Discurso durante a 171ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento do Senador Romeu Tuma.

Autor
Marco Maciel (DEM - Democratas/PE)
Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento do Senador Romeu Tuma.
Publicação
Publicação no DSF de 27/10/2010 - Página 48234
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ROMEU TUMA, SENADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CORREGEDOR, SENADO, DETALHAMENTO, BIOGRAFIA, ESPECIALISTA, SEGURANÇA PUBLICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, LUTA, REDUÇÃO, CRIME, BRASIL, MANIFESTAÇÃO, SOLIDARIEDADE, VIUVA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Para encaminhar. Com revisão do orador.) - Srª Senadora Serys Slhessarenko, Srªs Senadoras e Srs. Senadores...

            A SRª PRESIDENTE (Serys Slhessarenko. Bloco/PT - MT) - V. Exª pode usar a tribuna, Senador.

            O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE) - Pois não, muito obrigado.

            Srª Senadora Serys Slhessarenko, Sr. Senador Acir Gurgacz, Srª Senadora Níura Demarchi, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, desejo, neste instante, expressar o sentimento do Partido ao qual pertenço, o Democratas, pelo falecimento do Senador Romeu Tuma, ocorrido no início desta tarde de hoje.

            Tive a oportunidade de conviver durante bons tempos com o Senador Romeu Tuma. Ele nasceu na cidade de São Paulo, em 1931, era casado com a Srª Zilda Dirane. Deixou quatro filhos e nove netos. Descendente de imigrantes libaneses, ingressou na carreira policial aos 20 anos de idade. Tornou-se investigador por concurso público e, em 1967, delegado de polícia, após formar-se em Direito. Chegou então a Diretor da Polícia Especializada, na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Entre 1977 e 1983, dedicou-se a esclarecer casos de sequestro.

            Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Exerceu, em seguida, a função de Diretor-Geral da Polícia Federal. Durante o governo do Presidente Fernando Collor (1990-1992), acumulou os cargos de Superintendente da Receita Federal e Diretor-Geral da Polícia Federal.

            Em 1991, passou a ocupar uma Vice-Presidência da Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC-Interpol), que congrega as polícias de 186 nações.

            Em 1995, afastou-se do Poder Executivo para cumprir, pelo PFL, seu primeiro mandato de Senador por São Paulo, com mais de 5,5 milhões de votos. Em 2002, reelegeu-se com 7.278.185 votos para o mandato com fim em 2011.

            Em 2003, foi eleito 1º Secretário da Mesa Diretora do Senado, o quarto cargo em importância na hierarquia parlamentar.

            No Senado, atuou como Corregedor - cargo até hoje somente exercido por ele. Na realidade, esse cargo foi criado recentemente. Ele foi seu primeiro e único titular e focou sua atuação em questões ligadas à segurança pública.

            Expresso o sentimento não somente do meu Partido, mas acredito que de todo o Senado, bem como da Câmara dos Deputados, pelo passamento desse homem público.

            Acrescentaria que o Senador Romeu Tuma deixou aqui grandes amigos. Ele era uma personalidade de trato ameno, convivia com todos e era extremamente assíduo, frequente, portanto, nas sessões quer do Senado Federal quanto nas do Congresso Nacional.

            Devo também dizer que, ao longo da sua vida pública, ele sempre teve presente a necessidade de melhorar as políticas voltadas para a redução da criminalidade em nosso País. Especialista em questões de segurança pública e privada, era, além disso, um homem público na plena acepção da palavra, porque se dedicava total e exclusivamente ao Senado Federal, Casa a que pertenceu por mais de um mandato e honrou através de seu desempenho não somente neste Plenário, mas também nas comissões que integrou, algumas delas de extrema importância, o que o levou ao reconhecimento por seu trabalho, por sua dedicação ao Senado Federal, especialmente ao aperfeiçoamento das instituições brasileiras.

            Antes de que seja levantada a sessão por imposição regimental, manifesto o nosso sentimento de pesar, não somente dos Parlamentares, mas também dos servidores da Instituição, e digo que, certamente, com o seu falecimento, temos a oportunidade de reconhecer-lhe a dedicação com que se pronunciava no Senado Federal e a contribuição que trouxe, por ser um especialista em problemas de segurança pública e privada.

            Todos estamos, consequentemente, compungidos com o falecimento do ilustre colega e estendemos o nosso sentimento de pesar à viúva, Dona Zilda, com quem ele era casado há muitos anos. Ela era uma espécie de fiscal dos medicamentos que ele tomava. Frequentemente, pelo que eu sei, ela lhe ligava dizendo: “Está na hora de tomar tal ou qual remédio”, porque, parece, ele era pouco atento ao tratamento a que se submetia.

            Encerro minhas palavras, expressando o sentimento que sei não é apenas do Senado Federal, mas também da Câmara dos Deputados. Tenho certeza de que ele está em bom lugar, porque ele foi uma pessoa dedicada ao bem comum, uma pessoa preocupada com o bom relacionamento e consciente de que sua grande tarefa era servir ao País e às suas instituições.

            Muito obrigado, Srª Presidente, nobre Senadora Serys Slhessarenko.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/10/2010 - Página 48234