Discurso durante a 187ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Manifestação de regozijo, secundando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, pela sagração de Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, do Estado de São Paulo, e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano - Celam, como Cardeal pelo Papa Bento XVI, no último Consistório, realizado nos dias 20 e 21 de novembro, no Vaticano.

Autor
Marco Maciel (DEM - Democratas/PE)
Nome completo: Marco Antônio de Oliveira Maciel
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. IGREJA CATOLICA.:
  • Manifestação de regozijo, secundando a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, pela sagração de Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida, do Estado de São Paulo, e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano - Celam, como Cardeal pelo Papa Bento XVI, no último Consistório, realizado nos dias 20 e 21 de novembro, no Vaticano.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2010 - Página 51524
Assunto
Outros > HOMENAGEM. IGREJA CATOLICA.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, INICIATIVA, PAPA, SAGRAÇÃO, CARDEAL, ARCEBISPO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), LEITURA, NOME, AUTORIDADE RELIGIOSA, NOMEAÇÃO, ELOGIO, DIGNIDADE, ASSISTENCIA RELIGIOSA, ATUAÇÃO, PROTEÇÃO, SANTO PADROEIRO, BRASIL, COMENTARIO, DECLARAÇÃO, CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), CONGRATULAÇÕES, CONSELHO, IGREJA CATOLICA.
  • LEITURA, DECLARAÇÃO, CARDEAL, AGRADECIMENTO, PAPA, IMPORTANCIA, MISSÃO, COLABORAÇÃO, IGREJA CATOLICA, SOLICITAÇÃO, ORADOR, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, CURRICULO, AUTORIDADE RELIGIOSA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Papaléo Paes, Sr. Senador Mozarildo Cavalcanti, Sr. Senador Paulo Paim, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, no sábado passado, dia 20, o Arcebispo de Aparecida, São Paulo, e presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano - CELAM -, Dom Raymundo Damasceno Assis, recebeu o barrete cardinalício (chapéu vermelho que é a insígnia dos cardeais da Igreja Católica), durante o Consistório (reunião formal de criação dos cardeais) no Vaticano, que, por decisão do Papa Bento XVI, nomeou 24 novos cardeais.

            No dia seguinte, dia 21 portanto, durante a celebração eucarística, isto é, a missa, foi entregue o anel de Cardeal a Dom Raymundo Damasceno Assis.

            O Consistório e a missa aconteceram na Basílica de São Pedro. Esse é o terceiro Consistório do Pontificado de Bento XVI e os cardeais chegaram a um total de 203, dos quais 121 eleitores.

            O Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que conheço e aprecio há muito tempo, foi um dos 24 escolhidos por Bento XVI para integrar o Conselho dos Cardeais a partir do Consistório. O anúncio foi feito pelo próprio Papa após audiência geral com os peregrinos. Os novos cardeais são de quatro continentes: Europa, África, América e Ásia.

            Além de Dom Damasceno, chefes de dicastérios - que, na linguagem do Vaticano, corresponde a ministério - também constam da lista dos novos cardeais: Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos; Dom Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero; Dom Raymond Leo Burke, prefeito do Tribunal da Assinatura Apostólica; Dom Velasio de Paolis, presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé; Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura; Dom Fortunato Baldell, penitenciário-mor do Tribunal da Penitenciária Apostólica; Dom Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; Dom Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho “Cor Unum”. Todos esses são cardeais eleitores.

            Figuram também nomeados cardeais eleitores: Antonios Naguib, Patriarca de Alexandria dos Coptas, Egito; Dom Francesco Monterisi, Arciprete da Basílica de São Paulo Fora dos Muros; Dom Paolo Sardi, Vice-Carmelengo da Igreja, alguém que substitui o Papa nos seus impedimentos, e os Arcebispos: Dom Medardo Joseph Mazombew, Arcebispo emérito de Lusaka (Zâmbia); Dom Raúl Eduardo Vela, Arcebispo Emérito do Quito, Equador; Dom Laurent Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo; Dom Paolo Romeo, Arcebispo de Palermo, Itália; Dom Donald William Wuerl, Arcebispo de Washington, Estados Unidos; Dom Kazimierz, Arcebispo de Varsóvia, Polônia; Dom Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, Arcebispo de Colombo, Sri Lanka, e Dom Reinhard Marx, Arcebispo de Mônaco da Baviera, Alemanha.

            Ao Colégio Cardinalício é reservado o privilégio de eleger o Sumo Pontífice, isto é, o Papa, e assisti-lo em seu ministério petrino. Outro privilégio é a cidadania vaticana e o passaporte diplomático vaticano em latim, língua oficial da Igreja Católica.

            Os cardeais são distinguidos em três ordens: episcopal (que leva o título de uma igreja suburbicária e os patriarcas orientais), presbiteral e diaconal. Podem ser promovidos a cardeais “homens que estejam constituídos pelo menos na ordem do presbiterado”, afirma o cânon 351 do Código de Direito Canônico Latim, de 1983.

            A criação de cardeais é uma escolha reservada somente ao Santo Padre e é feita por meio de um decreto tornado público diante do Colégio dos Cardeais. O próprio Colégio é presidido pelo Decano, hoje o Cardeal Angelo Sodano, que, como sabem, foi durante muito tempo o Secretário de Estado, ou seja, o segundo na hierarquia da Santa Sé, escolhido depois da eleição de Bento XVI ao papado, que, como então Cardeal, prefeito Ratzinger presidia o Colégio.

            Mas nem todos os purpurados entram no conclave. O grupo dos cardeais eleitores é feito de 120 pessoas, somente aqueles que não superaram a idade de 80 anos. Até agora são 179 cardeais no Colégio - entre os quais, 38 nomeados por Bento XVI -, com 102 eleitores. Com os novos 24, o número total de cardeais passará para 203, sendo 121 os eleitores - já que, no próximo mês, antes do Concistório, reunião a que acabei de me referir, o número dos atuais eleitores será diminuído em um, permanecendo em 101. Outros seis estarão fora, entre janeiro e abril de 2011.

            Até a nomeação de Dom Raymundo Damasceno, havia oito cardeais brasileiros, sendo quatro eleitores: Dom Geraldo Majella Angelo, Arcebispo Primaz de Salvador; Cardeal Dom Cláudio Hummes, Prefeito Emérito da Congregação para o Clero; Cardeal Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro, e o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo.

            A CNBB se congratulou pela nomeação cardinalícia de Dom Raymundo Damasceno. Esta nova missão “é o reconhecimento do profundo zelo, amor e fidelidade com que [o Arcebispo Dom Damasceno] serve à Igreja”, conforme afirma o texto de sua nomeação.

            “Dom Damasceno é exemplo de dedicação e de entrega total e irrestrita à missão evangelizadora que a Igreja desempenha em vista da construção do Reino de Deus”.

            A Conferência Episcopal agradece ao Papa “por brindar a CNBB com a nomeação de um novo cardeal para o Brasil. Saudamos a Arquidiocese de Aparecida pela insigne honraria concedida ao seu pastor”.

            Faço minhas as palavras alusivas à nomeação de Dom Damasceno Assis. Conheço-o há cerca de trinta anos e aprecio o seu desempenho nas diferentes funções que o Vaticano lhe concedeu.

            “Elevamos a Deus nossa prece fervorosa e agradecida pela vida e ministério de Dom Damasceno, confiando o exercício de sua nova missão à proteção de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil”, conforme encerra a nota da CNBB.

            Dom Damasceno fala sobre sua nomeação como Cardeal: “Deus não escolhe aqueles que são capacitados, mas Ele qualifica e dá sua graça àqueles que chama a uma determinada missão.”

            O novo Cardeal brasileiro, Dom Raymundo Damasceno Assis, contou que levou um susto ao saber que sua nomeação havia ocorrido, mas disse ter o coração grato ao Santo Padre ”pela confiança depositada”. E disse mais Dom Damasceno:

Eu continuo como Arcebispo de Aparecida (SP) - minha primeira responsabilidade -, e estou à frente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) também até o mês de maio próximo, quando termina nossa presidência, e [agora como cardeal] estou à disposição do Santo Padre para ajudá-lo e colaborar no que for preciso.

            O Arcebispo, agora Cardeal, explicou que a missão do Cardeal é “colaborar diretamente com o Papa, no seu Governo, naquilo que ele precisar dos cardeais” e afirmou que se coloca a serviço da Igreja “com muita humildade”: “Consciente das minhas limitações [disse Dom Damasceno] me coloco à disposição, com a ajuda da graça de Deus e a proteção de Nossa Senhora Aparecida, para cumprir aquilo que o Santo Padre desejar como contribuição para o governo de toda a Igreja. Essa é a minha disponibilidade, certo que Deus [como já teve ocasião de afirmar], não escolhe aqueles que são capacitados, mas Ele qualifica e dá sua graça para aqueles que chama para uma determinada missão”.

            E aproveitou Dom Damasceno para agradecer a todos que se alegraram com a notícia de sua nomeação e pedir orações: “Peço para que rezem por mim, para que Deus me acompanhe em minha missão e no meu trabalho a serviço da Igreja, como tem me acompanhado, graças a Deus, até hoje”.

            Para Dom Damasceno, a nomeação significa um agradecimento do Papa Bento XVI à Igreja da América Latina: “Creio que é uma maneira de manifestar atenção, a consideração, de um apreço do Santo Padre para com a Igreja na América Latina”.

            Antes do dia 20 de novembro, os Cardeais foram convidados pelo o Papa Bento XVI para o Consistório, uma assembleia de Cardeais onde são discutidos assuntos de interesse da Igreja.

            “Haverá uma reunião com todos os cardeais do mundo inteiro para participar desse encontro. Os cardeais auxiliam o Papa no exercício do seu ministério, explicou o Cardeal Dom Damasceno.

            Ao concluir as minhas palavras, Sr. Presidente, desejo que V. Exª autorize a publicação de um pequeno currículo de Dom Raymundo Damasceno Assis, para que conste da Anais da Casa.

             Portanto, o nosso reconhecimento à comunidade católica brasileira, pela escolha de Dom Raymundo Damasceno para integrar o Colégio Cardinalício.

            Muito obrigado a V. Exª.

 

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR MARCO MACIEL EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. art. 210, inciso I, §2º, do Regimento Interno.)

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Matéria referida:

Currículo de Dom Raymundo Damasceno Assis.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2010 - Página 51524