O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN. Sem revisão do orador.) - Eu agradeço a sua gentileza e o que eu queria realmente enfatizar eu já disse por ocasião do aparte que foi dado ao discurso do Senador Valter Pereira, que era justamente comentar essa operação no Rio de Janeiro.

            Tivemos conhecimento, não apenas nós, Senadores, mas o Brasil inteiro, como deve ser, teve conhecimento, passo a passo. A Rede Globo, as outras redes de televisão realmente fizeram com que a sua programação ficasse para trás e se passasse a dar cobertura àquela operação no Rio de Janeiro. Foi uma operação bem sucedida e que, certamente, vai ter os seus desdobramentos.

            Essas chamadas UPPs - Unidades de Polícia Pacificadora - parecem ser a grande chave do sucesso do que aconteceu no Rio de Janeiro. Nós temos uma preocupação hoje muito grande com relação à segurança dos nossos Estados. Todos os Estados tiveram, como foi dito aqui, uma deterioração da situação da segurança pública. Ninguém está mais tranquilo como estava nos seus Estados. Todos têm um sentimento de apreensão muito grande pelo que está acontecendo.

            E a hora era essa! Por ocasião da transição governamental que se vai operar, uns Estados terão o mesmo Governador, no caso daqueles Governadores que foram reeleitos; e outros Estados, terão, agora, novos Governadores. Então, era a hora, Sr. Presidente, de tentar renovar, em termos de segurança pública nos Estados, e escolher os melhores nomes, as melhores cabeças, para que pudéssemos ter uma melhoria na segurança pública dos Estados.

            É verdade que isso passa pelo fator financeiro. Nem todos os que vão receber os Governos dos seus Estados vão nadar em dinheiro. Pelo contrário, ao que parece, infelizmente - e se não for choro, mas não é, Sr. Presidente -, parece que realmente a situação dos Estados apresenta um comprometimento muito grande que torna difícil realizarmos uma operação como essa, dessa amplitude.

            O que se viu foram bandidos realmente fugindo da polícia, quando nos nossos Estados há uma desenvoltura tão grande dos bandidos! Eu não sei se aconteceu, lá no Estado do Senador Mozarildo, mas já aconteceu de os bandidos colocarem para fugir, para correr, os próprios encarregados da nossa segurança pública, da nossa delegacia: bandidos assaltando delegacias, soltando os presos e, ainda, botando os soldados para correr, desmoralizando a nossa força policial.

            É uma situação de muita gravidade.

            Se, no Rio de Janeiro, nós tivemos esse êxito, esse êxito se deveu, como eu já disse aqui, ao Governador Sérgio Cabral, aos seus auxiliares, ao apoio do Governo Federal. E nos outros Estados. Mas também volto ao Rio de Janeiro: há uma estrutura, há uma determinada estrutura, há uma política de inteligência, porque é preciso lidar com esses novos bandidos, com essa versão nova de bandidos, com esses al capones que estão aí, é preciso lidar com inteligência...

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN) -... com instrumentos de inteligência.

            Por isso eu resolvi excursionar aqui, com a benevolência do Presidente Papaléo Paes, por essa situação dos Estados, que não é tão vexatória como a do Rio de Janeiro. A gente tinha uma tristeza muito grande quando as pessoas diziam: “Não, eu na vou mais passear no Rio de Janeiro, ter os meus dias de lazer no Rio de Janeiro, porque o Rio de Janeiro se tornou uma cidade perigosa”.

            Mas, agora, eu creio que se reverte esse quadro.

            Eu queria apenas - o Rio de Janeiro merece - mas eu queria apenas que ...

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN) - ...isso não acontecesse apenas no Rio de Janeiro, mas acontecesse em todo o Brasil.

            Agradeço, Senador Papaléo Paes, Presidente em exercício, para nossa alegria.

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