, deixo aqui o meu libelo de esperança, esperança em um Brasil melhor, em um Brasil que pode mais.

            Muito obrigada, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/06/2010 - Página 29224