O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, eu estava inscrito ontem, mas abri mão de minha fala devido a diversos Senadores estarem fazendo seus discursos de despedida da Casa.

            No discurso que eu faria ontem, eu trataria desta importante semana que é a Semana de Mobilização Nacional para Doação da Medula Óssea, prevista na Lei Federal nº 11.930, de 2009, a chamada Lei Pietro.

            Pietro foi um jovem gaúcho falecido no ano passado, filho de Beto Albuquerque, Deputado Federal eleito pelo PSB do Rio Grande do Sul. Sr. Presidente. Pietro era um jovem dinâmico, inteligente, competente, que faleceu de leucemia; hoje ele é símbolo desta luta e dá nome à lei apresentada por seu pai, Beto Albuquerque, e sancionada pelo Presidente Lula.

            Tenho dito, Sr. Presidente, que o Deputado Beto Albuquerque e sua família perderam um filho, mas não esmoreceram. Assumiram a causa, para ajudar a salvar milhares de vidas. Eu diria aqui, com muito carinho: “Vida longa a todos que assumiram a doação da medula óssea”.

            No Brasil, Sr. Presidente, a cada ano, surgem 10 mil casos de leucemia. Somente no Rio Grande do Sul são mil. Essa é uma das muitas doenças que, para serem enfrentadas, precisam de doadores.

            Para isso, são fundamentais campanhas que, além de informar, de esclarecer a população sobre a doença, também provoquem o espírito de solidariedade e alertem para a grandeza do ato de ser um doador, uma doadora.

            O número de inscritos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea cresceu em 1,3 milhão, nos últimos 18 meses. A previsão é a de que, até o final do ano de 2010, chegar-se-á a 2 milhões de doadores cadastrados.

            Sr. Presidente, a quem tem de 18 a 55 anos e dispõe de boa saúde e boa vontade de ajudar basta dirigir-se ao hemocentro mais próximo, coletar cinco mililitros de sangue, preencher um cadastro de informações pessoais, e pronto: tornar-se-á, assim, mais um doador voluntário de medula óssea e poderá ser chamado, a qualquer momento, caso seja compatível com alguém que precise do transplante.

            Aproveito, Sr. Presidente, para cumprimentar o Deputado Beto Albuquerque pelo artigo publicado ontem, no jornal Correio do Povo, do Rio Grande do Sul. O texto leva como título “Hora de ser solidário”. Foi baseado no próprio artigo do meu amigo Deputado Beto Albuquerque que fiz este pronunciamento.

            Por fim, Sr. Presidente, quero também registrar que ontem foi aniversário da nossa Ministra Dilma Rousseff, eleita recentemente Presidente da República.

            O Brasil vem construindo uma bela trajetória no campo econômico e social. Ao longo dos últimos anos, temos avançado na inclusão social como pauta de prioridades no País e temos firmado o compromisso com a distribuição de renda e a com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo.

            Esse processo contou, com certeza, com a participação de muitas e muitas pessoas, que sonharam e lutaram por um Brasil melhor; pessoas que acalentaram um sonho desde muito jovens e que se dedicaram a ele com amor, clareza, inteireza e verdade.

            E foi em meio a esse grupo de sonhadores que surgiu uma jovem determinada, inteligente, disposta a entregar-se, de corpo e alma, ao ideal de uma pátria livre, justa e fraterna. Ela enfrentou os desafios, com a coragem de quem olha para o horizonte, sem temer os obstáculos. E ela dedicou-se para tornar esse amanhã uma realidade para milhões de brasileiros que lutavam e sonhavam com uma vida melhor.

            Sr. Presidente, essa mulher é a nossa Presidenta eleita Dilma Rousseff, que ontem completou 63 anos de existência. Com muito trabalho e fé em seus objetivos, transformou-se em uma mulher guerreira, combativa; não vacilou, sempre que chamada a contribuir em tudo que pudesse ajudar o crescimento do Brasil e trazer resultados positivos para o povo brasileiro.

            Atuou com maestria no cargo de Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre, lá no meu Rio Grande, e também como Presidente da Fundação de Economia e Estatística, também no Rio Grande. Fez um trabalho brilhante como Secretária Estadual de Minas e Energia no Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sob o Governo de Olívio Dutra.

            Durante o Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e pôde novamente colocar em prática toda a sua habilidade e competência. Assumiu depois o Ministério da Casa Civil. Muitas foram as contribuições nessa trajetória, por exemplo: a forma como ela abraçou e defendeu o PAC, em que foram contempladas diversas ações que mudaram o cenário nacional.

            Em resposta a essa respeitosa e admirável caminhada, uma história de vida, o povo brasileiro, em 31 de outubro de 2010, foi às urnas e a consagrou como a primeira mulher eleita Presidente do País, nosso querido Brasil.

            Num gesto histórico que será sempre lembrado, lembrado pelo povo brasileiro, eu tive a alegria de ouvir nas ruas de Porto Alegre, nas ruas do meu Rio Grande: “Dilma Rousseff, Presidente, a primeira mulher Presidente do Brasil”.

            Sr. Presidente, termino dizendo que a menina, a jovem, a mulher, a avó Dilma Rousseff entra para a história trazendo no coração o mesmo desejo que acalentou em todos esses anos: consagrar a riqueza do nosso País a quem é, de fato e de direito, seu legítimo dono, o povo brasileiro!

            Parabéns por seu aniversário, Presidenta eleita Dilma Rousseff.

            Era isso, Sr. Presidente, o que eu tinha a dizer.

            Obrigado pela tolerância.