Discurso durante a 155ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comemoração dos quarenta e cinco anos de criação da profissão de Administrador.

Autor
Adelmir Santana (DEM - Democratas/DF)
Nome completo: Adelmir Santana
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Comemoração dos quarenta e cinco anos de criação da profissão de Administrador.
Publicação
Publicação no DSF de 10/09/2010 - Página 45160
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, AUTORIDADE, PRESENÇA, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, CRIAÇÃO, BRASIL, PROFISSÃO, ADMINISTRADOR, IMPORTANCIA, COLABORAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, HISTORIA, PAIS, ESPECIFICAÇÃO, GOVERNO, JUSCELINO KUBITSCHEK, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIALIZAÇÃO, ELOGIO, COMPETENCIA, CATEGORIA PROFISSIONAL.
  • NECESSIDADE, AMPLIAÇÃO, OPORTUNIDADE, ESTUDANTE, PARTICIPAÇÃO, MERCADO DE TRABALHO, RELEVANCIA, EMPRESA, INICIATIVA, ALUNO, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, DEFESA, INCORPORAÇÃO, CURRICULO, UNIVERSIDADE, DISCIPLINA, ACOMPANHAMENTO, DEMANDA, SOCIEDADE, TRANSFORMAÇÃO, BRASIL, POTENCIA.
  • COMPARAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, IMPORTANCIA, VOTO, MELHORIA, GESTÃO, CONCLAMAÇÃO, ELEITOR, CONSCIENTIZAÇÃO, RELEVANCIA, ELEIÇÕES, EFETIVAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, BRASIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ADELMIR SANTANA (DEM - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado.

            Sr. Presidente, senhoras e senhores componentes da Mesa, quero aqui saudar o Presidente nacional - peço à assessoria que traga os nomes para mim -, o Presidente do Conselho Federal de Administração, Sr. Roberto Carvalho Cardoso; saudar o Presidente do meu Conselho Regional do Distrito Federal, Sr. Carlos Alberto Ferreira Júnior; saudar o Presidente do Congresso Nacional, Sr. Samuel Albernaz, as senhoras e os senhores membros dos Conselhos Federais ou do Conselho Federal de Administração, as senhoras e os senhores membros e os presidentes dos demais Conselhos Regionais Estaduais de Administração, os alunos do curso de Administração da Faculdade Fortium, acompanhados pelo professor Jurandi da Silva Arruda Junior, as senhoras e os senhores convidados.

            Sr. Presidente Acir Gurgacz, louvo aqui a sua homenagem a esses profissionais e quero mais uma vez dizer que o Senador Marconi Perillo, primeiro signatário deste requerimento, mais do que autor deste requerimento, gostaria muito de estar aqui entre os senhores, mas forças maiores o impediram de vir a Brasília neste dia.

            Sr. Presidente, nobres colegas Senadores e Senadoras, Senador Cristovam, ilustres convidados e homenageados, administradores do Brasil que aqui estão e em nome dos quais eu saúdo todos do Brasil inteiro, esta é uma data alvissareira, nela celebramos o Dia dos Administradores, profissionais respeitados e fundamentais para o desenvolvimento do Brasil. Comemorarmos também, além da homenagem aos profissionais, os 45 anos de existência, reconhecida existência, desta profissão no Brasil.

            Este Senador, como eu disse, também é, Sr. Presidente e nobres colegas, formado em Administração de Empresas. Tenho muito orgulho disso.

            Aproveito este caloroso momento, no qual nossa energia converge para um só ponto - a celebração do Dia do Administrador -, para render a mais justa homenagem àqueles que dedicam a sua vida à gestão empresarial e pública.

            Permita-me fazer uma reflexão sobre a importância dos administradores no dia a dia de nossas corporações, sejam elas públicas ou privadas, Sr. Presidente.

            O Brasil atingiu um admirável nível de desenvolvimento e, por isso, é respeitado e até copiado por outras nações do mundo. Tudo isso se deve, além de muitas outras variáveis, ao esforço crescente para a profissionalização da nossa gestão. E isso ocorre em praticamente todos os setores de nossa economia hoje, pujante que é, e reconhecida no mundo inteiro.

            O sonho de um Brasil grande vem de muito tempo. Lembro aqui o Plano de Metas de JK, voltado para a industrialização deste imenso País e focado na construção de Brasília como meta-síntese do seu programa de Governo e na transferência da Capital do País, feita em pouco mais de três anos. Sua gestão foi um marco na história da Administração Pública brasileira, mas só se tornou realidade porque contou com a parceria de inúmeros administradores atuantes nas mais variadas cadeias produtivas.

            Todo trabalho sintonizado e sincronizado com o desafio de construir um país do futuro. E conseguimos! Nós, administradores e trabalhadores brasileiros, conseguimos essa meta. Pouco mais de mil dias. Somos, de fato, empreendedores. E, na verdade, aqui é bom que se diga que a escola brasileira, a família brasileira tem uma dívida conosco, nós que temos mais de 60 anos, porque, na nossa época de jovens e estudantes, mesmo nas escolas de nível superior, não se falava em empreendedorismo. Surgiram há pouco tempo, na escola Fundação Getúlio Vargas, as primeiras noções de empreendedorismo. E Juscelino foi, de fato, um grande empreendedor. Essa é uma dívida que a escola brasileira tem. E agora começa - a gente percebe isso nas escolas de nível superior - a matéria empreendedorismo a já fazer parte de alguns conteúdos programáticos de alguns cursos, quando deveria ser uma matéria já na primeira escola. Mas nós somos, de fato, um povo empreendedor. E é por isso que esse momento se reveste de civismo e alegria. É um momento de reflexão sobre nossas potencialidades e nossa capacidade de realização.

            Os administradores brasileiros pertencem a um segmento profissional jovem ainda, porque, historicamente, 45 anos, professor Cristovam, é uma idade muito tenra para uma atividade profissional.

            Mas é radiante e promissor, pois, à medida que o País cresce, sua procura aumenta e exige mais profissionais bem formados, com visão crítica e senso cívico estratégico. Os administradores, Sr. Presidente, trazem, quando bem formados, um leque variado de competências que, uma vez bem utilizadas pelas empresas, geram riquezas, eliminam o desperdício e as auxiliam a ganhar tempo, aumentando a agilidade de seus processos, produzindo resultados de qualidade.

            São profissionais indispensáveis para qualquer tipo de empreendimento, seja ele de médio, pequeno ou de grande envergadura.

            Administradores, este é um momento solene e de celebração, mas não podemos deixar passar despercebida a necessidade premente de melhorar a formação acadêmica e aproximar os estudantes das empresas públicas e privadas. É necessário que os cursos se transformem, além de ambientes de estudo e reflexão teórica, em laboratórios mercadológicos.

            O estudante de administração precisa, desde o primeiro momento, estar próximo e vivenciar o mercado, para entender seu ritmo competitivo e aprender também na prática, exercitando a teoria e ganhando tempo no seu processo de formação.

            Toda e qualquer atividade profissional exige de todos nós uma formação continuada, porque as informações são muitas, passam rapidamente e não há como acompanhá-las se não estivermos efetivamente focados nas nossas atividades e buscando, cada vez mais, o aperfeiçoamento.

            Tenho certeza de que os estudantes de Administração estão ansiosos para dar a sua contribuição às empresas e à sociedade.

            Não poderia, Sr. Presidente, deixar de enaltecer as Consultorias Juniores, as empresas de informação, as escolas de formação de empresas dentro das próprias universidades, que diversas faculdades de Administração estruturam para complementar a formação dos estudantes.

            É, sem dúvida, e aqui faço uma referência às empresas incubadoras, uma necessidade que os estudantes têm para vivenciar na prática o que ocorre nas empresas lá fora.

            É, sem dúvida, uma ação de grande importância para a formação acadêmica e uma maneira de aproximar a universidade da sociedade e do mercado.

            Srs. coordenadores de cursos e dirigentes de Faculdades de Administração, estimo que as consultorias juniores sejam ampliadas e amplificadas, em sua extensão e alcance, para benefício de todos nós.

            Sr. Presidente, é importante registrar que muitos bons administradores reconhecidos no mercado iniciaram seu contato com o mercado por meio dessas consultorias juniores e dessas empresas incubadoras.

            É também fundamental que os cursos de administração incorporem estruturalmente novas matérias vinculadas ao meio ambiente, à tecnologia de informação e comunicação, ao entretenimento, à cultura, ao lazer e às novas demandas da economia nacional, que requer profissionais qualificados nas mais diversas cadeias produtivas como, por exemplo, a do petróleo, do gás, do saneamento, da indústria e serviços navais, da indústria da pescam, da siderurgia, da saúde, da segurança pública, enfim, de áreas que vêm se configurando como potencialmente grandiosas e geradoras de riquezas, de empregos para milhares de brasileiros, desde que bem formados e qualificados para atuarem em ambientes cada vez mais competitivo e globalizados.

            E é bom que se diga que um outro setor que tem um grande potencial de crescimento também é na área do turismo, por sermos um País de dimensão continental e de diversidade muito grandiosa, e todos nós conhecemos.

            É chegada a hora, portanto, de os administradores brasileiros mostrarem, mais uma vez, seu potencial e assumirem o comando das empresas e do Estado para, com visão e competências estratégicas, conduzir o Brasil para o patamar da potência global do século XXI.

            Temos inúmeros desafios a vencer, mas somos capazes de enfrentá-los. Os gestores brasileiros sempre demonstraram sua capacidade. Mas, desta vez, Sr. Presidente, nobres Colegas e ilustres homenageados, o desafio é maior.

            É um desafio que todos temos de enfrentar e vencer: precisamos transformar o Brasil numa grande Nação, cuja economia torna-se cada vez mais vigorosa, mas os problemas sociais são igualmente indescritíveis. E temos dívidas sociais imensas, uma das quais, como bem enfoco sempre aqui, sempre enfoquei e é sempre debatida pelos Senadores mais diversos, mas em especial pelo Senador Cristovam Buarque, é a dívida que este País tem na área da educação.

            Para serem vencidos, precisamos trabalhar diligente e intensamente, focados nos projetos solidários de Nação, nos quais as oportunidades sejam equanimamente oferecidas e aproveitadas, para que, no transcorrer das próximas décadas, tenhamos um País rico, com uma população próspera, sadia e solidária.

            Vivemos um momento decisivo, no qual os brasileiros serão chamados à responsabilidade cívica do voto. Iniciaremos uma nova etapa no processo de consolidação de nossa promissora democracia. Mas é preciso muito cuidado e atenção, a mesma atenção que os gestores necessitam ter quando decidem em suas organizações. Os riscos precisam ser calculados e os erros, se ocorrerem, devem ser residuais.

            Administradores do Brasil, sejam, mais uma vez, faróis e irradiem influência positiva junto às suas equipes, colegas de trabalho, familiares, vizinhos e a quem possam auxiliar. Aqui, refiro-me também à questão da eleição, do voto. Nós passamos por um momento difícil da escolha, do processo seletivo, em que nós, os candidatos, não temos condições de sermos entrevistados por todos os eleitores, mas, com conselhos como os nossos, homens como nós temos uma responsabilidade da indução dessa escolha, da indução da análise, para que tenhamos políticos mais comprometidos com a nossa Nação e que as escolhas não necessitem de uma correção tão rápida, mas que se dê dentro do processo democrático a cada quatro anos.

            Lembrem a todos a importância do voto, a importância da boa escolha, a importância da análise, para que tenhamos efetivamente um Congresso com melhor qualificação e escolhido com melhor aperfeiçoamento da escolha e da análise, do seu significado como escolha e delegação a alguém para decidir sobre seu futuro, de sua família e de sua empresa, por quatro e por oito anos.

            É necessária, portanto, uma análise apurada dos nomes que se propõem a representar a população brasileira.

            As eleições de outubro próximo serão decisivas, trarão para o Parlamento e levarão para o Executivo pessoas que serão responsabilizadas pela transição para uma nova fase de nosso processo de desenvolvimento.

            Inúmeras reformas precisam ser feitas, com competência, ética e compromisso com o futuro e o bem-estar de todos.

            Votem naqueles que, de fato, empenharão o melhor de si na gestão do patrimônio público. Aqueles que proporão aumento das oportunidades no mercado de trabalho, gerando mais empregos, e que se comprometerão com a luta para melhorar a vida do pequeno empreendedor, do cidadão contribuinte, que clama pela diminuição dos impostos tão injustamente cobrados neste País, porque não difere por categorias econômicas.

            Dêem seu voto àquele que se comprometer com a incansável luta pela adequada formação técnica, formando profissionais qualificados e competitivos.

            Somente assim, o Brasil se tornará a potência que sonhamos.

            Neste momento, portanto, neste processo histórico, meus queridos administradores, somos agentes fundamentais e precisamos participar, liderando, mostrando e oferecendo às empresas e ao País o nosso melhor esforço.

            Salve os administradores do Brasil!

            Parabéns pelo seu dia e por esta sessão de homenagem.

            Um muito obrigado. (Palmas.)


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/09/2010 - Página 45160