Pronunciamento de Mão Santa em 10/11/2010
Fala da Presidência durante a 180ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comemoração do transcurso dos 20 anos de vigência do Código de Defesa do Consumidor.
- Autor
- Mão Santa (PSC - Partido Social Cristão/PI)
- Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Fala da Presidência
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.
CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.:
- Comemoração do transcurso dos 20 anos de vigência do Código de Defesa do Consumidor.
- Publicação
- Publicação no DSF de 11/11/2010 - Página 49823
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM. CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
- Indexação
-
- ABERTURA, SESSÃO, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, VIGENCIA, CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, SAUDAÇÃO, PRESENÇA, MINISTRO, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), CIDADÃO, ESTADO DO PIAUI (PI), CUMPRIMENTO, FERNANDO COLLOR, SENADOR, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, SANÇÃO, LEGISLAÇÃO, IMPORTANCIA, REGULAMENTAÇÃO, RELAÇÕES HUMANAS, CONSUMO, DEFESA, CONSUMIDOR, COMENTARIO, EVOLUÇÃO, MERCADO, BRASIL.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) -
Brasília, 10 de novembro. Estamos no plenário do Senado
da República do Brasil.
Há número regimental.
O painel acusa a presença de 38 Senadores e
Senadoras na Casa.
Declaramos, portanto, aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos.
O Período do Expediente desta sessão é destinado
a comemorar o transcurso do 20º ano de vigência
do Código de Defesa do Consumidor.
Convidamos para compor esta Mesa, na sessão
em que o Período do Expediente é destinado à comemoração
dos vinte anos de vigência do Código de
Defesa do Consumidor, em que substituo o Presidente
da Casa, Senador José Sarney, o Exmº Sr. Senador
Renato Casagrande, primeiro signatário; Exmº Sr. Vicente
Leal de Araújo, Ministro do Superior Tribunal de
Justiça. E o maior título que ele tem é ser um homem
do Piauí. Ele está entre os grandes homens do Piauí,
que deu a esta Pátria o maior jurista que se iguala a
Rui Barbosa, Evandro Lins e Silva. Feliz da Justiça
brasileira que não precisa buscar exemplo em outros
países e na História. O exemplo está no Piauí. Esse
jurista, que se iguala a Rui Barbosa, teve a coragem
de, no tempo de exceção do regime militar, dar habeas
corpus para um político. Miguel Arraes me confidenciou
que já esperava ser devorado pelo jacaré, na ilha de
Fernando de Noronha, onde ficava o presídio em que
ele estava quando chegou o habeas corpus de Evandro
Lins e Silva, do Piauí.
Com a mesma grandeza, nós saudamos esse
homem do Piauí, que fez a sua carreira jurídica no
Ceará e em Brasília, e está entre as grandes estrelas
de piauienses que engrandecem esta Pátria.
Então, nós convidamos a todos para que, de pé,
cantemos o Hino Nacional Brasileiro.
(Procede-se à execução do Hino Nacional
Brasileiro.)
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) - É
com muita honra, e quis Deus que eu presidisse esta
sessão, que presto uma homenagem ao Presidente
Collor, que sancionou o que comemoramos: a vigência
do Código de Defesa do Consumidor. Convido S.
Exª para sentar-se à mesa.
Esse foi o Hino Nacional. A Pátria teve o antes,
que foi feito por essa turma e foi vivenciado, na grandeza
da democracia, por um dos mais ilustres homens
da história do Brasil: o candidato José Serra. É muito
comum a gente prestar homenagem ao sol que nasce,
e quero prestá-la. No seu depoimento final, pós-eleição,
com a grandeza de suas virtudes, ele terminou citando
o Hino Nacional. Ele o citou poeticamente, dando
um até logo e dizendo: “O Brasil vê que o seu filho
não foge à luta.” Esse é o Hino Nacional e aqui está o
nosso Presidente.
Nós estamos na Casa de Rui Barbosa, o que
mais lutou e mais aperfeiçoou, engrandecendo-se nas
suas derrotas.
Marisa Serrano, nascida a República, o governo
do povo, pelo povo e para o povo, houve um continuísmo
militar: os militares Deodoro e Floriano, e meteuse
o terceiro. Aí, ele disse: “Estou fora. Não foi para
isso que criamos a República”. Aí, lhe ofereceram um
Ministério, e Rui Barbosa, o nosso patrono, disse e
respondeu: “Não troco a trouxa de minhas convicções
por um Ministério”. Esse é um ensinamento muito bom
e oportuno para os dias de hoje, com as brigas políticas
por cargos.
Faço deste Congresso, que engrandecemos, as
palavras de Rui Barbosa: “Não troco a trouxa de minhas
convicções por um Ministério.”
Ao Presidente Collor, a homenagem dupla, primeiro,
por ter sancionado e segundo, pelo próprio Rui
Barbosa, que nos ensina, Marisa Serrano. Ele disse:
“Pior que o sofrimento da derrota é a vergonha de não
ter lutado.” Todos nós lutamos com muita grandeza para
aperfeiçoar essa democracia.
Aqui estamos com um candidato eleito, que queremos
cumprimentar: o nosso próximo Governador do
Espírito Santo, Casagrande. Votos de felicidade e que
Deus o abençoe e à nossa Presidenta.
O SR. RENATO CASAGRANDE (Bloco/PSB -
ES) - Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Mão Santa. PSC - PI) -
Então, agora, em nome do Presidente Sarney, vou
dizer estas palavras:
Srªs e Srs. Senadores, o Código de Defesa do
Consumidor cumpre 20 anos e o Senado Federal não
poderia deixar de registrar data tão significativa para
toda a cidadania.
A janela que abrimos na presente sessão, atendendo
ao requerimento do Senador Renato Casagrande
e outros eminentes Parlamentares, é para saudar a
norma que conferiu novo sentido e estatuto às relações
de consumo em nosso País, mas também, e sobretudo,
os 194 milhões de cidadãos brasileiros, destinatários
e efetivos beneficiários das disposições contidas no
Código de Defesa do Consumidor.
A conformação de um grande e complexo mercado
como o brasileiro é obra de muitos anos e Governos,
que apenas agora, no final da primeira década
do século 21, começa a efetivamente se consolidar e
mostrar ao mundo sua força e relevância.
Nos últimos tempos, o Brasil ganhou momentum
e visibilidade internacional, superando o estereótipo de
mero fornecedor de matérias-primas que nos acompanhou
por longos e intermináveis anos.
V. Exª também deu um passo gigante e de muita
coragem, o Presidente. Este País foi feito por todos
nós, em toda a sua história. Cada um teve sua missão
histórica. Para esse passo de que nós estamos
falando, V. Exª, na sua coragem, disse que os carros
eram verdadeiras carroças. Isso despertou e acordou
a competência e a capacidade dos industriais do nosso
Brasil.
A industrialização que prosperou durante o século
passado e a verdadeira explosão do setor de serviços,
aliadas a uma agricultura robusta e em constante modernização,
transformaram o Brasil em um formidável
mercado - produtor, exportador e, agora, crescente e
avidamente consumidor.
Recebido, à época, de sua sanção como uma
das mais arrojadas normas de defesa do consumidor
em todo o mundo, graças à sua originalidade e alcance,
o CDC inaugurou uma nova era nas relações de
consumo entre nós.
Como toda norma jurídica, o Código de Defesa do
Consumidor também está sujeito à dinâmica social que
dita no cotidiano os permanentes ajustes necessários
às normas, a fim de que essas não se tornem meras
tributárias do passado, mas observem o presente e
projetem o futuro.
A partir de modesta dicção para a tradicional
prolixidade latina, comportando apenas 119 artigos,
o Código de Defesa do Consumidor tem se revelado
um dos melhores e mais eficientes mecanismos para
o exercício de direitos na esfera privada.
Por tudo isso, Srªs e Srs. Senadores, quero saudar
os milhões de consumidores brasileiros cada vez
mais esclarecidos e exigentes, que não transigem com
as más práticas, tendo como grande e notável aliado
o Código de Defesa do Consumidor.
Quero igualmente congratular-me com as milhares
de empresas-cidadãs - da modesta microempresa
de bairro aos grandes conglomerados econômicos,
nacionais e transnacionais, que atuam em nosso
País - tratando com seriedade, respeito e dignidade
os seus clientes.
Quero ainda manifestar minhas homenagens às
inúmeras instituições estatais e organizações que, nos
âmbitos estadual e municipal, atuam de forma extremamente
dedicada em defesa do consumidor.
Esse indispensável conjunto de atores, todos
protagonistas, anima e oxigena o mercado, proporcionando-
lhe instrumentos de crescimento, avanço e
renovação. Com isso, contribuem decisivamente para
a prosperidade e o harmônico e equilibrado desenvolvimento
de nosso País.
Devo dizer que o Senado Federal permanece
atento às positivas evoluções de nossa economia e
de um dos mais cobiçados mercados globais da atualidade.
Nesse sentido, legisladores que somos por
excelência, é nosso permanente objetivo assegurar
e facilitar, pelo direito, o adequado equilíbrio nas relações
de consumo.
Ao agradecer a atenção de todos, a Mesa concede
a palavra ao primeiro orador desta tarde, o ilustre
Senador Casagrande, recém-eleito Governador do seu
Estado. V. Exª poderá usar da palavra pelo tempo que
achar conveniente.
Peço permissão a V. Exª para aqui anunciar que
está também no Plenário o grupo de atletas de ginástica
rítmica do Sesi de Maceió, Alagoas, em homenagem
ao terceiro grande filho de Alagoas, que foi Presidente
da República, Fernando Collor.