Discurso durante a 200ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comemoração à abertura da VI Semana do Senado Federal de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência.

Autor
Mozarildo Cavalcanti (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Francisco Mozarildo de Melo Cavalcanti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA SOCIAL.:
  • Comemoração à abertura da VI Semana do Senado Federal de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência.
Publicação
Publicação no DSF de 08/12/2010 - Página 56712
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA SOCIAL.
Indexação
  • HOMENAGEM, SEMANA, VALORIZAÇÃO, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA, ELOGIO, INICIATIVA, SENADO, CONTRIBUIÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO, SOCIEDADE, AMPLIAÇÃO, CIDADANIA, EXPECTATIVA, AUMENTO, ACESSO, PESSOA DEFICIENTE.

            O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PTB - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Heráclito Fortes, que preside esta sessão, eu quero cumprimentar todos os que compõem a Mesa em nome da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo, Srª Linamara Rizzo Battistella. E quero cumprimentar todos os Senadores, Senadoras e todos aqui presentes. Tenho certeza de que, de uma forma ou de outra, estão envolvidos com essa importante causa que é a valorização da pessoa com deficiência.

            O Senador Papaléo Paes falou uma coisa, e é o mesmo que eu sinto. Também sou médico, portanto aprendi desde os bancos escolares na faculdade a não ter nenhum tipo de preconceito ou de tratar a pessoa com deficiência como se fosse, digamos, um coitadinho. Pelo contrário - e ele disse muito bem -, essas pessoas, qualquer que seja a deficiência, não querem ser consideradas de alguma forma inferiores aos ditos normais.

            E eu quero aqui louvar o Senado Federal por promover esta Semana, que tem um objetivo muito claro no meu entender: chamar a atenção da sociedade para essa realidade.

            O Senador Eduardo Suplicy, no início desta sessão, chamou a atenção para a inacessibilidade à tribuna para as pessoas que têm qualquer tipo de deficiência locomotora. Isso já demonstra como, à época da construção de Brasília, não havia essa consciência. Não havia, realmente, nenhuma consciência em lugar algum do Brasil para essas pessoas. Ainda hoje se observa em prédios públicos, em empresas que atendem ao público a deficiência - aí, sim, uma deficiência - de atenção para com essas pessoas.

            O Senado cumpre um papel importante realizando esta VI Semana de Acessibilidade. Eu apenas não concordo com o subtítulo “Acessibilidade está na moda”, porque moda é algo que vem e desaparece. Eu espero que não esteja na moda, mas continue sempre na moda, seja uma moda permanente, porque é realmente importante. E aí não vou falar aqui só como médico, mas como Senador, como político.

            O Vereador é o político que mais sofre, porque mora ao lado do eleitor, está dia e noite ao lado do eleitor. Nós, os parlamentares federais, vamos aos nossos Estados nos finais de semana ou, eventualmente, passamos uma semana no Estado. Mas aquele que está todo dia e cuida, como se diz no popular, do batizado, passando pelo casamento até o enterro, tem que ter uma sensibilidade maior e, queira ou não, desenvolve uma sensibilidade importante com relação a esses problemas.

            Mas eu espero que essa sensibilidade, que é mais aguda no Vereador, permeie todos os políticos. Espero ainda que possamos transformar esta moda atual em uma permanente evolução no tratamento desta causa. Quer dizer, devemos dispensar realmente a essas pessoas a atenção que elas merecem, dando a elas a condição de mostrar o seu potencial, repito, independentemente da deficiência que tenham. É evidente que muitas delas precisam de atendimento médico, psicológico, etc., mas, acima de tudo, precisam que sociedade dê a elas a cidadania que merecem.

            Portanto, eu quero encerrar minhas palavras, deixando este apelo: que esta valorização não seja apenas uma moda, mas que fique para sempre e que possamos, a cada dia, melhorar mais.

            Sou daqueles que, envelhecendo, sempre achei que a geração que vem depois é melhor do que a nossa. Há alguns velhos saudosistas: “O meu tempo é que era bom”. Não! Seu tempo era bom e agora está melhor. O dos meus netos será melhor ainda. A medicina e a sociedade como um todo só fazem evoluir. Então, não sejamos nós a involuir nesta questão.

            Portanto, quero dar os parabéns ao Senado, parabéns a todos aqueles que se dedicam a esta causa, que precisa, de fato, ser encarada como prioridade em nosso País.

            Muito obrigado. (Palmas.)

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/12/2010 - Página 56712