Discurso durante a 109ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reflexões sobre as vicissitudes da trajetória política do PSC desde os momentos de fundação chegando à situação atual. Menção à reunião da direção nacional do PSC, que decidiu prestar apoio à candidatura do Sr. José Serra. Críticas ao uso da máquina pública para fins eleitoreiros. Agradecimento pela homenagem recebida da Organização Internacional Brasil Américas. (como Líder)

Autor
Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Reflexões sobre as vicissitudes da trajetória política do PSC desde os momentos de fundação chegando à situação atual. Menção à reunião da direção nacional do PSC, que decidiu prestar apoio à candidatura do Sr. José Serra. Críticas ao uso da máquina pública para fins eleitoreiros. Agradecimento pela homenagem recebida da Organização Internacional Brasil Américas. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 01/07/2010 - Página 32115
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. ELEIÇÕES. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • COMENTARIO, HISTORIA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (PSC), REGISTRO, AUMENTO, NUMERO, DIRETORIO MUNICIPAL, ESTADO DO PIAUI (PI), ELOGIO, ORADOR, COLIGAÇÃO PARTIDARIA, REPRESENTAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), DISPUTA, ELEIÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • CRITICA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PIAUI (PI), CANDIDATO, SENADO, DESRESPEITO, JUSTIÇA ELEITORAL, ANTECIPAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL.
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, DIVULGAÇÃO, INTERNET, REGISTRO, RECEBIMENTO, ORADOR, HOMENAGEM, ORGANISMO INTERNACIONAL.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Senador Jefferson Praia que preside esta sessão, Parlamentares presentes, brasileiras e brasileiros aqui no plenário e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado, Senador Renan Calheiros, Bismarck disse que a política é a arte do possível, do permitido. O nosso José Maria Alckmin, mineiro, disse que política é como as nuvens: a gente olha, está num formato; baixa a cabeça, conversa e olha, mudou tudo. Petrônio Portella, o mais sábio piauiense - está ouvindo, Renan? -, Petrônio Portella, o nosso piauiense...

            O Sr. Renan Calheiros (PMDB - AL. Fora do microfone.) - Grande piauiense.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Ele disse que só não muda quem se demite do direito de pensar. Está vendo, ô Paulo Duque? Descartes: “penso, logo existo”.

            Então, nós somos do Partido Social Cristão. Era do PMDB antes de Ulysses. Ulysses começou essa brincadeira em 74. Eu sei que ele está encantado no fundo do mar. Está vendo, Renan? Em 72, no movimento com Elias Ximenes do Prado, nós tomamos a Prefeitura da ditadura da maior cidade do Piauí. Em 72 - está ouvindo, Duque? -, antes de Ulysses. O negócio de Ulysses aqui foi em 74. Foi longa e sinuosa nossa estrada aqui. Está vendo, Renan? Saí do PMDB porque os aloprados do Piauí iam entregar minha cabeça para o Herodes, o Governador, como entregaram a cabeça de São João Batista, na bandeja, para facilitar a eleição.

            E fomos para o Partido Social Cristão, um Partido bom, puro, criado pelo Pedro Aleixo - mineiro, mineiro de vergonha, Paulo Duque, dos melhores mineiros! Dois mineiros deveriam ter sido Presidentes: um, foi o Tancredo, que se imolou pela redemocratização; e antes dele foi Pedro Aleixo, cabra macho de vergonha. Só isso dá grandeza ao PSC. A ignorância é audaciosa. Um Partido que nasce de um Pedro Aleixo é grandioso. Foi o único que não assumiu a Presidência, e ele era da confiança de Costa e Silva. Lógico, se ele era o Vice-Presidente, foi escolhido no sistema que tinha, porque abruptamente, de chofre, Costa e Silva teve um derrame.

            Então, outros militares... E os militares eram muito fortes, porque havia três Ministros Militares - lembra-se, Renan? - três. Não, o homem não pode assumir, porque se negara a assinar os atos institucionais.

            Então, ele não assumiu. Mineiro, advogado, voltou a Minas e, quando renasceu o pluripartidarismo, ele fundou o Partido Social Cristão, do qual eu sou Líder aqui. Paulo Duque, o Partido tem como símbolo um peixe, que nos lembra Cristo alimentando seus companheiros famintos. E atual, porque peixe também nos lembra Juscelino cantando Peixe Vivo. Um Partido que tem como slogan Ética na Democracia.

            Ética é meio complicado. Max Weber, escritor alemão, diz que ética de convencimento, de convicção e ética de responsabilidade, mas ética é simples: é vergonha na cara. Então, o Partido se propõe, neste momento, a isso. Um Partido que tem um programa sábio, melhor programa de todos esses outros Partidos. Partido novo, tem que entender as coisas.

            Olha, lá na Grécia, Sófocles - não foi esse negócio de PV, Partido Verde, não - foi o primeiro que pensou no ambiente, ô Renan. Como Hipócrates, o pai da Medicina, Sófocles foi o pai do meio ambiente. Ele disse que na natureza, muitas são as maravilhas, mas a mais maravilhosa é o ser humano. Então, o nosso Partido colocou o homem em primeiro lugar. Que beleza de consistência!

            E o mais bonito, Jefferson Praia, é a doutrina. Esse negócio de esquerda e direita eu sempre achei palhaçada, idiotice e ignorância. “Sou de esquerda, sou de direita.” São abestalhados os dois, o de esquerda e o de direita. Isto é negócio de soldado: marcha, direita, esquerda. Isso não tem nada a ver conosco. É ignorância! Eu nunca disse: “Sou de esquerda, sou de direita”. São abestalhados e palhaços quem repete isso, não sabem nem o que estão repetindo. Isso foi lá no Congresso, lá na Inglaterra, no regime democrático monárquico bicameral, em que os que queriam reforma sentavam-se à esquerda, e os que queriam que continuasse como estava sentavam-se à direita. O que é que nós temos a ver com isso? Ficam os palhaços e idiotas repetindo: “Eu sou de esquerda, eu sou de direita”. São é abestalhados! Isso não tem nada a ver com a nossa política. Isso não é doutrina.

            Doutrina é a nossa: social cristã. Cristã, isso é que é doutrina. Deus mandou o filho d’Ele, e o que Ele fez? É isto o que nós vivemos, isto é que é uma doutrina: alimentar os famintos, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, assistir aos doentes, ser solidário com os presos e com os que estão em dificuldade e não só discursar, falar. Jesus discursou. O Pai Nosso - que discurso bonito! -, em um minuto, 56 palavras. Cada vez que o balbuciamos, transportamo-nos destas terras ao céu. E Ele não tinha o som, como nós temos a TV Senado, rádio AM e FM, Hora do Brasil. Ele subia nas montanhas e bradava: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos”.

            “Bem-aventurados” - atentai bem - “os perseguidos pela justiça”, mostrava que a justiça é falha. É uma inspiração divina, mas feita por homens muitos fracos e, outros, corruptos. E aí vai. É a inspiração divina que nós buscamos, mas ela é feita por homens. Então, este é o partido em que eu me orgulho de estar.

            Paulo Duque, lá, no livro de Deus, tem um Tiago que diz: “Fé sem obra já nasce morta”. Isto é o que Cristo ensinou: tem que ter obra. Se não tivesse obra, ninguém ia seguir o Cristo não! Só pela conversa, pelos discursos? Obras: Ele fez os milagres, fez cego ver, aleijado andar, surdo ouvir, mudo falar; tirou o demônios dos endemoniados, limpou os corpos dos leprosos, multiplicou alimentos, fez pães. E atentai bem, Renan: transformou água em vinho, tendo nessa mensagem um gesto de respeito à família que ia se instituir; a sagrada família - era numa boda, num casamento.

            E esse é o meu partido, e esse é o Partido Social Cristão no qual eu entrei. Mas acontece que eu sou só Presidente lá do Piauí. Evidentemente, eles me informaram... Eles têm uma Direção Nacional. O Presidente é o Vítor Nósseis. Agorinha me telefonaram, do Globo. Eu não tenho nada, eu não sou o Presidente do partido. O Vice é o Pastor Everaldo, o Secretário é Antonio Oliboni. Eles me mostraram aqui, Renan, que fizeram, no dia 14 de junho, uma reunião - mostraram ata de reunião que aconteceu no Rio. Eu não fui, eu não sou do diretório nacional. Quem é político sabe, já tinha. Eles decidiram apoiar o Sr. José Serra e me mostraram, para efeito de clareza, que lembraram o meu nome para compor a chapa. Eles me mostraram, eles vieram - esse Diretório, o Presidente e o Vice - e me mostraram, levaram lá. E eu acho que eles erraram. Aliás, todo mundo errou nesta campanha, mas nós temos que aprender, nós estamos aqui é para ensinar, é para aperfeiçoar a democracia, está ouvindo, Valter Pereira? É por isso, o senhor tem razão.

            Luiz Inácio: ninguém discute a liderança dele, mas ele errou. Errare humanum est: erra todo mundo. Quando ele puxou a candidata do bolso, ele errou, ele não avançou, ele não aperfeiçoou a democracia. Ele devia...

            Bem aí está o exemplo dos Estados Unidos, bem aí. O Barack Obama entrou para treinar, ele queria ser Presidente daqui a oito anos. A candidata natural era Hillary Clinton, da cúpula. Mas a democracia se aproxima do povo, é o governo do povo, pelo povo. Aí o povo ficou encantado com o moreno culto, simpático, formado em Ciências Políticas, formado em Direito, Senador novo; aí o povo jogou esse Barack Obama lá em cima. É assim!

            O Luiz Inácio tirou do bolso dele e tal. Então, afastou-se do povo, foi soberbo. Não é assim! E os outros partidos também. Errou o meu candidato José Serra. Ô Renan, errou! Ele não é essas coisas não, ele errou quando não permitiu o debate com o Governador mineiro. Devia ter feito, devia ter feito as primárias, as convenções estaduais. Teria havido uma ebulição neste País, o povo teria participado. Erraram estupidamente! Não pelo meu nome; meu nome foi um, eu nem sei quem foi, eu não pedi, mas tenho que estar agradecido. Parece que havia dezenove... Qual é o critério? Deviam pelo menos ter usado o que qualquer menino sabe: a pesquisa, que em três dias se faz. Qual é o sentimento do povo? Esse negócio de fazer chapa sem combinar com o povo não é bom não, não é bom. Isso se mensura.

            Mas nós queremos dizer o seguinte. No Piauí, nós - eu presido o Partido Social Cristão - tínhamos cinquenta diretórios e hoje nós já temos duzentos, ouviu Renan? Renan, V. Exª conhece o Piauí e é amado, o Piauí lhe deve muito. Havia cinquenta diretórios, hoje nós temos duzentos. E eu vou colocá-lo nas 24 últimas cidades, porque Deus me permitiu criar naquele Estado 78 novas cidades. Não é que eu mande lá, tem Prefeito, mas sempre será acolhido... Então, nas eleições, nós estaremos em todo o Estado do Piauí, em todos. Já fizemos a convenção. O candidato lá é o Prefeito de Teresina; é candidato, e nós vamos ganhar a eleição mais fácil, e muito bem.

            Teresina, que tem 22,5%, só teve eleição... Porque a reeleição dele foi um passeio. Agora, a eleição dele foi dura. Fomos para o segundo turno. Tinha dez - o PT com todos os artistas e o diabo -, foi ele e a minha esposa Adalgisa - eu sozinho com ela, sem dinheiro, sem nada, e ela quase ganha. Então, nós estamos apoiando ele. 

            Então, nós vamos ter, em Teresina, quase todos os votos. Foi a última eleição que houve, séria, em Teresina, FLA x FLU. E eu agradeço a ele, porque ele ganhou, ficou com a prefeitura velha dele e eu fiquei com a minha Adalgisa, agarrado, os anos todos.

            Então, nós estamos ganhando e vamos ganhar, ouviu, Valter Pereira? Os Senadores... Eu acho que é legítimo, legítimo... Nunca antes, e aí eu vou falar como o Luiz Inácio - o Camões dizia nunca dantes -, o Piauí foi tão bem representado. Nunca antes: eu e o Heráclito, bravos, lutando e tal, estamos aí. Então, isso já está lá. Está tudo certo. Fizemos por convicção, por decência, por respeito ao Piauí, por amor ao Piauí, pela grandeza do Piauí. E vamos vencer. Já estamos vencendo.

            Ô, Renan, andamos quase os dois juntos nessa chapa. Então, isso nós fizemos. Por quê? Instalou-se lá um tripé. Olha, eu votei no Governador e no Luiz Inácio. Eu tinha a Companhia Energética e a Funasa. Eu devolvi e saí, porque era corrupção muita e eu queria sair com meu nome limpo, que pertence à minha mulher, à minha família e aos meus netos. Entreguei a Companhia Energética - é preciso ser homem para entregar. Entreguei, devolvi, porque eu vi que não dava certo. Corrupção, aloprados! Então, lá instalou-se um tripé: mentira - como mentem! -, corrupção - como roubam! -, incompetência - como são despreparados!

            Como são espertos! Renan, o pessoal do PT era conhecido - e está ali um pastor, o Pastor Jonas, pessoal de Deus - porque eles tinham um anel, um anel de tucum: “Aquele é do PT, porque tem um anel de tucum”.

            Agora, brasileiros e brasileiras, os aloprados lá se identificam... Sabe com o que é? É com uma Hilux. Todos os vigaristas têm Hilux. Todos! A identidade não é mais aquele negócio de anel de tucum, não. Vai ser aloprado... Estou falando de Hilux. É um carro de luxo, que eu ainda não consegui comprar. Eu, neto do meu avô, que era o maior industrial - que levou a fábrica da gordura de coco Dunorte, e ganhou a gordura de coco Carioca, com o avô do Zé Morais, que você conhece -, não tenho. Trabalhei todos os dias, médico, um dos melhores cirurgiões deste País. Eu, aqui, tenho todos os cursos imagináveis. Fui para Ipanema, para Santa Casa, porque quis. Convite para ser diretor, eu tive. Fui porque quis tomar conta de uma Santa Casa. Estas mãos, guiadas por Deus, salvando homem aqui e acolá.

            Era o Pelé, que é da minha idade, fazendo gol; Roberto Carlos, também, cantando; e eu, operando os pobres. Entendeu, Renan? Era o trio do Brasil: o Pelé fazendo gol, o Roberto Carlos, e eu, operando os pobres, porque quis. Fui porque quis para minha cidade. Propostas para ser diretor, naquele tempo,...

            Então, o que eu quero dizer é o seguinte: vivemos esses dias no Piauí numa esperança. A esperança... Como diz o apóstolo Paulo, é pecado perder a esperança. Ernest Hemingway, em seu livro O Velho e o Mar: “É uma estupidez perder a esperança”. E o nosso caboclo: “A esperança é a última que morre”. Não morreu no Piauí. Valter Pereira, a esperança de alternância de poder. Já estamos disparados na frente. Vamos ganhar em Teresina com 80% dos votos. Parnaíba é a segunda cidade. Fui prefeitinho e já havia saído da Santa Casa há dois anos, candidataram-me ao Governo do Estado para ser boi de piranha, Renan, e tive 93,84% dos votos.

            Então, vamos ganhar. Essa é a realidade. A convicção é tão grande, porque, Valter Pereira, nunca vi o bem perder para o mal. Eu nunca vi a mentira ganhar da verdade. E sou lá do Piauí, quando matamos a cobra mostramos o pau.

            Olha aqui, Renan, V. Exª foi Ministro da Justiça, um bom Ministro da Justiça, um ótimo Ministro da Justiça. Para o Piauí, foi excelente. Todo o sistema presidiário...

            Não se construiu mais nada depois do Renan. Foi tão bom que quiseram até levar aquele grande bandido, o Beira-Mar, para lá. Eu disse: “Não! Mas não foi para isso, não! Não levem o bichinho para lá”. Mas quiseram, porque tinha tanta penitenciária. Nos reunimos, eu, o Alberto Silva e o Heráclito, para não deixar.

            Mas olha aqui por que sou contra: tem que se respeitar o direito. Esses aloprados são inconseqüentes: “Wellington Dias usa máquina do estado em campanha ao Senado”. É o portal 180graus. Eles estão pagando a imprensa, mas hoje há essas baladeiras. Eles são incompetentes!

            Alvin Toffler, em seu livro A Terceira Onda, Senador Valter Pereira... Na primeira onda, o homem se fixou no campo, aprendeu a plantar e criar; na segunda, veio a indústria; e a terceira se caracteriza pela desmassificação da comunicação. Os aloprados, despreparados, compram os jornais maiores, as televisões. Mas a desmassificação da comunicação se dá com os portais, os blogs, o Twitter, que o povo...

            Olhem aqui: “...usa a máquina...”. Isso não é nada. Nós vamos ganhar. Mas isso é um desrespeito à Justiça. A Justiça, ô Renan, é o pão que mais a humanidade... Isso é uma avacalhação que esse partido está fazendo.

            Ô Luis Inácio, o exemplo arrasta. Dê bom exemplo, respeite a Justiça!

            Olhem aqui a foto. Vamos ler o que diz. Não sou eu quem diz. Eu estou com um protesto. Nós vamos vencer a eleição, mas temos que defender a Justiça, salvaguardá-la, preservá-la.

            Olhem o que diz o portal. Não sou eu, não. Vou ler apenas:

O ex-governador Wellington Dias está se valendo da estrutura do governo do estado em sua campanha para o Senado. Ele faz isso abertamente com a conivência e colaboração do governador Wilson Martins e de todos os seus secretários.

Faz também com a conivência dos partidos de oposição que devem estar achando muito bonito esse flagrante uso da máquina pública em benefício da campanha eleitoral do petista.

            Ô Luiz Inácio, se livre desses aloprados! Não tenho nada contra você. Mas têm que respeitar!

Em sua campanha, ele também carrega a tiracolo sua mulher, Rejane Dias, que será candidata a deputada estadual, e o deputado Assis Carvalho, que pleiteia uma vaga na Câmara Federal. A oficialização das candidaturas acontece...

O governo alega que a presença do candidato a Senador em eventos oficiais é apenas coincidência de agendas.

            Ô Renan, isso é uma sem-vergonhice, isso é uma canalhice! Não é por nada não, mas não posso. Senador é para isso. Por isso que tem o Senado. E posso dizer: Isto é canalhice! Está inaugurando obra aqui!

            O Senador Valter Pereira está estarrecido. São homens e mulheres de pouca vergonha. Quem não sabe que não pode inaugurar obra? Não pode fazer. Está aqui um quadro. Coloca grandão aí! Cadê o “bichão”? Coloca aí, como se fosse do Mercadante. Isso é uma safadeza!

            Estão desmoralizando... Olha, está roncando aqui o negócio da mão amiga, mas isso é para dar parabéns. Bota aí! (Pausa.) Pronto, agora vou desligar. Isso é o povo dizendo que está bonito, porque precisa ter coragem para dizer isso. Eu desliguei.

            Mas, Renan, isso é safadeza, isso é sem-vergonhice. Olha aí, coloca grandão aí! Renan, isto aqui, inaugurando obra aí! Rapaz, tem que se respeitar a Justiça, é o pão de que mais a humanidade necessita.

            É por isso que eu me afastei desses aloprados. E o Piauí está dando... Eles estão perdendo é feio. Não está perto, não. Está é grande a lapada lá.

            Enquanto isso, quero dizer o seguinte: o povo do Brasil...

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Eu quero agradecer a um outro portal, o Portal AZ: “Políticos do Piauí ganham reconhecimento internacional em evento no Senado”.

O Senador piauiense Mão Santa (PSC) recebeu, na noite desta terça-feira (29) homenagem especial da Organização Internacional Brasil Américas, por ser um daqueles políticos [só escolheram um Senador, eu sei que todos são iguais, mas acharam e pronto...] cujo desempenho ‘destacou-se pela defesa dos municípios brasileiros’.

Segundo a avaliação, o Senador é um dos que mais pulverizou emendas e deu assistência aos municípios do Piauí. O ‘Certificado Internacional Brasil Américas 2010’ foi entregue pelo deputado federal Mauro Benevides (PMDB-CE).

         Mauro Benevides, ex-Presidente desta Casa, fez questão.

         Renan, você fala bonito, assim como Paulo Duque e Valter Pereira, mas o discurso do homem foi muito bonito. Estou emocionado. Basta gravar aquilo...Ô seu Itamar, pegue esse discurso e está feito o programa eleitoral todinho de Mauro Benevides, que me conhece, porque eu estudei em Fortaleza. Desde lá. Eu votei nele para Deputado Estadual, quando estudante. Ele fez questão.

            Está aqui o diploma. Tem validade? Tem. Vou dizer por quê. Porque no Piauí eles só homenagearam um prefeito, e o bicho é bom mesmo.

O Senador Mão Santa agradeceu o prêmio e fez questão de realçar o único outro ganhador piauiense da noite, o prefeito de Picos, Gil Paraibano, indicado pela Organização Mundial dos Estados e Municípios e Províncias (OMEMP), um órgão internacional.

“Quero dizer que o Prefeito Gil Paraibano, por ser empreendedor, é muito merecedor deste prêmio”, falou.

            Quer dizer, é valioso porque eu conheço, são 224 cidades. Esse prefeito é bom mesmo, é empreendedor, é realizador. Picos é a São Paulo do Piauí.

            E quero agradecer, emocionado, as palavras de Mauro Benevides. Mauro Benevides é um dos símbolos maior da política ética do Nordeste.

Segundo o presidente da Organização Brasil Américas, Ramon Marcos, entre os critérios para a escolha dos municípios e governos premiados, “está o excelente crescimento econômico alcançado...” [pelo município].

            Então essas são as nossas palavras e queremos deixar claro: o PSC é grandioso; não tem esse negócio de feio, não; muda mesmo. Petrônio Portella me ensinou: “Só não muda quem se demite do direito de pensar”. Eles tiveram os motivos deles, talvez tenham assinado o documento, mas não tenham tido reciprocidade, nem nada. Eu, muito pelo contrário, Renan! O primeiro indicado, que deu nessa confusão, foi o meu amigo Senador Alvaro Dias, quem eu acho que tinha todos os créditos, todos os méritos, todas as coisas e engrandeceria qualquer chapa. Aliás, a melhor chapa seria o Alvaro Dias, para Presidente, e eu, para Vice. Seria a melhor chapa. Quer dizer, nós não estamos nisso, não.

            Agora, nós vamos... Quando governei o Piauí, eu cantava e dizia: o povo é o poder. Eu sai do partido grandioso do Renan, o MDB, e entrei no partido de Jesus, acreditando no povo, na soberana decisão do povo.

            Então, nós estamos pleiteando voltar para cá, para representar, com grandeza, a grandeza do maior povo do Brasil, que é o povo do Piauí.

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/07/2010 - Página 32115