Discurso durante a 103ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração dos 15 anos da Redevida de Televisão.

Autor
Flávio Arns (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos 15 anos da Redevida de Televisão.
Publicação
Publicação no DSF de 22/06/2010 - Página 29982
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, EMISSORA, TELEVISÃO, IGREJA CATOLICA, ELOGIO, ATUAÇÃO, VALORIZAÇÃO, FAMILIA, VIDA HUMANA, COLABORAÇÃO, FOMENTO, ETICA, MORAL, JUSTIÇA, PAZ, PROMOÇÃO, CIDADANIA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. FLÁVIO ARNS (PSDB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, convidados, em primeiro lugar, quero lamentar que não tenha estado desde o início das manifestações a favor dos 15 anos da Rede Vida de Televisão, porque, nesse período, estava em audiência na Advocacia-Geral da União, discutindo projeto de lei, de autoria do Senador Paulo Paim, a respeito de uma situação que aflige aposentados, pensionistas e mesmo trabalhadores da ativa em relação à Aerus, aos funcionários das companhias aéreas. Mas também gostaria de fazer uma homenagem aos 15 anos da REDEVIDA de Televisão, que dizemos “canal da família”. Se cada família no Brasil refletir sobre o que mais deseja para a sua família e para os seus filhos, para os pais, para os seus tios, o núcleo da família, vamos observar, com absoluta certeza, que nós, pais, em primeiro lugar, queremos que nossos filhos e nossas filhas sejam felizes. Ser feliz, entre tantas outras coisas, pode significar querer que nossos filhos e nossas filhas, no Brasil inteiro, tenham posições, tenham pontos de vista definidos, reflitam sobre a realidade, não sejam levados pela realidade, sejam condutores da sua vida e não conduzidos unicamente.

            Nós queremos que os nossos filhos, a nossa família tenha posição na vida. Mas não só posição; posição baseada em valores. Quantas famílias pelo Brasil lastimam que seus filhos e suas filhas não desenvolveram valores! E nós percebemos isto aqui em Brasília e no Brasil inteiro: quanta violência entre os jovens! E os pais se questionam: por que a violência? Onde estão os valores? Por que colocar fogo no índio, por exemplo, em Brasília? Por que atacar as outras pessoas? Onde é que estão os valores? Quer dizer, ter posição na vida baseada em valores: solidariedade, humanidade, amizade, ética, justiça, paz. É isso que nós desejamos nas nossas famílias.

            Quando nós pensamos nessas posições baseadas em valores, nós pensamos no que é mais fundamental e que todo mundo defende, independentemente de professar uma denominação religiosa - essas questões são importantes para católicos, para protestantes, para espíritas e para ateus; os ateus também defendem os pontos de vista baseados em valores -: queremos paz, queremos justiça, queremos solidariedade. Solidariedade, em outras palavras, eu diria, é nos colocarmos na pele da outra pessoa. Como eu gostaria de ser tratado se eu estivesse do lado de lá? Se eu fosse o pobre, se eu fosse o mendigo, se eu fosse o menino que está consumindo crack, como eu gostaria de ser tratado se eu estivesse lá? Se nós tivéssemos isso, teríamos um País diferente.

            Mas eu quero lembrar o anseio da família. O que queremos para o nosso filho, para a nossa filha para que eles sejam felizes? Falamos muito isso na área das pessoas com deficiência. O que é necessário para que o filho ou a filha com deficiência seja feliz? Nós, como pais, sempre dizemos: queremos que o filho tenha chances, tenha oportunidades na vida. Que ele tenha, como ser humano, os seus direitos respeitados. Nós, como família, queremos isso. Quantos pais, pelo Brasil, dizem isto: quero que o meu filho estude, que ele tenha a chance na educação que eu não tive para ser alguém na vida! Quantas famílias precisam de casa, de residência, inclusive para evitar a violência! Quantas famílias estão lutando por saúde, por remédio, por condições básicas, por uma política de assistência concreta! Quantas famílias querem trabalho, como condição fundamental, renda, para ter uma vida digna! Quantas famílias estão dizendo: o meu filho, a minha filha precisa de remédio porque tem uma doença crônica! E os idosos precisam de apoio para ter uma vida digna, fruto da contribuição que já deram para a sociedade. Então, é a família.

            O que nós queremos? Nós queremos que os nossos filhos tenham, de fato, opiniões, opiniões baseadas em valores e que respeitem os direitos humanos. Cidadania, dignidade, vida melhor, chances, oportunidades para contribuir, como acabou de ser dito, para um país mais justo em que as pessoas todas sejam valorizadas. Isso é a REDEVIDA. É o canal da família! É isso o que eu quero enfatizar. REDEVIDA, canal da família! Independentemente de ser católico, como foi colocado, de ser cristão. Mesmo que não professem, como eu disse, a denominação religiosa, quantos ateus pelo Brasil vão dizer: eu defendo tudo isso, porque isso faz parte da humanidade, do bom senso, do senso de justiça que os bons cidadãos têm desenvolvido. E todos têm de desenvolver o senso de justiça. E a paz na sociedade virá como conseqüência da justiça. É o canal da família.

            Eu penso assim: são 15 anos de caminhada a favor da família.

            Que esta caminhada continue discutindo, refletindo, oportunizando tomada de posições dos jovens, das famílias, desenvolvendo valores, colaborando para que direitos humanos se transformem em realidade.

            Esse é um canal da família, é a vida. Vida é justamente isto: vida é reflexo, é o resultado de tudo isso colocado em prática, em ação, transformando direitos em realidade.

            Parabéns, portanto, para a REDEVIDA! Parabéns pelos 15 anos e que continue a fazer esse trabalho extraordinário de construção de cidadania. Parabéns!

            Que a sociedade toda possa continuar - porque já acontece isto - olhando para a REDEVIDA e dizendo que tem um objetivo bem definido, uma estratégia bem definida, que é a favor da vida. Que continue esse reconhecimento não só do Senado Federal, mas da sociedade toda. O Brasil precisa de iniciativas dessa natureza. Nós queremos que o Brasil seja um País desenvolvido, porém, baseado em valores, em dignidade, em respeito, para que seja desenvolvido economicamente, mas principalmente bom e justo para o seu povo.

            Parabéns!

            Obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/06/2010 - Página 29982