Discurso durante a 145ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem à Maçonaria brasileira pelo transcurso do Dia do Maçom.

Autor
Adelmir Santana (DEM - Democratas/DF)
Nome completo: Adelmir Santana
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem à Maçonaria brasileira pelo transcurso do Dia do Maçom.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2010 - Página 42994
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, AUTORIDADE, HOMENAGEM, DIA, MAÇONARIA, ELOGIO, ATUAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO, REDUÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL, BUSCA, APERFEIÇOAMENTO, CONSTRUÇÃO, FUTURO, BRASIL, DIRETRIZ, SOLIDARIEDADE, CIDADANIA, CONCLAMAÇÃO, COLABORAÇÃO, POLITICA NACIONAL, CONSCIENTIZAÇÃO, VOTO, ELEIÇÕES.

            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mozarildo Cavalcanti, autor desta iniciativa, quero saudá-lo.

            Quero saudar também o Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal, meu amigo Jafé Torres; o Grão-Mestre da Grande Loja do Distrito Federal, também amigo, Juvenal Amaral; o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, também amigo, Marcos José da Silva; o Presidente da Confederação da Maçonaria Brasileira, Sr. Rubens Franz; o Grande Mestre Nacional da Ordem Demolay, Sr. Wilson José Barbosa Júnior; a Presidente da Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul, Srª Maria do Carmo Melo de Oliveira Sales; e o representante dos Grãos-Mestres do Brasil inteiro, Sr. Benedito Marques Ballouk Filho.

            Quero saudar todos os maçons do Brasil que aqui se encontram presentes e todos os convidados. É uma belíssima festa, que o Senador Mozarildo soube convocar na hora certa.

            Sr. Presidente, nobres Colegas Senadores e Senadoras, convidados ilustres, é com satisfação que aproveito esta oportunidade para saudar uma das mais relevantes instituições que presta significativos serviços à sociedade e ao nosso País. Este é um momento solene, no qual celebramos o Dia do Maçom.

            Não farei aqui qualquer consideração histórica, pois sua bela trajetória já foi muito bem registrada por ilustres cronistas ao longo do tempo e também pelo Senador Mozarildo Cavalcanti, mas me permito tecer considerações sobre o presente e até prospectar, dada a relevância não só da instituição maçônica, mas de seus membros, os maçons, pessoas que têm por vocação e missão preocupações sociais, políticas e existenciais da maior providência e da maior relevância.

            O ser humano, dotado de inúmeros questionamentos existenciais, buscou, ao longo de toda a sua trajetória civilizatória, entender a vida filosoficamente, em todas suas dimensões, e desenvolver ações concretas para que o convívio social fosse fraterno e solidário. Esse é um valor fundamental da cultura maçônica. E os maçons, por meio de suas ações sociais, comunicam isso e fazem isso. E a sociedade recebe e percebe a importância dessa contribuição para a diminuição das desigualdades sociais e do sofrimento humano.

            A busca permanente da realização humana em seu percurso existencial é outro valor inerente à filosofia maçônica, e, atualmente, o ser humano necessita intensamente de valores existenciais referenciais, para que se possam posicionar adequadamente e viver uma vida baseada em valores altruístas e na dedicação ao bem-estar coletivo.

            Mais uma vez, o exemplo da educação maçônica torna-se importante para todos nós! A ação social da Maçonaria, sua preocupação com a coletividade e com a fraternidade, torna essa instituição um referencial social, um verdadeiro sol a iluminar as trilhas obscuras.

            Sr. Presidente, nobres colegas e ilustres convidados, este solene momento nos remete a um instante de reflexão e de agradecimento.

            Ao analisarmos os desafios que a sociedade brasileira e internacional terão de vencer no transcorrer do século XXI, constatamos que são desafios fantásticos e que eles somente serão vencidos se atuarmos em conjunto e se a solidariedade tornar-se um valor universal. Nesse aspecto, a cultura maçônica e o bom cidadão maçom poderão contribuir decisivamente para que ampliemos a capacidade de fazer o bem. Esse é o desafio presente, com repercussão futura óbvia, meus caros participantes desta sessão de comemoração do Dia do Maçom.

            Este é também um momento de agradecimento, pois, ao olharmos retrospectivamente, vemos que a sociedade conta com uma instituição de caráter humanista, que se preocupou desde sempre com o bem-estar social e com a formação humana baseada em valores solidários e filosóficos da maior respeitabilidade.

            Conclamo, pois, os maçons, dotados que são de um senso de cidadania, uma cidadania exemplar, a continuarem a nos ajudar, nós, políticos, responsáveis pela definição das regras de funcionamento da sociedade, legisladores que somos, a construir uma sociedade cada vez mais justa e equânime na distribuição de direitos e também de deveres.

            Sr. Presidente, vivemos um importante momento para o futuro do povo brasileiro, como bem destacou nosso Presidente Mozarildo, e os maçons, pela importância que têm e pela influência social que exercem, tenho certeza, contribuirão, mais uma vez, para orientar o cidadão a bem escolher seus representantes nas próximas eleições de outubro.

            Costumo sempre - permitam-me - até blasfemar, ao comparar a política com as igrejas. As igrejas, todas elas, e as sociedades maçônicas também têm preocupações com os problemas sociais, com as crianças, com os idosos, com os deficientes físicos, enfim, preocupações sociais, mas todas as igrejas têm uma preocupação fundamental, que é com a alma. Alguns acreditam em reencarnação, outros, em ressurreição, mas todos têm uma preocupação com a alma. E costumo dizer - aí é que blasfemo - que a política é a alma da Nação. Queiramos ou não, nós somos os responsáveis por esta igreja chamada Brasil, e os senhores podem muito nos ajudar nisso.

            Não é possível que ainda haja pessoas que escolhem seus representantes, seus dirigentes, sem fazer uma análise profunda de quem são. É chegada a hora de fazermos essa análise com profundidade. Se todos nós tivermos essa preocupação - instituições, igrejas, Maçonaria, sociedade, instituições sociais de classe e federações -, ainda assim, levaremos muito tempo para formar uma representação melhor. É preciso que nos debrucemos sobre isso.

            Há uma verdadeira descrença na política e nos políticos, em especial nos políticos do Distrito Federal. Não aceito isso, porque entendo a política como uma forma grandiosa de servir à população e ao povo, de discutir as questões sociais e as questões fundamentais desta igreja chamada Brasil. Os senhores têm um papel muito importante nesse processo, pela força que representam no País inteiro.

            Esse é meu mais incisivo apelo a todos, porque também nós, Parlamentares, somos eleitores e participamos dessas escolhas.

            Agradeço-lhes imensamente a oportunidade de falar para um público tão seleto e historicamente tão importante para a formação da Nação Brasileira, porque se preocupa com a família, com a cidadania e com princípios de liberdade, de fraternidade e de igualdade.

            Portanto, salve o Dia do Maçom!

            Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2010 - Página 42994