Discurso durante a 104ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre o editorial do jornal Folha de S.Paulo, de hoje, intitulado "Procura-se Engenheiro".

Autor
Cristovam Buarque (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DO MEIO AMBIENTE. POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA. ENSINO SUPERIOR.:
  • Comentários sobre o editorial do jornal Folha de S.Paulo, de hoje, intitulado "Procura-se Engenheiro".
Aparteantes
Eduardo Suplicy, Kátia Abreu.
Publicação
Publicação no DSF de 23/06/2010 - Página 30729
Assunto
Outros > POLITICA DO MEIO AMBIENTE. POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA. ENSINO SUPERIOR.
Indexação
  • IMPORTANCIA, DISCURSO, KATIA ABREU, SENADOR, ESCLARECIMENTOS, PROJETO DE LEI, REFORMULAÇÃO, CODIGO FLORESTAL, OPINIÃO, ORADOR, NECESSIDADE, CONCILIAÇÃO, PRODUÇÃO, PROTEÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • LEITURA, EDITORIAL, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CARENCIA, ENGENHEIRO, MERCADO DE TRABALHO, DESPREPARO, ALUNO, CONCLUSÃO, GRADUAÇÃO, REGISTRO, DESPESA, EMPRESA, TREINAMENTO DE PESSOAL, EFEITO, PREJUIZO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.
  • CRITICA, PRIORIDADE, BRASIL, PRODUÇÃO, PRODUTO PRIMARIO, PRODUTO AGRICOLA, MINERAL, NECESSIDADE, INVESTIMENTO PUBLICO, CIENCIA E TECNOLOGIA, MELHORIA, QUALIDADE, CURSO SUPERIOR, QUESTIONAMENTO, OMISSÃO, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, PROPOSTA, ATENDIMENTO, EDUCAÇÃO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Mão Santa, Senadores, Senadoras, eu havia pedido, Senadora Kátia, a palavra, mas não... Senadora Kátia. (Pausa.)

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Senadora Kátia!

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF) - Senadora Kátia, eu havia pedido a palavra não para um aparte, mas para um comentário. O seu discurso realmente é impactante, é impressionante, bem articulado e merece uma reflexão muito grande de todos nós.

            A sensação que fica hoje é que nós estamos divididos entre aqueles que defendem a produção e aqueles que defendem a proteção. A gente precisa combinar essas duas coisas. Eu até estava pensando que a gente precisa inventar uma nova palavra chamada “prodeção”, uma mistura de produção com proteção.

            Tenho certeza de que o seu discurso, a sua palavra não é contra a proteção necessária. Alguns, dominados por uma espécie de religião, ficaram presos na proteção; e alguns, da outra religião, ficaram presos na produção. A gente precisa criar um diálogo nesse sentido, um diálogo para que as pessoas se livrem do tratamento da produção ou da proteção como coisas religiosas, como coisas de fé, e para que analisemos, cientificamente e eticamente, qual é o ponto de equilíbrio entre a proteção e a produção, levando em conta não as pressões das ONGs internacionais, que não cuidam da proteção lá nas terras deles - tanto que eu não vi um discurso, uma fala, uma faixa, nessa crise do Golfo do México, nenhuma faixa de ONG; não vi barcos do Greenpeace, por quem tenho até certa admiração; nenhum barco do Greenpeace lá perto das manchas de petróleo. A maior tragédia, desde que caiu ali um meteoro, 65 milhões de anos atrás, que destruiu quase toda a vida no planeta. É a pior tragédia. E eu não vejo.

            Então, de fato, a gente tem que sair dessa religiosidade com que se trata o problema ambiental e cair numa visão ética e técnica. Talvez, a senhora seja uma das pessoas que pode levar adiante esse diálogo. O Aldo Rebelo também pode ser um dos intermediários desse diálogo para trazer para o chão os que pensam apenas na proteção e, também, aqueles que só pensam na produção. Porque, como eu dizia, não é ficar preso às ONGs, mas é pensar a longo prazo. E, no longo prazo, de fato, se não cuidarmos de proteger, como a senhora própria defende, nós vamos ter problemas mais adiante, daqui a 50 anos, que é amanhã, do ponto de vista da nossa preocupação.

            Eu fico feliz com o seu discurso. Ele é provocador e permite que a gente comece a pensar de uma maneira mais científica e também ética de compromisso com as futuras gerações. Eu gostaria de me colocar ao seu dispor para ser um dos intermediários, não com as ONGs, mas entre nós, para discutirmos sem religiosidade, nem do lado da proteção, santa proteção, nem do lado da santa produção. Vamos criar a “prodeção”, uma produção definida num nível tal que seja possível garantir que as futuras gerações não vão pagar um preço alto pelo excesso de produção de hoje.

            A Srª Kátia Abreu (DEM - TO) - Muito obrigada, Senador. Quero apenas informar, Senador Cristovam, que, na Inglaterra, o Ministério da Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente são um só, tamanho é o grau de entendimento e de racionalidade com relação a esses temas. Infelizmente, aqueles que mais gritam e que pretendem ser os grandes e únicos protetores do meio ambiente não querem o diálogo; eles vivem do conflito, eles se alimentam do conflito. Sem o conflito, eles não são ninguém. Então, eles não têm disposição para nenhum acordo. O Código Florestal de hoje, a que eles estão se agarrando, dizendo que é o melhor do mundo, permite desmatamento com licença ambiental, e o Aldo Rebelo está propondo uma suspensão de qualquer desmatamento por cinco anos. E eles não conseguem dizer isso. Eles estão defendendo um Código que permite desmatamento, inclusive na Amazônia, e o Aldo quer parar o desmatamento no Brasil todo - e nós concordamos - até que cada um faça seu zoneamento. Isso é apenas um exemplo para mostrar que muitos não querem o diálogo, não querem o fim do conflito, porque se sustentam e vivem dele. Há uma boa parte de ONGs que são racionais e que querem colaborar, mas aqueles que mais berram, que mais gritam e que mais confundem as pessoas não querem o fim do conflito. Eles vivem, inclusive econômica e financeiramente, do conflito. Muito obrigada.

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF) - Agora, o que vou falar, Senador, tem muito a ver com o que a Senadora Kátia falou, embora por um lado completamente diferente. Ela falou da necessidade de terra para produzir; eu vou falar da necessidade da engenharia para produzir - e fico feliz que o Senador Duque esteja aqui, pois é um dos defensores dessa área.

            Quero ler, Senador Mão Santa - e não demora muito -, o editorial do jornal Folha de S. Paulo do dia de hoje, sob o título “Procura-se Engenheiro”. Ele começa afirmando:

O crescimento econômico vai cobrando a conta das deficiências educacionais que persistem no país. A situação na área de engenharia, conforme mostrou reportagem publicada [...] [na véspera] pela Folha, é dramática.

Entidades do setor estimam que o Brasil perca algo como US$15 bilhões (R$ 26,5 bilhões) por ano com falhas em projetos de obras públicas. O valor, em torno de 1% do Produto Interno Bruto, veio à luz em Curitiba, na semana passada, durante a realização de encontro nacional de engenheiros.

De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), cerca de 150 mil vagas para profissionais formados em engenharia não terão como ser preenchidas até 2012.

            Vejam bem, Senadores: em 2012, esperam-se 150 mil vagas de engenheiros, e nós não vamos conseguir preenchê-las. Não preencher as vagas de engenheiro significa não preencher a meta de produção, porque há uma correlação direta entre a disponibilidade de engenheiros e a produção.

            Prossigo a leitura:

A evasão, nos 1.374 cursos existentes no país, alcança [pasmem!] 80%. [Não são 8%, não estou lendo errado] evadem! Dos 150 mil alunos que ingressam no primeiro ano, só 30 mil concluem os estudos.

            Mas há algo mais grave:

O diretor da Escola Politécnica da USP, uma das mais conceituadas do país, estima que apenas 1 em cada 4 estudantes ingressa no mercado com formação adequada.

            Isso significa que, de cada quatro que entram no mercado, depois de formados, um tem competência para exercer a profissão. Não aparece. Se fossem médicos, apareceriam, talvez, imediatamente. Na engenharia, não aparece; fica naquele custo de que falou o editorial da Folha de S. Paulo, dos 15 bilhões de perda, que a gente paga alto preço pelo custo crescente, chamado custo Brasil, pela perda de mercado.

            Prossegue a matéria:

            Em sua avaliação, dos 30 mil que concluem os estudos, não passam de 10 mil os que deixam as escolas anualmente com a necessária competência. Ele não diz com a alta competência que o mundo de hoje, na economia do conhecimento, exige. Apenas 10 mil engenheiros deixam as escolas, anualmente, com a necessária competência.

            Quando a gente olha para a China, para a Índia, dez mil eles estão formando de doutores. A gente, de engenheiros de graduação, só consegue esses com a competência razoável.

            “O gargalo traduz-se em mais custos e menos competitividade”, como falei há pouco. Muitas delas, empresas, veem-se compelidas a compensar o desequilíbrio com investimentos em cursos próprios e convênios com faculdades.

            Essa é uma das provas da falência do ensino no Brasil. Hoje, as empresas têm de dar cursos, porque os engenheiros que elas contratam não estão preparados. E não estão preparados porque os que ingressam nas escolas de engenharia não chegam a elas preparados. Nós temos um série de fracassos: o fracasso do ensino fundamental leva ao fracasso do ensino médio, que leva ao fracasso nas universidades, nas escolas de engenharia, que leva ao fracasso na produção, na competitividade e na capacidade de produzir.

            “Cerca de 76% das empresas brasileiras possuem programas de treinamento e formação de mão de obra.” Veja que prova do fracasso do sistema educacional brasileiro: 76% das empresas têm curso de formação para a sua mão de obra.

            Isso significa que o custo das empresas é elevado pelo que gasta para formar mão de obra que as escolas deveriam estar formando. Significa que nós pagamos um preço maior ao consumir do que pagaríamos. Significa que temos menos condições de competir lá fora do que nós poderíamos. E aí entra o discurso da Senadora Kátia. Quando mostra a importância da agricultura, Senador Duque, é porque nós estamos perdendo mercado de bens de alta tecnologia no mundo. O Brasil é um País que exporta muito, mas vá olhar lá que você vê: tirando os aviões da Embraer, produto de uma escola de Engenharia, o resto que a gente exporta muito são bens agrícolas e minérios, como é há 500 anos neste País.

            Somos basicamente um produtor de bens primários, agrícolas e minerais. E, no que se refere à indústria, nós somos exportadores de bens tradicionais da indústria, como automóveis, máquinas não inteligentes e, mesmo essas que nós exportamos, se formos olhar o conteúdo lá dentro de conhecimento, foi importado antes de a gente exportar. Os próprios aviões da Embraer têm um conteúdo alto de componentes importados quando se trata da parte de alto conhecimento ali dentro. Os chips não são brasileiros. Os motores não são brasileiros. Aquilo que exige alta engenharia a gente tem de importar.

            E é isso que o editorial de hoje da Folha de S.Paulo mostra, e não demora muito o que estou lendo: “Gasta-se na educação formal e de novo no treinamento corporativo, que não raro vai oferecer ao estudante o que ele já deveria ter aprendido na escola”, mas não aprendeu. “Com isso, em áreas cruciais, como a engenharia, o Brasil vai ficando para trás na competição com outras economias emergentes - ao mesmo tempo em que o preço da mão de obra qualificada se eleva”. Aumentamos o preço da mão de obra daquela pequena que conseguimos. Aumentamos o custo pela deficiências na produção por incompetência e exportamos bens que não têm alto conteúdo de conhecimento. É uma tragédia! É um apagão! Nós nos preocupamos tanto com o apagão de energia elétrica. Esse é o apagão mais grave do que o de energia elétrica. E a gente não se preocupa.

            Daí a importância do editorial de hoje na Folha de S.Paulo, que continua dizendo que:

A Câmara Americana de Comércio pretende entregar ao Governo e aos candidatos à Presidência um documento com análise e proposta para enfrentar a situação.

As principais preocupações voltam-se para a má qualidade dos cursos e para o aparente desinteresse dos mais jovens pela área de engenharia.

            E de onde vem isso? Da educação de base. Nossa educação de base não ensina ciência, não ensina matemática como deveria. O aluno não consegue ter interesse pelas áreas técnicas. E o Brasil vai fracassar por isso. Apenas 7% dos nossos estudantes das universidades públicas estão na área da tecnologia. Na Coréia, é o oposto. Não tem futuro. Não tem futuro a economia que não é capaz de, além da terra, de que a Senadora Kátia falava ainda há pouco, a economia que não tem o outro maior e mais importante de todos os capitais, que é a engenharia, até porque hoje a terra não produziria se não fosse a engenharia agrícola, se não fosse a biotecnologia. A terra está cada sendo cada vez mais um recurso menos importante do que o conhecimento. E o Brasil, com essa imensidão de terra que tem, está deixando de priorizar o capital conhecimento. Mas a terra vai se esgotar. A terra não produz os bens sofisticados que a economia do futuro exige,de que a alta rentabilidade necessita. E isso é mostrado quando a gente vê a conclusão do artigo:

Após um período de expansão contida, o Brasil tem conseguido, nos últimos anos, colher os frutos dos ajustes realizados desde a implantação do Plano Real.

O país dá sinais de que encontra, enfim, um lugar na corrente do crescimento global - mas, se quiser continuar avançando, a economia terá de se mostrar cada vez mais competitiva e o Estado, mais eficiente. Para tanto, a educação precisa estar no topo da lista de prioridades.

            Essa última frase, Senador Mão Santa, eu vou reler: Para tanto, para continuar avançando, a economia... “Para tanto, a educação precisa estar no topo da lista de prioridades”.

            Esse é o editorial da Folha de S.Paulo, que conclui de uma maneira correta: educação. Não disse educação superior nem educação tecnológica; disse “a educação”.

            Nós precisamos entender o que vem sendo dito há tanto tempo: não há educação superior sem educação de base. A educação superior sem educação de base é uma educação frágil e para poucos, e o Brasil precisa de muitos engenheiros e bem preparados. Hoje temos poucos e mal preparados. O erro todo está lá embaixo numa educação de base para poucos e ruim, que faz com que os que chegam à universidade exijam que a universidade gaste tempo para ensinar o que os alunos já deviam ter aprendido no ensino médio e, quando se formam, as empresas gastem dinheiro para compensar o que eles não aprenderam nas escolas de engenharia.

            Não é possível que, até aqui, os candidatos a Presidente não tenham falado desse assunto. Há falta de sensibilidade e de percepção para olhar para o futuro.

            A prisão imediata e a curto prazo desses candidatos a Presidente está fazendo com que, mais uma vez, eles queiram apenas continuar e não fazer uma inflexão; eles queiram continuar e não fazer uma mudança de rumo, que passa por uma revolução na educação, dos primeiros anos até uma reorientação da universidade.

            O Governo Lula colocou muito dinheiro nas universidades, mas não mudou nada. Não basta mais dinheiro. É preciso mudar a universidade. Não basta aumentar o número de alunos. É preciso mudar o perfil das profissões que esses alunos escolhem. O Brasil tem uma universidade prisioneira das áreas das humanas, e o futuro não virá das áreas das humanas. O futuro virá das áreas científicas e tecnológicas, obviamente subordinadas a valores éticos e sociais que dependem das humanas.

            Mas não queremos fazer isso e não vamos conseguir fazer. Enquanto não começarmos a dar matemática e ciências desde os seis anos de idade às nossas crianças, não vamos ter lá em cima os grandes engenheiros de que precisamos. Ninguém consegue fazer grandes pianistas depois que eles chegam aos 18 anos. O pianista começa aos seis. O engenheiro começa aos seis também. Um cientista começa aos seis. E não estamos cuidando dessa engenharia aos seis anos de idade. Assim, não conseguimos cuidar no ensino superior e, então, caminhamos para um fracasso mesmo com alta produção e com altas exportações, mas de ferro, laranja e soja - não de chips. E não há futuro.

            Por isso, o editorial - Senador Suplicy, eu lhe passo a palavra - que li hoje me pareceu tão importante que acho que deve ficar registrado nos Anais desta Casa. Pelo menos um jornal alertou o Brasil, Senador Magno Malta, de que estamos num apagão diante de um desastre - como eles dizem.

            Alertou a nós. Cabe a nós, Senadores, alertarmos as autoridades do Poder Executivo e esperarmos, como cidadãos e brasileiros, que alguém ouça esse grito que a Folha de S.Paulo deu hoje e que eu parabenizo.

            Era o meu discurso, Senador Mão Santa, mas eu passo a palavra ao Senador Suplicy, que, obviamente, sempre que pede a palavra termina engrandecendo o discurso.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Considero importante o pronunciamento de V. Exª, inclusive ao registrar o bom editorial da Folha, hoje, sobre a necessidade de formarmos mais engenheiros no Brasil. E V. Exª tem razão quando diz que a boa formação de engenheiros depende de termos uma excelente educação básica e para um número muito maior de pessoas. Então, é importante o alerta que esses dados levantados pela Folha de S.Paulo ontem e colocados no editorial de hoje fazem a fim de que dediquemos mais recursos à educação brasileira, desde o nível fundamental, básico, até o ensino superior, para que tenhamos o número necessário de engenheiros compatível com o grau de desenvolvimento econômico que desejamos para o Brasil. Gostaria de aproveitar esta oportunidade, Senador Cristovam Buarque, ainda mais que V. Exª, sendo Senador pelo Distrito Federal, é de Pernambuco, e tendo em conta os diversos pronunciamentos hoje aqui realizados a respeito das enchentes de Pernambuco e Alagoas, para aqui transmitir que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu deslocar-se amanhã à noite para, por um dia, na próxima quinta-feira, acompanhar de perto e pessoalmente o que aconteceu ali, os desastres decorrentes das fortíssimas chuvas e das inundações que, inclusive, levaram à morte diversas pessoas. Ainda há poucos instantes, o Jornal Nacional mostrou uma moça que, grávida, estava sendo levada por diversos companheiros, que a estavam ajudando a chegar à Santa Casa, mas, infelizmente, faleceu antes mesmo de fazer o parto.

(O Sr. Presidente faz soar a capainha.)

            O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - Um minuto para concluir!

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Essa foi mais uma das consequências dessas chuvas tão pesadas que ocorrem naqueles dois Estados. Então, avalio como importante o fato de o Presidente Lula considerar relevante acompanhar de perto as medidas que ainda hoje aqui mencionei, que foram anunciadas pelo Governo. Ele, pessoalmente, vai acompanhar de perto as medidas tomadas solidariamente à população de Pernambuco e de Alagoas.

            O SR. CRISTOVAM BUARQUE (PDT - DF) - Agradeço, Senador, e concluo dizendo a minha solidariedade. Estou em contato direto com muitas pessoas pernambucanas como eu, com lideranças de Pernambuco. Sei do sofrimento dessas pessoas, e todos eles contam com o apoio de todos nós desta Casa.


Modelo1 8/16/249:11



Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/06/2010 - Página 30729