Discurso durante a 163ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Análise do pleito eleitoral de 3 de outubro último.

Autor
Jayme Campos (DEM - Democratas/MT)
Nome completo: Jayme Veríssimo de Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Análise do pleito eleitoral de 3 de outubro último.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 08/10/2010 - Página 46633
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • ELOGIO, MÃO SANTA, SENADOR, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, SENADO, DEFESA, INTERESSE, ESTADO DO PIAUI (PI).
  • ANALISE, ELEIÇÕES, RELEVANCIA, PROCESSO, CONSOLIDAÇÃO, DEMOCRACIA, CIDADANIA, PROMOÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, BRASIL, CUMPRIMENTO, GOVERNADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), REELEIÇÃO, PRIMEIRO TURNO, CANDIDATO ELEITO, VAGA, SENADO, SAUDAÇÃO, VITORIA, IRMÃO, ORADOR, CANDIDATO, DEPUTADO FEDERAL, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • ELOGIO, CONDUTA, CAMPANHA ELEITORAL, CANDIDATO, GOVERNADOR, SENADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), DEMOCRATAS (DEM), AUSENCIA, VITORIA, ELEIÇÕES.
  • SAUDAÇÃO, SUPERIORIDADE, PERCENTAGEM, VOTO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), PRIMEIRO TURNO, ELEIÇÕES, JOSE SERRA, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CONDUTA, CAMPANHA ELEITORAL, EXPECTATIVA, VITORIA, SEGUNDO TURNO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Sr. Presidente Mão Santa, Srªs e Srs. Senadores, antes de mais nada, quero falar da minha alegria e do meu contentamento por rever V. Exª presidindo esta Casa uma vez mais. Lamentavelmente, V. Exª não foi feliz e vitorioso nas últimas eleições do dia 3 de outubro, mas tenho certeza absoluta de que o povo brasileiro, indiscutivelmente, reconhece o trabalho extraordinário que fez aqui no Senado Federal. E espero que o povo do Piauí - essa valorosa população brasileira - faça uma reflexão no futuro e entenda que a eleição do Mão Santa - e não tenho dúvida - o povo do Piauí iria ganhar muito, especialmente com a sua representação aqui nesta Casa do Senado. Portanto, como seu colega, como seu admirador, eu o cumprimento na certeza absoluta de que a sua passagem por esta Casa, indiscutivelmente, V. Exª vai também ficar registrado nos Anais como sendo um dos mais competentes, eficientes, acima de tudo, e éticos Senadores do Brasil nestes últimos anos.

            Meus cumprimentos, Senador Mão Santa, por sua luta e por sua bravura. V. Exª nunca se curvou diante daquilo que não eram suas convicções. Muito pelo contrário. Nunca abriu mão, aqui foi claro em seu posicionamento. Por isso, quero aqui uma vez mais declarar que sou muito simpático a V. Exª, sou um dos maiores admiradores da sua pessoa. Parabéns, Senador Mão Santa.

            Sr. Presidente, colegas Senadores, uma nação sempre emerge das urnas mais firme em seu alicerce ético e mais plural em sua representatividade política.

            O Brasil se fez uma sociedade íntegra em seus princípios democráticos. A cada eleição, o nosso País demonstra a sua insofismável capacidade de construir cenários positivos e mobilizar a comunidade em direção ao exercício da cidadania. Somos hoje uma democracia madura e consolidada. Nosso povo conquistou o direito de alterar pacificamente seu destino por meio da manifestação livre e soberana do sufrágio universal.

            De dois em dois anos, promovemos uma verdadeira revolução em nossa estrutura política, elegendo os dirigentes dos Municípios, dos Estados e da Federação. O voto é o fio condutor das expectativas de nossa gente, às vezes convertendo sonhos em realidade e, em outras, removendo antigas decepções da cena pública. Mas não há dúvida, o sufrágio alimenta esperanças e revigora a seiva democrática de nossa comunidade.

            Nesse sentido, Sr. Presidente, gostaria de cumprimentar o Governador Silval Barbosa, reeleito no primeiro turno deste pleito em meu Estado, assim como desejar sucesso aos meus novos companheiros de bancada mato-grossense no Senado Federal, Pedro Taques e Blairo Maggi, ambos legitimados para tomar assento nesta Casa com expressiva votação.

            Tenho a certeza de que todos os candidatos eleitos neste memorável embate cívico deram tudo de si, tanto no âmbito estadual quanto no federal, para defender os interesses de Mato Grosso e do Brasil, pois, ungidos democraticamente, tornam-se doravante o coração do povo nas esferas do poder.

            Peço vênia aos meus colegas para manifestar o regozijo com a vitória do meu irmão Júlio Campos, que retorna ao Congresso Nacional após vários anos em outras atividades na área pública e empresarial. Júlio Campos, Senador Mão Santa e Senador Augusto, depois de muitos anos que passou pelo Congresso Nacional, retorna como o Deputado Federal mais bem votado da Coligação Jonas Pinheiro, assim denominada naquela oportunidade, uma coligação democrática do PSDB e PTB.

            Acho que a volta do Júlio para o Congresso indiscutivelmente nos dá satisfação, alegria, mas, acima de tudo, saberemos reconhecer na pessoa dele, como Deputado Federal que já foi por duas vezes, Senador por Mato Grosso, Governador, Prefeito e agora Deputado Federal pela terceira vez, não tenho dúvida alguma, um grande aliado do povo mato-grossense, sobretudo em grandes projetos de interesse nacional e em tudo aquilo que certamente possa beneficiar o povo mato-grossense.

            Faz-se mister também elogiar a conduta heroica e devotada de nossos aliados nas eleições regionais. É digna de nota a coragem do candidato tucano Wilson Santos, que jamais desanimou ou esmoreceu na difícil disputa pelo Governo do Estado. Com essa mesma bravura também se portaram nossos concorrentes ao Senado Antero Paes de Barros, do PSDB, e Jorge Yanai, do DEM, em Mato Grosso. Foram vencidos na disputa, mas jamais corromperam seus ideais ou transigiram com seus princípios éticos e morais.

            Sr. Presidente, uma eleição limpa e honrada não produz vencedores ou derrotados; cria, isto sim, musculatura política para que as novas gerações de eleitores sejam mais afeitas ao debate e à contraposição de ideias. O exercício democrático refina nossa vocação plural e nos torna mais abertos à discussão dos temas nacionais, sem preconceitos ou sem pressupostos vencidos.

            O processo eleitoral de 2010 ainda não se completou. Quis a sabedoria do povo brasileiro levar a disputa presidencial para o segundo turno, permitindo ao eleitor conhecer melhor as propostas e a biografia de cada candidato.

            Tenho a alegria de informar a este colegiado que o ex-Governador paulista José Serra sagrou-se vencedor nas urnas mato-grossenses com 44,16% dos votos apurados. Manifesto minha satisfação porque Serra conseguiu a vitória somente por seus méritos, por suas propostas e por sua inabalável crença no Brasil.

            Todas as estruturas eleitorais favoreceram a candidata adversária no primeiro turno, que contou com o apoio do Governo estadual e da maioria das prefeituras. Serra e seus aliados tinham a seu favor apenas a vontade de transformar o País numa sociedade mais produtiva e justa. Mato Grosso entendeu a mensagem de Serra e deu-lhe a vitória.

            Agora, tenho a certeza de que nosso candidato vai ampliar sua vantagem. No segundo turno, o poder da máquina eleitoral é relativizado e os eleitores passam a ter uma imagem mais clara dos concorrentes, que terão mais tempo para expor suas ideias e suas experiências na vida pública.

            Serra tem uma carreira irretocável e é o candidato mais preparado para governar o País.

            Sr. Presidente, Senador Augusto Botelho, sou otimista por profissão, acredito que o Brasil emergirá das urnas como uma Nação mais equilibrada e justa. Creio no povo brasileiro e creio no processo eleitoral como fonte de renovação e aperfeiçoamento ético da Nação.

            Por isso, quero concluir, Sr. Presidente, dizendo que desta feita venho uma vez mais a esta tribuna renovar as minhas energias na certeza absoluta de que o Brasil vive um dos momentos mais importantes da sua vida democrática, em que o povo foi sabiamente para as urnas escolher seus candidatos.

            Espero que toda essa população, sobretudo aquela que deu a procuração para o seu candidato a Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador, Governador, Presidente da República, seja correspondida por meio de um trabalho sério, de um trabalho ético, e que, acima de tudo, possa traduzir realmente tudo isso em fatos concretos, principalmente buscando um país mais justo, em que possamos ter justiça social, mais educação, mais saúde e mais prosperidade para todos.

            Eu concedo o aparte ao Senador Mão Santa.

            O Sr. Mão Santa (PSC - PI) - Senador Jayme Campos, primeiro eu quero confessar uma gratidão que levarei daqui. V.Exª defendeu entusiasticamente o nosso nome para ser o companheiro de chapa de José Serra, representando, na visão de V. Exª, o Nordeste. Mas Deus escreve certo por linhas tortas. O importante é o seguinte: nós podemos fazer nossas as palavras de Napoleão: “Perdemos uma batalha, mas não perdemos a guerra”. E V. Exª tem que comandar isso. Eu conheço o Partido de V. Exª, o Brasil o conhece. E o maior nome, hoje, do seu Partido é V. Exª.

           O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT) - Obrigado.

           O Sr. Mão Santa (PSC - PI) - Pelo histórico político, três vezes Prefeito da sua cidade, Governador, Senador brilhante, e de uma família que vem, geneticamente, do pai - agora, Júlio Campos, com tanto serviços prestados, volta ao Congresso. V. Exª é maior do que os dois Mato Grosso juntos, é do tamanho do Brasil. V. Exª é o maior líder do DEM. V. Exª iguala-se a José Agripino aqui. Isso é na minha visão, que eu tenho direito de mensurar. Pode o Rodrigo Maia acolá, mas é uma criança perto da grandeza de V. Exª. Ele deve tomar a benção e se aconselhar a V. Exª. Acredito que nós vamos ganhar. Porque surgem. Os líderes surgem. V. Exª surgiu neste plenário como o grande líder do DEM. O DEM que tem história, que tem presença. Não tem uns com isso tudo. A grandeza de Marco Maciel, mas ele está tombado, como eu também fui tombado nessa guerra. Então, V. Exª é esse grande comandante. E o próprio Napoleão Bonaparte dizia que o francês é tímido, mas com um grande comandante ele vale por cem. V. Exª é esse grande comandante, hoje, desse partido, que tem história, que tem empatado e que está aí simbolizado pela virtude de Marco Maciel, também tombado. Não é por aí. Mas eu vejo perspectivas invejáveis. Porque, segundo Napoleão Bonaparte, o francês é tímido, mas com um grande comandante, ele vale por cem. V. Exª tem que comandar esse partido. V. Exª foi vitorioso no Mato Grosso, V. Exª foi vitorioso. Então, José Serra tem que se encostar em V. Exª. V. Exª tem muita sabedoria. Não foi por ter lembrado do meu nome não. É porque o dia, a sua vida... E mais ainda: V. Exª representa... Olha, a coisa mais bonita é filho. Eu vi os meus filhos combatendo, a família, e V. Exª traz no peito uma medalha muito maior do que esse botão de Senador: é o seu filho. Deus mandou o filho Dele para consertar o mundo, e V. Exª jamais vai fraquejar porque esse amor filial que V. Exª ... Você já olhou, Augusto Botelho, o retrato, o Filho, o Filho que está nos céus a nos encorajar? Então, eu quero dizer o seguinte: nós contribuímos para que tivesse o segundo turno, não é? Tombaram-nos, tombaram-nos abruptamente. Isso é problema do Ministério Público, isso é problema da Polícia Federal, que estão subservientes, que estão sem moral, sem vergonha, os dois. Olha, rapaz, eu nunca fiz uma pesquisa, mas em trezentas pesquisas, trezentas feitas o ano inteiro por ele, eu estava eleito. E no fim foi um dilúvio de dinheiro. A chapa do concorrente é tão rica e tão poderosa que os três juntos têm mais dinheiro do que noventa cidades do Piauí. Eu estou dizendo. Isso, eu quero dar a minha contribuição. Não tenho frustração. Pelo contrário, eu já perdi eleições e já ganhei. Nunca perdi a dignidade e a vergonha. Está ali Rui Barbosa, que perdeu mais do que eu. Então eu quero dizer e advertir que eu sou Senador da República. Isso não é democracia. É plutocracia. Meditem. Crie vergonha, Polícia Federal, e crie vergonha, Ministério Público! Eu aqui, um Senador, estou dizendo. Botem a nota aí nos jornais: “Crie vergonha, Ministério Público! E crie vergonha, Polícia Federal do meu Brasil!”. Olha, em trezentas pesquisas feitas por eles na véspera, eu estava eleito. Um dilúvio de dinheiro, um dilúvio de corrupção. E ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Eu só servi a Deus na minha vida. A Deus. Como o filho Desse disse: “Eu vim ao mundo não para ser servido; para servir”. Um dilúvio. Só a chapa tem mais dinheiro do que noventa cidades do Piauí. Um dilúvio. Comprava era os dois lados. Em trezentas pesquisas feitas por eles, eu estava eleito. E, na véspera, Augusto Botelho, perdi a eleição. Isso eu não quero... Eu não vou entrar... Nada, porque não compete a mim. Compete a mim exercer com grandeza o mandato de Senador, que V. Exª já atestou. Eu agradeço a V. Exª. Isso compete agora à Polícia Federal e ao Ministério Público. É uma vergonha. É uma vergonha. É só fazer... Um dilúvio. Primeiro, o Secretário não sei o quê, Padilha... Como é o nome? Esses secretários institucionais aí? Não, mas tem um nome na frente, o gaúcho, ficou lá tanto que destruiu a família dele. Apaixonou-se por uma mulher do Piauí, e levou o dinheiro e tudo, o patrimônio. É... Segundo os convênios de corrupção, há convênios de quatro milhões, ampliaram para dezenove e pagaram agora. Fetag. É um roubo. E, no final, essa derrama. Mas isso - eu só quero dizer - não é democracia, que nós estamos salvaguardando. Aquela que Rui Barbosa... Isso se chama plutocracia. Mas nós estamos combatendo. Mas isso tudo tem que ter sacrifícios, tem que ter - vamos dizer - esses sofrimentos, esses tombamentos, para uma salvação. Tem que ter mártires, como Marco Maciel, como Tasso Jereissati, como Arthur Virgílio, como eu e como outros. Eu quero dizer que nós propiciamos ao Brasil essa reflexão. E acabou, Luiz Inácio. Acabou essa onda vermelha no nosso País, essa onda do tripé da corrupção, da mentira e da incompetência. Agora nós - vamos dizer - tombamos. Mas eu quero dizer que nós fizemos nascer a nova onda. Acabou a onda vermelha. Agora vai ser a onda do Brasil, a onda verde e amarela. Nós temos que salvar este País, porque os que aqui estão... E vou citar um fato. Não é comigo não. Olha, Deus me proporcionou... Mas medo não. Todo mundo me conhece. E vou falar aqui, a vergonha que tem este País. E quis Deus que fosse V. Exª. Por isso que eu aproveitei. Olha, Jayme Campos, na minha cidade, na cidade de Parnaíba, de que fui Prefeito, em que nasci, só saí para estudar e porque eu fui médico cirurgião, que me apelidaram, porque fui Deputado e porque fui Governador... Então, cheguei a Teresina com o nosso candidato a Governador, peguei um táxi aéreo e fui votar em Parnaíba. Entrei no colégio, um colégio que eu ajudara a construir, reformar, fiz a quadra. Olha, Jayme Campos, tu sabes o que é metralhadora com baioneta? Em seguida, eu entrando e sorrindo, o coronel mandou. É isso. Eu me lembrei daquela música do Geraldo Vandré - aquela: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber...” -, que dizia que soldado com arma na mão não sabe o que faz. E eu ficava a meditar na minha cidade de Nossa Senhora da Graça, onde eu nasci, casei, tive filho, fui médico, fui cirurgião, peguei o aposto de “Mão Santa”. Só saí de lá porque o povo me elegeu Governador do Estado, porque o povo me elegeu Senador. Na minha cidade. E a sua, que eu sei. Olha, quando eu entrei, por acaso, baioneta - está entendendo? -, fuzil, três. Nem Beira-Mar foi tão apontado. Isso eu só quero denunciar para o Brasil. Esse tirano que está aí. Acontece. Só tem uma salvação, Rui Barbosa disse: a lei e a justiça. Ó Brasil, só tem uma salvação: Serra Presidente. Vamos enterrar essa onda vermelha. Ó imprensa, fraca, maldita, comprada, diga a verdade. Eu, na minha cidade, entrando no colégio, quatro horas da tarde - está ouvindo, Cristovam? -, baioneta, o Exército - eu sou oficial da reserva -, mas baioneta, quatro. Foi aí quando a minha esposa disse: “Olha, vamos filmar”. Nem Beira-Mar. Para visitar uma urna. É esse, Cristovam. Larga essa porcaria de gente. Isso aqui ou só tem... Rui Barbosa, a lei e a justiça, só tem uma salvação: José Serra Presidente. Eu aqui, o melhor. Não vou dizer que sou o melhor, porque tudo é gente da Parnaíba, da minha cidade. Ao entrar, para ver, olha, fuzil, baioneta e tudo, e eu ficava a meditar o que será deste País, a continuar com isso! A imprensa não presta, já está vendida. Ela não vai dizer isso. Você está entendendo? Atentai bem. Ô Cristovam, nem Beira-Mar ouviu. Fuzil, com a baioneta e os caras. Não há aquela música do Geraldo Vandré? Soldado na mão... Foi um coronel. Então, é essa a vergonha. Só há uma salvação. Nós vamos fechar essa onda vermelha. Olha que sou o Dr. Francisco, da mão santa, casado com mulher de lá, filha com mulher de lá, na minha cidade, onde fui Prefeito e tirei 93,8%. Baioneta e fuzil entrando... Que perigo! Pior que o Beira-Mar! Este é o País que nós vamos enfrentar. Só há uma salvação: é Serra Presidente. Então, muito obrigado e comande isso. Você não pode fugir. Eu vou para a aspereza das ruas e vou contar com o povo. E estou aproveitando para isso. Aí, eu imaginava a música do Geraldo Vandré: soldados com a mão. Eu? Rapaz, soldado, fuzil, eu sou só da reserva. Não podia dar um passo. O que será deste País na mão desse? A imprensa, essa já está submetida, corrompida e comprada.

            O SR. JAYME CAMPOS (DEM - MT) - Obrigado, Senador Mão Santa, pelo seu aparte. V. Exª tem toda a razão. Infelizmente, houve um jogo desigual. Essa prática também foi exercitada em Mato Grosso. Foi um verdadeiro derrame de dinheiro, mas, tenha certeza absoluta de que o aperfeiçoamento no campo jurídico e, sobretudo, no campo político, virá daqui a pouco.

            O Brasil precisa necessariamente, urgentemente, ter um financiamento público de campanha e, acima de tudo, uma reforma eleitoral e política que nos permita acabar com essas excrescências, que, lamentavelmente, muitas vezes mancha as eleições deste País.

            Portanto, Senador Mão Santa, os meus efusivos cumprimentos, na certeza de que V. Exª sempre continuará visitando-nos aqui, no Senado Federal, sobretudo nos ajudando por meio dessas idéias fantásticas que tem, sempre defendendo bons projetos de lei na defesa dos interesses do povo brasileiro.

            Muito obrigado, Sr. Presidente Augusto Botelho.


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