Discurso durante a 161ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Balanço sobre o primeiro turno das eleições em todo o País.

Autor
Marisa Serrano (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MS)
Nome completo: Marisa Joaquina Monteiro Serrano
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Balanço sobre o primeiro turno das eleições em todo o País.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 06/10/2010 - Página 46430
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • BALANÇO, RESULTADO, PRIMEIRO TURNO, ELEIÇÕES, BRASIL, COMEMORAÇÃO, DIVERSIDADE, VITORIA, OPOSIÇÃO, QUESTIONAMENTO, CONDUTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, CAMPANHA ELEITORAL, CRITICA, DECLARAÇÃO, NECESSIDADE, EXTINÇÃO, PARTIDO POLITICO, DEMOCRATAS (DEM).
  • EXPECTATIVA, SEGUNDO TURNO, ELEIÇÕES, DECISÃO, JUDICIARIO, VIGENCIA, LEGISLAÇÃO, INELEGIBILIDADE, REU, CORRUPÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO, ELEITOR, ETICA, PRIORIDADE, DEBATE, PROPOSTA, EDUCAÇÃO, SAUDE, SEGURANÇA PUBLICA, COMBATE, DESIGUALDADE REGIONAL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Sr. Presidente. Suas palavras são sempre muito gentis. Embora eu conheça o Deputado Índio e saiba de sua competência, é sempre bom saber que temos companheiros, como V. Exª, que acreditam na nossa força e na qualidade do nosso trabalho. Muito obrigada.

            Mas, Sr. Presidente, nós ouvimos muitos aqui falarem - é natural que assim façamos - sobre as eleições. Muitos aqui fizeram um balanço sobre as eleições em seus Estados, sobre a eleição no País, e eu não quero deixar de falar sobre esse tema também. De fato, é um tema muito importante para nós, porque esta é uma Casa política, é uma casa feita por políticos e de políticos e, portanto, é natural que acompanhemos pari passu o que acontece numa eleição cujo primeiro turno acabamos de vivenciar no Brasil e cujo segundo turno, que se avizinha, ainda vivenciaremos.

            A democracia brasileira, com todos os seus problemas, está avançando, e isso, para nós, é muito importante. O resultado das urnas no último domingo mostrou que a sociedade brasileira tem o domínio de seu destino.

            Tenho falado muito, falei muito nesses meses de campanha em meu Estado que, graças a Deus, a sociedade brasileira está numa democracia e tem direito a votar, vota e discute as suas questões. Se nós não tivéssemos condições de ir às urnas, se a sociedade brasileira, a população brasileira não pudesse escolher seus representantes, nós estaríamos numa ditadura, ela não teria essa liberdade de poder escolher quem ela quisesse.

            Então, a primeira coisa que nós temos de fazer aqui é um voto de louvor à democracia que nós temos e à participação maciça da sociedade brasileira num evento como este. É hora de ela dizer: eu quero este, não quero este, eu penso assim, eu penso de outro forma.

            É claro e evidente que nós vivemos com contradições, nem sempre as campanhas políticas têm a lisura que nós gostaríamos que tivessem, nem sempre elas realmente espelham aquilo que a sociedade almeja, e nem sempre a sociedade vota de acordo com aquilo que ela gostaria que o coletivo tivesse - às vezes, vota em função de interesses pessoais imediatos, nem sempre ela pensa no coletivo na hora de votar. Mas, mesmo assim, com todas essas formas de insegurança que às vezes a democracia nos traz, ela é muito melhor, é o regime que realmente interessa a todos os países, e assim é por causa da liberdade que dá às pessoas de poder fazer as suas próprias escolhas.

            Estas eleições, que vamos continuar vivenciando por mais trinta dias, tiveram inúmeras contradições. Eu ouvi comentários de várias pessoas sobre a questão da insegurança jurídica. Tratava-se, primeiro, de saber se os fichas sujas seriam eleitos ou não seriam eleitos; depois, se nós poderíamos levar um documento, se o título de eleitor valeria. Eu nunca vi um país ter título de eleitor que não valesse; pela primeira vez numa eleição, o título de eleitor não valeu, porque tinha que ter foto e o título de eleitor não tem foto. Então, não valeu o título de eleitor. A insegurança jurídica que cercou esse finalzinho de eleição não é boa para ninguém. De qualquer forma, a sociedade emitiu sinais claros de que quer uma sociedade melhor e um futuro melhor para todos.

            O voto seguiu na direção de manter equilíbrios importantes na repartição da representação dos poderes no Congresso Nacional e nos Estados da Federação .

            Analisando os mapas eleitorais - tenho certeza de que todos o fizeram -, podemos afirmar que não há vencedores nem perdedores. A decisão dos eleitores soube garantir espaço de ação para todos na justa medida de suas inserções e influências na sociedade.

            Pensou-se que era possível acabar com a oposição - o Presidente Lula disse, inclusive, lá em Santa Catarina, que iria extirpar os democratas da vida política brasileira -, mas a oposição conseguiu nesta eleição, apesar do rolo compressor que nós vimos passar, manter o seu espectro tanto na Câmara como no Senado e garantir governos importantíssimos na Nação. Além disso, no segundo turno, em seis Estados, a oposição ainda está brigando para garantir o seu espaço.

            A oposição está viva e vai continuar brigando, mesmo que tenha visto pela primeira vez, como eu disse há pouquinho, num aparte que fiz, um Presidente da República deixar de ser Presidente às seis horas da tarde para passar a ser militante. Isso eu nunca tinha visto em meus longos anos de carreira política no País; nunca tinha visto um Presidente assumir a função de propagador, de militante em todos os momentos, assumindo o lugar de sua candidata, assumindo um papel de tanta relevância, agindo como um candidato na sombra, que coloca suas ideias, luta por sua candidata, mas não o faz como fazem outros presidentes em outros países democráticos, dentro das regras do jogo. O Presidente da República ria das regras do jogo, fazia chacota da parte jurídica da nossa eleição, e isso tudo foi o lado ruim dessa eleição que acabamos de enfrentar.

            Mas o voto deixou claro também quais são as demandas da sociedade para as próximas décadas. O voto mostrou o que devemos fazer para reduzir as desigualdades sociais e regionais, que são grandes ainda em todo o País. O Norte e o Nordeste ainda precisam de mais apoio, Sr. Presidente, e V. Exª, que é do Nordeste, sabe da importância de uma ação afirmativa para o Norte e para o Nordeste brasileiro que leve em conta suas diferenças em relação ao resto do País.

            Diante das tantas desigualdades gritantes, como as que temos no Nordeste e no Norte, é hora de o governo ter um olhar diferenciado para essas regiões. Não é só dar Bolsa Família: é preciso garantir emprego, garantir renda, dar oportunidades às pessoas, fazer com que cresçam, tenham oportunidade de melhorar de vida, de ter perspectivas, de ter esperança. Isso falta a este País, e falta também nós termos aqui um Presidente da República que olhe diferentemente para uma região que precisa de mais apoio, que precisa de mais incentivo para que sua população ganhe o espaço a que ela tem direito neste País.

            O voto também mostrou quais são as prioridades a serem estabelecidas pelos próximos governos e governantes. Felizmente, acredito que estamos conseguindo, embora lentamente, construir um ambiente institucional que prime pela ética e por valores morais que sedimentam a estrutura da família, que, dessa maneira, reivindica mais saúde, mais educação e mais segurança pública. Esses são temas que ficaram dessa campanha.

            Não houve um candidato que tenha ido para os palanques e não falasse em saúde, educação e segurança pública. Essas questões são o calcanhar de Aquiles dos nossos governos. É por elas que os governos têm de se pautar, procurando garantir educação de qualidade para as nossas crianças. E quando falo em educação de qualidade, não penso em uma educação qualquer, mas em garantir que as nossas crianças aprendam realmente. Não é só que estejam na escola, mas que aprendam, que tenham competência, fluência naquilo que estão aprendendo para poderem fazer a diferença neste País.

            Eu gostaria também de parabenizar a sociedade brasileira por sua sabedoria na hora da decisão. Acabei de dizer que, às vezes, ficamos impactados quando as coisas não acontecem como nós gostaríamos que acontecessem. Por exemplo, a questão da ficha suja foi um caso emblemático. A sociedade esperava que ela bastasse para tirar do governo as pessoas que tivessem pendências jurídicas - isso de qualquer partido, de todos os partidos -, mas prevaleceu a insegurança jurídica, e vimos acabar uma eleição sem que tivéssemos ainda claro o número de candidatos eleitos - se vale ou não a regra da ficha limpa para esta eleição. Essa insegurança ainda fica com todo mundo, mas essas contradições são próprias da democracia.

            E nós temos que acreditar na democracia, com todas as suas contradições, com seus sistemas de freios e contrafreios. Nós precisamos lutar por ela, garantir que seja o melhor sistema, pois, com todos os desalentos, ainda é o caminho que nós temos que seguir, para garantir, na nossa sociedade,o espaço da liberdade pelo qual todos nós lutamos tanto.

            E estamos agora diante do segundo turno para a escolha do futuro Presidente da República. A sabedoria da sociedade indicou que ninguém receberia um cheque em branco para governar este País. Ninguém é vitorioso de véspera, ninguém é eleito pelas pesquisas.

            E esta é uma questão que nós temos que discutir nesta Casa, discutir a forma de ser das pesquisas e a influências que elas têm, às vezes maléficas, e eu gostaria que fossem sempre benéficas, para o eleitorado. Vimos casos no País em que as pesquisas não erraram feio. Parece até que realmente tinham vontade e desejo de induzir ao erro o nosso eleitor. Essa é uma questão que a gente vai ter que discutir nesta Casa.

            Também sabemos que o marketing político é um instrumento limitado na conquista dos corações e mentes do eleitor. Nem sempre o marketing é tudo. E nós vimos isso também nesta eleição, como vimos nas outras, e hoje foram referendadas. Que a trucagem, a maquiagem, a ausência de transparência e o salto alto não resistem ao crivo do eleitor mais crítico. Aquele eleitor crítico não se deixa enganar. E nós vimos isso nesta eleição também.

         Estamos agora diante de duas propostas diferentes para o País. O Brasil quer avançar, o Brasil quer dar passos para a frente, o Brasil quer se desenvolver com menos corrupção, com menos aparelhamento, com menos clientelismo, com menos empreguismo. Essa tem que ser a nossa luta. Isso tem que estar no cerne da fala dos nossos dois candidatos que vão para o segundo turno. Aquele que possa avançar no País, mas no rumo certo. Avançar, como eu disse, com menos empreguismo, com menos aparelhamento, com menos corrupção.

         Estamos cheios de corrupção neste País! Nosso futuro Presidente tem que vir às claras e dizer ao nosso povo que não aceita corrupção, que não passa a mão na cabeça dos corruptos, que quer a limpeza deste País e que vai lutar para que o brasileiro ande de cabeça erguida e tenha orgulho de ser brasileiro, e não aperte o coração sempre que se fala em corrupção, pois o Brasil está no meio daqueles países corruptos.

            O povo brasileiro tem que aprender desde pequenininho a não aceitar a corrupção em hipótese alguma, a não aceitar a corrupção nas filas, a não aceitar a corrupção no trabalho, a não aceitar a corrupção na escola, a não aceitar a corrupção em nenhum ambiente. Isso faz parte da família, e a família tem que ensinar também os seus filhos a não aceitarem um país de corruptos. Temos que levantar a cabeça e não aceitarmos que isso se torne uma endemia no nosso País. Temos que batalhar, que lutar contra a corrupção em todos os lugares em que ela estiver.

            O que o Brasil deseja? Se não deseja nada disso, ele deseja mais empreendedorismo. Nosso Presidente aqui, que é um trabalhador, que luta e que dá empregos no seu Estado, sabe disso. O Brasil precisa de empreendedorismo, de pessoas que tenham criatividade. O Brasil precisa de mais avanço nos setores institucionais, de mais, como disse, saúde e educação. O Brasil quer menos palanquismo e mais realizações.

            Estamos cansados de ilusões, queremos realidade e realizações efetivas. O que significa isso? Significa termos menos mortalidade infantil; termos uma educação melhor no País, o que não temos; termos uma saúde melhor, o que não temos; termos segurança, o que não temos. Se o Brasil não tem isso, precisamos melhorar e muito. É isto que precisamos: realizações. Que o povo brasileiro se sinta mais seguro, que o povo brasileiro tenha o mínimo suficiente para viver com dignidade.

            Nesse segundo turno, vamos ter oportunidade de discutir as propostas, e ver as ideias dos candidatos. Eu quero ver, por exemplo, as propostas da candidata Dilma; eu quero ver as suas ideias. Até agora, ela só falou do que o Lula fez, exaltando o Governo do Presidente. Eu quero saber de um eventual governo dela: como ele seria, quais as ideias dela, quais as propostas dela para o País. Eu não quero que ela fique sempre se escorando em outros. O que nós queremos, o que a sociedade brasileira quer - por isso, deu-se o segundo turno -, é conhecer mais as propostas e as ideias dos dois candidatos.

            Esperamos também - quero repetir aqui - que o Presidente da República abandone o seu protagonismo até tresloucado e passe a agir como estadista, atuando mais como magistrado do que como militante e chefe, como disse Fernando Henrique, de uma facção política. Acredito que ainda há tempo para o Presidente Lula passar para a história como um homem limpo, repleto de grandeza, deixando o segundo turno para os candidatos, interferindo o menos possível. A população vai votar nos dois candidatos que aí estão. E ela tem que ter o direito de ouvir as propostas dos dois candidatos e não a fala do Presidente que está saindo.

            Ele, o Presidente Lula, engrandecerá o pleito e fortalecerá a democracia se conseguir manter o equilíbrio, agindo como manda a prudência e o bom senso. Os discursos do Presidente, no decorrer dessa campanha, desmerecem a sua popularidade. Ele se apequenou diante da democracia ao propor extirpar um partido político, ao sugerir restrição da liberdade de imprensa, ao fazer chacota do Judiciário, ao conclamar os militantes a uma luta radical contra aqueles que ele considera inimigos. Isso é se apequenar dentro da história e da nossa democracia. Eu lamento pelo Presidente e lamento pela sua candidata, que tem ficado na sombra, despersonalizada, acuada, sem permitir que o eleitor saiba quem de fato ela é, o que pensa e o que pretende fazer.

            Acredito que esse segundo turno seja fundamental para o futuro do Brasil. Eu quero conclamar todos os brasileiros para que acompanhem as discussões e estudem as proposta de cada candidato e para que decidam com esperança no coração, com fé em Deus e com grandeza de alma, a fim de garantir a transformação deste grande País.

            Eram essas as minhas palavras, Sr. Presidente, esperando que, no dia 31 de outubro, quando novamente o brasileiro for às urnas, vote pelas propostas que nós queremos para melhorar este País: vote pela saúde, vote pela educação, vote pela segurança, vote pelo emprego, vote pelas oportunidades, vote pela esperança e pelo futuro. Não vote por questões pequenas, por questões menores. Vote pelo País. Veja o povo brasileiro, veja o sorriso das nossas crianças, veja o ânimo das pessoas e aí vá votar. Vote pelo País, vote pelo Brasil!

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - V. Exª me permite um breve aparte?

            A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Desculpe-me, eu não tinha visto que V. Exª havia levantado o microfone.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Primeiro, quero concordar com um dos aspectos do pronunciamento de V. Exª sobre o quão importante será esse segundo turno. Felizmente, nós vivemos numa democracia, onde o processo de eleições em dois turnos permite ao povo brasileiro melhor aferir e comparar as propostas, as atitudes, os valores de ambos os candidatos. Certamente não teremos apenas o horário eleitoral, dez minutos diariamente de cada um, mas em especial os debates, que serão iniciados no domingo próximo, na rede Bandeirantes. As demais emissoras também poderão propiciar essa oportunidade. Feliz é o povo brasileiro que está tendo essa oportunidade. Considero que ambos os candidatos têm qualidades formidáveis. Eu tenho muita confiança, avalio - e aí de maneira diferente de V. Exª - que o povo brasileiro pôde, ao longo dos últimos três, quatro meses, conhecer melhor aquela pessoa sobre quem o Presidente Lula disse: “Olha, a Ministra Dilma Rousseff foi a pessoa que melhor contribuiu para que eu pudesse realizar um governo com tantas qualidades, no qual foi possível compatibilizar a estabilidade de preços com a melhoria da distribuição de renda e o crescimento da economia, mesmo em meio à crise tão fantástica que aconteceu internacionalmente”. Há um reconhecimento. Dilma Rousseff conseguiu passar de um patamar bastante modesto, no início do ano, para um patamar que se aproximou dos 50%, pelo reconhecimento de suas qualidades. O Presidente Lula, obviamente, entusiasmou-se muito pela sua candidata e é livre para dizer o que acha a respeito dela. Se, em alguns momentos, ele externou a sua preocupação, às vezes até tendo sido um pouco agressivo em relação ao que a imprensa publicou, na verdade, o Presidente Lula nunca criou qualquer dificuldade para a liberdade de imprensa. Mas o importante - e neste ponto quero concluir concordando com V. Exª - é esta formidável oportunidade que a democracia no Brasil propiciará, praticamente em igualdade de condições, ao povo brasileiro: escolher entre Dilma Rousseff, a pessoa que eu recomendo, e José Serra, pessoa pela qual tenho muito respeito também.

            A SRª MARISA SERRANO (PSDB - MS) - Obrigada, Senador Suplicy. V. Exª tem outra visão, e é natural que tenha. Esta é a riqueza da democracia: podermos falar das nossas linhas de pensamento e, principalmente, das questões que nós acreditamos, principalmente da forma como nós achamos que deve ser este País. Mas eu acredito muito, Senador Suplicy, que as pessoas, para governarem um País como o nosso, têm de ter experiência de vida, e experiência de vida em comunidade, com a sociedade.

            Pode-se falar qualquer coisa do Presidente Lula, menos que ele não tenha tido experiência. Ele foi cinco vezes candidato a Presidente da República. Nas quatro primeiras vezes, ele andou por este País, conhecia a população, conhecia os problemas brasileiros, debateu enormemente, debateu em todas as campanhas, estava presente, acompanhando a vida do cidadão brasileiro. E a mesma coisa em relação a José Serra: estava sempre presente na luta diária, como Governador, como Prefeito, como Ministro, como Senador, como Lula fez a vida toda. Agora o difícil é a gente não conhecer as pessoas em que se vota. Difícil é votar só porque alguém está indicando e mandando: “Esse é o meu candidato”. Isso, sim, eu acho difícil para o povo brasileiro. Essa é a nossa discordância, a discordância a favor de quem tem competência, de quem tem experiência e contra quem não tem.

            Portanto, Sr. Presidente, deixo aqui a minha fala, esperando que, no dia 31, o brasileiro vá às urnas alegre, feliz, contente e vote pelo Brasil, vote pelo melhor!


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/10/2010 - Página 46430