Discurso durante a 139ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem à Rede União de Rádio e Televisão - TV União.

Autor
Roberto Cavalcanti (PRB - REPUBLICANOS/PB)
Nome completo: Roberto Cavalcanti Ribeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. TELECOMUNICAÇÃO.:
  • Homenagem à Rede União de Rádio e Televisão - TV União.
Publicação
Publicação no DSF de 11/08/2010 - Página 40409
Assunto
Outros > HOMENAGEM. TELECOMUNICAÇÃO.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, SENADO, AUTORIDADE, SESSÃO, HOMENAGEM, EMPRESA DE RADIO E TELEVISÃO, DETALHAMENTO, HISTORIA, FUNDAÇÃO, EMISSORA, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO ACRE (AC), EXPANSÃO, SEDE, ESTADO DO CEARA (CE), DIFICULDADE, TRANSMISSÃO, SUPERIORIDADE, DISTANCIA, REGIÃO METROPOLITANA, IMPORTANCIA, INOVAÇÃO, PROGRAMAÇÃO, ESCOLHA, PRIORIDADE, PUBLICO, JUVENTUDE, OFERECIMENTO, INFORMAÇÃO, LAZER, COMPROMISSO, RESPONSABILIDADE, NATUREZA SOCIAL, INDEPENDENCIA, JORNALISMO, INCORPORAÇÃO, TECNOLOGIA, PROMOÇÃO, INTEGRAÇÃO, AUDIENCIA, ELOGIO, CONTEUDO, RESPEITO, CULTURA, REGIÃO NORDESTE, REGIÃO NORTE.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ROBERTO CAVALCANTI (Bloco/PRB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmº Sr. Senador Adelmir Santana, que preside esta sessão em homenagem à Rede União de Rádio e Televisão, a TV União; Exmº Sr. Senador Geraldo Mesquita Júnior, que me convocou para estar presente aqui hoje saudando os que compõem a TV União; Exmº Sr. Embaixador da Federação da Rússia Sergey Akopov, em nome de quem peço permissão para saudar os demais Embaixadores presentes nesta sessão; Exmº Sr. Presidente de Rede União de Rádio e Televisão, Sr. José Alberto Bardawil; Exmº Sr. Desembargador José Mário dos Martins Coelho, representando Exmº Sr. Desembargador Ernani Barreira Porto, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em nome de quem peço permissão para saudar os demais membros da Mesa; Srªs e Srs. Membros do Corpo Diplomático; Srªs e Srs; Funcionários da Rede União; Exmªs Srªs e Srs. Senadores; saúdo em especial a Senadora Selma Elias, digníssima representante do Estado de Santa Catarina, com quem pela primeira vez tenho a oportunidade de estar na tribuna do Senado Federal; Senador Alvaro Dias, representante do Estado do Paraná; Senador Acir Gurgacz, representante de Rondônia; demais Senadores; minhas senhoras e meus senhores, é muito importante para o Brasil quando o Senado Federal realiza homenagens como a do dia de hoje.

            Isto não é só a celebração da Rede União de Rádio e Televisão.

            É a renovação do compromisso do Legislativo brasileiro com os meios de comunicação de massa em seu papel fundamental para com a democracia em nosso País.

            Portanto, na tarde de hoje cruzam em meu pronunciamento o Senador da República, representante da Paraíba, sempre comprometido com a causa da liberdade de imprensa, um dos pilares mais importantes da democracia, e o empresário do setor de comunicações que sou, sensível às dificuldades e conquistas do segmento, mormente quando se trata de um tema tão empolgante quanto o é o da afirmação de rádios e televisões de cunho regional.

            Desde sua fundação na cidade de Rio Branco, no Acre, em agosto de 1988, a Rede União tem obtido destaque por seus notáveis objetivos institucionais, repetidamente explicitados.

            Escolheu como alvo o público jovem de um Estado também jovem. Daí a necessidade de desenvolver uma linguagem própria e uma dinâmica de programação que fugisse do convencional.

            Informação e diversão se entrelaçam ao longo do dia, num esquema leve, mas que não foge à responsabilidade social.

            “Jovem de cara e de coração” era seu mote.

            Mesmo com as dificuldades naturais de se fazer televisão longe dos grandes centros, cresceu de maneira espantosa. Em menos de dois anos, já marcava presença nos principais Municípios acreanos.

            No início do século XXI, descobriu nova vocação, passando a produzir mais e mais material local, que substituiu aos poucos a programação retransmitida da líder da rede.

            Logo se transformou em transmissora independente, passando, em pouco tempo, a participar de licitações para novos canais fora do Acre.

            Hoje a Rede União de Rádio e Televisão conta com canais abertos, analógicos e digitais, e também via cabo para quatorze Estados brasileiros, assim como aproveita as tecnologias de comunicação mais modernas para colocar seu sinal em satélites digitais e via Internet, passando a ter presença, a bem dizer, mundial.

            Tudo isso sem romper seus compromissos: acreditam que são “capazes de mudar o mundo; mudar o que já está estabelecido, romper padrões, quebrar paradigmas”.

            A linha de independência, especialmente do setor jornalístico, ligada ao compromisso de ser um veículo de transformação social onde estiver presente, tem custos.

            Temos notícias de que já sofreu suficiente pressão de grupos econômicos poderosos, já sofreu atentado em sua nova sede no Estado do Ceará, terra natal do presidente da rede, José Alberto Bardawil.

            Ainda assim a rede proclama: “A violência já não tem vez, a inconsequência já não tem voz, queremos um pensar positivo, a despeito de toda carga negativa da velha mídia”.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, manter a independência dos meios de comunicação e a liberdade de expressão é uma coisa bastante difícil, a despeito das garantias constitucionais.

            Bastante louvável, portanto, toda a atitude positiva da Rede União, que foca na nossa juventude, fundamentalmente carente de informação.

            Dar voz aos jovens para que expressem suas necessidades, suas metas, sua visão diferenciada de mundo exige bastante coragem por parte dos meios de comunicação.

            A Rede União vem conseguindo isso com utilização das modernas tecnologias de informação e comunicação, que permitem, por exemplo, que os telespectadores interajam com os apresentadores dos principais programas jornalísticos, por meio de mensagens de telefonia celular e por espaços de bate-papo na Internet.

            Foram pioneiros na utilização desses espaços vitais.

            Quero aproveitar o momento para cumprimentar os dirigentes e demais profissionais da Rede União, por intermédio de quem rendo homenagem àqueles que lutam na linha de frente da comunicação em nosso País.

            Na qualidade de representante nordestino, quero parabenizar a Rede pela descoberta de sua “nordestinidade”, na matriz de sua origem. Sei da preocupação que demonstram no sentido de ampliar a possibilidade de produzir programação específica que ressalta artistas e temas do Norte e Nordeste brasileiros.

            Acredito que essa regionalização da produção não vai negar o caráter universal que a Rede vem demonstrando nesta entrada do século XXI. Apenas destacará o respeito pela rica cultura do Norte e Nordeste, no que elas têm de jovem, de alegre, de universal, de libertadora, bem dentro do espírito institucional.

            São decisões inovadoras de fazer rádio e televisão com programações de corte regional que irão verdadeiramente integrar este País continental chamado Brasil.

            Esses veículos de comunicação rompem com a hegemonia cultural do eixo Rio-São Paulo, extraindo o melhor da cultura dos espaços geoeconômicos onde atuam e estabelecem vínculos de identidade com ouvintes e telespectadores, dentro de paradigmas que lhes são familiares e, portanto, de fácil entendimento.

            Desse modo, integram positivamente a região, contribuem para o seu desenvolvimento, produzindo informação de alta qualidade, promovendo cultura, lazer, cidadania e responsabilidade social nas cidades, apagando, de maneira deliciosa, o conteúdo lamentoso da frase musical de Tom Jobim: “O Brasil não conhece o Brasil...”

            Conhecendo bem a região em que atuam, oferecem os melhores resultados para quem anuncia e contribuem, de forma decisiva, para o desenvolvimento do mercado, a tradição e a credibilidade do Jornalismo, a emoção do esporte e os mais variados programas que divertem e informam, fazendo parte do dia a dia dessas regiões.

            Faço votos que a Rede complete sua cobertura nacional em sinal aberto e conclamo os telespectadores que nos assistem pelo sistema de comunicação do Senado Federal, para que busquem acompanhar e, principalmente, interagir com as atrações da Rede União, que também pode ser acompanhada ao vivo pela rede mundial de computadores, a Internet.

            Adaptando a tradicional fala dos locutores de rádio, espero que a Rede União continue “falando do Nordeste para o mundo”, utilizando o que existe de mais moderno em tecnologia e integrando “o Brasil que já conhece o Brasil”.

            Muito obrigado. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/08/2010 - Página 40409