Discurso durante a 168ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de manifestações de apoio por parte dos eleitores da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, bem como de indignação contra as acusações à referida candidata. Comentários sobre artigo de autoria de Frei Betto, publicado no jornal Folha de S.Paulo, sobre Dilma e a fé cristã.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Registro de manifestações de apoio por parte dos eleitores da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, bem como de indignação contra as acusações à referida candidata. Comentários sobre artigo de autoria de Frei Betto, publicado no jornal Folha de S.Paulo, sobre Dilma e a fé cristã.
Publicação
Publicação no DSF de 21/10/2010 - Página 48083
Assunto
Outros > ELEIÇÕES. PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), AUTORIA, AUTORIDADE RELIGIOSA, IGREJA CATOLICA, DEFESA, MORAL, DILMA ROUSSEFF, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, RESPEITO, RELIGIÃO, ELOGIO, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL, ATUALIDADE.
  • REGISTRO, DIVERSIDADE, MOBILIZAÇÃO, APOIO, CAMPANHA ELEITORAL, DILMA ROUSSEFF, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PARTICIPAÇÃO, ARTISTA, EMPRESARIO, ESPECIFICAÇÃO, OSCAR NIEMEYER, ARQUITETO, COMENTARIO, ATO, DEFESA, MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, REALIZAÇÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF).
  • ELOGIO, CERIMONIA, PERIODICO, CARTA CAPITAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), HOMENAGEM, EMPRESA, LEITURA, TRECHO, PRONUNCIAMENTO, EMPRESARIO, VALORIZAÇÃO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, APOIO, DILMA ROUSSEFF, CANDIDATO, SUCESSÃO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, COMENTARIO, ORADOR, DISCURSO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE.
  • SOLICITAÇÃO, CIDADÃO, MEMBROS, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ABANDONO, VIOLENCIA, CAMPANHA ELEITORAL, IMPEDIMENTO, REPETIÇÃO, SEMELHANÇA, SITUAÇÃO, AGRESSÃO, CANDIDATO, OPOSIÇÃO, EXPECTATIVA, QUALIDADE, DEBATE, IMPORTANCIA, CONSCIENTIZAÇÃO, ELEIÇÕES.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, um segundo. (Pausa.)

            Sr. Presidente, Senador Jefferson Praia, Srs. Senadores, nestes últimos dias, houve uma mobilização fortíssima por parte de todos aqueles que apoiam a candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, e também houve uma indignação por parte de muitos a respeito do que tem ocorrido em termos de acusações indevidas à Srª Dilma Rousseff.

            E avalio que é importante fazer um registro desses episódios, dos atos que ocorreram, por exemplo, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, com a participação de mais de mil artistas, intelectuais, pessoas como Chico Buarque, Leonardo Boff, Frei Betto, Oscar Niemayer, que, aos seus 102 anos, em cadeira de rodas, resolveu juntar-se ali a tantos artistas, intelectuais e juristas que apoiaram a candidatura de Dilma Rousseff, com enorme entusiasmo.

            O mesmo se deu na terça-feira, ontem à noite, no Teatro da Universidade Católica de São Paulo - o TUCA, de memoráveis atos em defesa da democracia, da anistia, dos movimentos sociais, que teve uma das suas noites historicamente mais memoráveis: ainda que Dilma Rousseff não estivesse presente - mas estava lá o candidato a Vice-Presidente, Michel Temer -, mais uma vez, intelectuais, juristas, professores, estudantes e representantes dos movimentos sociais expressaram o seu entusiasmo para com Dilma Rousseff.

            Eu também pude testemunhar algo de grande relevância, que aconteceu na última segunda-feira, quando o Presidente Lula esteve presente à cerimônia promovida pela revista CartaCapital, dirigida por Mino Carta, por ocasião dos prêmios concedidos às empresas e aos líderes empresariais mais admirados do País. E, sobretudo, nesse encontro, houve, da parte de inúmeros empresários, o aplauso e o seu testemunho a respeito do progresso alcançado no País nesses últimos oito anos.

            E empresários considerados entre os mais admirados do País, como Abílio dos Santos Diniz e Roberto Setúbal, respectivamente, os principais responsáveis pelo grupo Pão de Açúcar e pelo Banco Itaú/Unibanco, fizeram ali uma avaliação tão positiva de como o Governo do Presidente Lula tem procurado assegurar o crescimento da economia, a melhor distribuição de renda e princípios que respondem às aspirações maiores do povo brasileiro.

            Ainda hoje, pela manhã, no Hotel Nacional, no salão vermelho, quase mil pessoas estavam ali presentes, para expressar o apoio entusiástico a Dilma Rousseff, no ato em defesa do meio ambiente, em que Dilma Rousseff leu palavras a respeito de qual será seu programa, sua preocupação, seus pontos programáticos em defesa de um desenvolvimento sustentável, do meio ambiente. Ali, nesse ato, ela recebeu o apoio da filha de Chico Mendes, bem como de tantas pessoas que, de forma independente do Partido Verde - que preferiu a neutralidade -, resolveram, como cidadãs, apoiar, engajar-se na candidatura de Dilma Rousseff.

            Entre as manifestações importantes havidas nesses últimos dias, está o artigo de Frei Betto, na Folha de S.Paulo, sobre Dilma e a fé cristã, publicado no domingo, 10 de outubro de 2010, que avaliei ser importante aqui registrar.

            Diz Frei Betto, dando seu testemunho pessoal sobre uma pessoa que conhece desde menino, desde criança:

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã.

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência. Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido pelas freiras de Sion, no cárcere, [Dilma] participava de orações e comentários do Evangelho. Nada tinha de "marxista ateia" [como alguns procuram colocar].

         Aqui, em seguida, Frei Betto faz uma observação que alguns consideraram que poderia ser uma falta de respeito à liberdade, àqueles que preferem ser ateus. Em respeito a essas pessoas, vou deixar de ler três linhas de seu artigo e prosseguir da seguinte maneira.

Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória - diria, terrorista - acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.

Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, nenhum homem é dono da verdade. Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.

Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica. Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.

É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.

Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos, implantaria o socialismo por decreto... [E assim por diante.]

Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição da renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.

Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.

Certa vez, indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito, proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.

A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes...” (Matheus, 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz. Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas.

            Na verdade, há pesquisas que denotam mais de 80% de apoio ao Governo do Presidente Lula.

Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.

Frei Betto, frade dominicano, assessor de movimentos sociais e escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, Governo Lula).

            É interessante que, nesse encontro promovido por CartaCapital, o empresário Abílio Diniz, por exemplo, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, ali se dirigindo a Mino Carta e aos cerca de setecentos empresários presentes, disse:

Mino Carta, talvez você não se recorde, mas há cerca de uns 30 anos eu tenho um quadro pintado por você que está na minha casa. Mas você certamente deve se recordar que há 30 anos, ou algo mais, nós dois, cada um de um jeito, clamávamos por coisas semelhantes, clamávamos por democracia, clamávamos por eleições diretas, clamávamos por um País mais igual, com mais distribuição de renda, com mais emprego e muito melhor para todos os brasileiros.

Mino, cabe a nós agora, neste momento, ver isso acontecendo, após estes oito anos do Presidente Lula à frente deste País, com a sua equipe, com seus ministros. Ver este País muito mais solidário, muito mais humano, menos pessoas passando fome; os brasileiros vivendo muito melhor, passando de uma classe social para outra, podendo entrar no mercado de consumo, podendo fazer com que este País caminhe para ser ainda maior do que ele realmente é.

Mino, eu espero que você se lembre disso e que todos nós presentes aqui prestemos uma homenagem ao Presidente Lula. [E se dirigindo ao Presidente Lula, disse Abílio Diniz:] Presidente, você mudou este País. Eu espero, peço a Deus que o seu legado não se perca, que haja uma continuidade e que nós continuemos crescendo e distribuindo renda. Muito obrigado, Mino; muito obrigado, Presidente; muito obrigado a todos.

            Nesse mesmo encontro, Roberto Setúbal, principal empresário do Grupo Itaú-Unibanco, destacou, ao cumprimentar o Presidente Lula, que o Brasil se resgatou e que o mais importante é a melhora na distribuição de renda. “As conquistas obtidas por seu Governo (Presidente Lula) não têm precedentes na história. Não só as empresas cresceram, mas 30 milhões deixaram a pobreza”, afirmou.

            O Presidente Lula, ao citar a crise financeira que afeta os países europeus, apontou que considera a falta de comando político por trás dos problemas e disse: “A gente não aprende na universidade. É a lei da sobrevivência. Eu passei oito anos tendo que provar a cada dia a minha existência”.

            Aplaudido de pé, por alguns dos integrantes mais importantes do Produto Interno Bruto brasileiro, o Presidente afirmou que conseguiu fazer com o vice, José Alencar, a parceria entre o capital e o trabalho. E afirmou:

Duvido que tenha um empresário neste País que diga que ganhou menos dinheiro no meu Governo do que no governo dos outros, que pareciam ser amigo dos empresários. Duvido que tenha no movimento sindical um momento da história em que ganharam o que estão ganhando hoje.

            O Presidente Lula recordou que, em 1989, quando foi candidato a Presidência e disputava o segundo turno, ocorreu algo que significativamente influenciou sobremaneira o resultado daquelas eleições. Recordou, então, para Abílio Diniz o que havia acontecido. Abílio Diniz havia sido sequestrado por um grupo de estrangeiros e se procurou atribuir ao Partido dos Trabalhadores a responsabilidade por aquele sequestro.

            O Presidente Lula disse que, por muitos anos, esteve com uma marca muito forte com respeito ao seu sentimento, obviamente, de reprovação daquele ato que tanto o prejudicou. Mas ele considerou importante que, dez anos depois, tivesse conversado com Abílio dos Santos Diniz. E quando aquele grupo de sequestradores havia então realizado uma greve seca, não apenas de alimentos, mas também de água, de líquidos, e que estavam para perder as suas vidas, ele conversou com Abílio dos Santos Diniz, visitou os sequestradores, visitou o Presidente Fernando Henrique Cardoso e houve um entendimento para que aqueles detidos fossem transferidos daquela prisão para os seus respectivos países.

            Desde então, o Presidente Lula e Abílio Diniz tornaram-se amigos e, muitas vezes, inclusive em épocas de dificuldades e crise econômica, disse o Presidente Lula que ele recebeu telefonemas de Abílio Diniz, relatando que, ali no Grupo Pão de Açúcar, havia sinais de dinamismo da economia, que as pessoas continuavam a adquirir bens de consumo e tudo aquilo que era vendido na rede de supermercados Pão de Açúcar.

            Pois bem. Quero aqui dizer o quão significativo foi aquele episódio, aquela festa. Cumprimento o editor Mino Carta e todos os membros da CartaCapital, pois essa cerimônia foi de grande significado; uma cerimônia em que as dez empresas consideradas mais admiradas, escolhidas por seus próprios pares, pelos leitores da revista CartaCapital e pelo método desenvolvido pela CartaCapital, acabou escolhendo as dez mais admiradas empresas. A Natura ficou em primeiro lugar, em 2010. É a quinta vez que recebe o prêmio, desde que foi instituído. Em segundo lugar ficou a Vale, a Companhia Vale do Rio Doce. Na terceira posição a Apple, um ícone da era digital. A Petrobras ficou em quarto lugar. A Nestlé, na quinta posição. O Banco Itaú, em sexto lugar. Em sétimo, o Google. A AmBev, em oitavo lugar. A Gerdau, em nono, e a Embraer, em décimo lugar.

            Entre os líderes empresariais mais admirados estão Roger Agnelli, da Vale, em primeiro lugar; Abílio Diniz em segundo lugar; Fábio Barbosa, do Santander, em terceiro; em quarto lugar, Roberto Setúbal, principal executivo do Itaú; Eike Batista, da Holding EBX, em quinto; Steve Jobs, da Apple, conhecido mundialmente como o principal responsável por lançamentos que revolucionaram a tecnologia, em sexto; em sétimo, o presidente da Nestlé, Ivan Zurita; em oitavo, Guilherme Leal, copresidente licenciado do Conselho de Administração da Natura; em nono lugar, o Presidente da Fiat, Cledorvino Belini; em décimo, Alessandro Carlucci, Presidente da Natura, única empresa a colocar dois de seus executivos entre os dez mais admirados de todo o Brasil.

            Ali, no Teatro Casa Grande, Oscar Niemeyer, Chico Buarque, Beth Carvalho, Leonardo Boff expressaram o seu apoio a Dilma Rousseff como candidata a Presidente. O Teatro Casa Grande ficou inteiramente lotado, mais de mil pessoas na parte interna, mas muitos estavam na parte externa, de onde presenciaram aquela manifestação através de uma grande tela.

            Entregaram à ex-Ministra Rousseff o manifesto de artistas e intelectuais pró Dilma, com mais de dez mil assinaturas.

            E Dilma agradeceu dizendo: as canções que ouvi e os livros que li estão ali com esses cantores e artistas.

            Foi bonito o momento em que Leonardo Boff, que falou antes de Rousseff, exaltou que, se a esperança com Lula venceu o medo, agora a verdade vai vencer a mentira. Leonardo Boff disse, de maneira muito significativa na manhã daquele dia: “Hoje pela manhã eu pedi um sinal a Deus. Se Oscar Niemeyer for ao encontro será um sinal infalível de que a vitória está garantida”.

            Felizmente, ali esteve Oscar Niemeyer para expressar, como tantos, a sua vontade de apoiar Dilma Rousseff assim como tantos outros que, nesses dias, com ele estiveram juntos, como: Paulo Betti, Dira Paes, Sílvia Buarque, Alceu Valença, Wagner Tiso, Otto, Yamandu Costa, Rosemary, Lia de Itamaracá, Margareth Menezes, Alcione, o cartunista Ziraldo, o diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, Márcio Thomas Bastos, Celso Antonio Bandeira de Mello, Dalmo de Abreu Dallari, e dezenas de outros. Ali estava também Dulce Maia, relembrando seu querido irmão, que também era irmão de todos nós, Carlito Maia, que, certamente, diria que todos nós precisamos uns dos outros.

            Portanto, aqui, quero concluir, dizendo da minha convicção, com todo o respeito ao adversário José Serra, que Dilma Rousseff será sufragada Presidente do Brasil em 31 de outubro próximo.

            Só quero pedir a todos os que apoiam tanto Dilma Rousseff quanto José Serra que se acalmem. Não vamos fazer qualquer agressão contra uma ou contra o outro.

            Hoje, José Serra recebeu algum objeto na sua cabeça. Vi a foto dele numa manifestação. Parece que jogaram alguma coisa nele.

            O SR. PRESIDENTE (Jefferson Praia. PDT - AM) - Isso ocorreu no Rio de Janeiro.

            O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - No Rio de Janeiro, teriam jogado alguma coisa leve, felizmente. Não houve ferimento grave, pelo que entendo.

            Espero que não haja da parte dos nossos correligionários ou dos correligionários de José Serra qualquer tipo de agressão que venha a manchar o processo democrático que todos nós queremos viver com serenidade e com calma. E que possam os dois, sobretudo nos debates finais da Record e da Globo, expressar da melhor forma possível seus planos e propostas! Que povo brasileiro possa muito bem escolher qual será a Presidenta ou o Presidente!

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/10/2010 - Página 48083