Discurso durante a 164ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Congratulações ao povo chileno pelo resgate dos mineiros soterrados na mina San José. Considerações a respeito do debate ocorrido na Rede Bandeirantes de Televisão entre os dois candidatos à Presidência da República. Comentários sobre denúncias envolvendo a Casa Civil.

Autor
Heráclito Fortes (DEM - Democratas/PI)
Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CALAMIDADE PUBLICA. ELEIÇÕES.:
  • Congratulações ao povo chileno pelo resgate dos mineiros soterrados na mina San José. Considerações a respeito do debate ocorrido na Rede Bandeirantes de Televisão entre os dois candidatos à Presidência da República. Comentários sobre denúncias envolvendo a Casa Civil.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 14/10/2010 - Página 47127
Assunto
Outros > CALAMIDADE PUBLICA. ELEIÇÕES.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, POVO, PAIS ESTRANGEIRO, CHILE, RESGATE, VITIMA, DESABAMENTO, MINAS, ELOGIO, CONDUTA, PRESIDENTE DE REPUBLICA ESTRANGEIRA, FREQUENCIA, PRESENÇA, LOCAL, DESASTRE, ACOMPANHAMENTO, SALVAMENTO.
  • ANALISE, ATUAÇÃO, DILMA ROUSSEFF, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEBATE, ELEIÇÕES, CRITICA, GESTÃO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, AUSENCIA, INVESTIMENTO, INFRAESTRUTURA, CONTRADIÇÃO, DIVERSIDADE, CONSTRUÇÃO, AEROPORTO, PORTO, COBRANÇA, RESPOSTA, QUALIDADE, EX MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, CASA CIVIL, DENUNCIA, SUSPEIÇÃO, MALVERSAÇÃO, FUNDOS PUBLICOS, ESPECIFICAÇÃO, SITUAÇÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), FALTA, CONCLUSÃO, OBRAS.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu quero que minhas primeiras palavras sejam de congratulações ao povo chileno. Nós assistimos ontem, durante a noite toda, e hoje, durante o correr do dia, à luta que aquele povo vem travando para o resgate dos 33 mineiros que ficaram soterrados na mina de San José por mais de dois meses.

            A expectativa foi se transformando em alegria e, acima de tudo, em vitória à medida que um delicado processo de resgate foi começando a obter sucesso e os mineiros começaram a voltar ao convívio de seus familiares. Agora há pouco, já estava acontecendo o resgate do 29º mineiro. Espero que esse número já tenha avançado e que, até o final do dia, seja concluído esse trabalho.

            Mas quero, por dever de justiça, enaltecer a figura do Presidente Piñera, pela solidariedade e, acima de tudo, pela presença na catástrofe, coisa que, infelizmente, não vemos com constância no Brasil. Nas catástrofes de Santa Catarina, na catástrofe da Barragem de Algodões, lá no Piauí, quando houve vítimas, a presença do governo se faz de maneira rápida e demagógica. O Sr. Piñera, não. Está ali presente desde o primeiro instante, levando sua palavra de conforto, como chefe do governo chileno, e acompanhando, elevando com sua presença o ânimo e o moral de todos aqueles que acompanham esse resgate.

            Senador Suplicy, V. Exª solicita um aparte? Eu concedo com o maior prazer.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Senador Heráclito Fortes, V. Exª, aqui, analisa o acontecimento de maior repercussão no mundo, desde ontem, quando todas as emissoras, não apenas do Brasil, mas do mundo inteiro, passaram a transmitir o resgate dos 33 mineiros. V. Exª disse que já estaria no 29º, mas acredito que V. Exª tenha querido dizer o 19º.

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI) - Décimo nono, perdão!

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Porque, agora, o 20º, que trabalha na mina desde os oito anos de idade, acaba de sair. Então, faltam mais 13.

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI) - Treze e os quatro da equipe de salvamento.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Mas é muito importante, como V. Exª ressalta, que o Presidente Sebastián Piñera tenha estado ali presente, acompanhando o resgate passo a passo. Inclusive, acredito que a própria presença dele, assim como a do Ministro de Minas, tenha contribuído para acelerar o salvamento, o resgate daqueles mineiros, porque a previsão agora é a de que esse resgate, que poderia durar até 48 horas, possivelmente seja concluído no dia de hoje até a noite. É importante também se perceber a solidariedade dos povos de todo o mundo. É impressionante como tem havido manifestações tanto do Presidente Barack Obama quanto dos Chefes de Estado da África do Sul, da Alemanha, da União Europeia e do Brasil. O próprio Presidente Lula conversou com o Presidente Sebastián Piñera. Ao lado, estava o Presidente Evo Morales, que foi testemunhar o resgate, embora tenha chegado um pouco depois, e ser solidário, porque um boliviano estava entre os mineiros. Então, são muito importantes esses momentos em que pessoas mesmo de partidos, credos, de origens as mais diferentes estejam se unindo no propósito humanitário de resgatar os 33 mineiros. É muito importante que, hoje, todos venhamos a cumprimentar os chilenos, os trabalhadores mineiros e todos aqueles que têm colaborado, inclusive os técnicos da Nasa, que foram ali prestar assessoria técnica. Também países de todo o mundo, que têm experiência em minas, colocaram-se à disposição do governo chileno para colaborar, para que esse resgate fosse realizado com o maior sucesso. Esperemos que, até o fim do dia de hoje, inclusive com a bênção de Bento XVI, haja completo êxito no salvamento de todos os 33 mineiros e de mais aqueles que ali desceram para contribuir, a fim de que esse resgate pudesse ser muito bem sucedido.

            O SR. HERÁCLITO FORTES (DEM - PI) - Agradeço a V. Exª e aceito a correção: agora é o 20º que está sendo resgatado, num total de 33.

            Evidentemente que essa solidariedade mundial tornar-se-á um símbolo, e não é à toa que já se fala na realização de filme e de livro sobre o assunto. É evidente que o que ocorreu com os 33 mineiros é um verdadeiro desafio da sobrevivência humana e merece, portanto, os aplausos de toda a opinião pública mundial, até porque a resistência do corpo humano passará a ser vista por outro ângulo, a partir dessa capacidade de resistência demonstrada pelos irmãos chilenos nesse episódio.

            Mas outro assunto que me traz aqui, Senadora Serys, que preside esta sessão, é o debate que tive o privilégio de assistir neste final de semana, inclusive na companhia do Senador Suplicy, veiculado pela Band, que envolveu os dois candidatos à Presidência da República.

            Assustei-me - este seria o termo correto - com a agressividade com que a candidata Dilma Rousseff se apresentou, desde o primeiro momento, naquele debate. Parece-me que, naquela hora, ela se viu livre das muletas, da rede de proteção e resolveu ser ela mesma, aquela Dilma que bate na mesa, aquela Dilma desaforada, aquela Dilma que é ela mesma. Esse, para mim, talvez, tenha sido o lado positivo do debate. A gente via a insatisfação dos marqueteiros nos bastidores, diante da maneira agressiva com que ela se comportou, mas, pelo menos, tivemos a oportunidade, o Brasil teve a oportunidade de saber que a Dilma que está aí, disputando com o José Serra o mandato de Presidente, é aquela da segunda-feira, e não a Dilma plastificada, empacotada por marqueteiros e que tivemos oportunidade de ver numa campanha eleitoral, não traduzindo e nem produzindo o que, na realidade, ela é.

            No debate, a candidata, por desinformação ou por maldade - maldade eleitoral, maldade tática -, cometeu deslizes imperdoáveis de quem parece não conhecer o Brasil. A psicose de setores do Partido dos Trabalhadores em tentar desqualificar o Presidente Fernando Henrique terminou por fazê-lo a grande estrela do debate, porque todas as afirmações que fizeram contra S. Exª o ex-Presidente da República vieram por água abaixo.

            Quando a candidata do Presidente Lula falou sobre infraestrutura, citou especificamente a falta de investimentos que não foram feitos no Governo do Presidente Fernando Henrique; e citou a questão dos aeroportos e dos portos do Brasil. Ora, mais! A Srª Dilma, que é a mãe do PAC, deveria pelo menos conhecer o que encontrou ao assumir a função de Chefe da Casa Civil. Será que ela não sabe que o aeroporto de São Luís, o aeroporto de Fortaleza, o aeroporto de Aracaju, o de Maceió, o de Recife, o de Palmas, o de Porto Alegre e o de Belém ou foram feitos, construídos na sua totalidade, ou reformados exatamente no Governo Fernando Henrique? Quase todos, inclusive, inaugurados pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

            Para que tentar negar um fato que é uma realidade! Naquela época, foi o Prodetur, que tinha como Ministro do Planejamento o atual candidato José Serra, que proporcionou esses investimentos feitos nos aeroportos brasileiros. Não sei, Senadora Serys, se em Cuiabá algum investimento foi feito no aeroporto daquela cidade, naquele período, mas a grande maioria dos aeroportos brasileiros, principalmente no Nordeste, através desse programa do Prodetur, foram feitos. E é inegável que uma candidata que quer ser Presidente da República, e que, acima de tudo, administra um programa como o PAC, ao tentar passar para a opinião pública algo que não é verdadeiro, mostra desconhecimento ou má-fé.

            Eu não tenho em conta da Ministra Dilma nenhum desses dois predicados. Não acho que seja uma pessoa de má-fé e nem acho que seja uma pessoa desinformada. Aliás, ela pisou na bola algumas vezes, quando quis descaracterizar a fantástica transferência da Nossa Caixa para o Banco do Brasil, uma transação altamente positiva, Senador Suplicy, para o Estado de São Paulo e para o Brasil, porque capitalizou, naquele momento, um banco que precisava, naquela hora, crescer.

            Talvez, a Ministra Dilma não saiba, porque o Estado não é tão importante, que o mais grave foi a federalização, feita no Estado do Piauí, do banco do Estado para o Banco do Brasil, uma transação até hoje não muito clara, em que os servidores daquele banco tiveram prejuízo, porque os acordos não foram cumpridos, e tampouco o Governo do Estado prestou contas à população dos R$180 milhões que recebeu naquela transação.

            A Ministra também não poderia, de maneira nenhuma, negar que foi no Governo Fernando Henrique que foi feita a construção do Porto de Pecém, no Ceará, numa ação do Governo do Estado, por intermédio do Tasso Jereissati, e do Governo Federal, do Governo Fernando Henrique. Obras fundamentais foram feitas também em Suape, que estão tendo continuidade, e em Itaqui.

            Agora, o Governo do Presidente Lula precisa explicar a situação do aeroporto de Vitória, mergulhado num mar de denúncias, a situação do aeroporto de Macapá, em situação idêntica, e as denúncias contra o aeroporto Santos Dumont, produto do Governo que tem a Ministra como mãe do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

            Portanto, penso que a candidata Dilma Rousseff, pessoa competente, perdeu uma grande oportunidade de mostrar conhecimentos com isenção. Depois, nos bastidores, Senadora Serys, comentavam que ela, naquele momento, estava falando para a militância. Ora, quem estava assistindo àquele debate não era a militância do PT, mas o Brasil inteiro! Alertar, animar, estimular a militância, isso se faz nas reuniões próprias, partidárias. Usar um debate como aquele, um momento como aquele, nobre, a que o País todo assistiu, é um erro. E o pior é que, no dia seguinte, desvirtuou, no seu programa eleitoral, o real sentido daquele debate e fez uma manipulação sem sentido algum, pinçando trechos, para mostrar à opinião pública que ao debate não teve oportunidade de assistir que ela foi melhor do que, na realidade, os fatos ali demonstraram.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, vi uma coisa que me deixou profundamente decepcionado. Não sei se V. Exª é cliente, mas eu já fui e o Senador Suplicy parece-me que também já foi cliente de um acupunturista chino-brasileiro, Gu Hangu, homem competente, que atende milhares de pessoas. Suplicy está dizendo que não precisou do Gu Hangu. É um atleta e não precisou dele. Eu, no entanto, já precisei dele, e ele, realmente, é competente. Mas ficar demonstrado que um filho do Sr. Gu Hangu foi contratado por R$4 mil para atender a candidata a Presidente da República, por meio de um cargo na Casa Civil, é mais uma demonstração dos grandes erros, dos grandes equívocos cometidos naquela Pasta.

            A cada dia que passa, o brasileiro começa a abrir ou ver ser aberta a verdadeira caixa-preta em que se transformou a Casa Civil no Brasil. É um triste exemplo. Durante toda a história brasileira, a Casa Civil foi exatamente a parede de proteção do Presidente da República, o canal que protege o Presidente da República de equívocos, mas, de uns anos para cá, essa Casa Civil transformou-se numa verdadeira fábrica de escândalos, como o que foi visto nos Correios.

            Senadora Serys e Senador Suplicy, algo que é preciso que se veja nesse escândalo dos Correios é o prejuízo causado ao contribuinte, ao cidadão brasileiro, com a queda da qualidade de entrega de cartas. O nosso Sedex disputava com os maiores do mundo em eficiência e em segurança. O Sedex brasileiro, na distribuição de correspondência do Brasil, disputava com o correio americano, com o correio inglês, com o suíço e com o japonês, e, de repente, fomos para o fundo do poço. As cartas começaram a atrasar; muitas delas começaram a não chegar ao seu destino. O descrédito chegou a ponto tal, que o brasileiro já passou a usar serviços alternativos, particulares, caríssimos, porque os Correios, pelo Sedex, entraram numa zona de completa falência. De repente, vimos que os Correios foram transformados num braço político que passou a ser ocupado por empresas com carta marcada, sem qualquer critério técnico, fazendo com que a qualidade desses serviços deixasse a desejar.

            Digo isso, sem falar - e é bom lembrar - do escândalo saído de dentro da Casa Civil relativo à feitura daqueles dossiês, bisbilhotando vidas de homens públicos brasileiros, fato esse que denunciado foi. Mas também nenhuma providência foi tomada. E, aí, houve a segunda leva da bisbilhotagem. Quero lembrar a primeira com muita tristeza: bisbilhotaram a vida da ex-Primeira Dama do Brasil, Srª Ruth Cardoso, de saudosa memória. Agora, foram bisbilhotadas vidas de homens públicos ligados ao Partido do candidato a Presidente José Serra. Portanto, Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esses fatos precisam de esclarecimento.

            Quero finalizar, dizendo que, com muita ansiedade, aguardam um pronunciamento que vou fazer analisando as eleições no meu Estado, mas não o farei hoje, em respeito, inclusive, à ida do Presidente da República ao meu Estado. Sou daqueles que respeitam autoridade. “Não tenho a pressa que aniquila o verso, nem bebo a água que não sai da fonte”, dizia o poeta Carlos Pena Filho - faço questão de aqui reproduzir esse verso -, aliás, Edson Réis de Carvalho, falecido naquele acidente do aeroporto de Recife naqueles anos de chumbo.

            Hoje, essa senhora candidata a Presidente, Senador Suplicy, Senador ACM Júnior, deve ir a Teresina - pelo menos, está marcada a ida dela até lá - e vai falar naturalmente sobre o PAC. Eu queria que ela levasse na sua bagagem o Volume nº 08 do PAC, que fala exatamente sobre obras no Piauí. Ela vai ver que a capa do Volume nº 08 é uma fotografia da transposição do São Francisco, numa demonstração de que esse PAC pouco tem feito pelo nosso Estado.

            Ela disse a fundo da situação do programa habitacional do Piauí: as casas que foram feitas, quem as construiu, em que circunstância elas foram construídas. Mas, se ela estiver muita apressada, ela pode perguntar sobre isso ao Ministro que deve acompanhá-la, até porque está de férias, o Sr. Alexandre Padilha, que conhece profundamente o que está sendo feito no programa Minha Gente, Minha Vida. De tudo o que acontece na Caixa Econômica, o Sr. Padilha é um dos bons conhecedores. Ele tem motivos para conhecer isso, ele sabe tudo o que acontece no Piauí. Então, seria bom que ela perguntasse ao Sr. Padilha sobre preço de terreno, sobre custo, sobre o que está sendo feito, sobre quem está construindo. Essa seria uma grande oportunidade.

            Ela deve olhar para o lado do palanque, que ela vai ver duas obras. Se ela olhar para frente e para trás, ela vai ver duas obras inacabadas, que são um cartão de visita muito negativo para o Governo que ela vai defender. Ali há o centro de convenções do Piauí, que desmancharam para fazer um novo, que seria o mais moderno do mundo e que está paralisado já há algum tempo. Se olhar para trás, vai ver a Poticabana. É esse o cenário com que ela vai se deparar, no justo local onde marcaram o comício da candidata a presidente.

            Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, encerro minhas palavras nesta tarde, prometendo retornar devidamente aconselhado por advogados e por pessoas experientes, para, no momento certo, no momento oportuno, fazer aqui a revelação e um diagnóstico completo e, ao máximo possível, isento do que ocorreu no Piauí nas últimas eleições.

            Há ansiedade de alguns, o que compreendo. Mas espero também que compreendam minha cautela, porque terei de responder por todas as afirmações que terei de fazer e que farei. E não tenho, na minha vida pública, o dom da leviandade. Portanto, vou fazê-las no momento certo, no momento oportuno, na certeza de que trarei fatos, alguns já de conhecimento do Ministério Público Eleitoral do Estado, outros nem tanto, mas que irão servir para melhorar o processo político do Brasil.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/10/2010 - Página 47127