O SR. PRESIDENTE (Gim Argello. PTB - DF) - Nós que agradecemos, nobre Senador Adelmir Santana, suas palavras sobre esta tão laboriosa categoria, que é a categoria de corretores de imóveis.

            Para vocês terem ideia, nós estamos dentro do sistema TV Senado, Rádio Senado, e, há pouco, me liga um Senador do nosso Partido, que tenho muito orgulho de liderar, que é o nosso PTB, e me diz: “Gim, você citou vários. Você realmente conhece todos que estão em plenário?”. Eu gostaria de responder a ele, ao vivo, que me perguntou. Eu gostaria de fazer uma citação. Só para ter uma ideia, Luiz Claudio Nasser, quem me ligou agora há pouco... Só para... A dúvida que o Senador João Vicente Claudino colocou.

            Luiz Claudio Nasser, meu amigo que tantos serviços tem prestado ao Creci, nosso muito obrigado pela sua presença. Gostaria de falar também do nosso querido Saulo Côrtes. Muito obrigado, Saulo. Do Leon. Obrigado, Leon. Obrigado por tudo, a você que tanto serviço prestou. Sena, sei que você está na luta agora, não é, José Sena? Obrigada, Zé, que tanto está fazendo pelo nosso Creci atualmente. Parabéns! Gostaria de fazer referência também ao Paulo. Quantos anos de luta, não é, Paulo? Quarenta e seis anos de luta. Lucinha, de você não posso nem falar, não é, Lucinha?

           E o Wilon Wander Lopes, o Miguel Setembrino... Grande Bispo, tive orgulho de ser amigo do Bispão, seu pai, que tão bem representa a nossa categoria, é um lutador pela nossa categoria. Antônio Bispo. Muito bem, Antônio Bispo.

            Faço uma citação especial do Getúlio, de quem falei agora há pouco. Queria falar do Oswaldo. Oswaldo, parabéns, você que também é da velha-guarda de corretores de imóveis aqui da nossa cidade. Vou fazer referência também a José Airton. José Airton, quantos anos? Você está lutando e ajudando tanto esta nova gestão do Creci. Parabéns, José Airton. Abraços para a família inteira. Marco Antônio, Lindolfo... Puxa vida, quanta luta! Estou vendo ali agora o Raminho. Vamos chamar de Raminho. Quantos anos de luta, não é Raminho? Não é brincadeira não. Quanto tempo. Gostaria de citar, aqui no Senado, todos, entendeu, Presidente. Vieram aqui prestigiar mais uma vez a nossa categoria. Obrigado, obrigado, obrigado.

            Marco Antônio. Já falei de Marco Antônio, do Gegê, o Getúlio. Já falei do Gegê, do Miguel... Vou falar de todos então, está bem? Eu cito todos aqui. Vou falar da Elizabeth, mais uma. Elizabeth, obrigado pelo tanto que tem ajudado a nossa categoria. É nossa conselheira, nossa gestora.

            Para terminar as citações, vou pedir para fazer uso da palavra brevemente - estamos chegando ao horário de almoço, mas não poderia deixar de escutá-lo em uma sessão como esta - o ex-Presidente do Conselho, mas na condição de Prefeito da cidade de Cristalina, que tão bem representa. Agora há pouco, Adelmir Santana - muito bem, 2524, deixe-me falar - falou que os corretores de imóveis têm de participar mais das eleições, e têm mesmo.

            São pessoas preparadas, sérias, que conhecem como ninguém suas comunidades. Esse chamamento nós vamos fazer forte para esta eleição e vamos fazer mais forte ainda para a eleição de 2014. Então, em 2014, vamos lá: vai ser a vez do corretor de imóveis. E a prova de que é bom gestor é que nós temos Luiz Carlos Attié na Prefeitura de Cristalina.

            Por favor, Presidente.

            O SR. LUIZ CARLOS ATTIÉ - Obrigado, Presidente.

            Eu queria fazer um agradecimento especial ao Presidente da Mesa, o querido Senador Gim Argello, nosso companheiro; ao Presidente João Teodoro da Silva, Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis; ao Presidente Hermes Rodrigues de Alcântara; a todos da Mesa, enfim, ao Carlos Hiram, ao Geraldo Nascimento, ao Presidente do Sindigeci, José Geraldo, aqui presente, e cumprimentar a todos; ao Ministro Arnaldo Prieto, pois sem a sua ousadia e a sua coragem os corretores de imóveis não teriam essa profissão. Há quarenta e dois anos, colocou embaixo do seu braço um projeto de lei - então, um sonho - e o transformou em realidade.

            Mas, Presidente, sou corretor de imóveis por obra do otimismo. Eu fui funcionário do Banco do Brasil, e por lá passava um corretor de imóveis de nome Calil Daher, na época, sempre na agência do Banco, muito feliz e muito receptivo. Passava e contagiava a todos ali com aquele seu entusiasmo. Por várias vezes, perguntávamos o que ele fazia. Um dia ele revelou: “Eu transformo sonhos em realidade. Eu sou corretor de imóveis”. Isso causou em mim um impacto muito grande.

            E é assim que é o corretor de imóveis. É assim que o corretor de imóveis exerce a sua profissão. É assim que o corretor de imóveis deve sair da sua profissão, sempre que necessário, para ajudar as pessoas a sonhar - a sonhar e a realizar sonhos, sonhos da casa própria e sonhos de desenvolvimento. E foi assim que eu me entusiasmei. Fui e voltei... Depois de 16 anos na Presidência do Creci, estou exercendo o cargo de Prefeito da minha querida Cristalina, cidade que me viu nascer.

            Mas queria fazer uma homenagem muito especial ao nosso Presidente, hoje, da Mesa, Senador Gim Argello.

            Queria dizer, Senador, da grande satisfação que tenho de presenciar sua trajetória; e da grande satisfação que tive ao conhecê-lo. Meu pai, que era amigo do seu pai, Paulo Argello, de saudosa memória, naquele instante, naquela época... (Palmas.) Naquela época, meu pai - que se vivo estivesse completaria cem anos -, entusiasmou-se com você. Você tinha menos de vinte anos. Entusiasmou-se. Você chegava à minha casa com uma pasta bem grande e começava a medir a sala em que estava, a olhar o pé-direito e a falar sobre o desenvolvimento por que passaria aquele bairro, naquela época, o Guará II. Você vislumbrava o futuro, que está acontecendo hoje na nossa cidade.

            Então, esse seu entusiasmo, essa sua vontade de fazer as coisas o trouxe até o Senado. Essa sua trajetória foi vislumbrada pelo meu pai, talvez pela idade, pela experiência. Ele dizia: “Esse vai longe; esse com certeza vai muito longe, pode acreditar”.

            Então, Senador, quero dizer: você, juntamente com nosso amigo, Senador Adelmir Santana, compartilha essa proposta, tradicionalmente. E quero mandar um abraço para os funcionários do Creci que estão ali, todos elegantemente acompanhando a sessão, representados ali pelo Rhanne.

            Então, Senador, o senhor, com mais esta homenagem, pode ter certeza de que esse exército de 200 mil corretores pelo Brasil... E aí tomo a liberdade, meu presidente João Teodoro da Silva, de falar pelo senhor: quero dizer que o senhor, Senador, tem um exército de 200 mil corretores de imóveis do Brasil todo à sua disposição, juntos com o senhor, para acompanhar a sua trajetória. Não é nenhuma novidade para mim o senhor estar - aqui, na Presidência da Mesa, hoje -, sendo um dos maiores Senadores da República e um orgulho para a nossa profissão, um orgulho para Brasília. Quero dizer que os corretores de imóveis estão sempre juntos com o senhor. Perdemos um corretor no mercado, mas ganhamos um grande aliado na Casa que faz as leis, representando não só a profissão dos corretores de imóveis, mas também aqueles mais oprimidos e aqueles que têm necessidade de oportunidades.

            O senhor me dizia que o corretor de imóveis tem de abrir caminho; tem de ousar; tem de buscar; e, ao dirigir uma Casa de leis como esta, o senhor tem de abrir as oportunidades para que todos também consigam as suas oportunidades e cheguem ao estrelato.

            Parabéns, Gim - se me permite falar assim, dispensando a liturgia do cargo -, parabéns, amigo Gim! Quero sempre continuar aplaudindo-o, como corretor de imóveis, como amigo e seu fiel escudeiro.

            Muito obrigado a todos.

            Viva o corretor de imóveis, sempre! Parabéns! (Palmas.)

            O SR. PRESIDENTE (Gim Argello. PTB - DF) - Continuando a nossa sessão, agradeço as palavras carinhosas do nosso ex-Presidente e Prefeito Luiz Carlos Attié. E gostaria de lembrar, também, o nosso querido Zequinha, que não está no nosso meio mais. Peço uma salva de palmas. (Palmas.) Nosso ex-Presidente, uma pessoa que tanto nos ajudou.

            Gente, quanto às palavras do Attié, lembrei-me aqui: quero fazer uma prestação de contas da minha passagem aqui no Senado. Há três anos, assumi a função de Senador. Houve Senador - sem querer criticar os que passaram - que passou aqui no Senado e que, durante oito anos - lembrei, porque vi, agora, há pouco, a nossa coordenadora da Mesa, a nossa Diretora, Drª Cláudia -, conseguiu apresentar alguns projetos de lei, mas que não fez nenhuma lei, nenhuma.

            Só para os senhores terem uma ideia, só neste ano, da nossa autoria, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva... Tenho muito orgulho de ser seu 1º Vice-Líder aqui no Senado da República. O Líder é Romero Jucá, que é um grande líder. Sou o 1º Vice-Líder. Sou líder do meu partido e 1º Vice-Líder do Governo do Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

            O Presidente já sancionou da nossa autoria, este ano, para ajudar a todos, desde os taxistas. Prorroguei o IPI do taxista, emenda nossa, até 2015. Como sabem, quem tem necessidades especiais não paga IPI de táxi. Foi uma lei de minha autoria.

            Se eu for lembrar todas aqui, vou-lhes dizer, já passam de uma dúzia as leis aprovadas. Acabei, agora, há pouco, com a carta-frete, com que neste País se tomava dinheiro de caminhoneiro - que era obrigado a abastecer em determinados locais, Presidente Hermes. Acabou isso. Já é uma lei nossa sancionada pelo Presidente da República, a lei da carta-frete.

            O Nilo - quantas leis, não é, Nilo? -, na semana passada mesmo, comunicou que consegui: coloquei na LDO, e o Presidente da República sancionou, Presidente João Teodoro, que o Fundo Nacional de Cultura não pode mais ser contingenciado. Para terem idéia, todos os artistas deste País querem vir a Brasília, para me prestar uma homenagem. Quer dizer, não precisa prestar homenagem, não. Estou aqui para isto, Sr. Presidente: para trabalhar por todas as categorias, por todo o País e, principalmente, para aqueles que mais necessitam de alguém que, como eu, veio de cidade-satélite - bem se sabe disso -, que trabalhou a vida toda e que sabe das necessidades daqueles que precisam ter alguém na Câmara, no Senado e Deus sabe onde. 

            Quando o Presidente Attié falou, agora, há pouco, “sabemos aonde você vai”, digo que não sei, não. Estou trabalhando gente; vamos indo. Estou trabalhando. Enquanto tiver o apoio dos corretores de imóveis, Sr. Presidente João Teodoro, vamos trabalhando para o nosso País, porque este é o País que está dando certo. Agora os corretores de imóveis estão vendo isto: que, no mercado imobiliário e em todos os setores, este é o País que está dando certo. Por quê? Porque o País todo... Hoje temos muito orgulho de dizer que somos brasileiros, sim; que estamos investindo em portos, estádios, aeroportos, ferrovias, hidrovias e, mais do que isso, em educação. Estamos preparando uma nova geração, para realmente ser muito melhor do que a nossa.

            Convido para fazer uso da palavra - ele que é o nosso Presidente Nacional - João Teodoro. (Palmas.)

            O SR. JOÃO TEODORO DA SILVA - Bom-dia a todos.

            Quero iniciar este pronunciamento, Senador, agradecendo a Deus a oportunidade de estar aqui, mais uma vez, representando a nossa categoria profissional e podendo pronunciar-me da tribuna desta Casa, que tem sido de grande significação para o desenvolvimento, para a evolução de todos nós, corretores de imóveis do Brasil.

            Cumprimento inicialmente nosso Senador Gim Argello, que, em companhia do Senador Adelmir Santana - que cumprimento também, neste momento -, providenciou, como sempre tem feito, um requerimento junto a este Senado Federal para que os corretores de imóveis do Brasil sejam homenageados pela passagem da sua data magna, dia 27 de agosto.

            Isso é muito importante para nós, Senador, principalmente sendo V. Exª corretor de imóveis inscrito no sistema Cofeci e Creci e conhecedor absoluto de toda a história de luta dos corretores de imóveis por este Brasil todo - muito especialmente aqui, no Distrito Federal, onde iniciou sua militância como corretor de imóveis. V. Exª depois representou a categoria profissional, politicamente, como Deputado Distrital e, agora, como Senador, que realmente orgulha muito a nossa categoria. Fico muito feliz de estar, neste momento, sendo presidido nesta sessão por V. Exª. (Palmas.)

            Quero cumprimentar, mais uma vez, então, o Senador Adelmir Santana, que também tem sido um baluarte para a categoria dos corretores de imóveis. Só quero fazer uma ressalva aqui, com a vênia do Senador Adelmir Santana. Ele disse, no seu discurso, que os corretores de imóveis tiveram uma grande vitória, Senador Argello, ao conseguirem sua regulamentação profissional. Corrijo, dizendo que tivemos de fato uma grande vitória, mas que a vitória maior foi da sociedade brasileira, que hoje conta com profissionais de altíssimo nível fazendo acontecer o mercado imobiliário brasileiro. (Palmas.)

            Cumprimento, também, o nosso eterno Ministro e patrono, Dr. Arnaldo Prieto, que está nos prestigiando mais uma vez. O Ministro Arnaldo Prieto tem realmente uma grande responsabilidade por tudo o que acontece no mercado imobiliário brasileiro, porque foi por meio dele, como Ministro do Trabalho, que conseguimos a regulamentação da profissão, pela segunda vez, através da Lei nº 6.530. Para aqueles que não conhecem, é de autoria dele o texto da recomendação ao Presidente da República para que fosse mandada a mensagem sobre a Lei nº 6.530, já que a Lei nº 4.116, que primeiro regulamentou a nossa profissão, em 1962, estava sendo derrogada, porque considerada, na ocasião, inconstitucional, por vários aspectos que não vêm ao caso citarmos agora. E o sistema Cofeci/Creci, naquela ocasião, Senador Argello, já estava bastante avançado em desenvolvimento e, inclusive, em patrimônio. Se simplesmente tivéssemos derrogado a Lei nº 4.116, perderíamos todo o trabalho de evolução da categoria até aquele momento e não teríamos como estar hoje, aqui, comemorando os nossos 48 anos de fundação legal. Isso nós devemos, sem dúvida alguma, ao nosso eterno Ministro e patrono da categoria, Dr. Arnaldo Prieto, que nos honra com a sua presença.

            Muito obrigado, Ministro Arnaldo Prieto.

            Quero cumprimentar, também, os nossos colegas Hermes Alcântara, presidente do Creci, que assumiu, com galhardia, a presidência desse Conselho Regional e tem feito um brilhante trabalho. O Conselho Federal tem acompanhado de perto, porque estamos juntos ali no mesmo prédio. Toda semana temos tido contato direto e temos sabido que esse Conselho Regional realmente está fazendo jus à representação que tem da categoria profissional dos corretores de imóveis aqui, no Distrito Federal, sem contar a representação que exerce o presidente Hermes também em nível nacional, por meio de outras entidades.

            Muito obrigado, Hermes, pelo seu trabalho.

            Quero cumprimentar o Sr. Geraldo Francisco do Nascimento, presidente do Sindimóveis, outra instituição tradicional aqui no Distrito Federal, que tem buscado o seu reerguimento. Neste momento, aproveito para cumprimentar o José Geraldo, Presidente do Sindigeci, outra instituição sindical. E quero deixar um apelo a essas duas instituições, que representam segmentos dos nossos queridos corretores de imóveis do Distrito Federal, no sentido de que voltem logo a trabalhar em conjunto, para que tenhamos condições de, fundindo essas duas instituições, ter uma representação sindical no Distrito Federal que possa ser enaltecida Brasil afora como a verdadeira representação dos corretores de imóveis. Deixo esse apelo aos nossos dois colegas. Aliás, Geraldo e Geraldo - isso já é bastante significativo -, o Geraldo do Nascimento e o José Geraldo. Acho muito relevante isso.

            Quero cumprimentar também o meu querido amigo particular, hoje Prefeito de Cristalina, que iniciou a sua vida... Aliás, iniciou a sua vida, não; ele teve toda a sua vida baseada no mercado imobiliário, como corretor de imóveis de grande sucesso, sendo Presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis aqui por seis gestões - um recorde. Hoje, com certeza, vive uma nova etapa de vida, mas teve grande relevância na organização e na evolução dos corretores de imóveis no Distrito Federal, e no Brasil também, na condição de conselheiro federal, integrante da diretoria do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.

            É um prazer tê-lo aqui conosco, Attié.

            E quero cumprimentar o Miguel Setembrino, que é um ícone dos corretores de imóveis aqui no Distrito Federal e, em nome dele - com a permissão dele, naturalmente -, estender esse cumprimento a todas as figuras ilustres da nossa categoria profissional que estão presentes neste momento. Digo todas as figuras ilustres porque todos vocês são figuras ilustres naturalmente, porque o corretor de imóveis é figura ilustre na evolução da nossa Nação, tanto do ponto de vista social, como econômico e político. E, por meio do Miguel Setembrino, faço esse cumprimento a todos os senhores corretores de imóveis e senhoras corretoras de imóveis, porque essa categoria merece, sem dúvida alguma, a consideração de toda a sociedade brasileira pelo trabalho que tem desenvolvido em prol da evolução da nossa Nação.

            Cumprimentando a todas as senhoras e senhores, inicio um rápido pronunciamento dizendo, Senador Gim Argello, que iniciei a minha carreira de corretor de imóveis em 1972 - já se vão alguns aninhos. E, em 1983, resolvi assumir alguma posição na representação da nossa categoria profissional. Iniciei como presidente do Jornal Imobiliário, que tínhamos na época no Estado do Paraná. Depois, assumi a presidência do sindicato, a presidência do Creci; e, hoje, estou na presidência do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis. E me sinto realmente muito orgulhoso de todo o trabalho que temos feito pela evolução dessa categoria, porque sabemos das dificuldades que enfrentamos no início do nosso trabalho.

            Quando iniciei meu trabalho como corretor de imóveis - não me envergonho de dizer isto -, por inúmeras vezes, ao visitar pessoas que poderiam ser nossos clientes, tivemos a porta simplesmente batida na cara, porque o corretor não tinha o reconhecimento da sociedade brasileira. Hoje, graças a Deus, não se ouve ninguém na categoria profissional dizer que teve recusa em ser atendido por quem quer que seja na sociedade brasileira, porque a categoria está definitivamente consolidada como uma categoria respeitável perante a sociedade brasileira.

            Desde que iniciamos os nossos trabalhos na representação da nossa categoria profissional, temos tentado sensibilizar o Governo Federal brasileiro, os governos estaduais e os governos municipais da importância, da relevância dos profissionais corretores de imóveis para o desenvolvimento econômico, social e político da Nação.

            Desde 1986, Senador Argello, iniciamos um trabalho de divulgação do que representa a cadeia produtiva da construção civil no Produto Interno Bruto brasileiro. Detectamos que, naquela ocasião, já representávamos cerca de 15% do Produto Interno Bruto brasileiro. Hoje, temos segurança absoluta de que a cadeia produtiva toda da construção civil representa mais de 18% do Produto Interno Bruto brasileiro, sendo que, nos segmentos da habitação, das construções comerciais e das construções industriais, que são os segmentos em que atuam mais fortemente os corretores de imóveis, já representamos mais de 7% do Produto Interno Bruto. Li recentemente uma notícia de que, neste ano de 2010, é possível que venhamos a registrar uma participação da ordem de 13% do Produto Interno Bruto. Isso é extremamente significativo para todos nós, corretores de imóveis.

            Esse trabalho de divulgação da nossa participação efetiva no desenvolvimento econômico, social e político da Nação vem sendo feito, portanto, desde 1986, por todos os demais segmentos representativos da nossa categoria profissional, tanto os corretores autônomos, os profissionais liberais, como os empresários do mercado imobiliário brasileiro, as imobiliárias. Conseguimos, finalmente, Senador Argello, em 2004, sensibilizar o Governo Federal. Felizmente, na gestão do Presidente Lula, nós conseguimos fazer com que o Governo Federal reconhecesse a importância do segmento da construção civil para o desenvolvimento particularmente econômico da Nação. E foi graças a esse reconhecimento que nós conseguimos passar ao largo da crise financeira internacional, porque eu atribuo, sem nenhuma sombra de dúvida, ao segmento da construção civil, que é movimentado no Brasil inteiro pelo trabalho dos corretores de imóveis, o fato de nós termos conseguido passar ao largo dessa crise financeira internacional que, ainda hoje, ainda hoje, prejudica países da Europa, da Ásia, América do Norte. Temos andado e constatado as dificuldades que alguns países têm sentido em função ainda da crise financeira internacional. Mas nós, aqui, passamos ao largo dessa crise, porque o trabalho dos corretores de imóveis, juntamente com a cadeia produtiva da construção civil, conseguiu fazer com que a nossa economia caminhasse serena, tranquila, sem qualquer problema. E, particularmente, no setor da construção civil, nós não tivemos nem como falar em crise, porque, ao contrário de manter, como em 2009, nosso PIB, que permaneceu estabilizado, nós crescemos no segmento da construção civil, no segmento da intermediação imobiliária, graças ao nosso trabalho.

            Então, nós devemos, neste momento, fazer esse enaltecimento. Por meio da Lei nº 10.931, de agosto de 2004, reativaram-se no Brasil os financiamentos imobiliários, que haviam sido paralisados há muitos e muitos anos. Nem o setor privado, nem o setor público davam atenção aos financiamentos imobiliários no Brasil. A partir da edição dessa lei, que teve seus efeitos enfatizados a partir do ano de 2005, nós começamos a recuperar o mercado imobiliário brasileiro e tivemos uma mobilização absolutamente inédita de financiamentos habitacionais e financiamentos imobiliários no Brasil, de um modo geral, a partir de 2005.

            De modo que, num crescente desde 2005 até aqui, neste ano de 2010, com toda segurança, nós deveremos movimentar no mercado imobiliário brasileiro mais de R$200 bilhões em giros do mercado imobiliário, sendo que R$100 bilhões desses, com toda a segurança, serão movimentados a partir dos financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal e de todos os bancos privados que hoje estão atuando no mercado de financiamentos habitacionais. E isso tudo, naturalmente, em função do trabalho dos corretores de imóveis, através de seus vários organismos representativos, através dos seus vários segmentos, que forçou a barra durante todos esses anos para que houvesse o reconhecimento do Governo Federal para a nossa importância social, econômica e política.

            Por isso, Senador Gim Argello, neste momento, com todo esse pessoal que nos prestigia, com todos esses corretores de imóveis que estão aqui neste momento, mas que, também, pelo Brasil afora, estão vendo, neste momento, a transmissão pela TV Senado, nós temos a segurança de dizer que os corretores de imóveis do Brasil são uma categoria sedimentada como uma das mais importantes para a evolução social, econômica e política do nosso Brasil.

            E, com essas palavras, eu quero encerrar, parabenizando, mais uma vez, V. Exª e o Senador Adelmir Santana, que tão diligentemente fizeram com que nós tivéssemos o privilégio de estar nesta sessão, homenageando os corretores de imóveis; e todos os corretores de imóveis do Brasil por mais um ano de regulamentação profissional, completando, neste ano de 2010, 48 anos de regulamentação legal.

            Que Deus abençoe a todos nós!

            Muito obrigado. (Palmas.)

            O SR. PRESIDENTE (Gim Argello. PTB - DF) - É sempre bom escutar o nosso presidente nacional. Aproveitando as palavras dele e a lembrança do nosso presidente Hermes, que falou: “Gim, você não fez referências às leis que você aprovou”. Eu fui Relator nacional - ele me fez lembrar - do Minha Casa, Minha Vida, quando relatei e expliquei aos demais a importância para o mercado de um projeto como o Minha Casa, Minha Vida. Quem foi o Relator aqui no Senado - e conseguimos aprovar numa velocidade muito boa - foi um corretor de imóveis. (Palmas.) Por quê? Para explicar isso para o mercado e explicar aos outros Senadores a importância de todo o País investir no mercado imobiliário.

            Esses dados que o senhor coloca, de 7% do PIB, para vocês terem uma idéia - Cesalpino, sabe o que acontece? -, no México, onde era 4% há dez anos, hoje está em 19%. O Brasil vai num crescimento... Nos próximos dez anos, é certeza de que o mercado só tende a crescer, só tende a expandir-se. Então, os senhores todos... Desculpem-me os que eu não citei. Citei o Fred, o Juliano... Vocês todos. Desculpem-me os que eu não citei. Foi indelicadeza minha. Peço desculpa porque todos merecem ser citados aqui.

            Presidente, o índice de crescimento no mercado nos próximos dez anos, Geraldo, é isso mesmo, é um crescimento gigantesco. O PIB dos Estados Unidos no mercado imobiliário, com todas as quedas que eles tiveram, passa dos 50%. O nosso não chegou a 10%, Fred. Então esse é o mercado. Vocês estão na hora certa, no momento certo.

            Não poderia deixar de dizer que passou há pouco aqui o Senador Cristovam Buarque, que foi autor da Lei nº 1.463, a pedido, na época, do nosso Creci, para que os corretores pudessem ter acesso a todos os dados de Terracap, dos cartórios - lembra-se disso, presidente? Então, devemos agradecer também ao nosso Senador de Brasília, Senador Cristovam Buarque, que não está presente, mas a quem peço uma salva de palmas, pois já ajudou muito a nossa categoria e é um grande Senador. (Palmas.)

            O Presidente Attié me lembra de que o projeto Minha Casa, Minha Vida não incluía as cidades com menos de 50 mil habitantes. Na época, fiz uma emenda e coloquei todas as cidades... Pois a grande maioria dos nossos 5.428 Municípios do País, quase 5 mil, não estavam inclusos no Minha Casa, Minha Vida, porque tinham menos de 50 mil habitantes. Fiz uma emenda, de nossa autoria, que se tornou lei também, para incluir no Minha Casa, Minha Vida as cidades com menos de 50 mil habitantes, o que, hoje, é uma realidade, porque isso não para mais. São 2 milhões de casas, são 4 milhões de casas, e assim vai, porque todo brasileiro merece e precisa ter o seu teto.

            O déficit habitacional no País ainda hoje passa dos 10 milhões de moradias. No Distrito Federal, para vocês terem uma ideia, na lista do Idhab, que é uma referência da Codhab hoje, depois de fazerem a Lista Limpa, hoje ainda há 360 mil inscrições. Então, olha o trabalho que os corretores de imóveis ainda têm para atender, Luiz Carlos!

            Dizendo essas palavras a vocês, a pedido do Creci, vou apresentar um projeto também para o carro do corretor de imóveis ter também o desconto do IPI - o Hermes colocou muito bem isso, Sr. Presidente, é assim que se faz. (Palmas.) Vamos construir esse projeto. Vou chamar vocês para acompanhar nas comissões e ver se conseguimos essa vitória. Então, vamos lutar por isso também.

            Agradecendo a cada um de vocês de modo muito especial, e cumprida a finalidade desta sessão, agradeço às personalidades que nos honraram com seus comparecimentos. Peço desculpas por não estar sentado à Mesa, mas é o patrono da nossa categoria, ao nosso querido Ministro Arnaldo Pietro.

            Muito obrigado, Ministro Arnaldo Pietro, esta categoria lhe deve muito. Muito obrigado.

            A todos vocês o nosso muito obrigado.

            Nada mais havendo a tratar, a Presidência vai encerrar os trabalhos.