O SR. GIM ARGELLO (PTB - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

            Estou com um discurso. O Senado tem as suas tradições e tenho de fazer um discurso colocado, um discurso lido. Vou fazer algumas interpretações, vou falar algumas coisas, mas, primeiramente, antes de começar, eu gostaria de dizer que estou à vontade, estou em casa. Estou em casa, porque comemorar o Dia do Corretor de Imóveis, que será no próximo dia 27, para mim, é comemorar o dia de uma das profissões que abracei e da profissão com que me identifico no Distrito Federal. Tenho outras profissões, vocês sabem, como administrador, como bacharel em Direito e outras, mas a profissão com que me identifico é a de corretor de imóveis. Desde que comecei minha vida profissional, eu me identifiquei com ela, porque foi a profissão com que ganhei a vida, Senador Adelmir Santana, e é a profissão de vários companheiros que aqui se encontram, neste auditório, no nosso plenário, no Senado da República. Eles foram meus companheiros na nossa lide diária, na nossa labuta diária.

            Posso citar o nosso eterno Presidente Luiz Carlos Attié. Hoje, vejo o menino, o jovem Fred, que está seguindo os passos do pai.

            Vejo Geraldo Guimarães Leite. Os demais me desculpem, mas o maior corretor de imóveis que esta cidade já viu foi o Gegê, o Professor Geraldo Guimarães Leite.

            Vejo, aqui, Lucinha. Há quantos anos Lucinha e Wilon vêm representando a nossa grande Taguatinga!

            Faço uma citação especial também, pois tenho de falar um pouquinho do nosso Ministro, nosso patrono, Arnaldo Prieto.

            Muito obrigado, Ministro Arnaldo Prieto, ao senhor que tanto defendeu essa categoria. E quem está se avizinhando do senhor é o Getúlio Romão, uma tradição da nossa cidade de Taguatinga. Getúlio Romão, da Imobiliária Ideal.

            Estou sentindo falta, nesta sessão, de quem muito ajudou, da Beiramar Imóveis, o nosso Alberto, que ainda não chegou.

            Então, Adelmir, posso falar o nome de todos. Não vou falar, não, porque ficaram com ciúmes. Eu estou vendo que teve gente que ficou com ciúmes, porque não falei o nome, ouviu, Adelmir? Já arrumei confusão.

            Mas com todos vocês eu fico muito à vontade de estar aqui, falando. Por quê? Porque, há anos, quando fomos convidados para integrar uma chapa do Creci, do nosso Conselho... E nisso já se vão, deixem-me ver aqui... Estou querendo falar muito apressado para vocês, mas lá se vão uns 20 anos. Faz 20 anos, Adelmir Santana, que ajudamos, com um pouco de trabalho, a organizar a categoria dos corretores de imóveis do Distrito Federal.

            Durante esses 20 anos, essa categoria só... E hoje passou, com a ajuda dos corretores do Distrito Federal, a ser uma categoria que as pessoas todas respeitam. Não está no ideal ainda. Não está no ideal, como nos Estados Unidos. O João Teodoro está lutando para isto, para que seja como nos Estados Unidos, onde o corretor de imóvel é aquele em que a família americana mais confia, porque cuida do maior patrimônio. Muitas vezes, Adelmir - não é o seu caso, porque você tem uma coleção gigante de imóveis -, aquela família compra só um imóvel, ou, no máximo, dois imóveis durante a vida, e aqui estão as pessoas responsáveis por indicar o bom investimento, por indicar onde a pessoa pode investir com segurança.

            No Distrito Federal, pela condição de Capital Federal, por ter o maior PIB do País, ou melhor, por ter o terceiro maior PIB deste País, com 82 bilhões de PIB anualmente, por ter a maior renda per capita deste País - quase o dobro da segunda -, por ter localização privilegiada, ninguém, aqui, com os corretores de imóveis - e podemos dizer isso abertamente para todo o País, João Teodoro -, ninguém aqui, no Distrito Federal, perde dinheiro com imóveis. Ao contrário, agora, neste mês ainda, no fechamento das contas do semestre passado, o melhor investimento feito no Brasil foi em imóvel no Distrito Federal. E isso vai continuar por muitos e muitos anos. Por quê? Porque o novo PDOT só autorizou chegar até a 18% da área do Distrito Federal. Isso só vai poder ser mexido novamente daqui a dez anos. Então, só se vai crescer, no Distrito Federal, 0,6%. Hoje, já temos 17,4% da área ocupada. Só poderá ser ocupado mais 0,6%, Presidente Hermes, do território do Distrito Federal, do quadrilátero do Distrito Federal.

            Dizer isso a vocês significa a certeza de que o investimento feito no Distrito Federal só tende a valorizar. O metro quadrado - vocês todos sabem muito bem os valores -, que até tempos atrás era de R$3 mil, R$2,8 mil em Águas Claras, hoje já passa dos R$4 mil, R$4,5 mil. Quando é do Adelmir Santana - mais uma vez, brincando com ele -, vai passar dos R$5 mil do lançamento, não é, Senador Adelmir?

            Então, meus amigos, vejam vocês...

            Quem está chegando agora - peço até uma salva de palmas - é outro pioneiro da nossa profissão, o Miguel Setembrino, nosso presidente.

            Miguel Setembrino, seja muito bem vindo! (Palmas.)

            Miguel, eu ia fazer um discurso lido no plenário do Senado Federal, mas estou me sentindo tão em casa, cercado pelos companheiros, que estou falando de improviso, citando alguns dados que acho muito interessantes.

            O nosso aprendizado, nesses vinte e tantos anos de profissão, vinte anos ajudando, à frente, participando, ombreado com o Conselho dos Corretores de Imóveis, e isto foi dito numa das palestras a que assisti, Adelmir - isso é muito bom, estou citando você, porque é o único que está na Mesa e ainda não tem o Creci, mas pode estudar e tirar um Creci, Adelmir, ainda está em tempo -, mostra o seguinte: o corretor de imóveis, quando ia montar uma imobiliária, colocava um telefone, uma escrivaninha, um jogo de cadeiras. Até que um dia, o presidente Attié chamou no Creci alguém para dizer para os corretores que lá estavam o seguinte: se quem vai vender passagem aérea, uma agência de turismo, monta uma estrutura melhor, com carpete e ar condicionado, para vender passagem aérea, em que a pessoa ganha 0,6% ou 0,8% na venda daquele bilhete que custa R$300,00 ou R$500,00, por que um corretor de imóveis não pode fazer uma sede, por que não pode investir mais nele mesmo e fazer uma sede melhor, para que as pessoas que lá forem adquirir o seu imóvel tenham condições de fazer esse investimento e se sentirem agasalhadas?

            Vocês entenderam? Quando forem montar uma imobiliária, montem uma imobiliária onde a pessoa, o comprador, o vendedor ou aquele que você administra possa se sentir bem naquele ambiente. Este foi um dos pequenos ensinamentos, entre outros tantos, que eu aprendi nessa gestão do Creci: quando forem construir uma imobiliária, façam o melhor.

            Quem me deixou orgulhoso, outro dia, quando fui visitá-lo - ele pegou um andar inteiro no Brasil XXI -, foi o Gil, da Emplavi. Ele pegou um andar inteiro, valorizando os corretores de imóveis, valorizando o que é ter uma boa imobiliária, João Teodoro.

            Todos esses corretores de imóveis...

            Estou vendo aqui também alguém que tem uma boa imobiliária, a Social, que é o Juliano, que está ali.

            Parabéns, Juliano! Você está há tanto tempo no mercado - outro dia vi as suas instalações também - e está bem amparado. E todos vocês.

            Sempre coloquei - e durante dez anos, quando fui Deputado Distrital, todos os anos realizava uma sessão de homenagem aos corretores de imóveis - que o corretor de imóveis é dono de 5% do mundo, do Brasil, de Brasília. Cinco por cento pertencem aos corretores de imóveis. São aqueles que pegam a pessoa que tem interesse em comprar ou a que não está muito entusiasmada e provam para aquela pessoa que o melhor investimento é imóvel, porque ela terá a garantia de ter uma continuidade, de dar sequência, porque o imóvel é um bem de raiz e, assim, a pessoa tem condições de ter o seu patrimônio.

            E, dizendo isso, tenho que dizer, presidente João Teodoro, mais uma vez, que, em Brasília - e o senhor conhece também quase todos pelo nome, posso dizer que hoje o senhor está muito mais à frente de Brasília e do Brasil, não é, presidente? -, é um orgulho muito grande para nós termos o senhor na presidência nacional do nosso Cofeci, alguém que sempre ajudou tanto Brasília. (Palmas.)

            Lembro-me disso, dessa passagem. Quando fomos comprar a nossa sede - sempre gosto de lembrar disso -, cheguei com um pequeno edital para o Luiz Carlos Attiê, um edital que vi nos jornais locais, e disse: “Puxa, já tentaram vender duas ou três vezes este andar aqui no Conic”. Chamei o presidente Attiê e disse: “Attiê, o nosso Creci pode comprar. O Banco do Brasil pode fazer essa venda. Vamos comprar?”. O Attiê disse: “Gim, mas vamos vender o quê?”. “Vamos vender aquela coberturazinha que a gente tinha ali no Antônio Venâncio e umas salas na Asa Norte.”

            Hoje, tenho certeza de que o Hermes vai fazer isso crescer muito mais, porque é competente, é sério, é trabalhador.

            Estamos muito orgulhoso de você também à frente do nosso Creci. Peço uma salva de palmas para o nosso presidente Hermes, que é merecedor, chegou lá por méritos. (Palmas.)

            Hoje, estamos com um Creci - não sei, talvez o de São Paulo - que tem o maior patrimônio do Distrito Federal, o Creci de Brasília. Prova de que o corretor de imóveis sabe administrar. Tão bem sabe administrar o nosso presidente Attiê que foi administrar a grande Cristalina, e hoje está dando um banho na administração; é tido como o melhor prefeito do Estado de Goiás o nosso presidente Luiz Carlos Attiê. Parabéns, presidente! (Palmas.)

            Gente, não vou fazer mais discurso. Já falei o que queria falar a vocês.

            Queria dizer a vocês o meu muito obrigado por estar no Senado. Vocês sabem que me colocaram aqui e que são responsáveis pela minha trajetória política. Tenho o maior orgulho de dizer... Quase não venho a sessões solenes, mas, quando é para os corretores de imóveis, faço questão de estar aqui, porque é a minha classe, são as pessoas com as quais me orgulho muito de estar. Quem é médico fala isso, quem é advogado fala isso, mas eu me orgulho de dizer: sou um corretor de imóveis do Distrito Federal, filiado ao nosso Creci e ao nosso Cofeci.

            Obrigado, gente.