O SR. MÃO SANTA (PSC - PI. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Senador Antonio Carlos Magalhães Júnior, que preside esta sessão, parlamentares na Casa, brasileiras e brasileiros aqui, no plenário, e que nos acompanham pelo sistema de comunicação do Senado, esse negócio de PT, a cada dia, a gente vê... Eu sintetizei que é pior do que um terremoto onde tem Governo do PT. No Piauí, nós tivemos, por sete anos e seis meses. Terremoto é ligeirinho - oito segundos, dez segundos, doze segundos. Tem estrago; ninguém vai dizer que não tem. Tem sofrimento. Olha, mas aguentar sete anos e seis meses de Governo do PT é desgraceira muita, é bagaceira muita, é estrago muito! Só mesmo o Piauí cristão... O Livro de Deus, Antonio Carlos, diz que, depois da tempestade, vem a bonança.

            A esperança - o caboclo do Piauí diz - é a última que morre. Não é assim no Nordeste? O apóstolo Paulo dizia que é um pecado perder a esperança. Ernest Hemingway, autor do livro “O Velho e o Mar”, nasceu em Key West, nos Estados Unidos, uma ilha bem próxima de Cuba, e morreu lá. Ele diz: a maior estupidez é perder a esperança; ele vai mais adiante e diz que o homem pode ser até destruído, mas derrotado nunca; tem que lutar.

            Então, nessa expectativa, o Piauí encheu-se de esperança e realmente, graças a Deus, com muita prece, com muita oração a Deus, tirou o Governador lá, que é candidato a Senador. E entrou um “gente boa”. Mas, rapaz, eu tenho é pena do homem: foi muita corrupção, muita confusão.

            Olha, Antonio Carlos Magalhães, lá no Piauí, a gente conhecia um bicho do PT, e ele tinha um anel de tucum. Não sei se era na Bahia, um anel preto. Mas que diabo é isso? “Não, ele é do PT”. Tu conheces, Zezinho? Era um anel de tucum.. Hoje, a carteira de identidade dele é uma Hillux, um carrão bonitão, grandão; é tudo de Hillux. É; haja aloprados! É Hillux. Os apartamentos são aqueles do tipo um por andar. Eu nunca vi uma capacidade...

            Instalou-se um tripé: mentira, corrupção e incompetência. É o caos! Não vou demorar, vou ser breve. Interessante; é porque você ainda não quis entrar no concurso, pela Bahia, mas o Piauí ganhou a taça de ouro de pior governo. Tinha o Pará, mas o Mário Couto desistiu, porque o caneco de ouro de pior governador é do Piauí. Não sei se a Bahia quer pegar, porque o Mário Couto disse que o Pará é medalha de prata, porque a de ouro o Piauí levou. E a de bronze, Antônio Carlos, para a Bahia.

            Mas, na última sessão, falou-se que o MEC fez a classificação do Ensino Médio, que é responsabilidade do governador. Fui governador; governei o Piauí por seis anos, dez meses e seis dias, com a benção de Deus. E cantava: o povo era o poder, como uma reza. Então, eu trouxe, na reunião passada, que estava cheia, houve quatro apartes, e o Piauí tirou o último lugar no Ensino Médio - dados do MEC, não são meus. Pau mesmo! O Luiz Inácio uma vez disse: tome conta do meu menino. Mas o menino dele era traquino, hein? Enganava todo mundo, mentia. Três, nota três, a menor, a menor. Aí a Rosalba Ciarlini se levanta dali e diz: no Rio Grande do Norte foi 3,1. Não interessa. Nós... A lanterninha da educação é do Governo do PT do Piauí, com nota três, três. É pau mesmo, pau! Três é pau em qualquer lugar do mundo. Então, nós pegamos pau, está ouvindo? Lá no Piauí, a gente chama é pau mesmo, não é esse negócio de reprovado não. Pegou pau, com nota três, a menor do Ensino Médio.

            O Ensino Fundamental é dos prefeitinhos. Eles tiraram nota melhor, mas são os prefeitinhos. Eu fui prefeitinho... Nossos aplausos. Tem que entender as coisas. A ignorância é audaciosa. O governo do Estado é responsável pelo Ensino Médio. E lá o PT levou pau, com a nota três, a pior nota.

            Mas eu estou aqui... Foi longo e sinuoso, Antonio Carlos. Seu pai foi igual a Rui Barbosa. Aqui nós temos que respeitá-lo muito, e quero dizer o seguinte: ele dizia que era a Bahia, a Bahia, a Bahia, a Bahia, a Bahia era mais dele do que... A Bahia podia, hein? E eu sou o Piauí, terra querida, filha do sol do Equador, pertencem-te nosso sonho, nosso amor e nossa vida. Na luta o teu filho é o primeiro que chega. E eu represento essa gente lá do Nordeste, que tem muito a ver com a Bahia.

            A nossa capital, Teresina, deve a um baiano, Saraiva, que foi para lá muito novo, com 24 anos... Ele tirou a capital de Oeiras e botou a mesopotâmica Teresina entre dois rios, a primeira capital planejada deste País. O gênio de Saraiva em quatro anos fez esse reboliço.

            Um dia quero andar com V. Exª para mostrar a cidade planejada de Saraiva. Ele foi o primeiro-ministro da Guerra do Paraguai. Esse Saraiva era o primeiro-ministro. Então, foi um gênio que criou Teresina. A primeira capital planejada do País é do Piauí, Teresina, pelo baiano Saraiva. Teresina tem aí seus 158 anos. Depois é que surgiu o negócio de Belo Horizonte, Goiânia, Brasília - todas inspiradas no gesto do baiano Saraiva - e Palmas.

            Mas quero dizer o seguinte. Estou aqui... Antonio Carlos, seu pai foi um grande Governador da Bahia; eu fui do Piauí. Estou falando, e todo mundo está ouvindo. Este homem aqui eu sei que tem muito orgulho de você na Bahia, e os baianos, de Antonio Carlos. Eu fiz o maior desenvolvimento universitário deste País. No meu governo, criamos 400 faculdades para os pobres serem doutores, não é rico não: a Uespi. Trinta e seis campi avançados.

            O vestibular tinha 300 mil pessoas, com 13 mil vagas. Agora, reduziu para um quarto: três mil. O PT é negócio ruim mesmo. Há faculdade privada para rico - e não sou contra -, mas um curso de Medicina, em uma privada, é R$4 mil por mês. Isso é um acinte, Luiz Inácio! Eu estou esclarecendo. O Luiz Inácio é gente boa, mas tem que ver isso. Então, proliferam as privadas.

            Nós construímos a Uespi. Antonio Carlos foi grande; ele foi a cara da Bahia. Eu sou a do Piauí, de vergonha, de trabalho e de decência. E é esse povo que nos trouxe para cá.

            Atentai bem: em 1990... Eu citei do MEC... Eu sei mesmo, eu sou preparado. Antonio Carlos, nós nos preparamos. Não é brincadeira, não. Em 1990, o mesmo MEC, que diz que o ensino... Eu digo isto para advertir o Presidente Luiz Inácio das minhas preocupações e as do povo do Brasil, que eu represento com grandeza e entendo.

            Em 1990, houve uma pesquisa do MEC - está ouvindo, Antonio Carlos? -, e, das dez melhores universidades, eram sete públicas e três privadas. Atentai bem para a gravidade deste País, pois a ignorância e audaciosa! Eu tenho a visão de futuro, como Antonio Carlos Magalhães teve aqui. Ele que fez este negócio de fundo de combate à pobreza. Depois, é que veio esse negócio de bolsa-escola. Mas foi ele! A visão que eu aqui tenho também.

            Então, em 1990, Luiz Inácio, o MEC, avaliou que as dez melhores universidades...

            Atentai bem para a gravidade, Luiz Inácio! O senhor está rodeado de aloprados por todos os lados e que são ignorantes! Aqui está a verdade. Aliás, eu sou do partido de Jesus: eu sou a verdade, o caminho e a vida. De verdade, em verdade, vos digo: em 1990, neste País, das dez melhores universidades, sete eram públicas. Públicas, públicas! Eu me formei numa. Sou doutor - e do bom -, cirurgião. E fui pós-graduado num hospital público, o Hospital dos Servidores do Estado. E eu sou assim: era o Pelé fazendo gol, o Roberto Carlos cantando, era eu operando os pobres do Piauí na Santa Casa.

            Tudo público. Público. Faculdade boa: pública. No Hospital dos Servidores do Estado, pós-graduado, com mestrado. Público! Público! Das dez, sete eram públicas; três privadas! Atentai bem a gravidade, Luiz Inácio: dez anos depois, em 2000, eu era governador e eu vi. Olha a minha preocupação! E eu sou pai. Estou advertindo o Luiz Inácio que os aloprados estão enganando ele. Não está nada bom, não! Os pobres estão é lascados neste País! Os pobres da minha geração estão aí: formaram-se todos nas universidades públicas. A beleza da Bahia: pública. Ano 2000: das dez melhores, sete eram privadas, particulares; e três públicas. Olha aí. Onde é que o filho do pobre hoje vai estudar Medicina? São R$4 mil ao mês, ao mês, uma faculdade particular de Medicina. Quatro mil ao mês! Como é que um filho do pobre vai e entra? Olha aí: cada vez os ricos estão se tornando doutor. Quatro mil ao mês! E ele tem que comer, tem que comprar livro, que é caro, morar, e tal, e tal.

            Então, eu estou vendo que estão se esgotando as chances de os pobres serem doutores, essa é a realidade. Agora, tenho até um motivo de orgulho, que não é o que eu queria, não é o que eu desejava, não era o bom. Olhe para cá, Antonio Carlos! O Antonio Carlos era o machão da Bahia; eu sou o do Piauí: a cara, a vergonha, o futuro, a luz, está entendendo? É! Assim como ele era para a Bahia, eu sou do Piauí. Olhe a minha visão. Isso me enche de orgulho, mas me enche de tristeza, porque, das três, das três públicas melhores, uma é de São Paulo, a da Bahia, a do Piauí. Quer dizer, eu coloquei o Piauí entre as três, em 2000, e esse tsunami, esse terremoto, esse PT, essa desgraceira, essa bagaceira acabou. Acabou, e eu estou sendo...

            Abalou, até que uns inconsequentes da Justiça estão proibindo retransmitir o Senado. Olha a loucura que este País vive! Aqui nós somos a voz do povo. É a independência. Não pode retransmitir mais. Aqui é que é a casa do debate, é para isso. Nós é que temos sabedoria.

            Para ver a loucura em que estamos, envolvidos num pleito eleitoral em que ninguém sabe quem manda, o que se faz e o que se deve.

            Aqui é para o debate mesmo. Cadê o PT, que não está aqui? Porque ele não vem defender o indefensável. Estou dando dado.

            Vou ler e vou trazer o da universidade que nós construímos e o PT quase acaba. De 13 mil vagas no vestibular para os pobres, reduziram a ¼. Mas vamos aqui. Eles são despreparados, não estudaram, não sabem coisa com coisa. Esta é a diferença.

            Antonio Carlos, tem um livro de Alvin Toffler, A Terceira Onda. A primeira onda, o homem se fixou, aprendeu a plantar e criar; ficou no campo. A segunda onda foi a industrial, quando o sujeito foi morar na cidade grande para se empregar. A terceira onda, Alvin Toffler, 1980, dizia... Olhe como eles são ignorantes, despreparados. Estão lascados! O saber é poder. Eles não têm saber. Não estudaram. Entraram aí nesse Governo pela porta larga, sem concurso, dos DAS-6. Cada um dos 50 mil aloprados que entraram na máquina pública, sabe quanto ganha, Antonio Carlos? R$11.848,00 no primeiro mês. Cheio de aloprados aí, é o DAS-6. O Governo estadual tem DAS-4.

            Atentai bem, R$11.848,00. Por isso que essa gente quer continuar na alternância. Quem está me ouvindo ganha isso?

            Aí o Alvin Toffler disse: a terceira onda é a desmassificação da comunicação. Isso foi dito em 1980. O que é a desmassificação da comunicação? Está aí um homem de comunicação, empresário de comunicação. O que é isso? Você se lembra de que, antigamente, a gente pegava a BBC de Londres? Era Carlos Lacerda na Rádio Globo: “Raul Brunini apresenta Carlos Lacerda”. Isso ocorria nos anos 1900. Então, houve desmassificação.

            Esse Governo da mentira, da corrupção e da incompetência compra por meio dos banqueiros, que pagam a mídia, e não dá essas coisas. Mas houve a desmassificação da comunicação. Estão aí esses negócios de portais, esses blogs, o Twitter, e, agora, na comunicação, não há domínio.

            Na época de Hitler, só havia a rádio dele. O assessor, Goebbels, dizia: “Uma mentira repetida se torna verdade”. Aí ele dizia: “Lá vai Hitler com vinte mil soldados”. Rapaz, a Polônia toda se abria, com medo. Diziam que eram vinte mil soldados, mas ele ia com três mil soldados. Aquilo era mentira, e deu no que deu.

            Os portais estão aí. Não adianta um grande sistema, não adianta os banqueiros pagarem, não adianta que haja os grandes órgãos de comunicação, porque estão aí as baladeirazinhas, como a baladeira de Davi, que matou Golias.

            Atentai bem, Antonio Carlos, para o portal GP1 do dia 10. E há muitos portais. Hoje é dia 13. É dito: “Três cursos da Universidade Estadual do Piauí podem ser fechados, e alunos não terão diploma [...]”. Já vinha caindo e ficou pior agora. Esse é o PT. Esse é o terremoto. Esse é o tsunami. Essa é a desgraceira e a bagaceira em que vivemos!

            Olhe o que se diz: “Três cursos [...]”. Coloque aí bem grande. Faça de conta que é o Mercadante. Você está focalizando? É esta aqui. Vamos embora, garotão! Bota aí, faz de conta que é o Mercadante, bota bem grandão aí! Até essa televisão querem fechar, não se pode mais reproduzir. Olhe onde é que vivemos! Querem nos cercear? Esta é a voz do povo, o tambor de ressonância da liberdade, a finalidade do Senado. Mas coloque aí, bota isto aqui bem grande na televisão. Está ali a luz vermelha. Esse vermelho é bom.

            É o seguinte: “O Diário Oficial do Estado (DOE), na sua última edição, mostra que três cursos de graduação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) [...]”.

            Estou falando isso, e você sabe por quê? Quando entrei para governar o Piauí, havia o palácio antigo e um palácio bonitão, que o Freitas Neto fez. Eu queria fazer crescer a Universidade. Saí, e os secretários ficaram. Havia restaurante, garçom. Eu disse: “Vamos sair daqui e entregar para o reitor”. Dei o melhor palácio para o reitor e fui para o pequenininho, para que se fizesse a maior universidade. Eu é que o dei.

            Olhem o que diz o portal:

O Diário [...] mostra que três cursos de graduação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) estão em vias de serem fechados, porque os conselheiros responsáveis pelo relatório de avaliação do Conselho Estadual de Educação (CEE) opinaram pela “denegação do pedido de reconhecimento legal” dos mesmos. Com o não reconhecimento, os diplomas desses cursos não terão qualquer valor legal.

            Olhe como é fraco esse Governo! Os cursos ameaçados de fechamento são cursos bem simples, cursos fáceis, não são de laboratórios, de Medicina, de Engenharia:

Os cursos ameaçados de fechamento são: “Curso de Licenciatura em Pedagogia, mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no Campus Universitário Roberto Raulino, em Altos - Piauí” [é uma cidade a sessenta quilômetros de Teresina]; “Curso de Licenciatura em Pedagogia, mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no Campus Professor Barros Araújo [...]

            Esse último campus fica em Picos, que é a São Paulo do Piauí, é a cidade do Piauí em que mais se trabalha, que mais trabalha e que mais riqueza tem. E tem um Prefeito extraordinário, um homem empreendedor, que deve estar revoltado. Só não gosto do nome dele, que é Gil Paraibano; deveria ser Gil Piauiense. O nome dele é Gil, é um Prefeito ímpar, realizador. Então, diz-se:

[...] Professor Barros de Araújo [esse professor foi Deputado pelo Estado do Piauí], com endereço em Picos - Piauí” e o “Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no campus Professor Barros Araújo [...]

            O campus avançado fui eu que o construí. Estão fechando, agora, três faculdades. Então, um Estado desse pega pau no ensino médio, está acabando o que os outros construíram. O filho do pobre... Ô Rosalba Ciarlini, olha eu de novo no tema! O do Piauí foi o pior Governo do PT.

            Continuo a leitura:

[...] mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no campus Professor Barros Araújo, em Picos/PI”.

Os pareceres ainda serão votados, mas nas maioria das vezes os outros conselheiros seguem o parecer do relator.

Leia o resumo de cada parecer: [...]

            Agora, não há jeito! É um tsunami! Ó Deus, Ó Deus, Ó Deus, eu vos agradeço, porque saiu de lá o PT! Está lá um doutor do PSB, o Governador. Ele é um neurocirurgião, um rapaz bom, foi meu Líder, mas está todo atropelado. É uma corrupção!

            São estes os pareceres:

PARECER CEE/PI nº 097/2010, de 29/03/2010 - Opina pela denegação do pedido de reconhecimento legal para o curso de Licenciatura em Pedagogia, mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí, no Campus “Universitário Roberto Raulino”, com endereço em Altos, PI.

Relator: Eliana Maria Mendonça Sampaio.

            Eles tacaram o pau no curso, porque são incompetentes! Só há corrupção! Continuo a leitura de outro parecer:

PARECER CEE/PI nº 098/2010, de 29/03/2010 - Opina pela denegação do pedido de reconhecimento legal para o curso de Licenciatura em Pedagogia, mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no Campus “Professor Barros Araújo”, com endereço em Picos - PI.

            Minha solidariedade ao Prefeito de Picos, que não tem culpa disso, porque as coisas do Município estão sendo feitas de forma correta - é o Gil Paraibano, extraordinário Prefeito -, mas as do Estado são as que estão aqui. Vimos, na última vez, que o Piauí tirou nota 3.

            A Relatora foi Eliana Maria Mendonça Sampaio. Gosto de mulher, porque mulher é verdadeira, taca o pau mesmo, porque o curso não tem condição de funcionar. Os aloprados acabaram com tudo.

            O terceiro parecer acaba com outra faculdade, em Picos de novo. Chamo a cidade de Picos de “São Paulo do Piauí”. É a que mais trabalha, a que mais produz e a que tem o melhor prefeito do Estado. Recebeu, outro dia, um prêmio. Como Senador, fui lá. Eu o recebi, fui premiado. Mauro Benevides foi lá como Deputado Federal. E olhe aí! Por isso, ele é revoltado com o Governador que passa. Ele se esforçou tanto, foi o melhor prefeito, mas não tem ajuda. Diz o parecer:

Parecer CEE/PI nº 080/2010, de 15/03/2010 - Opina pela negação do pedido de renovação do reconhecimento para o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis mantido em funcionamento pela Universidade Estadual do Piauí no Campus Prof. Barros Araújo, em Picos/PI.

Relatora: Maria Margareth Rodrigues Santos.

            Então, o MEC botou no pau o ensino médio!

            Graças a Deus, chegou aqui um Líder do PT, um homem de fibra, correto e decente! Ô Professor Eduardo Suplicy, eu pediria que V. Exª lesse este e-mail e o levasse ao Ministro da Educação e ao nosso Presidente Luiz Inácio, que não tem culpa de esses aloprados fecharem faculdades no Piauí.

            Concedo um aparte à Senadora Rosalba Ciarlini.

            A Srª Rosalba Ciarlini (DEM - RN) - Senador Mão Santa, veja como tudo vem em cascata, podemos assim dizer. Se o ensino médio está sendo lanterninha no seu Estado - e meu Estado é o semilanterninha, porque, no Piauí, a nota foi 3, e, no Rio Grande do Norte, a nota foi 3,1, praticamente a mesma coisa -, o que se pode esperar do ensino superior?

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Está aqui, está um vexame!

            A Srª Rosalba Ciarlini (DEM - RN) - O resultado é esse. Então, esta é a grande preocupação: hoje, não podemos mais aceitar que escolas do ensino médio - isso aconteceu também no meu Estado - sejam fechadas. Enquanto isso, mais de 20% das matrículas foram reduzidas, sem contar a qualidade do ensino, que a nota já está dizendo. Veja o senhor: esses jovens têm de ter uma escola de qualidade, inclusiva, uma escola que os coloque no mercado de trabalho com condições, com competência, com conhecimento, uma escola moderna, em que, além das matérias normais, também haja matérias da atualidade, associadas à cultura, ao esporte e às artes. É preciso que haja uma escola que, realmente, transforme. E que eles entrem na universidade tendo uma base, uma preparação. Se esses que vão à universidade fazem um curso que não é de qualidade - e está aí o MEC mostrando que isso ocorre não somente em seu Estado, mas em muitos Estados brasileiros, em muitas regiões, infelizmente -, isso é fruto de quê? O professor que chega a ser professor na universidade não pode ensinar bem, porque também não se preparou bem. E aí vem aquela bola de neve: cada vez mais, o ensino entra nessa crise terrível. Então, temos de entender isso. O meu Estado, o Rio Grande do Norte, tenho a certeza de que não suporta mais tantas perdas. A perda da educação é a perda do futuro; a perda da educação significa dizer que não vamos fazer acontecer um Estado se todos os jovens e todos os adolescentes não estiverem estudando, preparando-se, fazendo com que realmente seja a educação aquela luz forte, que ilumina, para que eles possam ser grandes homens e grandes mulheres. Quando vejo, no meu Estado, escolas que fecharam... Mão Santa, as escolas que se fecham hoje é como se fossem presídios que se abrissem amanhã, porque está comprovado que, quanto menor o nível de escolaridade, quanto menos oportunidade de estar nesse processo educacional, mais nossa juventude vai para o caminho da violência, da droga, da marginalidade. Então, se queremos fazer com que nossos Estados sejam realmente fortes - como sabemos que é forte a fibra do povo nordestino -, eles têm que investir, têm que priorizar, têm que valorizar, têm que, realmente, fazer uma verdadeira transformação, revolução na educação. Vejo que a preocupação de V. Exª, que já foi Governador, é constante, Senador Mão Santa: preocupação com o seu Estado, com a condição de educação. Vejo sua luta no dia a dia, a defesa do seu Piauí. Eu queria que o povo do Piauí visse e entendesse o quanto é importante o Senador Mão Santa para esta Casa e para o seu Estado, com a continuação do seu trabalho, da sua luta, da sua defesa, alguém que não perdeu a capacidade de se indignar com fatos como esse, que é resultado de políticas que estão acontecendo de forma desastrosa no seu Estado. Então, quero aqui, Senador Mão Santa, solidarizar-me com o senhor pela sua indignação. Não é uma indignação de dizer: “Aconteceu, deixa para lá”. Não! O senhor está aqui, dizendo: “Isso não pode mais acontecer. Sou contra e vou lutar a favor da juventude, a favor dos alunos, a favor das oportunidades que surgirão”. Parabéns, Mão Santa, como sempre, defendendo seu Piauí.

            O SR. MÃO SANTA (PSC - PI) - Agradeço e incorporo ao meu pronunciamento todas as palavras, justamente hoje, quando, ao meio-dia, reuniu-se o Congresso, e eu secretariei. Li dois projetos de emenda constitucional: um que coloca na Constituição a palavra “juventude”, porque houve um lapso dos grandes estadistas que fizeram a Constituição, beijada por Ulysses, a Constituição Cidadã. Falava em criança, adolescente, velhos, idosos, mulher, homem, mas não falava em juventude. E o Congresso Nacional resolveu fazer uma emenda constitucional e inserir “juventude”, hoje, aqui, ao meio-dia, cuja sessão tive a honra de secretariar e ler. Ao Presidente, ao Secretário compete, ali, assinar o trabalho. Uma emenda constitucional. O Piauí, que fora, no passado, governado pelo PT, na contramão, desrespeitando a juventude. Mas temos a inteligência privilegiada de Rosalba Ciarlini, que disse que fechar escola é dar um futuro negro à nossa juventude.

            Então, para encerrar, Antonio Carlos, e agradeço a sensibilidade de V. Exª pelo tempo, quero dizer o seguinte: hoje, o Brasil, o Piauí, mas principalmente o Brasil, vive na esperança, que é uma certeza que a democracia oferece, da alternância do poder.

            Enterrarmos a mentira, a corrupção e a incompetência, e alternarmos o poder com um Presidente da República das oposições, o estadista José Serra, e, no meu Piauí, com o candidato, também, do PSDB, Sílvio Mendes, que tem uma administração exitosa, principalmente na educação, cujas escolas municipais são bem, bem avaliadas.

            Então, essa é a esperança do povo do Piauí, que represento.