Discurso durante a 174ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento do Senador Romeu Tuma.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento do Senador Romeu Tuma.
Publicação
Publicação no DSF de 04/11/2010 - Página 48752
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, ROMEU TUMA, SENADOR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ELOGIO, VIDA PUBLICA, ESPECIFICAÇÃO, COLABORAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), TRAFICO, DROGA, CAMARA DOS DEPUTADOS, EXPLORAÇÃO SEXUAL, MENOR, APRESENTAÇÃO, SOLIDARIEDADE, FAMILIA.

           O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu também, neste momento, quero render as minhas homenagens, abraçando o Robson Tuma, que aí está, filho do nosso saudoso Romeu Tuma.

           Eu, ainda um jovenzinho, aspirante, conheci o Senador Romeu Tuma quando ele foi o Delegado-Chefe da Polícia Federal neste País, um servidor público exemplar, como disse o nosso querido Senador Papaléo Paes no seu pronunciamento. Afinei minha amizade com ele na CPI do Narcotráfico, que presidi - éramos Deputados, eu e V. Exª - e o conheci aqui. Ajudou-nos muito na sua experiência porque o filho, o Robson, que ali está, era membro daquela CPI comigo. Quis Deus que eu presidisse uma CPI forte, a CPI do Narcotráfico, com a presença do filho e que, ao chegar ao Senado, presidisse a CPI da Pedofilia, com a presença do Tuma como Vice-Presidente dessa CPI.

           O Brasil perde, Sr. Presidente. Nós perdemos a simplicidade do Tuma, a sua coragem, a sua determinação. O Brasil aprendeu a respeitá-lo, a amá-lo. Imagine V. Exª a votação que esse homem teve num quarto de hospital, submetido a uma das mais dolorosas e sutis cirurgias! Imagine a emoção, o sentimento e a dor do filho ao lado, como médico. Mas o Brasil acompanhou e, comovido, se despediu do seu pai, Robson.

           Eu sou testemunha ocular, no tempo em que com ele aqui vivi, da sua sobriedade. Na defesa das crianças deste País, implacável! Era um homem capaz de chorar nas oitivas da CPI da Pedofilia, ao ouvir o depoimento de uma mãe ou de uma criança de forma reservada. Mas era muito valente na hora de fazer o enfrentamento a todo e qualquer bandido - independente de classe social, cor ou credo, confissão religiosa - abusador de criança neste País. Eu convivi com a força, a valentia, o sentimento de justiça do xerife do Brasil, Romeu Tuma.

           Por telefone, eu dizia ao Senador Demóstenes que não vamos eleger um outro vice-Presidente para nossa CPI até encerrar, porque precisamos homenagear o Tuma. Nós vamos encerrar a nossa CPI sem um vice-Presidente, porque o vice-Presidente é o Tuma, Senador Eduardo Azeredo. O trabalho que fizemos neste País, sem dúvida alguma, é mais um desses em que o nome do Tuma fica gravado como que em uma placa, um memorial em defesa das famílias, em defesa das crianças do Brasil.

           Eu sinto profundamente, porque conheci a família: era um homem de família, era um pai dedicado, um avô dedicado, um homem que falava baixo, andava devagar, mas de um senso de justiça absolutamente aguçado.

           De maneira que neste momento eu abraço a família enlutada, abraço o Brasil, abraço São Paulo, que sofre e se despede desse homem tão valoroso, o nosso querido Senador Romeu Tuma.

           Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/11/2010 - Página 48752